Esta é a postagem "Nº 400" do blog e então vou relembrar aqui como foram as edições 400 publicadas na Editora Globo.
As revistas que chegaram a marca de 400 edições foram as do Cascão, Chico Bento (estes ainda nas suas fases quinzenais) e Magali (já na fase mensal). Foram edições absolutamente normais. Em nenhuma tiveram comemoração, nem na capa (todas com piadinhas convencionais), muito menos nas histórias de abertura e de miolo, como aconteceram nas edições "Nº 100" e "Nº 200". Até concordo que não tenham histórias especiais comemorativas porque torna-se cansativo, mas podiam pelo menos colocar capas com alusão à marca histórica.
A seguir, comento as histórias de abertura de cada revista:
Cascão:
Chegou ao "Nº 400" na Editora Globo em maio de 2002. A capa foi com piadinha do Cascão chegar no topo da montanha antes da chuva ter caído e até que dava para fazer adaptação, colocando um "Nº 400" na bandeira no lugar de um porco. O gibi teve 6 histórias no total, contando com a tirinha final, e a história de abertura foi "A difícil arte de montar um aviãozinho".
Na trama, com 13 páginas no total, o pai do Cascão, seu Antenor, vê o filho mexendo com um aviãozinho de montar e resolve ajudá-lo. Só que seu Antenor não sabe montar e acaba se atrapalhando todo. Enquanto tenta, ele não deixa o Cascão falar o que queria, sempre interrompendo quando o filho tentava falar algo. Depois de muitas atrapalhadas do seu Antenor, como colar peças nas mãos e nos pés, deixar cair na pia do banheiro e quebrar peças importantes, ele mostra um aviãozinho montado de forma toda torta.
Trecho da HQ "A difícil arte de montar um aviãozinho" (2002) |
No final, Cascão consegue avisar ao pai que tem vários aviõezinhos montados no quarto dele e que só estava usando a caixa que veio o avião para cortar papel pra fazer pipa. Seu Antenor se empolga mais uma vez, querendo fazer pipa com o Cascão, que foge e se esconde atrás de uma planta da casa, falando ao Chovinista que se o pai perguntar é para dizer que foi jogar futebol.
Trecho da HQ "A difícil arte de montar um aviãozinho" (2002) |
Já o resto do gibi foi só com histórias mudas, só a tirinha com texto. Algumas curtas, outras longas demais que só serviram para encher linguiça. Nos últimos gibis quinzenais, tinham muitas histórias mudas com o gibi quase todo só com histórias sem palavras. Em alguns até as de abertura eram assim, ou senão só a abertura tinha texto e as demais mudas. E esse gibi do 'Cascão Nº 400' seguiu a mesma linha do que estava saindo. Eu já não sou muito fã de histórias mudas e encontrar um gibi inteiro só com histórias assim acho péssimo e um desperdício de papel. Eu gosto de histórias mudas até com 3 paginas, no máximo 4. Mais que isso acho enrolação. Histórias com secundários nessa edição foram com Bidu e Penadinho, sempre presentes nos gibis do Cascão, sendo que mudas também cheias de enrolação.
Chico Bento:
Foi lançada também em maio de 2002. Com a capa com piada do Chico acertando um pião na cabeça de um tatu e 6 histórias no total, a revista abre com a história "Batata Quente", com 8 páginas.
Nela. Chico assa um batata e não consegue segurá-la com as mãos causando muitas confusões. A batata quente vai parar em tudo quanto lugar, como na cabeça de um menino valentão, atrai um javali por causa do cheiro e a batata ainda vai parar nas mãos do Zé da Roça, Zé Lelé, Hiro e outros meninos da vila, que não conseguem segurá-la de tão quente estava. Até que a batata vai parar no rio, mas quando o Chico vai pegar, um peixe chega e devora toda. No final, chico vai pescar o peixe que comeu a batata dele.
Trecho da HQ "Batata Quente" (2002) |
Naquela época o Chico já estava com nariz menor, como se encontra até hoje. Era bem melhor quando o Chico tinha narigão. As outras histórias dos gibis todas normais também, sendo 2 delas foram mudas longas demais, com 5 páginas cada uma, com muita encheção de linguiça tão comum na época. Histórias com secundários teve uma do Papa-Capim, que sempre tinha histórias nos gibis do Chico.
Trecho da HQ "Batata Quente" (2002) |
Magali:
Lançada em setembro de 2006, com capa com piada da Magali comendo milho no lugar de tocar gaita, já compreendeu a fase mensal da revista da Magali (que começou em 2003) e por isso foram 6 anos para atingir a marca, já que a "Nº 300" saiu em 2000. As revistas quinzenais levavam 4 anos para atingir 100 edições, enquanto que as mensais, são 8 anos.
A história de abertura foi "Tem ração nova no almoço", com 10 páginas, em que o Mingau está com fome e Magali dá para ele a ração "Gatex" de sabor gengibre com jiló em vez da ração "Friscas". O gato não gosta da mudança de cardápio e vai fazer queixa com a Magali, que explica que só tem aquela ração para ele comer e vai ter que comê-la ou senão passa fome.
Trecho da HQ "Tem ração nova no almoço" (2006) |
Mingau tenta fazer greve de fome por causa disso, mas não dura mais que 5 minutos e tenta provar a ração. Ele pega uma e acha horrível, mas o estômago ronca e ele come tudo. Logo depois o estômago ronca de novo e ele vai pedir mais ração para Magali e come tudo. No final, com o estômago satisfeito, dá vontade de cagar, mas quando o Mingau vê que a areia da caixinha dele é diferente, se recusa a cagar, mesmo com muito vontade.
Trecho da HQ "Tem ração nova no almoço" (2006) |
Esse gibi teve 8 histórias no total. Não tiveram mudas, porém poucas histórias protagonizadas pela Magali. Foram só 3 e mais uma tirinha, sendo que a de abertura ela dividiu o espaço com Mingau. Tiveram histórias de secundários com Tina e Penadinho. Quando o gibi da Magali se tornou mensal, passaram a ter histórias com as turmas da Tina e do Penadinho como secundários fixos, coisa que não tinha na sua fase quinzenal, que só tinha histórias solo do Dudu e Mingau, que fazem parte da turma da Magali. Com isso, passaram a ter menos histórias da Magali em seu próprio gibi, porque além de Tina e Penadinho, ainda tinham histórias do Mingau e Dudu, sendo que o Mingau, inclusive, estava aparecendo demais e tomando conta dos gibis da Magali.
A história mais marcante do gibi foi a de encerramento, "Histórias de gato", outra história do Mingau longa, com 18 páginas no total, com o Mingau indo para Florianópolis até à casa do roteirista Paulo Back para ver se escreveria história dele e Mingau contracena praticamente a história toda com os gatos do Paulo Back.
Trecho da HQ "Histórias de gato" (2006) |
Então, essas foram as edições de "Nº 400", que só valem a pena ter pelo valor do número histórico. Não foram nada de especiais, seguindo o estilo da época, com direito a muitas histórias mudas cheias de enrolação. Sempre lembrando que comentei sobre os gibis que alcançaram a marca de 400 edições na Editora Globo, porque na realidade esses gibis do Cascão e Chico já eram as de "Nº 514", contando com os exemplares da Editora Abril, e apenas Magali que foi a verdadeira "Nº 400".
Se a MSP não reiniciasse a numeração quando mudaram de editora, as verdadeiras números 400 que saíram na Editora Globo foram: 'Cascão Nº 286' (de 1997), 'Chico Bento Nº 286' (de 1998), 'Mônica Nº 200' (de 2003) e 'Cebolinha Nº 232' (de 2005). As do Cascão e Chico tiveram essa diferença de anos porque a do Cascão foi a última de 1997 e a do Chico foi a primeira de 1998 por causa de calendário. Em uma semana chegava Cascão, na outra Chico. Abaixo, mostro as capas das verdadeiras números 400, juntando as Editoras Abril e Globo:
Capas da Globo: 'Cascão Nº 286' (1997), 'Chico Bento Nº 286' (1998), 'Mônica Nº 200' (2003) e 'Cebolinha Nº 232' (2005) |
Parabéns pelas 400 postagens! E sempre mantenha seu ótimo trabalho!
ResponderExcluirObrigado, Guilherme!!!
ExcluirÓtima postagem, Marcos! Apesar das edições não serem especiais, te agradeço muito pelas 400 postagens e que seu blog continue por muitos anos. Um abraço e que Deus lhe abençoe!
ResponderExcluirPena q essas edições não tiveram nada de especial, apesar da marca histórica. Valeu, Daniel. Muito obrigado. Abraço
ExcluirValeu pelo elogio, Fabiano. O Mingau aparecia muito nos gibis da Magali dos anos 2000. Eu gosto dele, mas era demais, quase todas edições as hqs de abertura era com ele e ainda tinham outras dele em um mesmo gibi, aí ficava cansativo.
ResponderExcluirOs gibis daquela época eu não curtia muito, normalmente era bem isso como vc descreveu: as hqs de abertura eram melhores e as demais tudo encheção de linguiça, isso sem contar as intermináveis hqs mudas, isso quando a de abertura tbm era muda.
Abraço
Olá Marcos, me chamo Ashley Renselmann, meu facebook é https://www.facebook.com/AshleyRenselmann sou Web Designer e queria dizer que parabéns pelo blog, sou fã do personagem Astronauta, queria que você fizesse um especial sobre ele e a ritinha. Pois eu sempre sonhei que os dois dessem certo, mas é uma pena que ela tenha se casado com outro. :'( faça um especial sobre ele, por favor... Estou esperando mais publicações dele faz bastante tempo.
ResponderExcluirObrigado Ashley, q bom q tá gostando do blog. Quando der faço postagem do Astronauta com Ritinha, foi uma ótima fase do Astronauta.
ExcluirAshley onde vc está? Yan
Excluire ai, achou ela?
ExcluirCriei postagem do Astronauta com Ritinha, aqui o link
Excluirhttps://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2019/06/a-saga-de-historias-do-astronauta-sem-ritinha.html
Quando chegar na postagem de nº 500 vai falar do gibi da Mônica 500 apenas ou todos de uma vez? e quando chegar na 600? vai falar das do Cascão e Chico Bento?
ResponderExcluirBruno, quando chegar o post 500, pretendo falar de todos, com ênfase maior na Mônica. Sobre 600 a princípio não vou falar, aqueles gibis do Cascão e Chico não tiveram absolutamente nada de mais e aí o post 500 deve ser o último com referência a número de postagem atual. Pode ser q mude de ideia até lá, afinal tem muito tempo ainda rs.
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