Compartilho uma história muito engraçada de quando a Mônica ganhou um aparelho de som e Cebolinha e Cascão levaram seus discos para escutarem com ela. Com 6 páginas no total, foi história de encerramento publicada em 'Mônica Nº 58' (Ed. Globo, 1991).
Capa de 'Mônica Nº 58' (Ed. Globo, 1991) |
Nela, o Seu Sousa diz que a Mônica está uma mocinha e que comprou um aparelho de som para a filha e está no quarto dela. Mônica agradece ao pai e vai correndo estrear o seu aparelho novo e já nota que veio com o disco que ela queria.
Enquanto Mônica está ouvindo a música "Desejos e Delírios" do "Fábio Búnior" (Fábio Júnior), Cebolinha e Cascão ouvem pela janela e já tratam de ir buscar seus discos para escutarem com a Mônica. Eles voltam e falam que estavam passando perto e resolveram fazer uma visitinha. Comentam sobre o aparelho novo dela, que é maneiro e perguntam se podem ouvir um pouquinho. Mônica aceita e eles já entram cheio de discos que trouxeram de casa, dando desculpa que era coincidência que já estavam carregando com eles e perguntam se podem ouvir no aparelho da Mônica.
Mônica deixa e Cebolinha coloca o disco dos "Ganzenrouses" (Guns N' Roses) com a música "Sweet Child O' Mine" e ai como o Cascão não gosta diz que são chatos demais e tira o disco da vitrola. Cebolinha não gosta nem um pouco e Cascão coloca o disco dele, falando que aquilo que era música de verdade. Era da "Região Urbana" (Legião Urbana) com a música "Meninos e Meninas". Cebolinha tira o disco, falando que "Região" não está com nada e Cascão diz que é melhor que "Ganz".
Cebolinha coloca do "Niuquidis Ondeblóqui" (New Kids On The Block), com a música "Dois Pastéis e um Quibe" ("Step By Step"). Cascão se espanta do Cebolinha gostar deles e Cebolinha diz que é melhor do que "Tantãs" (Titãs). Cascão diz que gosta dos "Tantãs" e trouxe um monte de discos da banda e Cebolinha fala que é uma pena que não vão ouvir. Cascão diz que vão sim e tira logo o disco do "Niuquidis Ondeblóqui" da vitrola.
Cebolinha pega os discos do Cascão para ele também não colocar as "drogas" na vitrola e confere os discos que ele trouxe. Cebolinha vê que Cascão gosta dos "Amigos do Rei" (Inimigos do Rei), Samberto Carlos" (Roberto Carlos), "Abobrinhas Selvagens" (Kid Abelha e os Abóboras Selvagens) e acha tudo uma droga. Aí, Cebolinha grita alto, zoando o Cascão por ele ter disco da "Catuxa" (Xuxa). Cascão diz que veio por engano, e Cebolinha gasta mais ainda, perguntando se ele gosta também das "Periquitas" (Paquitas).
Cascão se enfeza e quebra um disco do Cebolinha na cabeça dele. Cebolinha, por sua vez, também quebra os discos do Cascão, pisando em cima e Cascão quebra um disco do "Fio Colins" (Phill Colins) do Cebolinha. Mônica intervém, mandando eles pararem com isso. Cebolinha fala para ela não se meter, xingando de baixinha dentuça, e Cascão diz que uma tonta como ela que gosta do "Fábio Búnior" não mereceria nem ganhar um aparelho de som daquele. Mônica dá uma surra nos meninos. No final, Mônica chega para o pai, perguntando se era mocinha mesmo e se já estava na hora de ganhar seu segundo aparelho de som, mostrando todo destruído, depois da surra que deu nos meninos.
Como pode ver, essa história é sensacional. É de rachar de rir com o Cebolinha e Cascão discutindo por causa de seus gostos musicais diferentes e acabou a Mônica destruindo o seu aparelho de som que tinha acabado de ganhar do pai. Mostra um costume comum na época de crianças que se reuniam para ouvir música na cada dos amigos, sendo que aí na história acabou em confusão, como não podia deixar de ser com a turminha.
Como pode ver, essa história é sensacional. É de rachar de rir com o Cebolinha e Cascão discutindo por causa de seus gostos musicais diferentes e acabou a Mônica destruindo o seu aparelho de som que tinha acabado de ganhar do pai. Mostra um costume comum na época de crianças que se reuniam para ouvir música na cada dos amigos, sendo que aí na história acabou em confusão, como não podia deixar de ser com a turminha.
Os nomes parodiados das bandas e cantores ficaram muito criativos e engraçados. "Periquitas" foi demais. A gente não sabe se ria mais das brigas dos meninos ou das paródias. Aliás, foi uma das com mais referências e homenagem a cantores e bandas nacionais e internacionais em uma mesma história. Todos faziam sucesso nos anos 80 e ainda estavam na mídia em 1991 e infelizmente fazem muita falta no cenário musical atualmente. Já as letras das músicas algumas foram parodiadas, outras não e também muito criativas as letras que foram parodiadas. E impossível não ler sem cantarolar.
Na época apesar de já existir CD, os discos LP eram mais populares. Só os ricos tinham CD, visto que os aparelhos que tinham CD eram caros, e até mesmo os discos CD também eram, fora que tinham poucos álbuns em CD à venda, eram mais LP e fita K-7. História impublicável hoje em dia por mostrar destruição de aparelho de som e discos, dando mau exemplo e prejuízo por isso. Se republicassem de novo, por ser muito datada, seriam capaz de mudarem discos LP para CD e também colocarem cantores atuais no lugar, estragando assim completamente a história. Fora que mudariam a palavra "droga" porque é proibida hoje em dia nos gibis da MSP.
Os traços são excelentes, com direito à uma curva para baixo no meio dos olhos dos personagens para demonstrar que estava com muita raiva ou riscos nos olhos para demonstrar que estavam emocionados ou bem tristes. Era muito comum isso na época, achava muito bom. Legal também as caras dos personagens curtindo suas músicas preferidas, como do Cebolinha quando fala que "Ganzerouzes" são demais e o Cascão curtindo "Região Urbana". Enfim, uma história hilária que vale a pena relembrar há exatos 25 anos.
Nas histórias antigas era comum o cebolinha e o cascão brigar por causa de música, tinha uma história (que não me lembro o nome) que os dois decidem qualquer gênero é melhor rock (cebolinha) ou pagode (cascão).
ResponderExcluirVerdade, era bem comum. Gostava bastante. :D
ExcluirEu lembro dessa. Eles enchem tanto o saco um do outro que no final a Mônica aparece gritando altão pra eles pararem que ela quer dormir.
ExcluirEu adorava os traços desse jeito, podiam ter ficado assim sempre. verdade, era normal os pais comprarem som para os filhos, e a história mostrou o que era cotidiano da época.
ResponderExcluirEu gosto bastante dessas histórias do fim dos 80 pra começo dos 90 cheias de referências da época. Bem nostálgica.
ResponderExcluirCurioso o Roberto Carlos ser parodiado como Samberto Carlos. Será que o roteirista lembrou de "O roubo dos discos" de Cebolinha Nº37 da Abril?
POis é, também acho que o roteirista deve ter lembrado dessa história do cebolinha. Se bem que alguns artistas tinham nomes parodiados fixos e outros sempre mudavam.
ExcluirClássico gibi que possuo!História muito boa.
ResponderExcluirAo menos uma vez Cebolinha e Cascão chegaram ao senso comum musical naquela capa do gibi do Cascão,em cuja capa ambos estão no embalo do rap,com roupas típicas e o aparelho de som no ombro,moda da época.Capa essa "clonada" de uma série de cadernos da TM.
Esse gibi é excelente e considero um clássico também.
ExcluirSim, essa capa dos meninos tirada de caderno foi do Cascão nº 144 de 1992, na época o rap tava em alta.
"Periquitas" foi demais! kkkkkkkkk
ResponderExcluirkkkkkk. Hilário. Racho de rir nessa hora que leio, releio.
Excluir10 pasteis 1 kibeeee
ResponderExcluirkkkkkk
Demais kkkkk. Como foram criativos.
Excluiressa música não identifiquei qual é
ExcluirÉ a música "Step By Step" do New Kids On The Block. A música é essa aqui:
Excluirhttps://www.youtube.com/watch?v=ay6GjmiJTPM
Lembrei também que na história de abertura do Mônica nº 121 da Globo, "Desconjuntados Musicais", o Cebolinha também mostra sua admiração pelo Guns N Roses.
ResponderExcluirÉ mesmo, nem lembrava mais dessa. :D
ExcluirEssa história é bacana também. Podia aparecer aqui.
ExcluirNem CD caberia mais nessa hq, ficaria bem desatualizada. Teria que dar um jeito de botar um celular com eles vendo e ouvindo clipes no youtube mesmo. E provavelmente trocariam os cantores e as bandas da época pra Justin Bieber, Anitta, Rihanna, Selena Gomez, Ludmilla, Nicki Minaj, Projota, Lady Gaga e outras "maravilhas" que temos na música atual.
ResponderExcluirPois é, atualmente ia ficar completamente descaracterizado. Pior é mudarem a história em republicação. Tipo, tirar Legião Urbana pra colocar Anitta no lugar. Melhor não republicarem mesmo.
ExcluirEssa história é a minha cara! Por citar um monte de banda e ter discos de vinil! Eu faço coleção.
ResponderExcluireu também adoro essa história, vários cantores e bandas que faziam sucesso na época e lamentável estarem fora da mídia atualmente.
Excluiros melhores traços são dessa época. Fim dos 80 até anos 90
ResponderExcluirEram ótimos esses traços, sem dúvida
ResponderExcluirAté hoje choro de alegria quando o Cascão diz: "chatos demais, isso sim".
ResponderExcluirkkkk. Muito bom, também acho engraçada essa parte.
ExcluirÉ demais essa história, sempre rio quando leio. Infelizmente os cantores da época estão sumidos, o que é uma pena , pois eram de qualidade. Tinha CD sim na época, mas eram muito caros, aí por isso não era popular. Só ricos tinham, a maioria usavam LPs ou fitas K7.
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