Dia de São João e nada melhor que uma história do Chico Bento curtindo uma festa junina com o Zé Lelé. Com 10 paginas, foi publicada em 'Chico Bento Nº 142' (Ed. Globo, 1992).
Na festa junina de Vila Abobrinha, Chico Bento está animado cantando música "Cai, cai balão... Aqui na minha mão!" quando um balão de verdade quase cai mesmo e cima dele e acaba pegando fogo. Ele comenta com o Zé Lelé que os balões são um perigo e pede que o primo vá correndo buscar água para apagar o fogo.
Capa de 'Chico Bento Nº 142' (Ed. Globo, 1992) |
Na festa junina de Vila Abobrinha, Chico Bento está animado cantando música "Cai, cai balão... Aqui na minha mão!" quando um balão de verdade quase cai mesmo e cima dele e acaba pegando fogo. Ele comenta com o Zé Lelé que os balões são um perigo e pede que o primo vá correndo buscar água para apagar o fogo.
Zé Lelé volta e joga o balde d'água em cima do Chico. Ele pergunta se tem cara de fogo, fica uma fera, com cara muito vermelha e Zé Lelé entende que tem que pegar mais água rápido. Enquanto busca, o fogo vai diminuindo, até que o Zé Lelé volta, joga a água e de repente o fogo fica maior do que era antes. É que ele tinha colocado quentão no lugar de água. Então, Chico providencia logo uma mangueira para acabar com o incêndio.
Enquanto dá bronca no Zé Lelé, Chico não vê que o fogo já tinha acabado e estava molhando o Nhô Lau. Ele quis saber quem acendeu o fogueirão lá na festa e Chico diz que foi um balão e Nhô Lau pergunta quem soltou. Zé Lelé responde que não sabem, mas sabe quem roubou as goiabas dele para fazer a torta de goiaba que estava lá na festa.
Chico dá um pisão no pé do Zé Lelé, que grita, e Nhô Lau quer saber porque ele gritou. Quando Zé Lelé fala do pisão, Chico dá desculpa que estão atrasados para a pescaria e vão embora para o Zé Lelé não acaguentar que foram eles que roubaram as goiabas.
Chico Bento fica animado para pescar e Zé Lelé diz que àquela hora da noite só se for peixe com insônia e Chico explica que é pescaria de quermesse. Lá, Zé Lelé enrosca o anzol na calça do Chico, e o Zé Lelé pensa que pescou um peixe com a cara dele e ainda pergunta para o moço qual era o prêmio. Chico fica uma fera e corre atrás do primo na quermesse toda.
Enquanto corre, Rosinha e as meninas ficam rindo e Chico pensa que a calça dele rasgou. Zé Lelé diz que elas estão rindo do correio elegante. Chico pensa que é um carteiro bem vestido e Zé Lelé explica que é um bilhete que os meninos mandam para as meninas e vice-versa pra fazer declaração de amor e poesia. Chico fica interessado e pede para a menina responsável pelos bilhetes mandar um para a Rosinha. Ela recebe o bilhete, dá risada e grita para o Chico que gracinha não é com "ç". Zé Lelé avisa que não era para colocar o nome e inventar um.
Chico, então, manda outro bilhete, mas nota que vários outros meninos da quermesse também enviaram bilhete para ela. Chico vai até a Rosinha para tomar satisfação e ela diz que não foram tantos assim, com ela em volta de vários bilhetes, e pergunta se ele está com ciúmes.
Rosinha diz que o que escreveram nos bilhetes não interessa, como um bobo que escreveu que era doidinho por ela e a espera no hospício. Chico sabe que é o dele e fica calado. Logo ela emenda com outro bilhete bonito que dizia que ela é a flor mais formoso do arraial. Chico quer saber quem foi o sem-vergonha quem enviou e descobre que foi o Zé Lelé porque ele acabou colocando o nome por engano. Então, Chico volta a correr atrás do Zé Lelé na quermesse toda e Rosinha rindo deles, terminando assim.
Essa história muito bacana, mostrando uma típica festa junina. O roteirista quis mostrar situações cotidianas de uma festa junina, sabendo interligar muito bem um gancho com outro, para fazer sentido. Olhando pelo título e a primeira página podia dar impressão que se tratava de uma história sobre balão e alertar os problemas em soltá-lo, mas foi bem rápido e logo mostrou outras coisas que acontecem na festa. Tudo tratado com muito bom humor e foi como se a gente estivesse mesmo em uma festa junina. Genial!
Os traços muito bons e bem caprichados e dessa vez a Rosinha pareceu com cabelos todo pretos, sem brilho branco. Acontecia isso de vez em quando, de acordo com o desenhista. Assim como as vezes ela aparecia de chapéu, com laços nas orelhas, tudo pra variar traços e não se tornar padrão. Na postagem a coloquei completa. Impublicável hoje em dia por ter balão e incêndio na quermesse.
Era comum títulos das história serem a fala do personagem. Nessa história foi a música do "Cai, cai balão!" cantada pelo Chico. Outra curiosidade é que tinham histórias do Chico de festa junina fora de época de junho, sendo chamada de quermesse por eles. Nessa até que saiu em revista de junho, mas, por exemplo, a história "Simpatia para arrumar namorada", de 'Gibizinho do Chico Bento Nº 4', saiu em novembro de 1991.
Muito DEZ nunca tinha lido está HQ antes... 😮😂
ResponderExcluirConheceu agora rs. Muito legal essa hq.
ExcluirHistória show. Bem movimentada e sem perder o sentido. Gostei muito!
ResponderExcluirMuito bacana mesmo, encaixaram as situações de uma forma muito boa.
ExcluirEm certos momentos ele estava esperto sim como no correio elegante, mas na hora de apagar o incêndio e de pescar o Chico, por exemplo, foi o lerdo de sempre. Até que não tinha muito politicamente correto na época, ficou mais no final da década em diante.
ResponderExcluirTambém achei o zé lelé descaracterizado em alguns momentos
ResponderExcluirEm alguns momentos ficou sim, outros não.
ResponderExcluirEu tinha essa revista com o "preço congelado" kkk
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