A história que compartilho é protagonizada pelo Papa-Capim e mostra a aventura de um cachorro perdido na selva. Ela tem 8 páginas e foi publicada em Chico Bento nº 28 - Ed. Globo ,1988.
Capa de Chico Bento nº 28 (Ed. Globo, 1988) |
"O animal desconhecido" começa com o Papa-Capim caçando com sua filhote de onça de estimação, a Guatira. Enquanto estão caçando, encontram um cachorro e o Papa-Capim não conhece que bicho é aquele. Ele resolve caçá-lo e, quando joga sua lança, para sua surpresa, o cãozinho traz de volta para ele jogar de novo. Na verdade, pensa que o Papa estava brincando com ele.
Com isso, Papa-Capim percebe que o cãozinho é amistoso e desiste de caçá-lo e deixa ir. Só que o cão gostou dele e quer ir junto com ele. A partir daí, ele ajuda o Papa-Capim a caçar um perdiz e ainda o livra de ser mordido por uma cobra, deixando a onça Guatira enciumada. Papa-capim fica admirado com o cão e o leva pra aldeia e esquece da Guatira.
Guatira então fica triste e sai à procura de uma caça pra agradar o seu dono. Enquanto está farejando, encontra dois "caraíbas", que estavam à procura do seu cãozinho que desapereceu, que na verdade se chama Pipoca. Eles veem a Guatira e, à princípio, ficam assustados, mas resolvem segui-la, já que percebem que ela quer levá-los a algum lugar.
Chegando a aldeia, eles encontram o Pipoca, que fica feliz ao vê-los e o levam de volta para a tristeza do Papa-Capim. Ele elogia o cachorro e ver que a Guatira ficou triste, já que estava sendo deixada de lado. Papa-Capim percebe que vacilou com ela e diz que a melhor amiga do índio é a oncinha e fazem as pazes e voltam a caçar juntos, deixando escapar um ditado: "Quem não tem cão, caça com gato".
Na postagem, deixo a história completa. Uma historia muito bonita, mostrando o amor com os animais, mesmo sendo retratada no universo dos índios, o que se torna um diferencial. Interessante ver o Papa-Capim com lança na mão e mostrar um animal morto, coisas que não tem mais nos gibis novos.
Tenho esse gibi e recordo bem essa história. Bonita. Trata do amor pelo animais, mas não deixa de lado a necessidade humana em alimentar-se da carne de outros animais. Uma época ainda "racional" do MSP, que aos poucos vai-se perdendo.
ResponderExcluirVerdade Kleiton é bem bonita sim. E infelizmente a MSP vem perdendo sempre ao deixar de fazer hqs assim. Abraços
ExcluirGostei de ver a história. Atualmente não tenho gostado muito das histórias do Papa-Capím, pois não concordo com essa coisa de "ame os animais", pois os índios antigamente viviam da caça predatória para seu sustento, e o Papa-Capim, pelo seu visual e de toda a tribo, é aquele índio de raíz. Outro dia li uma HQ em que ele perseguia uma onça adulta pra caçar, mas ele sempre perdia sua flexa (ou flecha, nem sei mais...). Quando ele finalmente certificou-se de que sua ferramenta não lhe escaparia das mãos e, com a onça bem diante de si, de repente veio um amor louco aos animais e ele simplesmente terminou a história abraçado a ela. Ora... eu teria feito simplesmente o animal sentir-se furioso por estar acuado e com isso ele, então, com medo, sairia correndo. Assim não fugiria da tradição indígena de caça e ainda valorizaria o empenho da onça em se defender como o animal selvagem que é.
ResponderExcluirMas essa sua história mostrada está em um contexto completamente diferente. O foco foi mostrar o bicho de estimação e tal... e que ele mancou mesmo com a tal oncinha dele que estava ficando de lado. Gostei dela. XD Saudades de boas histórias com o Papa-Capim.
Obrigado por compartilhar!
Abraços.
Fabiano Caldeira.
Fabiano, não tenho acompanhando hqs novas do Papa-Capim, li pouquíssimas dele da Panini. Sai mais nos gibis do Chico Bento.
ExcluirDentre as q eu vi estão diferentes mesmo. Gostava muito das hqs mostrando a cultura indígena. Amante da natureza como essa hq q vc citou não rola e difícil de aturar. Como a MSP já mudou tanta coisa dos outros núcleos, com ele não seria diferente.
Ah o correto é: flecha. Abraços
Saudades desse tempo não é? Chega a irritar esse "politicamente correto"! Comentando ainda o post anterior, comprei a edição Extra do Dudu no mesmo dia em que você postou e realmente adorei. Essa história do Papa Capim na edição do Chico é daquelas que marcam muito a vida do leitor, pois têm uma mensagem belíssima. A MSP devia tomar como exemplo que se a história é legal e tem uma moral, quem vai pegar alguma coisa como mal exemplo? Continua postando essas histórias que o blog tá ficando cada vez melhor. E lembra daquela do Cascão no Natal ok? Valeu demais amigo. Um abraço!
ResponderExcluirCom certeza Heri. Desde q tenha uma lição de moral no final pra mostrar q o errado não vale a pena, não tem problema nenhum. Infelizmente eles não pensam assim e temos q se contentar com as hqs antigas mesmo.
ExcluirPode deixar q volta e meia posto hqs q marcaram. Legal q vc gostou. Não esqueci aquela do Cascão, quando der eu posto.
Abraços
Marcos, um erro grave seu foi dizer que a Guatira aparece apenas nessa história. Ela era um personagem fixo, como todos os outros do núcleo do Papa-Capim. Desde os primórdios na ed. Abril a oncinha já estava lá, dando as caras (e as garras). Acontece, que com essa onda de " protegia os animais silvestres" " eles devem ser livres" e "não tenha animais silvestres de estimação " a Guatira sumiu, e hoje ninguém mais se lembra dela. Virou um personagem esquecido. Foi pro limbo.
ResponderExcluirAchei isso uma bobagem e fiquei indignado. Na selva, os animais estão em seu hábitat natural, e podem fazer o que quiserem. Além do mais, os índios tem todo o direito de criar papagaios, catetos e outros bichos assim, pois eles não deixam de estarem em contanto com a selva. Será que o Maurício não enxergou isso? Se a personagem estivesse presente ainda hoje, renderia ótimas histórias, e deixaria a turma do Papa menos enjoativa do que está ficando, com essa ecologia. Nada contra, muito pelo contrario, mas os indígenas tém o direito de exercerem sua cultura.
Desculpe aí pelo comentário gigante!!
Gabriel, muito obrigado pela correção, agora vc falando eu lembro de hqs lá dos anos 70 q a Guatira aparece. Consertei no texto.
ExcluirSobre ela não aparecer, concordo q é bobagem, não justifica nada. Parece q nas hqs atuais do papa-Capim a cultura indígena tá cada vez mais deixada de lado. Lamentável.
Valeu pelo comentário. Abraços
Olha Marcos, tudo bem que essa história do Papa Capim é muito boa e clássica, mas você esqueceu de falar que ela foi republicada em Um Tema Só # 3 - Cebolinha - Planos Infalíveis (Ed. Globo, 1993), que além de republicar histórias de planos infalíveis do Cebolinha, também republicaram Bidu, Chico Bento, Papa Capim, Pipa, Penadinho, Astronauta e etc... A história foi também republicada no Almanaque Papa Capim e Turma da Mata # 5 (Ed. Panini, 2012), que também republicou histórias da Turma da Mata, como Jotalhão, Coelho Caolho, Raposão e Rei Leonlino. Também nessa edição do Chico Bento, tem a história marcante "Maico Jeca", em que Rosinha deixa o Chico Bento se transformar em Maico Jeca (paródia do Micheal Jackson) depois de um pedido de uma estrela cadente. E com isso, ela acha que perdeu o Chico para sempre, mas pelo menos a história tem um final feliz, eles ficam esperando outra estrela cadente para o Chico voltar ao normal. História muito bem criativa, com traços incríveis e uma ótima maneira de homenagear o Micheal Jackson, já que ele morreu em 2009. Falando na morte dele, descobri que além da HQ ser republicada em Turma da Mônica Especial Maico Jeca (Ed. Panini, 2009), ela foi republicada também em Almanacão Turma da Mônica # 10 (Ed. Globo, 1999). Acho que você podia falar dessa HQ e me dizer se já conhece essa história.
ResponderExcluirSim, conheço a hq "Maico Jeca" do Chico, lida nessa revista do Chico # 28 e do Especial de 2009. É legal, sim.
ExcluirSobre as republicações dessa hq do Papa-Capim, é q eu só coloco informações de republicações quando falo de histórias da Editora Abril. É q como eu não tenho muitos gibis da Ed. Abril, aí fica como forma de quando li a hq pela primeira vez.
Como os da Globo eu tenho, aí opto por não informar as republicações. Se vc quiser, pode informar as q vc sabe para quem quiser ver.
lind estória
ResponderExcluirOs estudantes do 6º ano A da Escola Estadual "Professora Marines Fátima de Sá Teixeira", de Alta Floresta, Mato Grosso, amaram a história da Guatira e o Papa Capim. Vieram parar neste blogspot porque estão estudando sobre as onças-pintadas. Essa viagem começou com as notícias sobre a Amanaci e o Ousado, vítimas do incêndio no Pantanal mato-grossense, no ano passado (2020). Um grande abraço da professora Angelita e dos estudantes: Ana Clara, Ana Carolina, Djulia, Eduardo, Gabrielle de Almeida, Gabrielly Martins, Guilherme, Lucas, Nicolly, Sofia, Stephany, Victor e Yasmim. (Fizemos aqui um comentário coletivo, cumprindo o que propõe a habilidade EF67LP02.) Um grande abraço. Vamos continuar os estudos sobre os "gatinhos" e HQs.
ResponderExcluirQue bom que a história serviu como aula e os alunos gostaram, sempre bom saber de histórias assim aproveitadas. Continuem estudando, sim, e abraços a você e a todos os alunos.
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