sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Cascão e Cebolinha: HQ "O plano do vestidinho vermelho"

Em fevereiro de 1990, há exatos 30 anos, foi lançada a história "O plano do vestidinho vermelho" em que o Cebolinha teve um plano infalível de tirar o vestido vermelho da Mônica pensando que o vestido seria o segredo da força dela. Com 7 páginas, foi publicada como história de encerramento de 'Cebolinha Nº 38' (Ed. Globo, 1990).

Capa de 'Cebolinha Nº 38' (Ed. Globo, 1990)

Começa com o Cebolinha falando com o Cascão que descobriu o segredo da Mônica. Cascão fala que já tentaram de tudo, não era cabelo, dentões ou coelhinho, e Cebolinha diz que ainda não tentaram uma coisa. Ele leva o Cascão até à Mônica e diz que ela está sempre com vestidinho vermelho e o segredo da força estaria nele e precisariam tirar o vestido da Mônica

Cebolinha diz que quem ia tirar a roupa dela seria o Cascão. Ele pergunta por que tem que ser ele e Cebolinha responde não tem problema se não quiser tirar, mas quem levaria a fama de ter derrubado a Mônica seria só ele, fazendo, assim, o Cascão participar do plano infalível.


Cascão pergunta para a Mônica se pode tirar a roupa dela. Mônica acha uma safadeza em cima dela e Cascão diz que era a forma de tirar a barata que estava nas costas dela. Mônica fica desesperada e vai até a uma moita pra tirar o vestido e dá para o Cascão, que entrega par ao Cebolinha. Mônica vê que era um truque e sai da moita para bater neles, mas vê algo e sai correndo. Os meninos comemoram que ela correu por estar sem força e vão atrás dela, mas logo aparecem dois velhinhos conservadores, reclamando que a menina estava correndo pelada.

Mônica vai para casa e eles pensam que fugiu de medo. Cascão avisa que ela pode pegar outro vestido porque ela tem vários vestidinhos vermelhos e imediatamente vão ao quarto dela e roubam todos os vestidos do guarda-roupa e correm rindo da cara que ela ficou por ter sido roubada. De fato, ela só tinha vestidinhos vermelhos.


Cebolinha tem a ideia de como a Mônica fica forte com o vestido, que eles vão vestir e distribuir para a turma toda para ficarem fortes e, juntos, derrotarem a Mônica. Logo depois, todos os meninos estão usando os vestidos da Mônica, com Jeremias reclamando se estão mais fortes mesmo vestidos daquele jeito e Zé Luís se achando ridículo. Mônica aparece com camisa e bermuda e eles aproveitam para testar a força com os vestidos dela. Cebolinha fala que ela não aprendeu a lição, que a fracota agora não é de nada e xinga de baixinha e dentuça.

Mônica fica furiosa, vermelha de raiva e bate em todos eles. No final, os velhinhos conservadores veem tudo e reclamam que no tempo deles meninos não apanhavam de meninas e nem andavam por aí de vestidinho, era tudo uma pouca-vergonha enquanto os meninos ficam cheio de dores e Cascão contente que pelo menos dessa vez não foi ele quem estragou o plano.


É muito engraçada essa história, típica história de plano infalível padrão, dessa vez com Cebolinha e Cascão querendo confirmar se o segredo da força da Mônica seria por causa do seu vestidinho vermelho. Muito boas as tiradas com Cascão inventando que tinha barata as costas da Mônica para poder tirar o vestido dela, Mônica achando safadeza do Cascão querer tirar roupa dela, os meninos roubando todos os vestidos dela e ainda vestir para ver se conseguem ter a força dela.


Foi confirmado o mistério dos personagens sempre vestirem as mesmas roupas. Eles têm várias roupas de um só modelo no guarda-roupa e, assim, a Mônica só tem vestidinhos vermelhos no seu. Nunca foi revelado o motivo da força da Mônica, não tem nada que comprove por que ela é tão forte, como um objeto ou cabelo ou os dentes como eles falaram. Por exemplo, o Popeye era forte quando comia espinafre, o Sansão por causa do cabelo. Já com a Mônica, é apenas forte e pronto. Até já teve uma história similar, "O plano da calcinha de rendinha" (Cebolinha Nº 11 - Ed. Globo, 1987), com a ideia de que a força da Mônica era por causa da calcinha que usava, mas o desenrolar foi diferente.


Foi legal ver o Zé Luís participando do plano infalível. Quando criado, era ele quem criava os planos, depois de um tempo passou essa função para o Cebolinha, mas de vez em quando ele participava dos planos do Cebolinha mesmo com idade de 16 anos, bem mais velho que os outros meninos. Ficava engraçado na idade dele interagindo e participando de planos com as crianças. Uma vez ou outra ele  também tinham histórias com ele bolando planos como no final dos anos 60 e início dos anos 70.


Os velhinhos conservadores deram um ar diferente e indício de politicamente correto, quando frisavam que meninas não andam peladas na rua, meninos não andam de vestidos nem apanham de meninas, que tudo era vergonhoso e indecente. Só faltaram falar da Monica vestida com bermuda como roupa de menino. Serviu como contraste de como era no início e final do século XX, os tempos eram diferentes, não dava para comparar, tudo muda. A história tem momentos incorretos como os meninos roubando as roupas da Mônica, agindo como ladrões, não seria permitido história assim hoje em dia.

Os traços muito bons, como sempre na época. O Jeremias dessa vez apareceu com círculo em volta da boca ao invés de lábios, não sendo padronizado como era. Apesar de prevalecer os lábios, mas as vezes desenhavam com círculo em volta da boca dependendo do desenhista. Os meninos menores com 6 anos de idade apareceram só os vestidos por serem da mesma altura e os maiores como Jeremias e Zé Luís ainda apareceram bermuda e calça, respectivamente. Fica até o absurdo como o vestido entrou no Zé Luís.


Tudo indica que seja da roteirista Rosana Munhoz, ela quem gostava de nomear planos infalíveis, mas nada confirmado que seja dela. No título acabou aparecendo crédito de nome do Cascão primeiro do Cebolinha, podia ter sido "Cebolinha e Cascão" ou até mesmo "A turma". Talvez, a princípio seria publicada em algum gibi do Cascão e depois mudaram para gibi do Cebolinha. Teve um erro em posições de balões no último quadrinho. Pelo visto o balão de "plano infalível"que ficou como fala do Cebolinha, seria fala do Jeremias e "Cascão ter estragado o plano" que ficou como fala do Jeremias, seria fala do Zé Luís. Enfim, história muito legal e foi bom relembrar essa história há exatos 30 anos.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Cascão: HQ "As irmãs Cremilda e Clotilde atacam no Carnaval"

É Carnaval e mostro uma história em que as irmãs Cremilda e Clotilde tentaram dar banho no Cascão durante o Carnaval. Com 5 páginas, foi história de encerramento de 'Cascão Nº 65' (Ed. Abril, 1985).

Capa de 'Cascão Nº 65' (Ed. Abril, 1985)

Nela, Clotilde vê a Cremilda  no sofá e pergunta no que está pensando. Cremilda diz que é nos planos delas no Carnaval. Clotilde pensa que era onde vão pular o Carnaval, qual salão, mas Cremilda fala que está é planejando dar um banho no Cascão, que o Carnaval é melhor época para se molhar alguém e depois do Carnaval ele vai se chamar "Limpão".


Cremilda e Clotilde se fantasiam de caubóis e vão à rua para tentar molhar o Cascão com garrafa squeeze (bisnaga) e quando o encontram, elas jogam água nele e finalmente conseguem dar banho nele. Mas elas têm a surpresa que não era o Cascão, e, sim, o Xaveco fantasiado por causa do Carnaval e Xaveco reclama que elas estragaram a fantasia dele.

Depois encontram o suposto Cascão comendo melancia e quando molham, veem que era a Magali disfarçada. Em uma nova tentativa acabam molhando o Anjinho disfarçado de Cascão. Em seguida, percebem que todos resolveram se fantasiar de Cascão e único jeito para descobrir quem era o verdadeiro foi jogar água em cima de todo mundo, mas ninguém era o Cascão.


De repente Cremilda e Clotilde sentem um cheiro fedido, parecendo um caminhão de lixo, e aí era o verdadeiro Cascão fantasiado de imperador romano. Elas tentam molhá-lo, mas por terem molhado todos da turma, acaba toda a água delas. Cascão dá um abraço nelas e comenta que nesse ano todo mundo resolveu se fantasiar de Cascão. No final, quando ele vai embora, Cremilda e Clotilde estavam imundas com o abraço  do Cascão e uma joga água na outra para ver se limpam da sujeira impregnada enquanto o povo na rua pensam que elas estavam se divertindo no Carnaval.


Uma história legal com as irmãs Cremilda e Clotilde fazendo planos de dar banho no Cascão no Carnaval, mas não contavam que a turma toda iam se fantasiar de Cascão. Na época, o povo tinha o costume das pessoas darem banho uma nas outras com garrafas durante o Carnaval e os roteiristas sempre procuraram fazer histórias e piadas de tentativas de darem banho no Cascão no Carnaval por causa disso. 

O Cascão dessa vez apareceu só na última página, mas ficou sendo representado com seus amigos fantasiados como ele. Como Cremilda e Clotilde estavam vestidas de caubóis de faroeste, até poderiam ter colocado armas com água para dar uma impressão mais real de faroeste, mas pelo visto preferiram as bisnagas para ter mais capacidade de água dentro. Na época as armas nas histórias eram liberadas normalmente, as bisnagas foram só para seguir a tradição do Carnaval. Para republicação hoje em dia, até seria um ponto positivo para não ter alteração, porém eles não costumam mais fazer histórias com os outros fazendo planos infalíveis para dar banho no Cascão, contra a vontade dele, fora que não fazem mais histórias de Carnaval e os palavrões ditos pelo Xaveco e a palavra "Diacho" não seriam bem vindos hoje, aí não fariam atualmente história assim.


As irmãs gêmeas Cremilda e Clotilde foram criadas no lançamento do gibi do Cascão pela Editora Abril em 1982, como vilãs para dar banho no Cascão. Elas foram morar no bairro do Limoeiro e tinham mania de limpeza extrema, tudo tinha que estar um brinco sem um mínimo de poeira sequer. Ao verem que o Cascão era muito sujo tinham obsessão de dar banho nele a todo custo e faziam planos para dar banho nele, mas sempre fracassavam. 

No início, o Cascão era inocente, não sabia que Cremilda e Clotilde só tinham desejo de dar banho nele e as irmãs fingiam que eram amigas dele para tentar banho nele. Com o passar dos anos isso mudou e ele passou a saber dos planos e fugia das irmãs, provavelmente para não mostrar falsidades nos gibis. Eu preferia quando ele era inocente de não saber dos planos delas como foi nessa história, ficava mais engraçado. Essa foi uma das primeira vezes que elas contracenaram com outros personagens da turma sem ser o Cascão, no início era raro elas contracenarem com outros personagens sem ser o Cascão.


Traços ficaram bacanas, típicos de histórias de miolo da época. A capa da edição bem interessante, como Cascão deixando um aviso dando satisfação que não apareceu na capa por causa do pessoal jogar água nos outros no Carnaval. Eram interessantes capas assim sem ele aparecer por causa da água predominando. E de certa forma, até teve um pouco a ver com o tema dessa história do gibi por conta disso. 

Foi republicada depois em 'Coleção Um Tema Só Nº 13'- Mônica Carnaval' (Ed. Globo, 1996). Deixo aqui a capa dessa edição.

Capa de 'Coleção Um Tema Só Nº 13 - Mônica Carnaval' (Ed. Globo, 1996)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Capa da Semana: Cebolinha Nº 74

Uma capa em clima de Carnaval com  Cebolinha e a turma curtindo o Carnaval com as fantasias que usaram na história "Estripulias no salão" que abre esse gibi. Destaque maior do Cascão fantasiado de lata de lixo como ele gosta tanto. Na Globo era raro ter capas com alusão à histórias de abertura, no caso, fizeram um desenho com eles curtindo com base nessa história de abertura.  Ficou muito legal.

A capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 74' (Ed. Globo, Fevereiro/ 1993).


terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

HQ: "Chico Bento e o velho cão"


Em fevereiro de 1990, há exatos 30 anos, foi lançada a história "Chico Bento e o velho cão" mostrando a morte do cachorro Fido, que já estava bem velhinho. Com 6 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 38' (Ed. Globo, 1990).

Capa de 'Mônica Nº 38' (Ed. Gobo, 1990)

Começa com o Chico Bento assobiando para chamar o seu cachorro Fido, assobiou bastante e Fido não atendia. Chico vê que o Fido, que estava dormindo na hora e reclama que ele não ouviu, que estava assobiando há mais de 1 hora e fala que vão caçar tatu.


Fido tenta farejar, mas acaba espirrando e tossindo e Chico estranha que ele nunca espirrou daquele jeito. Surge um tatu e Chico manda o Fido correr para pegá-lo e quando vai ver encontrar ao Fido cansado e ofegante só do pouco tempo que correu e Chico reclama que ele perdeu a pista do tatu.

Chico lembra dos bons momentos com o Fido como a vez que foram caçar tatu e Fido partiu para briga com uma onça que ia pegar o Chico e da outra vez que foram caçar tatu e Fido conseguiu pegar 3 trazendo amarrados para ele e comenta que já tem alguns aninhos aquilo. Aí Chico se toca que o Fido estava velho, mas ainda assim era o melhor, nenhum cachorro vai ser igual a ele e que a nova missão era ensinar aos cachorros mais novos tudo que sabe.


Assim, Chico põe o Fido para ensinar táticas de caça e luta para dois cãezinhos. Fido fica só olhando os cachorros, cada vez mais cabisbaixo. Depois, Chico vai levar um osso par ao Fido e encontra morto no chão. Chico chora muito e lamenta que não pôde fazer nada. Seu Bento chega e conta que o que o filho podia fazer pelo Fido já fez, amou, cuidou dele e não deixou faltar nada enquanto que o Fido ensinou o Chico a ser responsável, gostar dos bichinhos e a cuidar do próximo.

Chico concorda com o pai e diz que vai guardar o Fido para sempre no coração. Nessa hora, aparece o espírito do Fido e dá uma lambida no Chico como forma de gratidão e amor que teve enquanto estava vivo e Chico estranha que parece que sentiu uma lambida enquanto o espírito do Fido fica olhando para ele, terminando assim.


Sem dúvida uma história muito emocionante e com bonita mensagem, mostrando para os leitores a morte de um animal de estimação querido, como lidar com a perda e mostrar que é uma coisa natural quando envelhece. . Chico não estava sabendo que o Fido estava velho e prestes a morrer e estava tratando bem rude, como se estivesse preguiçoso para caçar como sempre faziam e sentiu muito quando ele morreu. 

Muito emocionante ver o corpo do Fido caído morto no chão, o Chico chorando por ele ter morrido e ainda aparecer o espírito no final lambendo como gratidão e que mesmo morto estava lá sempre presente com o Chico mesmo depois de morto. Todos que á tiveram perda de um animal de estimação com certeza se identifica muito com essa história. 


O Fido é o cachorro oficial do Chico e nas histórias antigas aparecia mais em histórias do Chico caçando animais selvagens e apesar de ter morrido nessa história, logo depois ressuscitou, ainda mesmo em 1990 ele apareceu na capa de 'Chico Bento Nº 85' e em outras histórias. Durante os anos 90 ficou um tempo sumido, mas voltou a aparecer com certa frequência a partir de 2004, principalmente em histórias do roteirista Paulo Back e ultimamente é raro aparecer. 


Os traços muito bons, bem típicos de histórias de miolo da época. É incorreta atualmente, além do tema envolver morte de cachorro e nos dias de hoje não podem ter histórias com final triste, ainda tem os fatos de ter o Chico com trabuco na mão (os personagens não aparecem mais com armas nas histórias), caçando tatus, contracenando com onças e envolver espiritismo. Completamente inadmissível nos dias de hoje, podem achar tudo traumatizante, principalmente ver o cachorro morto, o que é uma pena por não ver histórias assim.


Seria melhor essa história ter saído em um gibi do Chico Bento, tipo no encerramento de gibi dele, inclusive foi a primeira vez que mostrei uma história do Chico de um gibi da Mônica. Eles colocavam histórias do Chico em gibis da Mônica e do Cebolinha para os leitores terem noção de como eram os gibis dele e até servia também para mostrar qe o Chico era um personagem do Mauricio de Sousa, já que nos gibis dele não tinham histórias com a Turma da Mônica e aí quem começa a colecionar custa a perceber que Chico era da MSP. Eu mesmo quando comecei a colecionar só fui perceber que o Chico era da MSP por causa de suas histórias nos gibis da Mônica e Cebolinha. 

Sem dúvida uma história excelente e bem marcante, muito bom relembrar há exatos 30 anos.

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Turma da Mônica Nº 58 - Editora Panini - 2020


Nas bancas a revista 'Turma da Mônica Nº 58' da Editora Panini com um crossover entre a Turma do Penadinho e a Bruxa Viviane. Nessa postagem mostro uma resenha desse gibi.

Lançada em fevereiro de 2020, custando R$ 6,00, com formato canoa e 68 páginas e com 12 histórias no total, incluindo a tirinha final. Bom que os gibis não tiveram reajustes de preço esse ano. A Distribuição chegou um pouco mais cedo, chegando aqui no dia 13 de fevereiro. Normalmente esse título chega depois do dia 20 de cada mês aqui.

Na trama, com o título "O Encanto da Lua Cheia", escrita por Lederly Mendonça e com 24 páginas no total, Bruxa Viviane pretende fazer um feitiço durante a noite de Lua Cheia para se tornar poderosa, mas para isso precisaria de pegar baba, lágrimas e pelos e um lobisomem para colocar no feitiço. Seu gato Bóris vai atrás do Lobi no cemitério do Penadinho para levá-lo até o castelo da Bruxa (na verdade uma casa grande próximo ao Bairro do Limoeiro) e quando consegue Penadinho e seus amigos vão lá para salvá-lo, mas ao verem que a casa é bem grande e tenebrosa resolvem levar todo o pessoal do cemitério para fazer um lual lá, e com a invasão deles, dificultou o plano da bruxa Viviane de pegar com o Lobi os ingredientes para a sua poção.

Trecho da HQ "O Encanto da Lua Cheia"

Apareceu toda a Turma do Penadinho, inclusive Zé Caveirinha e Pixuquinha que raramente aparecem nos gibis atuais. Os traços ficaram aceitáveis par aos padrões digitais atuais. A capa eu gostei, ficou bem interessante, mesmo fazendo alusão à história de abertura, teve uma piadinha com os personagens da Turma do Penadinho fazendo sopa com a poção mágica que a Bruxa Viviane estava preparando. Era bom quando as capas com alusão à história faziam piadinha em cima da história, mais comum nas capas da Editora Abril e Globo e dessa vez retornaram isso. No frontispício da página 3, retratou um livro de receitas de um passo a passo de como pegar os poderes da Lua Cheia com a baba, lágrimas e pelos de um lobisomem.

Foi a primeira vez que teve história de abertura sem ser dos personagens da Turma da Mônica nesse título desde que deixou de ser Revista do Parque da Mônica. Embora tenha o crossover com a Bruxa Viviane, que pertence à Turma da Mônica, mas nada de aparecer Mônica, Cebolinha, Cascão ou Magali. Dessa vez eles não apareceram, apenas uma citação rápida no início da Bruxa Viviane falando que Magali e sua turma sempre estragam seus planos. Isso achei bom e foi o que me motivou a comprar essa edição.

Sempre achei que nessa revista tinha que ter histórias de abertura com secundários como Penadinho, Tina, Piteco, Astronauta, entre outros, e não ficar só focado com Mônica e companhia. A edição mais perto sem foco neles foi a 'Turma da Mônica Nº 40' com a "Liga dos Pets", que foi mais estrelada pelos bichos da turma, mas ainda assim teve presença rápida da Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali e fora que Bidu, Floquinho, Chovinista, Mingau e Capitão Feio pertencem á Turma da Mônica.

Trecho da HQ "O Encanto da Lua Cheia"

Para quem não sabe, a Bruxa Viviane estreou em 1998 no gibi da 'Magali Nº 239' da Editora Globo. Criada pelo roteirista Emerson Abreu, ela desejava ser a bruxa mais poderosa do planeta, mas Magali e seus amigos sempre acabavam com seus planos. Pelo visto criou uma bruxa jovem e esbelta para diferenciar do padrão de bruxa ser sempre velha, gorda e feia. parece que foi inspirada em alguma amiga dele na vida real. No início só o Emerson que escrevia histórias com ela, era bem mais perversa e aparecia de vez em quando, em períodos longos de uma história para outra.

A personagem voltou depois na Editora Panini, também aparecendo de vez em quando, aí com histórias feitas por outros roteiristas e deixando menos perversa como era no início. Ela ainda teve uma edição só dela em 'Turma da Mônica Extra Nº 2' (Ed. Panini, 2008) republicando as 3 primeiras histórias dela feitas pelo Emerson (Magali Nº 239, 264 e 336).

Trecho da HQ "O Encanto da Lua Cheia"

Já o resto do gibi seguiu o normal para os padrões atuais que vem acontecendo, bem infantis, voltados para crianças de até 8 anos de idade e com lições de morais, traços e letras horrorosos de PC. Teve mais foco com os personagens da Turma da Mônica. Esse título costuma ter um mix bem variados com histórias de secundários, mas como a de abertura foi com a Turma do Penadinho, aí parece que preferiram deixar mais a Turma da Mônica no miolo para compensar. Foram histórias curtas entre 1 a 4 páginas e a de encerramento um pouco maior com 8 páginas.

Em "Só de saber...", com 3 páginas, em que Mônica volta de férias, mas ninguém dá atenção para ela por terem outras coisas para fazer, mas mesmo assim ela fica feliz. porque pelo menos eles sentiram falta dela na sua ausência. Bem educativa, valeu pela presença da Mônica contracenando com roteirista Mario Mattoso, ela nos quadrinhos e ele na MSP, coisa rara atualmente e que era bastante comum antigamente.

Trecho da HQ "Só de saber..."

Em "Futebol contagiante", de 2 páginas, de Edde Wagner, lembra um poucos as histórias antigas do Penadinho em que boa parte protagonizada por humanos secundários mostrando a vida dela e depois o que acontece quando morre. No caso, essa história mostrou a vida do humano Reinaldinho que adorava futebol enquanto vivo e quando morre procura saber se tem futebol na vida após a morte.

Em "O Acordar Real", com 4 páginas, Tarugo volta a trabalhar como carteiro e vai entregar correspondência com o Rei Leonino enquanto estava dormindo e fica nervoso ao ver o Tarugo lá e descobrir o seu segredo quando acorda. Apesar de mostrar lição de de moral, até que foi boa essa. 

Teve 2 histórias bobas com a Marina, ambas de 3 páginas. Uma "O lápis da Marina", com a turma encontrando o seu lápis mágico na rua, com direito até da Mônica perdoar Cebolinha ao invés de bater nele, e a outra "Tatuagem fixa", com Cascão querendo fazer tatuagem feita pela Marina ao verem os seus amigos todos com tatuagem dela, pelo menos envolveu característica do Cascão de não se molhar. Acho Marina tão sem graça e dessa vez não foi diferente.

Trecho da HQ "Tatuagem fixa"

Tem também "Igualzinha ao irmão", de 3 páginas, em que o Cebolinha deixa o cabelo da Maria Cebolinha arrepiado para ficar igual a ele. Teve ainda histórias de 1 página com Franjinha, Milena e Tina. E uma observação que tem uma história de 1 página da Magali com a sua mãe sobre descarte de embalagens, que é apenas uma propaganda institucional, não pertencente à contagem de histórias do gibi, sempre tem essas histórias institucionais nos gibis, capaz de ter essa mesma em outros gibis do mês.

Termina com "Se meu brinquedo falasse", com 8 páginas, com referência ao filme "Toy Story 4", em que a Mônica pensa que o Sansão cria vida quando não tem ninguém olhando e faz o teste fingindo que ele está sozinho para ver se ele se mexe. A tirinha final foi com o Dudu.

Trecho da HQ "Se meu brinquedo falasse"

Então, pode ver que 'Turma da Mônica Nº 58' no geral foi um gibi normal, mesmo estilo que vem sendo atualmente, bem infantil mesmo. O diferencial foi a história de abertura com a Turma do Penadinho e achei legal esse tema de feitiço e boa sacada o crossover entre eles e a Bruxa Viviane. Pode considerar que foi a história mais longa deles até hoje porque as mais compridas que costumam ter são com 15 páginas no miolo, no máximo. Sendo de abertura permitiu ser maior.  Tem também à venda as suas versões em inglês e espanhol "Monica and Friends" e "Mónica y sus amigos", respectivamente

Os outros gibis do mês não comprei, não vi nada de especial neles e aí não tem resenha. O mais diferente foi do Chico Bento com a menina Tábata, amiga da Rosinha, mesmo assim não motivou a comprar. Tábata é uma nova personagem negra que vai contracenar fixa com a Turma do Chico Bento, a exemplo que fizeram com a Milena na Turma da Mônica. Ela estreou em história de abertura de 'Chico Bento Nº 57' de janeiro de 2020 e agora primeira vez aparecendo em capa de gibi, aparecendo no lugar que seria do Zé da Roça ou Hiro. Fica a dica.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Capa da Semana: Magali Nº 183

Uma capa com Magali e Mônica acampando e na hora de dormir vimos que o cobertor da Magali é em formato de banana. Tudo que a Magali tinha era em formato de comida e como sempre ela conseguiu a criatividade de ter um cobertor em forma de banana.

Era legal também o logotipo com contorno branco ou colorido parecendo que estava iluminado. Pena ter sido o estilo de formato desproporcional, mais achatado, ao invés do logotipo original.

A capa dessa semana é de 'Magali Nº 183' (Ed. Globo, Junho/ 1996).


domingo, 9 de fevereiro de 2020

Piteco: HQ "Tenho que manter a minha fama de mau"


Mostro ma história em que a Thuga desiste de correr atrás do Piteco e ele fica mal com isso. Com 7 páginas, foi publicada originalmente pela Editora Abril por volta de 1984 e republicada em 'Almanaque do Chico Bento Nº 16' (Ed, Globo, 1991).

Capa de 'Almanaque do Chico Bento Nº 16' (Ed. Gobo, 1991)

Começa o narrador apresentando o Piteco correndo, mas não de uma manada de mamutes nem de um tiranossauro enfurecido, e, sim,  da Thuga, que quer acabar com a vida de soteiro dele. Mesmo cansativo, Piteco tem as vantagens de perder uns quilos e fazer sucesso com as outras garotas, que querem saber o que a Thuga viu de tão especial nele, mas acabam sendo afastadas pela Thuga.


A rotina do Piteco é sempre essa, até que um dia, ele acorda e vai pegar água no riachão e preparado pelo seu "cooper matinal", mas estranha a Thuga não estar lá e demorar muito enquanto pega a água e comenta que ela nunca o deixou em paz um só momento. De manhã, tarde e note Thuga não aparece e Piteco acha qe ela está doente.

No outro dia, Thuga não aparece de novo e Piteco comenta que não se acostuma com tanta paz. No caminho, encontra a Ogra e pergunta se a Thuga está doente, pois não tem visto ultimamente. Ogra diz que está bem, só se cansou de correr atrás de alguém que nunca vai conseguir alcançar. Piteco fica contente que está livre dela, fala que nunca mais vai ter corridas e nem ciladas para levá-lo para o altar. para comemorar, resolve paquerar uma garota, algo que não conseguia há muito tempo, mas acaba levando fora dela, que diz que tem compromissos pelo resto do mês.


Quando parte para outra, no caminho ouve mulheres comentando que deve ter um bom motivo para Thuga desistir do Piteco e ainda falam que ele é bem feinho enquanto os homens comentam que Piteco não é mais aquele. Piteco diz que eles que se danem e está muito feliz. Ele senta na frente da sua caverna e se convence que está triste, não aguenta mais e resolve ir falar com a Thuga, já que tem zelar pela imagem dele.


Piteco cobra da Thuga por que não está correndo atrás dele e Thuga achava que ele estava satisfeito e ele fala qe pensava que ela era seria mais persistente. Thuga conta que encarou a realidade de que Piteco não gosta dela. Piteco pergunta de como que ela tem certeza disso e diz que ela tem que perseguir seu objetivo e como conseguirá alguma coisa assim desistindo. Se quer conquistá-lo, que deve lutar por ele.



Thuga fica feliz que Piteco quer que volte a correr atrás e por ele começar a gostar dela e já se prepara para marcar a data do casório. Aí, Piteco fala que se ela parar de correr atrás dele, as garotas vão pensar que ele perdeu seu charme e ele tem que manter a fama de durão, por isso que a Thuga tem que correr atrás. No final, volta a perseguição, as garotas apaixonadas pelo Piteco, chamando de charmoso e bonitão, e Thuga corre atrás dele furiosa, dessa vez corre não para conquistá-lo, mas, sim, para bater nele por tudo que ele falou.


História muito divertida com Piteco achando ruim da Thuga desistir de correr atrás dele e preocupado com as garotas acharem qe ele não tem mais charme por causa disso. A principio a gente até pensava que era mais um dos planos infalíveis da Thuga fingindo que não gostava mais do Piteco para ele ficar cismado que a perdeu ir procurar atrás para se casar com ela. Só que dessa vez realmente ela desistiu, mas ele sentiu falta da perseguição e foi atrás para convencer a voltar correr atrás dele. A surpresa foi que não que gostasse e fosse se casar com ela, mas só pra zelar a sua imagem de charme com as outras garotas e não ficar mal falado na aldeia. 

Nas histórias do Piteco, a Thuga vivia dando em cima dele, fazendo planos para conquistá-lo e casar com ele, mas ele sempre corria. Na verdade, ele gostava e era gamado na Thuga, mas não quer saber de casamento e morrer solteiro e aí sempre dá um jeito de fugir dela para não se casar. Ele só desistiu da Thuga dessa vez porque ela falou de casamento.


Tem uma mensagem boa das pessoas não desistirem dos seus sonhos e objetivos, sempre lutar por eles. Em contrapartida, é incorreta pelo tema do Piteco ser machão, brincando com sentimento da Thuga só pelo seu interesse próprio de zelar sua imagem de homem durão, fora a cena do Piteco ter caçado e mostrar dinossauro morto e a clava dele ter prego para dizer que machuca mesmo as suas presas, coisas não bem vistas nos dias de hoje.

Os traços muito bons, com arte-fina bem bacana. Engraçado ver as cavernas sendo retratadas como apartamentos, com eles morando no segundo andar, bem comum principalmente na Editora Abril.  O título teve referência à música"Tenho que manter a minha fama de mau" do Erasmo Carlos. E bom ver a presença da Ogra, era bastante frequente na época, já atualmente é raro ela aparecer. 


Legal também o narrador -observador contando e interagindo nas histórias. Foi boa sacada ele contando que "dinossaurinha" era equivalente a expressão "gatinha" atualmente e que a cantada "Flores para uma flor" era datada da Pré-História. Detalhes que faziam diferença e deixavam mais engraçadas as histórias.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Livros "As Melhores Piadas" / "As Grandes Piadas"


Postagem "Nº 800" do Blog. Os livros de tirinhas  "As Melhores Piadas" e "As Grandes Piadas" circularam nas bancas entre 1985 a 1988, foram um grande sucesso e nessa postagem mostro como foram essas coleções.

A coleção "As Melhores Piadas" foi lançada em julho de 1985. Foram livros em formato de bolso "pocket" reunindo tirinhas da Turma da Mônica que saíram em jornais de todo o Brasil. Esse título já tinha sido usado antes em livros de tiras da Editora Abril entre 1974 a 1978, sendo que tinham um formato horizontal (bem semelhante aos mais recentes "As Tiras Clássicas da Turma da Mônica" da Panini ente 2007 a 2011), e nos anos 80 fizeram uma 2ª série com esse título com um formato diferente. Esses dos anos 70 eu não tenho.

Inicialmente "As Melhores Piadas" seriam edições especiais mensais de 6 edições, que iriam circular entre julho e dezembro de 1985. Seriam da Mônica, Cebolinha, Cascão, Chico Bento, Bidu e Penadinho. Tiveram ao mesmo tempo edições desse formato da Disney. Com o sucesso, a MSP resolveu prolongar a série se tornando um título fixo mensal a partir de 1986. Foram 18 edições até dezembro de 1986 com tiras maravilhosas, abordando as principais características dos personagens e sem sobra do politicamente correto.

Tirinha tirada de "As Melhores Piadas do Penadinho Nº 6" (1985)

Cada volume teve capa cartonada plastificada e miolo em papel jornal, formato lombada 10,5 X 17,5 cm, 84 páginas, uma tira por página, totalizando cerca de 75 tiras por edição. As tiras eram originais dos anos 70 e 80, entre 1977 a 1984, em preto e branco exatamente como de jornais, sem ordem cronológica, sendo organizadas na vertical, disponibilizadas com arte em quadrinhos deslocados para direita e esquerda para não ficar espaços em brancos em cada página.

Cada edição era estampada por um personagem diferente, até porque a intenção inicial era pra ter um livrinho para cada personagem diferente, aí depois foram repetindo os títulos entre eles. Nem todas as edições da Mônica, Cebolinha e Cascão eram somente do personagem em destaque, tipo, em pocket da Mônica podia ter tiras do Cebolinha, do Cascão, entre outros, mas a grande maioria era do personagem em destaque. Já os pockets de secundários como Bidu, Chico Bento, Penadinho, etc, aí eram só tiras deles mesmo em seus respectivos números.

Tirinha tirada de "As Melhores Piadas do Cebolinha Nº 15" (1986)

As capas eram formadas por tiras, um grande diferencial, já comprava lendo uma tirinha na banca. Algumas com texto e outras sem texto de acordo com cada edição. Único exemplar que não teve capa formada por tira foi a "Melhores Piadas Nº 7" de Roque Sambeiro, em janeiro de 1986, que preferiram colocar os personagens caracterizados como os personagens da novela "Roque Santeiro". Embora as capas eram plastificadas, as edições entre "Nº 7" a "Nº 10" não foram plastificadas, mas depois retornaram ao estilo tradicional.

As tiras tinham de 1 a 5 quadrinhos, de acordo com cada piada, sendo  a maioria eram 3 quadrinhos cada tira. Muitas das tiras dos livros dos personagens da Turma da Mônica e do Chico Bento foram aproveitadas depois republicadas nos primeiros anos dos gibis da Editora Globo, principalmente as de 3 quadrinhos e foram coloridas para saírem nos gibis. Ficaram muitos anos mostrando as tiras desses pockets nos gibis. Já os do Bidu e Penadinho não saíram em gibis convencionais e, portanto, são todas mais raras.

Capas "As Melhores Piadas Nº 1 ao Nº 9" (1985/1986)

Além os de Bidu e Penadinho, os mais diferentes foram os "Nº 7" e "Nº 10", de Roque Sambeiro e da Tina, respectivamente. Em Roque Sambeiro foi parodiando piadas sobre novela Roque Santeiro, um grande sucesso da Rede Globo de Televisão em 1985, que a MSP resolveu entrar na onda e colocar os personagens caracterizados como os da novela e ainda mostravam piadas sobre televisão. Enquanto as outras edições eram compilações de tiras de jornais, nesse foram tirinhas inéditas especialmente para aquela edição.

O da Tina mostravam piadas sobre comportamentos dos jovens, eram tiras dos anos 70, logo depois da transição da Tina hippie. Com isso, os personagens não tinham uma característica definida e procuraram colocar os costumes que os jovens daquela época tinham. Esses, então, eu considero os mais raros da coleção até hoje, até por não ter tido volumes desses nos pockets da Editora L&PM.

Capas "As Melhores Piadas Nº 10 ao Nº 18" (1986)
Quando a MSP mudou para a Editora Globo em 1987, o título mudou para "As Grandes Piadas", já que o título "As Melhores Piadas" era da Editora Abril e a MSP não podia ficar com esse nome na Globo, ainda mais que em 1987 ainda circulavam "As Melhores Piadas" com os personagens da Disney pela Editora Abril.

Com isso, "As Grandes Piadas" da Editora Globo foi lançada nas bancas a partir de março de 1987 e ficou circulando mensalmente até a edição "Nº 20", em novembro de 1988. Seguiu o mesmo estilo,  mesmos formato e números de páginas dos exemplares da Editora Abril. Até o "Nº 12" um personagem diferente tinha destaque de título próprio na capa. Foram praticamente os mesmos da Editora Abril, de novidade foram Magali (na edição "Nº 5") e Pelezinho (na edição "Nº 7") que não tiveram títulos próprios na Editora Abril. Já Tina não teve um novo número na Globo. Assim, eu considero Magali e Pelezinho os mais raros da Globo.

Capas "As Grandes Piadas Nº 1 ao Nº 9" (1987)
A partir da edição "Nº 13", de abril de 1988, colocaram o título apenas "As Grandes Piadas da Turma da Mônica" ao invés de ser um só personagem. Então, as tiras tiveram mais abrangência de vários personagens e não só de um, até Anjinho teve mais presença de tiras solo. Na verdade, as tiras sempre foram com a turma toda, mas sendo um pocket do Cebolinha, por exemplo, tinham mais tiras com ele no total, e passando a ser Turma da Mônica foi mais equilibrado as quantidades de tiras de cada personagem por edição.

Também após a edição "Nº 13", passaram a  ter primeira metade de tiras com a Turma da Mônica e a outra metade outras turmas de secundários como anunciados na capa mensagem de "participação especial de Fulano". Foi uma forma para que personagens como Penadinho, Bidu e Chico Bento não deixassem de ter suas tiras publicadas com a mudança de título para "Turma da Mônica".

Nas edições "Nº 19" e "Nº 20", de outubro e novembro de 1988, respectivamente, passaram a colocar nas capas um desenho de personagem como mágico ao lado da tira, como se tivessem apresentando as tiras. Assim na "Nº 19" foi a Mônica apresentando a tira e na "Nº 20" foi o Cebolinha. Se tivesse continuado a coleção, provavelmente colocariam outros personagens nas capas, mas acabou a coleção sendo cancelada de repente na "Nº 20".

Capas "As Melhores Piadas Nº 10 ao Nº 18" (1988)
Sem dúvida esses livros foram uma excelente coleção, para quem gosta de ver tirinhas com leitura rápida é um prato cheio. Hoje em dia até perde um pouco de valor por conta dos pockets da Editora L&PM e de terem sido republicadas nos primeiros gibis da Editora Globo, mas muitas delas não saíram nesses pockets da L&PM e as tirinhas de 1 ou 2 quadros também não saíram nos gibis da Editora Globo, assim como as tiras do Bidu e do Penadinho, aí já seriam material inédito. 

Acho que podiam ter feito também pockets com tirinhas do Anjinho, Os Sousa e Nico Demo. Se você por encontrar algum volume desses, não pense duas vezes para comprar, vale a pena. Hoje eu só não tenho "As Grandes Piadas Nº 19" e "Nº 20" da Editora Globo. As imagens da postagens são da minha coleção pessoal. Devo ainda fazer algumas postagens aqui no Blog em breve mostrando com mais detalhes como foram algumas edições, pelo menos as das mais raras.