sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Almanaque da Mônica Nº 15 - Editora Globo

Há 30 anos era lançado o 'Almanaque da Mônica Nº 15' da Editora Globo, que foi em homenagem aos 30 anos da MSP até então. Nessa postagem, faço uma resenha de como foi esse almanaque especial.

Almanaque da Mônica Nº 15 (Ed. Globo, 1989)

Lançado em novembro de 1989, ele reuniu histórias dos primeiros números dos gibis da Mônica de 1970 e 1971 pela Editora Abril. O livro "Mauricio 30 Anos" pelo visto estava com produção atrasada, deveria sair em 1989 e acabou só sendo lançado em 1990, e para não passar em branco a comemoração dos 30 anos da MSP, fizeram esse almanaque.

Na época eles não tinham costume de republicar histórias muito antigas assim, entre 18 a 20 anos, era no máximo 11 anos de diferença, sendo mais comum histórias entre 5 a 7 anos. Assim, em 1989 era mais comum nos almanaques histórias entre 1978 a 1984, sendo mais frequente a partir de 1982. Isso para ter uma ideia de como voltaram no tempo com as histórias.

Foi a primeira que vi como foi a origem da Turma da Mônica, como era os traços dos anos 70. Até já tinha visto umas ilustrações do Cascão no frontispício do 'Almanaque do Cascão Nº 6' de 1989, mas nesse 'Almanaque da Mônica' já foi mais revelador, deu para ver como era e achei muito diferente em relação aos traços dos gibis atuais até então.


Esse 'Almanaque da Mônica Nº 15' seguiu o mesmo estilo de formato dos anteriores, saindo em bancas do jeito tradicional, com preço comum que era, acrescido da inflação que aumentava o preço de uma edição para outra em todos os gibis.Teve as tradicionais 84 páginas, formato lombada, capa em papel couché e miolo com papel jornal oleoso. Mantiveram até a faixa lateral com coelhinhos, tão comuns nos almanaques na época e histórias interligadas com propagandas normais dos gibis de 1989.

A capa teve uma ilustração muito bonita ambientada na virada dos anos 60 para os anos 70 com Mônica como fotógrafa lambe-lambe querendo tirar fotos do Cebolinha, Cascão, Magali e Bidu em um calhambeque caracterizados como na época proposta, mas com os traços de 1989. Pode dizer que Cebolinha, Cascão e Magali estão caracterizados como Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia. A intenção foi para os leitores entrarem no clima nostálgico da época das histórias dos gibis originais que tinham nesse almanaque.

Abre com frontispício, mostrando capas das 12 primeiras edições de 1970 e 1971 e um texto com Mauricio falando do sucesso da Turma da Mônica desde os anos 70 e ressalta que as crianças daquela época já estavam crescidas, casados e com filhos e com a reedição daquelas histórias, os pais que leram quando crianças podiam reler agora junto com os seus filhos. Imagino a emoção de quem leu os gibis originais e terem a oportunidade de reler e mostrar par aos filhos o que leu quando era criança, já que não tinha internet e nenhum meio de ler a não ser procurando em sebos e que já era difícil encontrar aquelas edições de 1970 e 1971. Nas capas ilustradas, só não mostraram as de nº 6, 9, 10 e 11.

Frontispício da edição

A seguir vem as histórias clássicas, que foram tiradas de edições do "Nº 2" até o "Nº 17" e todas escritas e desenhadas pelo Mauricio de Sousa, já que era só ele que fazia as histórias na época. Procuraram colocar histórias mais curtas para ter noção de como eram vários personagens da MSP. Teve histórias de vários personagens secundários, mas não tiveram Chico Bento e Penadinho, que só foram estrear nos gibis a partir de 1972 e não teve Astronauta, pois as histórias costumavam ser longas nos primeiros números. De histórias de abertura originais foram só a de abertura e de encerramento, as outras de miolo curtas entre 1 a  5 páginas.

A gente nota um estilo bem diferentes, não só nos traços com personagens bochechudos, bochechas pontiagudas, assim com histórias bem incorretas, cheias de absurdos e personagens se dando mal ao extremo, inclusive no final, muitas vezes sendo ridicularizados. essa fase marcou também com personagens falando de boca fechada, uma linguagem bem culta, próclises e ênclises bem colocadas, palavras não muito faladas hoje, outras bem datadas e se falavam alguma gíria ou algo informal, aparecia palavra entre aspas. Cebolinha falava trocando o R pelo L entre aspas também. Única alteração foi ortografia da época, editada para não ensinarem errado a escrita atual (coisa que até fazem hoje desde que teve a nova reforma ortográfica). De resto, tudo igual, sem alteração nenhuma, nem no estilo de cores, já que na Globo não alterava nada sem ser ortografia.

A primeira foi a clássica "Os Azuis" (MN #15, de 1971), que inclusive recebeu vários prêmios depois de lançada, e discute o problema de racismo. Mônica acorda normalmente e vai a rua e encontra todos os seus amigos com peles azuis e pensa que eles se pintaram, e eles pensam que a Mônica se pintou de laranja. Quando descobrem que a Mônica tinha aquela cor de pele sentem nojo dela por estar com cor diferente que a deles e passam a fugir dela.

Trecho da HQ "Os Azuis"

Mônica até tenta ir atrás deles, mas é em vão. Cascão ordena que a Mônica o solte e Magali fala para não bater nela e faz expressão de nojo e joga na cara que a cor laranja da Mônica é horrível. Mônica ainda é insultada pelo povo da rua, que a chamam de "coisa", que uma "alaranjada" não deve andar por aí e é perseguida por um vigilante. Ela encontra um velhinho encostado no túnel que fugiu, explica seu problema dos outros implicarem com a cor, mas ele também foge.

Aparece o Bidu e é o único que a aceita do jeito que a Mônica era. Ela comenta que todos se pintaram de azuis e estão implicando com ela só por causa da cor, mas ela continua igualzinha a eles e tem todos os sentimentos iguais a eles, como ternura, saudade, contentamento, medo, entre outros. Depois, ela vai para casa almoçar e tem a surpresa que até a mãe dela está azul e Mônica ainda ouve a voz dela vindo do quarto, achando que está "lelé".

Trecho da HQ "Os Azuis"
Em seguida, vê um espelho que não tinha na casa dela e descobre que era um espelho teledimensional, que foi parar no mundo dela por engano e o espelho a transporta de novo para o mundo dela. De volta ao mundo real, Mônica fica emocionada ao ver a mãe com sua cor normal, vai para a rua e abraça Cebolinha e Magali, falando que gostaria deles mesmo se eles fossem azuis e fica triste em saber que existe um lugar que pensam que o que é mais importante é a cor da pele.

Essa história é sensacional, Mauricio quis mostrar em que há um mundo paralelo que tem preconceito de cor de pele, mas na verdade era uma crítica ao Brasil mesmo que tem preconceito com os negros. Incrível que nos anos 70  tinha esse preconceito de racismo e que ainda é um tema atual, até hoje o povo tem preconceitos. Fica na imaginação se a Mônica sonhou aquilo tudo ou se realmente ela foi parar no mundo dos azuis, Mauricio gostava dessas histórias de situações de imaginar se aconteceu ou não.

Trecho da HQ "Os Azuis"

Em seguida vem "A história do Horácio" (MN #2, de 1970) com 3 páginas, a estreia dele nos gibis. Mostra que Horácio não tinha mãe e foi expulso da aldeia dos homens porque comia demais e teve que passar a viver na floresta por conta própria. Os dinossauros da floresta não queria amizade com ele porque era domesticado e não selvagens como eles. Horácio tenta ser selvagem e feroz e tenta desafiar um dinossauro gigante, mas ele acaba sendo chutado por ele, sendo confundido por uma pulga atrevida. No final, Horácio volta para a aldeia dos homens, com Piteco falando que vai deixar passar a noite lá, mas que era pra tratar de arranjar lugar na floresta no dia seguinte,

Essa história foi republicada de tabloides do Horácio de 1963, ano que foi criado, só que redesenhada e colorida ao estilo dos gibis dos anos 70. Seria uma história seriada com Horácio procurando um lugar na floresta após ser expulso. Interessante o crossover com Piteco, por ele ter vindo da aldeia de Lem, mas depois essa ideia não seguiu adiante e eles não se cruzaram mais nos gibis.

Trecho de "A história do Horácio"

Em "A língua do Cebolinha" (MN #7, de 1970), de 4 páginas, ele comenta a sua tristeza de trocar o "R" pelo "L" e Mônica acha que ele tem um defeito na língua e passa a puxar a língua dele, só que ela corre segurando a língua do Cebolinha pelo bairro esticando toda quando a Magali a chama. Depois que se dá conta que está segurando a língua dele, Mônica solta e acaba o deixando com boca presa. Logo depois, descobre a língua ficou na nuca e a solução foi fazer espetáculo com Cebolinha como o garoto que tem língua na nuca para arrecadar dinheiro para bem próprio se aproveitando da situação dele.

Na época tinha vários absurdos e ao invés de ter solução, acabava piorando em situações mais incorretas ao extremo, fora ridicularizar o personagem E é tipo de história em que cada página tem uma piada no final, formando tabloides independentes e juntando tudo formando uma história principal.

Trecho da HQ "A língua do Cebolinha"

Depois vem a história de estreia da Tina nos gibis (MN #8, de 1970). Na fase hippie, sempre abordando os temas hippies e os conflitos com o pai. Nessa, com 2 páginas, o pai questiona Tina sobre seu jeito de vestir e ela diz que é o estilo da filosofia hippie e que vai trabalhar fabricando medalhões e cintos com couro que encontrar. O pai até acha uma boa ideia, mas fica furioso quando descobre que ela foi vender na rua os seus cintos que estavam no armário.

HQ da Tina completa

Bidu e Franjinha estrelam uma história muda de 3 páginas (MN #3, de 1970), em que o Franjinha deixa o Bidu em um manequim sem cabeça para poder ir ao supermercado, que proibia a entrada de animais. O povo da rua começou a achar engraçado manequim com cabeça de cachorro e pensavam que o manequim estava vivo ao Bidu reagir com raiva . Aparece a polícia e várias autoridades para prender a "pessoa com cabeça de cachorro", até que Franjinha aparece e tira o Bidu do manequim e, assim,  todos saem correndo atrás deles para bater e não pregar peças neles. Nota-se que mantiveram as cores originais da revista original, deixando Franjinha com camisa azul claro e bermuda azul escuro. E é uma reedição de gibi do Bidu da Editora Continental de 1960, só que redesenhada e colorida par aos padrões dos anos 70.

Trecho da HQ do Bidu

Em "Quase um monólogo" (MN #9, de 1971), de 3 páginas, Mônica conversa com os leitores, perguntando se acham feiosa, se não preferia outro personagem no lugar, se ela não tirou outro personagem do lugar e se ainda acham que ela é chata ou metida. Até que Cebolinha aparece  e confirma tudo isso e ela bate nele, falando que certas criaturas não sabem a diferença da realidade da vida e representação. Ou seja, ela estava representando o tempo inteiro e sobrou para o Cebolinha.

Trecho da HQ "Quase um monólogo"

Na história do Raposão, de 2 páginas (MN #10, de 1971), ele trabalha de recenseador e vai na toca do Coelho Caolho. A princípio ele tinha 118 filhos, mas enquanto Raposão estava lá, á ia nascendo mais filhos, deixando Raposão com raiva de ele fazer tantos filhos em tão pouco tempo e vai atrás dele para a mata  querendo bater com a pasta

HQ do Raposão completa

Em "O medo da Mônica" (MN # 4, de 1970), de 4 paginas, um ser misterioso fica impressionado com a força e coragem da Mônica e bater nos meninos sem dó nem piedade e quer que ela participe de seu plano, mas quando descobre que ela tem medo de maribondo, ele desiste que a Mônica participe do plano. Na verdade, ele era um extraterrestre que queria uma criatura poderosa no planeta Terra para reinar no seu planeta e desiste da Mônica e acaba chamando o maribondo no lugar, achando que ele é a criatura mais poderosa do planeta.

Trecho da HQ "O medo da Mônica"

Papa-Capim tem um tabloide (MN #5, de 1970) em que ele e Cafuné estão preocupados com uma plantinha que estava murcha por falta de chuva. Eles fazem dança da chuva, mas exageram, fazendo alagar a selva toda. Era raro de ter histórias do Papa-Capim nos anos 70, quando tinha eram histórias de 1 página assim.

HQ do Papa-Capim completa

Em "Ai, que dor de dente" (MN #5, de 1970), com 5 páginas, mostra o sofrimento do Cebolinha com uma dor de dente e Cascão e Mônica tentam ajudá-lo, mas fazendo coisas absurdas como puxar o dente com barbante, mudar o laço que estava na cabeça dele para ficar mais bonito. No final, Mônica o leva amarrado para o dentista, que acaba tirando o dente errado. Mauricio gostava de ridicularizar o Cebolinha nas suas historias, essa foi mais uma. E novamente uma piada independente em cada página que juntas forma uma história.

Trecho da HQ "Ai, que dor de dente"

Em "O coelho da Mônica" (MN #12, de 1970), com 2 páginas, Cebolinha e Cascão reclamam que o coelho da Mônica, (ainda sem nome) tinha criado vida e estava batendo neles sozinho. Mônica não acredita, mas no final acaba levando uma surra do coelho e fica de olho roxo, confirmando o que os menins disseram e pede desculpas a eles.

HQ "O coelho da Mônica"

Tina  tem mais uma história, de  xx páginas (MN #17, de 1971) em que ela idolatra o John Lennon e seu irmão Toneco passa a falar mal, que ele usa peruca, e aí Tina e Toneco brigam, Toneco a chama de macaco de auditório e Tina fala que quem é a avó deles, a Vovoca. No final, eles encontram Vovoca comprando um poster do John Lennon, confirmando que ela também é fã e macaca de auditório do John Lennon.

Trecho da HQ da Tina

Em "Moni X Cão" (MN #12, de 1971), de 6 páginas, Mônica tenta salva rum cachorrinho da carrocinha. As vezes defende o homem da carrocinha d elevá-lo por não ser vacinado, outras vezes defende o cachorrinho por não querer que ele se transforme em sabão. No final, o cachorrinho é vacinado e recebe sua licença, mas Mônica é perseguida pelo homem da carrocinha por ter dado fim a sua rede de laçar os cachorros.

Trecho da HQ "Moni X Cão"

Zum e Bum estrelam a história "A fuga" (MN #2, de 1970), de 3 páginas. Nela, eles tentam fugir do presídio com Zum colocando o Bum dentro da comida para despistar os sentinelas. Só que eles não contavam que a comida ia para os ciclopes que vigiavam bandidos fugitivos da prisão, e, com isso, o plano não deu certo mais uma vez. Foi a estreis deles nos gibis e interessante mostrar no título que Piteco apresenta Zum e Bum, confirmando que eles são do núcleo do Piteco.

Trecho da HQ "A fuga"

Bidu e Franjinha têm mais uma história muda, de 3 páginas (MN #5, de 1970), em que Franjinha coloca um espelho na casinha do Bidu para dar medo nele, mas tem um mistério do espelho mordê-los, deixando s 2 com medo, pensando que era uma assombração. No final ,descobre que era uma toupeira que tinha se escondido na casinha depois do Franjinha ter colocado o espelho lá.

Trecho da HQ do Bidu

O almanaque termina com a história "C.B. A nuvenzinha mau-caráter" (MN #12, de 1971), de 10 páginas, em que a turma está vendo nuvens no céu, até que uma nuvem rebelde chamada Cúmulus Nimbus (C.B.) cria vida e ameaça a Mônica de participar de seu plano de dominar o mundo.

Trecho da HQ "C.B. A nuvenzinha mau-caráter"

A nuvem C.B. a obriga ir a rádios e jornais anunciar que a população toda tenha que ferver água para formar novas nuvens que farão destruir o planeta. Na véspera do plano, durante a noite, a nuvem C.B. se transforma em líquido em um copo que estava no quarto da Mônica para descansar, só que a Mônica acaba tomando a água, e, com isso, engolindo e destruindo a nuvem, terminando os planos dela assim. Após tomar a nuvem, Mônica esquece de tudo e pensa que foi tudo um sonho e volta a dormir tranquilamente. Muito boa essa, ponto alto foi a Mônica beber a própria nuvem do mal. Os absurdos eram altos na época.

Trecho da HQ "C.B. A nuvenzinha mau-caráter"

A tirinha final foi inédita, desenhada com o estilo dos anos 70. Ficou muito igual e quem não tinha os gibis originais pensava que era uma republicação como as outras, mas foi inédita, já que nos primeiros números não tinham tirinhas nesse formato de 3 quadros ocupando uma coluna. Isso só aconteceu a partir de 1973, com o lançamento dos gibis do Cebolinha. A seguir essa tirinha inédita.

Tirinha da edição

Então é um almanaque histórico, reunindo várias histórias clássicas dos primórdios da MSP depois de muito tempo sem o público ver até então. Hoje em dia os leitores pôde ver essas histórias na "Coleção Histórica", mas em 1989 o acesso era difícil. Foi uma excelente comemoração aos 30 anos da MSP e prova que não precisa fazer edição de luxo, mostra que uma edição saindo em bancas normalmente com preço acessível pode ser especial da mesma forma. Só ppodiam ter colocado pelo menos alguma da "Nº 1" também, mas nada que estrague a edição por causa disso. Muito bom relembrar esse 'Almanaque da Mônica Nº 15' há exatos 30 anos.

28 comentários:

  1. Cara, sensacional esse almanaque, pelo valor histórico das estórias e pela qualidade da seleção. Vou correr atrás pra ver se consigo um exemplar rsss.

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    1. Muito bom mesmo, vale a pena ter na coleção. Tomara que consiga. A MSP até poderia relançá-lo como edição de luxo especial, seria uma boa, mas difícil de ser de outra editora.

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  2. Essa fase foi excelente tanto pra Turma da Mônica e até pra outros gibis, tinham bastante gibis variados circulando nas bancas e eram muito divertidos. Eu também tinha outros gibis fora Turma da Mônica como Os Trapalhões e até esse do Gugu que você citou. Pena que você precisou se desfazer, bem que podiam deixar pelo menos esses aí de lembrança. Tomara que consiga um dia esse Almanaque a Mônica, é muito especial mesmo.

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  3. Achei no sebo em bom estado alguns anos atrás. É muito bom esse almanaque.

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    1. Muito legal. Achando em sebo de surpresa melhor ainda.

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  4. Meu tio era leitor de quadrinhos nos anos 80 e 90... me lembro que apaixonei por quadrinhos por influência dele. Mas as bancas eram recheadas de revistinhas nos anos 80 e 90. Com o passar dos anos, tudo foi diminuindo até sobrar pouquíssimas. A Itacolomi de Uberlândia tinha várias prateleiras a vista com dezenas e dezenas de títulos. Estive lá semana passada. O que sobrou, TMN e Disney, ocupa um pequeno nicho discreto no fundo da loja... uma pena...

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    1. A medida que vão comprando os gibis antigos, vão diminuindo a não ter mais. Teve sorte de ter tido esses gibis antigos, podia ter comprado mais, agora fica mais difícil encontrar.

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  5. Gostei! Vou correr atrás desse almanaque! É item de colecionador!! Esse "Mônica e Os Azuis" é um daqueles Clássicos Obrigatórios. É interessante notar que esta HQ tem uma leve influência de Rod Serling, criador e autor da famosa série Além Da Imaginação(The Twlight Zone). É interessante notar que algumas outras HQs do Mauricio também tinham essa influência, como por exemplo, O Último Caipira Da Cidade", com Chico Bento. E nas HQs do Astronauta produzidas nos anos 1970 e começo dos anos 1980,vemos não apenas a influência de Serling, como também a influência de Gene Rodenberry, o criador de Jornada Nas Estrelas.

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    1. Sem dúvida é item de colecionador, vale a pena ter. Bom saber essas curiosidades aí do Rod Serling e do Gene Rodenberry, não sabia.

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  6. Que almanaque histórico, sensacional! Apesar de ter sido lançado na época que eu comprava revistinhas, não me lembro de já ter o visto. O interessante é que os traços de personagens como o Horácio e os da Turma da Mata não mudaram tanto no decorrer dos anos. Já a Tina sofreu uma verdadeira metamorfose,nem parecendo ser a mesma personagem. Comparando os traços do início dos anos 70 com os traços de 1989, percebe-se a grande evolução dos desenhos, que se tornaram muito mais bonitos e bem feitos. A melhoria da arte final também é muito nítida. A modernidade e a experiência foram muito importantes nessa grande evolução até então.

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    1. É demais esse almanaque, todos eram muito bons na época, mas esse se torna mais especial ainda. De fato Horácio e Turma da mata estavam bem parecidos, não mudou muita coisa, já tina virou outra personagem. Era nítido também a evolução dos traços como você falou, tava bem melhor em 89, mas esses aí dos anos 70 têm o seu charme também

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  7. Um fato curioso é que eu,nascido em 1980,e portanto sem conhecer a década de 70,não entendia tamanha nostalgia dos mais velhos,que nos anos 90,enalteciam os 70.
    Hoje,nos anos 2010-quase 20-eu integro o cordão dos que enaltecem os 90.Sempre vem à mente o dito popular "a gente era feliz e não sabia"

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    1. Pois é, o povo sempre teve nostalgia por ver coisa melhor antes do que a época atual. Normalmente são 2 décadas pra ter a onda da nostalgia. Nesta década estão enaltecendo os anos 90, na já próxima década, tendência é ter nostalgia dos anos 2000, mas creio que vai ser fraca, não vejo nada de tão nostálgico e fantástico como no século XX. Creio que a nostalgia anos 90 vai ficar em evidência por muito tempo.

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    2. Sempre uso a música como parâmetro principal para avaliar uma década,e para mim,a de 1990 foi meio-termo,pois na segunda metade foi uma $%¨&##@#.
      Ouvia muito a Rádio Cidade(bem diferente da de hoje,ressucitada N vezes)e assistia MTV,ainda que a transmissão fosse péssima em minha casa.

      A música pop(para mim) foi boa até 1996,e o melhor e mais marcante ano foi 1993!Foi tanto em âmbito nacional quanto gringo.As grandes produções nacionais de artistas estreantes eram:Skank, Gabriel,o Pensador ,Timbalada,eu curtia muito " A Barata" do SPC,etc.
      93 foi,também,o lamentável ano das chacinas da Candelária e Vigário Geral.

      Paro por aqui,senão acabo escrevendo um "Almanaque do ano de 93"!

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    3. Concordo, também acho a primeira metade dos anos 90 melhor. Em músicas então nem se fala, era uma melhor que a outra em qualquer gênero.

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  8. Adorei a resenha, Marcos! Já marquei esse almanaque pra minha coleção de gibis à procura. Com certeza, tê-lo na coleção seria como um item de colecionador.

    Só acho uma pena que eu não consiga achar facilmente os gibis da Abril, ainda mais as primeiras edições da Mônica. Há um bom tempo atrás, o sebo aqui de casa vendia os gibis da turma publicados pela Abril, mas infelizmente, hoje em dia, está ficando cada vez mais difícil achar essas revistas. Só é mais fácil procurá-las na versão da Coleção Histórica ou à venda no Mercado Livre. Mas quem sabe, um dia, surge um milagre e continuem a vender mais esses gibis como antigamente, se Deus quiser.

    Portanto, com isso dito, me deseje boa sorte na procura dos gibis e desse almanaque, que eu certamente vou adorar ter na minha coleção. Forte abraço!!

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    1. É difícil mesmo aparecer os da Abril nos sebos, só com sorte. Pelo menos você encontrava aí há algum tempo. Uma vez ou outra encontro, mas ultimamente tá sendo difícil até encontrar os da Globo anos 80 e 90. Tomara que você consiga encontrar esse Almanaque da Mônica Nº 15. Boa sorte! Abraço.

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  9. Oh Marcos essa história do Papa-capim ela foi publicada em Mônica n 5 da Abril de 1970!

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  10. Eu confesso que evitava comprar almanaques, mas agora eu compro vários do início da editora Globo ou Panini, tanto que até consegui o 11 da Mônica da Editora Globo e também o 9, com a história do Nei de Costa, que você postou aqui no Blog anos atrás.

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    1. Que bom, eu fico muito orgulhoso por você ter conseguido essas duas edições do almanaque da Mônica. Na minha opinião, não é muito fácil procurar as primeiras edições da Globo entre 1987 e 1989, ainda mais tentar achá-las em estado aceitável.

      E essa história do Nei de Costa é muito legal. Ela se chama "Cuidado! Mônica no ar!" e foi publicada originalmente como história de abertura em Mônica nº 105, de 1979. Se você quiser conferir, tá aqui o link: https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2014/08/monica-hq-cuidado-monica-no-ar.html

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    2. oi Daniel, tudo bom? Obrigado pelo comentário. Eu queria me referir a edição 1 mesmo, mas coloquei 11 por engano kkkkkkkk, mas tenho ele também. a história do Nei de Costa eu vi aqui mesmo no Blog, por isso a comprei.

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  11. Marcos, a última tirinha era de jornal. Saiu em preto em branco no dia 28 de agosto de 1970 no jornal Folha de S. Paulo, dá pra ver no acervo online.

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    1. Interessante, não sabia dessa. Então foi um material inédito em gibis até então, mas que já existia nos jornais. Valeu por avisar.

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  12. Este almanaque é de fato muito bom, eu tive, e na Editora Globo parece que foi o único totalmente voltado para 1970-1973, semelhantes a ele são os primeiros almanaques da Mônica e do Cebolinha pela Editora Abril, os almanaques nº1 de Cascão e Chico Bento editados pela mesma provavelmente não devem ser semelhantes com Almanaque da Mônica 15 Globo.

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    1. Esse Almanaque da Mônica 15 da Globo é diferencial porque tinham histórias do início da trajetória depois de muito tempo sem o público ver, quase 20 anos depois. os primeiros almanaques deles da Abril embora serem histórias da mesma época, mas eram poucos anos que haviam sido publicadas pela primeira vez, menos de 10 anos, e muitos leitores ainda conheciam e até tinham as originais. Por exemplo, no Almanaque da Mônica Nº 1 de 1976 foram histórias de 5, 6 anos atrás até então, muito fresco na memória daqueles leitores.

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  13. A história dos azuis devia ter uma sequência ao estilo TMJ onde a turma regressa ao mundo azul e tentar descobrir a razão do medo da cor.

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    1. Poderia, mas como os roteiros não andam bem, poderiam estragar com a ideia.

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