segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Rolo: HQ "Julião, o alienado"


Mostro uma história em que o Rolo leva para a praia seu amigo Julião, alienado do mundo e que causa confusão por causa disso. Com 5 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 176' (Ed. Abril, 1984).

Capa de 'Mônica Nº 176' (Ed. Abril, 1984)

Na praia, Rolo fala com o seu amigo Julião que devia estudar  menos, desgrudar dos livros, já foi um custo tirá-lo do apartamento para ir à praia. Julião diz que não liga para praia, Rolo fala que devia porque vive alienando do mundo. Julião diz que está por dentro dos assuntos atuais como a última equação descoberta por um físico alemão, as últimas novidades no campo da energia atômica e sobre origem dos buracos negros.

Julião vê uma mulher com um mini biquíni, para de falar e fica paralisado. Rolo joga água do balde no amigo, que fala desesperado para pegar uma toalha porque a mulher está quase pelada, logo vê as outras também e manda Rolo fazer alguma coisa, toda a mulherada quase sem roupa vai ficar doente. Rolo avisa que por isso Julião está alienado das transações da vida, como que nunca viu uma tanga. 

Tina aparece com tanga com bunda à mostra e pergunta que escândalo é aquele. Rolo diz que o Julião de tanto estudar e viver trancado no apartamento nunca viu uma tanga. Tina fala que ele está por fora, hoje em dia quanto menos roupa, melhor, dá para curtir a natureza. Julião diz que sabia o que era uma tanga, só estava brincando. Rolo e Tina saem para buscar sorvete, Julião, sozinho, fica boquiaberto com uma mulher na praia com tanga e diz para si mesmo para acordar, não ficar com cara de bobo para os outros pensarem que ele é alienado.

Julião pega uma tesoura para mostrar que é avançadinho, corta a alça do maiô de uma mulher gorda, dizendo que o negócio é usar tanga e vai ajudá-la. A mulher fica desesperada, o namorado dela dá uma guarda-solzada no Julião, o chamando de sem-vergonha, a polícia aparece e leva Julião preso enquanto o povo da praia vai atrás apoiando que ele seja preso. Rolo volta e estranha que Julião sumiu. No final, já na cadeia, conta para os outros presos de cela o que aconteceu e eles dão gargalhada e Julião manda rirem mais baixo para ele poder ler o livro em paz.

História engraçada em que o Rolo leva para a praia o seu amigo Julião, que vivia só dentro de casa estudando, sabia muito das coisas científicas, mas não sabia o que era tanga, ficou surpreso que as mulheres ficavam com tangas tão pequenas na praia. Resolve tirar maiô da mulher depois que contaram que o certo era ficar de tanga e acaba parando na delegacia e preso por ser taxado de tarado sem-vergonha.

Por mais que Julião estudasse, deveria saber das coisas do mundo e o que se passava ao seu redor. Se não ficasse tanto na frente de livros, não aconteceria isso. Muita alienação achar que as mulheres estavam praticamente peladas e ainda tinha medo que elas ficassem doentes por isso. Tanto tempo sem ir à praia e não imaginava como mudou os biquínis delas, no tempo dele não era tão minúsculos assim e se sentiu que estava em uma praia de nudismo. Pior foi ainda pensar que era regra que todas tinham que usar tanga e achar que era normal cortar o maiô da mulher do nada, achava queria ajudar e ficou preso e virar chacota dos outros presos.

Mesmo na prisão, continuou sem aprender nada, só se importando ficar lendo livros. Fica imaginação a sequência após o final de como ele saiu da prisão e o mistério de como a Tina estava de frente na parte de baixo do biquíni. Foi engraçado ver a cara do Julião impressionado com as tangas das mulheres e mandar buscar toalhas para elas,  dizer para si próprio para ele acordar e reconhecer que era alienado e estava mais por fora que umbigo de vedete, o  namorado da gorda chamá-la de gatinha.

Rolo e Tina acabaram sendo figurantes na história, o verdadeiro protagonista foi o Julião, tanto que no título nem teve referência ao Rolo. O Julião apareceu só nessa, mas bem que podia ter ficado como personagem fixo, ser aproveitado com outras alienações e também ser um cara inteligente com histórias com eles na faculdade ou cursinhos. 

Traços ficaram ótimos no estilo da Turma da Tina dos anos 1980. É impublicável atualmente por mostrar mulheres quase nuas com mini biquínis, mostrar destaque para a bunda da Tina, sensualidade, ter final triste para o Julião, personagem preso na cadeia sem ser bandido e violência com a guarda-solzada na cabeça do Julião. Nunca foi republicada até hoje, o que se tirna rara, poderia ser a partir de 1990, mas acabou sendo esquecida e hoje, nem pensar. A capa dessa edição da Mônica acabou sendo referência só ao brinde da revista em miniatura, hoje rara, era comum na Editora Abril terem capas só com referência a algum brinde ou promoção. 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Capa da Semana: Cebolinha Nº 173

É verão no Brasil e mostro uma capa em que o Cebolinha surfa no mar, altas ondas e grande performance, só que com uma boia na cintura, se cair, pelo menos não se afoga. Cebolinha muito esperto, para tudo dá um jeito, precaução custa nada.

Capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 173' (Ed. Globo, Janeiro/ 2001).

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Penadinho: HQ "O Bug da Morte"

No Dia de Réveillon, mostro uma história em que na virada de ano a Dona Morte mandou almas para reencarnação para o passado por causa de um erro do seu computador. Com 13 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 159' (Ed. Globo, 1999).

Capa de 'Mônica Nº 159' (Ed. Globo, 1999)

Dona Morte chama as almas para a reencarnação, conta para o Penadinho que agora está informatizada, com um computador, pega os dados das almas, joga no programa e vai direto para o setor de reencarnação. João Euclésio e Maria Creozodete foram os últimos a reencarnarem no século XX e a partir de agora serão os do ano 2000, o ano novo que ia chegar.

Um fantasma pega a ficha e que será o primeiro do século a nascer, dia 01º de janeiro de 2000, meia noite e cinco, e mais dois também vão reencarnar no mesmo dia. Dona Morte se despede deles e depois comenta com o Penadinho que o trabalho cansa, pelo menos ela tem a máquina para ajudá-la e Penadinho fala que depois do Frank, é o parafuso que ele mais gosta.

Dona Morte resolve tirar uma folga até o final do dia, quando surge a Dona Cegonha. Dona Morte pergunta se está de folga também e Dona Cegonha responde que deveria, mas ela fica pedindo para fazer cada coisa absurda, mandando almas para reencarnar no passado, aí teve que pedir autorização para São Jorge, São João e São Pedro. Dona Morte acha errado Dona Cegonha mandar alguém de ré, se ela mandou para frente e Dona Cegonha diz que errado é o seu serviço depender da Dona Morte.

Dona Morte confere os dados da alma, tudo certo em nomes, time de futebol, data que bateu as botas e de reencarnação em janeiro de 00. Penadinho fala que o computador está com o Bug do Milênio, Dona Morte diz que o computador é um bandido miserável, ela lhe deu cama, carinho, roupa lavada e a trocou por esse Bug-do-Sei-Lá. 

Penadinho diz que Bug do Milênio não é gente nem doença, é falha de programação dos computadores antigos, na hora de passar os dados para o ano 2000, toma os zeros e como se fosse o ano 1900 e pode acontecer também com videocassetes, relógios, micro-ondas. Dona Morte, então, se dá conta que as almas reencarnaram em janeiro de 1900 e vai ao passado com o Penadinho para resgatar as almas que reencarnaram em data errada.

Já em 1900, vão a uma casa que estava uma alma enviada, o casal estranha o bebê ter aparecido lá de repente. Dona Morte se apresenta como a besta das bestas, que não toca campainha, chega sem avisar e que leva o que não pede. A mulher pensa que é avó dela e Dona Morte fala que ela é a Morte. O casal quebra a parede e saem correndo de casa e Dona Morte leva o bebê. 

O próximo bebê irá nascer na maternidade Mamãe Feliz, só que a maternidade ainda estava em construção. Dona Morte encontra o bebê em um andaime, que sobe com ele na construção. Ela sobe até lá para buscar e os construtores se jogam dos andaimes com medo da morte. Já o outro bebê estava no carro de leite, consegue buscá-lo e todos voltam ao cemitério em 1999.

Dona Morte manda os bebês marcharem até à Dona Cegonha, entrega as fichas a mão para enviá-los para o ano 2000 e Dona Cegonha diz para ela não complicar na próxima vez. Dona Morte pergunta para o Penadinho o que fazer com o computador que lhe custou uma grana. Penadinho diz que Doutor Frankestóin pode dar um jeito. Dona Morte queria desligar, aperta um botão errado de apagar tudo e acaba apagando cemitério todo e Dona Morte comenta que em 1900 ninguém tinha esse tipo de problema e Penadinho fala para ficar fria, que um dia ela aprende.

História bem bolada e divertida que a Dona Morte sem querer encaminha as almas para serem reencarnadas 100 anos atrás porque o computador interpretou que o final 00 se referia ao ano 1900 e não ao ano 2000. Dona Morte e Penadinho voltam para o passado pra buscar os bebês que estavam em 1900 e, com isso, consegue desfazer a confusão e no final entra em outra confusão ao apagar todo o cemitério ao clicar na tecla do computador que apaga tudo. Já que o bug deu pane no computador, passou a apagar todo ambiente externo em volta ao clicar a tecla DELETE.

Começava informatização de empresas na época e com a Dona Morte chegou a informatização de cadastro de almas que chegavam e que iriam ser reencarnadas no banco de dados do cemitério. Se não tivesse comprado um computador tão antigo e se fosse mais esperta digitalmente, nada disso tinha acontecido. Aliás, um computador de 15 anos naquela época era jurássico, pelo visto Dona Morte não queria gastar muito já que computadores eram caros. 

Era legal também rivalidade entre Dona Morte e Dona Cegonha nas histórias, sempre eram divertidas. Vimos que Dona Morte tinha capacidade de viajar no tempo se precisasse, sem precisar de uma máquina do tempo para isso. A viagem ao passado foi boa, as pessoas de 1900 fugiam da morte exatamente como seria atualmente, isso não mudou através dos séculos, teve construção de maternidade Mamãe Feliz lá que seria muito famosa durante o século XX e ainda vemos coisas datadas como carro do leite da Leitaria do Brás que entregava para as casas.

Destaques para várias cenas e tiradas engraçadas como Dona Morte dizer "terrível Ano-Novo", fantasma dizer que o limbo não era um lugar sério, ter time de futebol no banco de dados da reencarnação, Dona Morte tirar folga, como se a Morte descansasse por um momento, tratar computador como uma pessoa e pensar que Bug era outra pessoa por qual o computador a trocou, a forma da Dona Morte se apresentar para o casal em 1900, os bebês marchando, Dona Morte dizer para os bebês irem com Deus e sem demorar para morrerem para voltarem logo para o cemitério.

Tiveram algumas paródias como "Fontasma" (herói Fantasma), "Ispilbergue" (Steven Spielberg), "Charlie Chapis" (Charlie Chaplin). O nome da fantasma Maria Creozedete depois foi aproveitado com a criação da vidente Madame Creuzodete, que se tornou a vidente fixa nas histórias a partir de 2001.

Foi última história da Globo com tema de Réveillon e Ano Novo, depois pararam de fazer histórias com esse tema, deixando só histórias de Natal nos gibis. Na época, histórias da Turma do Penadinho eram mais curtas nos gibis quinzenais do Cascão e mais desenvolvidas nos gibis da Mônica, Cebolinha e Parque da Mônica.

Teve informação errada de que o século XXI iria começar no ano 2000, na verdade foi em 2001, o que poderia ter falado só que seria o primeiro bebê nascido no ano 2000 ou da década de 2000. Ainda assim, matematicamente o correto é uma década começar em anos terminados em 1 e acabar em anos terminados e 0, assim como século e milênio, pelo menos na década fica algo mais popular como até a mídia posta assim.

Foi boa sacada retratar o Bug do Milênio que era um assunto muito comentado pelo pessoal na época com o avanço da tecnologia, que não prestaram atenção na programação de computadores com datas abreviadas em dois dígitos que não conseguiam interpretar anos do segundo milênio e podiam dar pane na virada do milênio. 

A expectativa do povo para entrada do ano 2000, também era grande desde pelo menos 20 anos antes, sempre falavam de ano 2000, faziam contagem regressiva para presenciar novos século e milênio, até para citar que algo era ultrapassado e que estavam progredindo, diziam algo como "estamos há x anos para ano 2000 e você ainda com esse pensamento antiquado". Aí, a MSP que sempre gostava de abordar assuntos do momento tinha que fazer história assim de Réveillon para entrada de 2000 e o Bug do Milênio.

Tudo indica que a história foi escrita pelo Paulo Back, é incorreta atualmente por envolver reencarnação, citar nome de Deus e santos, e também não fazem mais histórias sobre Réveillon e Ano Novo há muitos anos, palavra "bandido" é proibida assim como expressões populares e com duplo sentido como "peraí", "bater as botas", "fica fria", etc, computador de mesa com monitor tubo e videocassete são datados e mudariam isso hoje. Os traços ficaram muito bem desenhados assim.

FELIZ ANO NOVO PRA TODOS!!!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Uma história do Humberto incompreendido por ser mudo

Mostro uma história em que o Humberto fica deprimido porque tenta falar e não consegue. Com 3 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 30' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Cebolinha Nº 30' (Ed. Globo, 1989)

Humberto tenta falar com o Cascão e se dá conta que o amigo não ouviu e fica triste. Depois cai um vaso na cabeça do Humberto, que tenta reclamar com palavrões, não sai som e fica triste de novo. Em seguida, uma menina tem interesse por ele, que tenta declarar poema e a menina o chama de maluco por não ouvir voz. Fica triste de novo até que ele encontra um poço dos desejos e faz pedido para falar. Consegue e sai correndo em disparada para casa bem animado para contar a novidade para a mãe, que manda calar a boca porque está vendo novela. 

História legal, curtinha típica de miolo e bem divertida. Humberto foi incompreendido a história toda porque não fala, inclusive sendo chamado de maluco e quando finalmente consegue falar, a mãe manda ficar quieto para ver novela, como se a novela fosse mais importante que a felicidade do filho. Só uma frase conseguiu estragar com a felicidade dele. Que mãe é essa?

Deu pena do Humberto tentar falar e ficar deprimido porque não conseguia, nem palavrão dava para falar. É certo que o ele voltou a ficar mudo de novo, a sequência após a história ficou a imaginação dos leitores se o efeito do poço dos desejos era temporário ou o trauma do Humberto com a mãe foi tão grande que voltou ao poço e pediu para voltar a ficar mudo. E ficou uma reflexão dos problemas que os mudos podem passar na vida real e alertar que não se deve fazer e crítica de mães que não dão atenção aos filhos.

O Humberto passava vários constrangimentos por ser mudo, maioria das vezes o coitado se dava mal, muitas vezes ele era chamado de louco por quem não o conhecia, isso foi só nesta história. O normal era o Humberto emitir "Hum! Hum! Hum!", mas tinham histórias que era mudo por completo como nessa, variava de acordo com o roteiro. Quando falava em histórias, era por um momento por causa de poço de desejos, fadas, cientista , etc. Às vezes, enganava os outros que falava através de gravador ou por ventríloquo.

Histórias com poço dos desejos sempre eram divertidas, sempre realizando desejos impossíveis dos personagens e em cima das suas características principais. Essw poço teve capacidade de ler pensamentos já que o Humberto não falava. Atualmente é impublicável por fazerem chacota com deficiente, não ter final feliz para o Humberto. Hoje pode acontecer nada de mal com os deficientes e histórias com eles são só didáticas, ensinando como devem ser tratados. Também é errado absurdos como poço dos desejos, além de cair vaso na cabeça do Humberto, a tentativa de falar palavrão e o possível namoro do Humberto e a menina, mãe não dar importância para o filho e a televisão tubo mudariam pra TV LED para não ter coisas datadas nos gibis.

Os traços ficaram bem caprichados, típico de histórias de miolo da segunda metade dos anos 1980. Foi história quase toda muda, mas teve algumas falas durante, aí não foi muda por completo. O título foi bem criativo representado com forma de balão sem palavras, não pode considerar que é uma história sem título de fato. Teve erro de Humberto tentar falar algo de boca fechada no terceiro quadro da primeira página.

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Seu Cebola: HQ "Um papai maior que o Natal"

Mostro uma história em que o Seu Cebola fica com dilema de dar ou não para crianças pobres os presentes de Natal que tinha comprado para os filhos. Com 6 páginas, foi história de encerramento de 'Cebolinha Nº 156' (Ed. Abril, 1985).

Capa de 'Cebolinha Nº 156' (Ed. Abril, 1985)

Seu Cebola se prepara para se fantasiar de Papai Noel para fazer surpresa para seus filhos. Enquanto Dona Cebola coloca as crianças para dormirem, Seu Cebola vai à loja do Seu Afonso para comprar a fantasia e os presentes deles. Seu Afonso já deixou roupas e saco de presentes separados, Seu Cebola põe a fantasia e Seu Afonso acha que é um Papai Noel magro e que fez plástica para tirar as rugas.

Seu Cebola lhe deseja um feliz Natal e no caminho de casa encontra duas crianças pobres, que pensam que ele era o verdadeiro papai Noel e perguntam o que trouxe de presente para elas. Seu Cebola diz que já distribuiu todos os presentes e no saco tinha roupa suja. Os irmãos choram e ficam muito tristes com mais um Natal sem presentes e vão embora com o menino dizendo que pensava que o Papai Noel era um velhinho bacana, mas nunca lembra deles.

Seu Cebola fica com pena, mas não pode dar os presentes dos filhos para eles. Vai até a casa dos irmãos, vê as crianças comentando que os vizinhos que podem comprar presentes, ganham do Papai Noel todo ano e eles, nada. Seu Cebola se comove, acha que se explicar para os filhos vão entender e resolve dar os presentes deles para os irmãos pobres.

A menina fica muito feliz com a boneca que ganhou e o menino, com a bola de capotão, agradecem e falam que ele é o velhinho mais legal do mundo. Seu Cebola volta para casa, tira a fantasia e espera que os filhos entendam que ele fez. Quando entra em casa, surpreende que Cebolinha e Maria Cebolinha tinham ganho bola e boneca. Dona Cebola diz que ele foi perfeito, quase acreditou que era o verdadeiro Papai Noel. No final, Seu Cebola avista pela janela o Papai Noel no trenó após ter dado os presentes para os filhos dele.

História legal, bem emocionante, em que o Seu Cebola queria dar presentes de Natal para os filhos vestido de Papai Noel e duas crianças pensavam que ele era o verdadeiro bom velhinho e achavam que ele não queria dar presentes. Seu Cebola fica com pena e dá os presentes que daria para os filhos e pensa que ficariam desapontados por não ganharem nada, mas o verdadeiro Papai Noel dá os brinquedos que queriam.

Deu pena das crianças que nunca ganhavam presentes de Natal e tinha esperança que naquele ano o Papai Noel ia dar os presentes e ficaram na mão. Ainda bem que Seu Cebola mudou de ideia e foi recompensado pelo Papai Noel pela sua atitude e boa ação. O Papai Noel poderia ter dado os presentes para as crianças pobres e não precisaria do Seu Cebola ter dado, ficou como se realmente Papai Noel dava presente apenas para quem tinha condições, só que aí não teria história. Acredito que se Cebolinha e Maria Cebolinha ficassem sem os presentes de fato, para essa causa eles não iam achar ruim e era só comprar um presente no dia 26.


História deu mensagem de ajudar quem precisa, quando se faz o bem, ganha o dobro, refletir sobre crianças que não tem condições de ganhar presentes no Natal e ficam desapontadas e ter solidariedade de quem pode, ajudá-las a ficarem felizes no Natal. Além de ter histórias de Natal de comédia, tinham também emocionantes, de reflexão e retratando o nascimento do menino Jesus, sendo que eram bem exploradas essas de crianças carentes que não tinham como ganhar presentes e não ter o que comer, sempre eram emocionantes.

O humor ficou com o papo do Seu Cebola com Seu Afonso de Seu Cebola ser Papai Noel magro depois do regime e sem rugas depois de ter feito plástica ficou e a música Jingo Béu parodiada. Legal também a Lua humanizada feliz com a boa ação do Seu Cebola. Apesar da ideia de que Papai Noel não existe com Seu Cebola se passando por um, teve o verdadeiro Papai Noel na história para não tirar por completo a fantasia das crianças que ele não existe. 

Os traços ficaram bons, típicos de histórias de miolo dos anos 1980. Incorreta hoje em dia por mostrar emoção, deixar as crianças comovidas e tristes por um momento, apesar de ter tido final feliz para todo mundo, tudo que acham que vai traumatizá-las não pode mais, além da ideia de que são os pais que dão presentes de Natal e não o Papai Noel e a Dona Cebola aparecer de avental. Teve erro de não desenharem as crianças com os pés na grama no primeiro quadro da 4ª página da história, dando impressão que estavam flutuando no ar. Foi republicada depois em alguns almanaques especiais de Natal, um deles foi em 'Mônica Especial de Natal Nº 2' (Ed. Globo, 1996).

Capa de 'Mônica Especial de Natal Nº 2' (Ed. Globo, 1996)

FELIZ NATAL PARA TODOS!!!