terça-feira, 7 de março de 2017

HQ: "Magali na Maternidade"

Mostro uma história de quando a Magali causou muita confusão quando foi na maternidade visitar a sua prima que havia acabado de ter um filho. Com 16 páginas no total, foi publicada em 'Magali Nº 149' (Ed. Globo, 1995).

Capa de 'Magali Nº 149' (Ed. Globo, 1995)

Magali e sua mãe, Dona Lili, vão visitar na maternidade a prima Júlia, que tinha acabado de ter um filho. Magali pergunta aonde está o bebê e a prima Júlia diz que só vem às 4 da tarde porque está no berçário e na hora de mamar a enfermeira traz.


Enquanto a mãe e a prima estão conversando Magali procura o que fazer na maternidade até o neném chegar, que ainda ia demorar 1 hora. Nesse instante, chega a enfermeira com o chá da tarde. Magali já fica com vontade de comer tudo e a sua mãe diz que é o lanche é para a prima Júlia, que acaba oferecendo uma bolacha para a Magali. Em seguida, chega a família toda fazer visita, trazendo bombons, frutas, docinhos. Magali pensa que é para ela, mas fala que é para Júlia.


Magali aproveita que estão todos conversando e vai atrás de comida pela maternidade. Ela encontra um carrinho de chás que a enfermeira estava levando para as mães e a Magali acaba roubando o carrinho e toma e come tudo escondido. A enfermeira a flagra comendo e Magali corre pela maternidade e acaba entrando em uma sala só  de pessoal autorizado. Lá, ela consegue se disfarçar de enfermeira, colocando espanador da vassoura na cabeça como peruca loira.


Magali sai e encontra o berçário e fica imaginando qual dos bebês é o da prima dela. Então, aparece uma enfermeira e pede para Magali a substituir porque está com dor de cabeça e vai pegar um comprimido. Magali diz que não tem problema porque todos os bebês estão dormindo e vai na geladeira ver o que tem de bom para comer. Ela encontra várias mamadeiras e se prepara para tomar uma, com intenção que só uma não ia fazer falta, quando outra enfermeira aparece e Magali diz que está substituindo a Olga e disfarça que estava testando a temperatura das mamadeiras.


A enfermeira diz que está na hora de levar os bebês para os quartos do andar e era Magali que teria que levar. São bebês para casais negros, orientais, loiros e o da prima Júlia, que ela entrega o bebê no seu colo tapando o rosto para não ser reconhecida. Depois que Magali entrega, eles notam que os bebês foram trocados e as mães fazem escândalo no corredor da maternidade. Elas reclamam com a "enfermeira baixinha", perguntando o que fez com os filhos delas, quando chega outra enfermeira querendo saber o que estava acontecendo e pergunta se não olhou as identificações. Magali diz que não sabia e a Dona Lili reconhece que era a sua filha e arranca a peruca dela.


No final, Magali fica de castigo no quarto sem ver o filho da prima. O pai da criança fala que o filho é uma gracinha mamando e a Magali diz que é um guloso. Na rua, Dona Lili diz que para Magali que passou dos limites e que não vai mais trazer pra visitar a prima. Magali diz que não precisa e achou a visita uma chatice e nunca mais vai pôr os pés em uma maternidade. Então, passam os anos e no final aparece a Magali adulta dentro da maternidade amamentando o seu filho, e comenta que "nunca diga nunca". Afinal, para ter seu filho ela teve que voltar a entrar em uma maternidade.


História muito legal com a Magali fazendo de tudo para comer alguma coisa na maternidade  ainda mais sem ter nada para fazer lá. Engraçado ver a Magali disfarçada de enfermeira e ter trocado os bebês. Do tempo que Magali era capaz de tudo para comer, até precisando enganar, trapacear para ter o que quer.


Nessa história apareceu Júlia uma prima da Magali que tinha acabado de ter um filho. Magali foi a personagem que mais teve parentes sendo retratados nas suas histórias. Alguns criados de forma fixa como a Tia Nena, Tio Pepo, suas avós por parte de mãe e pais e outros que apareceram apenas uma vez, normalmente primos e tios. Muitas vezes eram pessoas da família da roteirista Rosana que ela homenageava nas histórias. 


Todos os personagens tiveram seus familiares nas histórias, que sempre tornavam as histórias bem divertidas, mas a Magali foi que teve mais frequência e dava um diferencial em seus gibis. Primos dos personagens eram mais comuns.


Os traços muito bons, bem caprichados. O enquadramento que ficou 6 quadrinhos por página em vez dos tradicionais 8 dando impressão de uma história grande. Interessante o título ser formado com o letreiro da maternidade. Era bem comum ter títulos formados com placas ou falas dos personagens. 

27 comentários:

  1. Magali bem terrível na hora que querer conseguir comida! Muito boa essa história!

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    1. Pois é, ela faz do tipo meiga, dócil, mas pra conseguir comida era capaz de tudo. Era muito legal.

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  2. É impressão minha ou a capa desse gibi já foi uma 'Capa da Semana'?

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    1. Exato. Já foi e agora postei uma história desse gibi.

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  3. Caraca, adorei essa história, muito engraçada e divertida, além de incorreta. Pena que seria impublicável, pois troca de bebes é uma tema sério. A Magali disfarçada de enfermeira lembra muito o Pernalonga e o Pica Pau.

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    1. Impublicável mesmo. E essas que eram as mais divertidas. Lembra sim desenhos do Pernalonga e Pica-Pau kkk

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  4. Otima historia,esta hq me fez lembrar de uma em que a Magali se veste de segurança no shopping so pra provar a comida da praça de alimentaçao,esta que comentei saiu em Magali numero 7 da panini ( uma das poucas da panini q gostei), nao sei se vc ja leu esta,mas recomendo.Amei a criatividade da capa desta da globo.

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    1. Essa não li, mas até que algumas dos primeiros números da Panini se salvava. Essa capa dese gibi nº 149 é sensacional. Eles eram muito criativos com as capas.

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  5. Muito divertida a história. A Magali disfarçada de enfermeira ficou sensacional. Muita criatividade, as coisas acontecem de uma maneira espontânea, o que dava graça às histórias. Olhando a Magali disfarçada achei que lembra o Cascão quando ele se disfarça de menina em planos do Cebolinha para azucrinar a Mônica.

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    1. Engraçada demais. Essa espontaneidade que era bom nas histórias, nada de ser forçado. verdade, Cascão se disfarçava muito nos planos infalíveis do Cebolinha,

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  6. acho que essa história não seria aprovada atualmente,já que a magali se passa por enfermeira sem ser uma,o mesmo caso da história doutor chico,adorei a história.

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    1. Implicam com tudo, com certeza essa não seria aprovada. muito boa. :)

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  7. Pois é, eles não viam que era uma criança disfarçada. Absurdos bacanas de HQs. E agora quando colocam personagens crescidos colocam a TMJ. Era bem melhor assim sendo desenhados da forma padrão da história.

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  8. engraçado, reparei que o pai do filho da Magali quando ele era já Adulta não é o Quinzinho nesta história. Quando ele se tornou o namorado oficial dela? Pois eu me lembro que em outras histórias anteriores a esta, a Magali e o Quinzinho já apareceram casados em histórias em que apareciam como adultos, um exemplo disto foi a história de encerramento de Magali 109.

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    1. Também acho ser outra pessoa. Tem o fato das pessoas nem sempre se casarem com namorado de infância na vida real. Passaram muitos anos e quiseram colocar que eles terminaram o namoro e Magali se casou com outro quando adulta.

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  9. Ouvi falar muito bem dessa história e queria muito lê-la. Adoro esse tipo de confusão. Obrigado por postar, Marcos!

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    1. Histórias assim com confusão sempre rendem boas risadas. :D

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  10. Oi, Marcos, tudo bem?

    Parabéns pelo trabalho que você faz aqui. Estou com bastante dúvida de como enviar essa mensagem sem que ela pareça um spam barato, mas é que fiz um vídeo sobre a obra do Mauricio de Sousa e eu adoraria mostrar para você. Provavelmente não posso colar o link aqui, justamente porque o sistema pode considerar spam e dessa forma você nem veria a mensagem rs Então gostaria de pedir, por gentileza, para você pesquisar por "Ludoviajante" no Youtube. É um canal com símbolo de esquilo. O último vídeo é sobre a Turma da Mônica, juro que fiz com todo o meu coração. Se importa de dar uma conferida?

    Abraço!

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    1. Obrigado por estar gostando do blog. V o seu video, muito bom mesmo, bem produzido. Parabéns.

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  11. que coisa, achei boba a história desta vez :-/

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  12. UAU..nota DEZ essa HQ..nunca tinha lido antes..Valeu, marcos! ;)

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  13. Nunca tinha lido também, se tornou uma das minhas favoritas,se juntando a das Balas Bilula do Cebolinha e Cria coeio do Chico Bento,entre outras.Valeu Marcos!

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    1. Muito divertida essa. Magali tinha histórias muito boas.

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  14. Impublicável por mostrar a gula exagerada da Magali, o que ela fez foi super errado. Além de mostrar ela trabalhando, e também retratar troca de bebês. É um tema sério e não seria retratado nos gibis atualmente. Talvez a frase "vigarista" também não por ser relacionado a ladrão. Magali no canto do castigo também não seria aceito pela patrulha do politicamente correto, assim como os pais não podem mais dar surra de chinelo neles. Também por mostrar - mesmo que descaradamente - o seio da prima Júlia, e a citação da Magali dizendo que ela nunca mais põe os pés na maternidade. Se a patrulha do politicamente correto visse essa frase, ela ficaria de cabelos em pé.

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    1. Verdade, toda incorreta e não aceitariam essas coisas. Uma história muito engraçada e proibida.

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