domingo, 26 de fevereiro de 2017

Uma história de carnaval com o Astronauta



Mostro uma história de quando o Astronauta pensou que extraterrestres invasores eram  pessoas fantasiadas. Com 5 páginas no total, saiu originalmente pela Editora Abril em 1983 e foi republicada em 'Almanaque do Cebolinha Nº 11' (Ed. Globo, 1990).

Capa de 'Almanaque do Cebolinha Nº 11' (Ed. Globo, 1990)

Astronauta estava chegando na Terra no carnaval, quando vê 2 extraterrestres com armas na mão prontos para invadir a Terra e pergunta qual a missão deles. Os ETs falam que precisam estar na Rua Quatro, número cinco, às sete horas e que vão a um baile à fantasia e então tiram as máscaras e Astronauta vê que é um casal e fica envergonhado com a mancada que deu.


Enquanto isso, uma nave aterriza na Terra e dessa vez eram Ets de verdade querendo tomar a Terra como base espacial deles e teriam que se livrar dos terráqueos. No caminho, encontra Astronauta e ele pensa que os ETs eram o casal que queria ir ao baile à fantasia e pergunta se perderam o caminho.


Astronauta leva os ETs ao baile e eles estranham o barulho grande la dentro. Quando entram vê todos fantasiados e falam que pensavam que os terráqueos eram mais bonitinhos e pacíficos. Pensam que um vampiro está devorando a mulher quando estão se beijando e também um índio está torturando a mulher, quando na verdade estavam dançando. Os ETs se assustam, pensando que os terráqueos não eram hostis e não dava para invadir a Terra porque as armas deles não iam dar nem par ao começo e vão embora com medo.


Astronauta vai atrás deles e se encontram com o casal fantasiados de ETs e pensa que eles resolveram voltar pra festa. O casal diz que estavam chegando agora. Astronauta diz que impossível porque levou o casal para o baile agora, mas logo olha para o céu com a nave voando no céu e ai se dá conta que tinha levado ETs de verdade para o baile e desmaia, terminando assim.


Uma história legal com o Astronauta se confundindo extraterrestres com casal fantasiados. Interessante a mesma fantasia era a forma dos ETs. Ele podia ter reconhecido pelas vozes diferentes, mas como é história em quadrinhos dá pra levar. É incorreta, logicamente, pelo fato dos personagens aparecerem com armas na mãos. Mais uma vez o título da história só com o nome do Astronauta, como era de costume.


Os traços muito bons, bem típicos da época. Na postagem a coloquei completa. Interessante no inicio colocarem o ano terráqueo e também o ano solar que correspondia. Essa história depois foi republicada novamente em 'Coleção Um tema Só Nº 13 - Mônica Carnaval' (Ed. Globo, 1996) e nas 2 republicações foram mantidas o ano, sem alterações, como era de costume na Editora Globo não mudar.

Capa de 'Coleção um Tema Só Nº 13 - Mônica Carnaval' (Ed. Globo, 1996)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Capa da Semana: Almanaque do Cebolinha Nº 33

Carnaval chegando e mostro uma capa com a turma em um baile a fantasia e o Jotalhão conseguiu voar ao se fantasiar de Super Homem, mesmo com o seu enorme peso, deixando a turma impressionada com sua façanha.

O bom em capas de almanaques com presença de secundários que às vezes as piadas eram com eles, coisa que não dava nos gibis mensais, com raras exceções.

A capa dessa semana é de 'Almanaque do Cebolinha Nº 33' (Ed. Globo, Maio/ 1996).


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Tirinha Nº 46: Cascão

Uma tirinha com o Cascão sendo confundido com um lata de lixo. Nela, ele está ao lado da lata de lixo e o gari acaba levando o Cascão por ser mais sujo que uma lata de lixo.

Tirinha publicada originalmente em 'Cascão Nº 107' (Ed. Globo, 1991).


sábado, 18 de fevereiro de 2017

Cebolinha: HQ "As mais loucas loucuras do Louco"

Nessa postagem, mostro uma história em que o Louco saiu de dentro da televisão para perturbar o Cebolinha, para o seu desespero. Com 6 páginas no total, foi a história de abertura de 'Cebolinha Nº 27' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Cebolinha Nº 27' (Ed. Globo, 1989)

Cebolinha liga a televisão e vai passando pelos canais pra ver se tem algo que gosta e aí sintoniza no "Jornal Sensacional" com a notícia que foi localizado o Louco que havia fugido do hospício e que os médicos vão realizar novos exames para ver a sua insanidade mental.


Cebolinha reconhece que era o Louco e começa a gaguejar em frente a TV, e o Louco dentro da TV e segurado pelos enfermeiros, repete o que o Cebolinha fala e sai de dentro da TV direto para a sala do Cebolinha. Os enfermeiros na TV falam pra ele voltar e o Louco desliga, dizendo que era um programa chato. Cebolinha pergunta como conseguiu isso (de sair dentro da TV) e o Louco com controle remoto na mão diz que apareceu de repente e joga o controle fora na janela, pensando que era uma bomba, e realmente o controle explode quando cai na rua.


Louco faz o Cebolinha se abaixar quando a controle-bomba explode e depois pergunta se o Cebolinha se machucou. Ele diz que não e ai o Louco dá um soco na sua cabeça para dar um jeito em se machucar de alguma forma. Louco vai na rua para ver se está tudo em ordem e ver que poste, moitas, pedras estão tudo calmos, quando o telefone da casa do Cebolinha toca. Era engano, alguém perguntando sobre a Dona Marocas, e o Louco pensa que era um espião inimigo conversando em código, liga o transmissor e falam que é para liquidar o espião. Então, ele volta para casa do Cebolinha com liquidificador na mão.


Louco tenta colocar o Cebolinha dentro do liquidificador, quando ouve um barulho e fala para não deixarem o pegar. Cebolinha pergunta quem quer buscá-lo e ai ele fala que são "eles" com várias letras "L" invadindo a casa. Mas logo aparece os "Reforços", que eram várias letras "R", e ai as letras se duelam. Louco pergunta quem vai vencer e Cebolinha diz que espera que são os "L". Louco o chama de traidor e Cebolinha trata de falar que são os "R", mas por causa da sua dislalia não dá pra corrigir. Louco diz que vai embora por causa disso e Cebolinha diz para não levar as coisas para esse lado e ele muda de direção que estava caminhando. Aí, olha para TV, a chama de mãe por ter saído através dela e resolve entrar de novo, parando em um canal de praia.


Quando vai embora, a campainha toca e eram os enfermeiros do hospício perguntando pelo Louco, que havia sido visto lá. Cebolinha diz que esteve, mas que entrou pela televisão. Os enfermeiros falam que Cebolinha está gozando deles ou está vendo TV demais. Cebolinha se pergunta se foi tudo imaginação dele e resolve desligar a TV. Quando está colocando o dedo no botão, o Louco aperta o seu nariz e desliga o Cebolinha, ficando todo preto, com ele se tornando a televisão, terminando assim.


Essa história é legal mostrando o básico das loucuras do Louco, dessa vez com ele saindo de dentro da televisão pra originar todas as suas loucuras. Engraçado os trocadilhos, sempre típicos nas suas histórias e ver o Cebolinha sofrendo com ele. Era bem mais violento com Cebolinha, sofria mais nas mãos do Louco. Dessa vez, o Cebolinha ficou até em dúvida se tudo aconteceu mesmo, como muitos podem pensar se o Louco era fruto da imaginação dele ou não, mas logo ele percebe que aconteceu mesmo.

Interessante a paródia com o "Jornal Nacional", colocando "Jornal Sensacional" no lugar e ainda colocaram o Cid Moreira dando a notícia, que era quem apresentava o jornal na época. Curioso também ver o Cebolinha com TV com controle remoto, na época só os mais ricos que tinham TV com controle. A maioria era sem.


Curiosamente, essa foi a primeira história de abertura com o Louco desde que havia sido criado em 1973. Sempre deixavam histórias dele no miolo e acredito que por conta dos traços serem mais típicos de abertura, colocaram essa na abertura, Traços, aliás, muito bem desenhados, adorava os desenhos assim. Hoje em dia, com 6 páginas, é curta para uma história de abertura, mas na época era normal isso, às vezes menos página que isso, principalmente na Editora Abril.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Capa da Semana: Chico Bento Nº 187

Era comum capas com o Chico Bento pertubando os bichos. Nessa capa, o Chico está estudando Geografia e desenha o planisfério no corpo da vaca. Até que desenhou bem, a vaca que não gostou.

A capa dessa semana é de 'Chico Bento Nº 187' (Ed. Globo, Março/ 1994).


sábado, 11 de fevereiro de 2017

Mônica Nº 40 - Editora Globo


Em abril de 1990 chegava nas bancas o gibi 'Mônica Nº 40' pela Editora Globo. Nessa postagem mostro como foi esse gibi e suas principais histórias.

Esse gibi teve 15 histórias, contando a tirinha final. Segue o estilo de histórias curtas como era de costume na época e por isso costumavam ter bastante histórias no mesmo gibi. A capa, curiosamente, apesar de fazer uma piada com o macaco do zoológico pensando que o cabelo da Mônica era um cacho de banana, acabou sendo referência a uma história de miolo desse gibi, que mais abaixo comento. Não se sabe se foi de propósito ou mera coincidência, afinal foi uma história de miolo, não de abertura.

Em relação a cores, na maioria das histórias o rosa foi mudado para um tom mais voltado para o roxo, o que achei que ficou muito interessante essa troca. Na Globo, viviam mudando as cores e o papel de um mês para o outro, uma marca da editora, tanto que na edição "Nº 41" já voltou com o tradicional rosa.

O gibi começa com a história "Espelho espelho meu", com 13 páginas. Nela, Mônica e Magali vão ao cinema assistir "Branca de Neve e os 7 anões" e Mônica comenta na saída que queria ter um espelho como da Bruxa Má. No caminho de casa, ela vê um espelho parecido em uma loja de antiguidades e pergunta se tem alguém mais bela do que ela. O espelho fala e Mônica fica espantada e resolve comprar o espelho, mas era o Cascão que estava atrás.

Trecho da HQ "Espelho espelho meu"

Em casa, Mônica fala com o espelho, que não responde e ela fica com raiva e diz que vai voltar quando acabar de almoçar. Na rua, Cascão conta para o Cebolinha o que fez com a Mônica e aí o Cebolinha manda voltar para tirar sarro com a Mônica senão vai acaguentar para ela o que fez. Cascão volta e Cebolinha fica escondido em cima da árvore do lado de fora da casa da Mônica.

Cascão diz vários nomes com letra "A" que são mais bonitas que a Mônica. Então, ela faz uma maquiagem e ele diz que agora até o Bidu está mais bonita que ela. Aí, joga a Mônica pra baixo falando que ela não tem qualidade nenhuma, que é a menina mais baixinha e dentuça e chata que já viu, e devia esconder a feiura. Mônica desce até à sala com um saco de supermercado na cabeça e assusta a Magali que estava lá. Mônica conta toda a história e Magali quer ir ver o espelho. Chegando no quarto, o espelho diz que a Magali é mais bonita do mundo, deixando Mônica com inveja.

Trecho da HQ "Espelho espelho meu"

Mônica pergunta se o Renatinho gosta dela e Cascão diz que não, só se fosse louco. Mônica começa a chorar tão forte que acaba rachando os espelhos do quarto e aí descobre que era o Cascão que estava atrás e o Cebolinha na árvore dando risada de tudo. Mônica dá uma surra forte nos 2 que vão voar longe. No final, Magali fica triste por não ser bonita como o espelho falou e Mônica diz que aprendeu a lição de aceitar como é, sem se importar com a opinião dos outros e ai nessa hora um espelho da loja de antiguidades começa a falar que a Mônica é uma boneca e uma gracinha.

Essa história é engraçada, legal ver a Mônica se passando por burra em acreditar em espelho falante em mais um plano infalível, que acabou saindo sem querer. No final, até existiu espelho falante de verdade. Mais engraçado o absurdo dos espelhos se quebrarem só com a força do choro da Mônica. Curiosidade da casa da Mônica ter 2 andares nessa história, coisa que não era padronizada, e também da moeda colocarem que o espelho custa 5 Cruzados em vez de Cruzeiros, a moeda do Brasil da época. A história foi roteirizada ainda como Cruzado e não deu tempo de mudar quando foi publicada, já que a mudança de moeda foi às pressas, em março de 1990, e os gibis tem antecedência de estarem pronto.

Trecho da HQ "Espelho espelho meu"

Em seguida vem Chico Bento com a história muda "Calça Rasgada" de 3 páginas. Nela, Chico rasga a calça quando se abaixa para pegar uma flor e com vergonha, foge da Rosinha, dos seus amigos e de todos que encontra pela frente, se escondendo em moita, árvore e dentro de tronco de árvore para não verem sua bunda de fora. Ele chega em casa, sua mãe, Dona Cotinha, costura a sua calça e depois ele vai nadar no ribeirão pelado e de bunda de fora, sem ele ter vergonha e ninguém que está na beira do ribeirão se importar que ele está pelado. 

História bem simples e incorreta para os padrões atuais, e interessante a mensagem de não esquentar a cabeça com que os outros pensam porque na realidade nem estão pensando nada de mais. Engraçado a a mãe costurar a calça com o Chico no colo em vez de ter tirado a calça para costurar.

Trecho da HQ "Calça rasgada"

Depois vem "Macaquices", de 5 páginas, a história que teve referência com a capa da edição. Mônica está no zoológico e o macaco pensa que o cabelo dela é um cacho de bananas. Quando o cara da limpeza abre a jaula, o macaco foge e persegue a Mônica aonde ela vai, mas à principio ela não o vê e ele sempre se dá mal, levando tapa dela, caindo em um barranco quando ela abaixa pra pegar uma flor e ainda sobe em cima das pessoas na rua pra alcançá-la. O macaco finalmente consegue subir na Mônica pra arrancar o cabelo dela, quando o cara do zoológico chega e o pega de volta. No final, é Magali que fica atrás da Mônica de língua de fora querendo o cabelo de banana da Mônica.

Trecho da HQ "Macaquices"

Astronauta tem a sua história filosófica de 4 páginas. Nela, Astronauta se questiona qual o tempo que se aplica no espaço, qual a noção de tempo lá. Após o computador falar o tempo terrestre, Astronauta diz que horário terrestre é um, no espaço sideral é diferente. Apesar de cientistas afirmarem ter um tempo lá, para ele, não existe. 

Ele já viveu muitas aventuras, criação de planetas novos, nascimento de vidas em planetas, até pegou carona na causa de um cometa e não sabe quando foi quando tudo isso aconteceu, se foi semana passada, ontem e se questiona qual tempo aplicar na sua vida. Astronauta vê sua imagem no lago, percebe que envelheceu um pouco e aí se convence que perdeu tempo pensando no tempo e devemos é viver as emoções e que o tempo mais importante é o nosso tempo de vida.

Trecho da HQ "Astronauta"
Em "Nadando à vontade", com 3 páginas, Mônica está com calor e tira o vestido pra nadar no rio. Cebolinha aparece e começa a perturbá-la, levando o vestido dela pra longe e ainda dá nó e pisar o Sansão. Mônica joga água nele e quando ele a xinga de baixinha e dentuça, a Mônica aperta o nariz dele e acaba caindo na água. Mônica veste a roupa do Cebolinha, deixando só de cueca dentro do rio. No final, ele é pescado e o pescador comenta que é cada coisa estranha que jogam no rio ultimamente.

Trecho da HQ "Nadando à vontade"

Bidu tem história sem título de 6 páginas. No estilo da característica de Bidu ator, ele vive o Supercão, uma paródia de Superman. Nela, Bidu trabalha em um escritório e tem segredo de ser o Supercão para ajudar os outros em perigo. Durante o expediente, ele larga o serviço para salvar uma cadela que estava sendo assaltada por um bandido e é despedido quando volta ao escritório porque o chefe pensa que ele estava vadiando no banheiro quando volta para trocar de roupa lá. 

Ele procura emprego novo sem sucesso e consegue um quando assume sua posição de herói, mas como carregador de cargas. De noite, exausto, ele recebe chamada de socorro da mesma cadela e não consegue derrubar o bandido de tão cansado. Ainda vai para cadeia por pensar que estava de vadiagem e carrega pedras gigantes no presídio, quando Manfredo manda terminar a história. Bidu pergunta qual a moral da história e Manfredo diz que ele era um péssimo profissional, mas Bidu diz que era bom e honesto, mas na cabeça do diretor financeiro, que aparece na hora, não pensa assim e só quer cortar gastos com as histórias e com papel.

Trecho da HQ "Bidu"

Na história "Belo ou feio?" do Papa-Capim, de 4 páginas, ele não aparece. Nela, conhecemos Pedrinho, um menino que sempre foi paparicado pela sua família e ficavam mexendo no seu beiço. Mexeram tanto que ficou com beiço enorme, sofrendo bullying dos seus amigos durante a infância e adolescência. Aos 18 anos vai para o exército e se perde na selva, Lá, conhece a índia Potira que se apaixona por ele por causa do seu beiço enorme e ele passa a viver na aldeia casado com ela. No final, ele vai pescar e quando volta conhece o seu sogro, que é o cacique da aldeia Botocudos, com beiço enorme, e por isso ela se apaixonou pelo, agora, Pedrão.

Trecho da HQ "Belo ou feio?"

"Sopros", de 5 páginas, mostra uma paródia dos 3 Porquinhos, em que Mônica corre atrás do Cascão por ter dado nó nas orelhas do Sansão e ele vai se esconder na casa dos 3 Porquinhos. Primeiro vai na casa de palha , a Mônica assopra e voa tudo. Depois na casa de madeira e voa tudo com o sopro da Mônica e na casa de tijolo ela consegue derrubar também. Aí, aparece o verdadeiro Lobo Mau e carrega o Cascão e os 3 Porquinhos. Mônica dá surra no Lobo Mau e no final faz Cascão e o Lobo construírem uma casa nova para os 3 porquinhos, mas ela e os porquinhos dão uma leve ajuda também.

Trecho da HQ "Sopros"

Titi vem depois com "Sonhos de verão", com 7 páginas. Ele sempre tinha histórias solo nos gibis da Mônica e Cebolinha. Nela, Titi não quer mais estudar e decide ser surfista, contrariando a vontade da sua mãe. Na rua diz que vai ganhar muito dinheiro se divertindo e cercado de gatinhas, bem na hora que Aninha estava passando e ele tem que se explicar que são gatas siamesas que pediu para o pai. Depois, ele decide comprar sua prancha, mas como era cara demais, resolve construir a sua própria prancha.

Ele vai no riacho e a prancha afunda com ele. Então, decide ir à praia e não consegue pegar onda já caindo na primeira onda da beira da praia, com mulheres rindo dele. Titi resolve, então, estudar bastante, trabalhar e ter seu próprio dinheiro para comprar uma prancha. mas, logo lembra que vai demorar muitos anos e vai estar velho quando conseguir comprar. Sua mãe diz que se for bem nos estudos vai comprar uma prancha para o filho. No final, passa o tempo e ele ganha de presente a prancha que queria, mas quando lembra que caiu na onda da praia, Titi faz a prancha de carrinho de rolimã e convida a Aninha pra dar uma volta com ele.

Trecho da HQ "Sonhos de verão"

Ainda tiveram histórias curtas variando de 2 a 4 páginas com Titi, Anjinho, Piteco e Horácio. O gibi termina com "O plano", de 4 páginas, em que Mônica flagra os meninos planejando um plano contra ela e logo depois que Magali e o resto da turma depois. Mônica vai em casa pra pegar o  Sansão, mas não encontra ninguém em casa. Ela volta para a casa e descobre que o plano era festa de aniversário surpresa e faz questão de dar beijo em cada um deles. Na época, os personagens não tinham datas de aniversário definidas e ai nessa história ela fez em abril.

Trecho da HQ "O plano"

A tirinha final é com a Mônica falando que o Cebolinha chegou bem na hora. Cebolinha estranha por ela já ter acabado de almoçar e ele descobre que era bem na hora de ajudar a lavar a louça. Essa tirinha é uma reedição que saiu em 'Mônica Nº 1' (Ed. Globo, 1987). Muitas tirinhas que haviam saído eles costumavam republicar, só mudando as cores. 

Tirinha da edição

Como podem ver um gibi legal, voltado para todos os gostos e bem padrão para sua época. Foram bastante histórias curtas e prevaleceram histórias com secundários. Até as histórias mudas eram bem interessantes por serem curtas e bem objetivas. Traços de todas muito bons, principalmente a história de abertura. Enfim, um gibi que vale a pena ter.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Capa da Semana: Cascão Nº 129

Cascão é capaz de tudo para escapar da chuva. Dessa vez entrou dentro do casco da tartaruga para não se molhar com a chuva. Engraçada a cara da cara de raiva da tartaruga e também a do Cascão olhando para ela. Muito legal.

Capa dessa semana é de 'Cascão Nº 129' (Ed. Globo, Dezembro/ 1991).


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Chico Bento: HQ "Fez Aqui, Aqui Paga!"

Mostro uma história de duplo sentido com o Chico Bento em que ele diz para os adultos que fez bobagem com a Rosinha. Com 5 páginas no total, foi história de encerramento de 'Chico Bento Nº 27' (Ed. Globo, 1988).

Capa de 'Chico Bento Nº 27' (Ed. Globo, 1988)

Começa com o Chico na igreja se confessando par ao Padre Lino que fez bobagem com Rosinha. O padre fica assustado e dá a penitência de 1 milhão de ave-marias e 400 mil pais-nossos e ainda querer falar com os pais deles.


Chico fica nervoso porque não sabe quanto é 1 milhão porque só sabe contar até 100. Ele encontra a professora Marocas e ela diz que é mil vezes mil. Chico diz que complicou por não saber quanto é mil. A professora pergunta porque ele quer saber isso e ele diz que o padre mandou rezar um milhão de ave-marias por ter feito bobagem com a Rosinha. Professora Marocas se assusta e sai correndo.

Depois Chico caminha pela vila e ouve comentários de 2 meninas comentando que a mãe não quer que chegue perto dele e saem correndo quando o Chico se aproxima delas quando percebeu que estavam falando dele. Até um cachorro correu dele. Ou seja, a notícia se espalhou e todo mundo estava sabendo.


Quando chega em casa, o seu pai está brabo e com galho de árvore na mão e querendo satisfação do filho ter feito besteira com a Rosinha. Chico diz que foi só uma besteirinha e quando vai falar o que era, o Seu Bento tampa a boca dele, falando que é uma revista infantil. E já suspende o galho para dar uma surra nele.

Chico chora e diz que nunca mais vai roubar goiaba com a Rosinha. Sabe que é feio roubar e a besteira está feita e abaixa a bunda para o pai bater nele. Seu Bento dá gargalhada e não bate no Chico, que fica sem entender o motivo da gargalhada. No final, Chico caminha e encontra a Rosinha e diz que não vão mais roubar goiaba. Rosinha pergunta se é errado e Chico responde que não é, que o pai até deu gargalhada, mas o padre deu penitência grande e pede para a Rosinha dividir as ave-marias com ele.


Essa história é bem simples e muito engraçada, como um duplo sentido dá pra dar boas risadas. Legal ver a inocência do Chico e a mente poluída dos adultos. Ele nem conseguia se explicar que havia roubado goiaba e já criavam caso. A maldade está na cabeça de quem vê. Engraçada a parte do Seu Bento tapando a boca do Chico falando que é uma revista infantil, deixando claro que estava pensando em maldade e também do Chico não saber quanto é 1 milhão e saber contar até 100.


Na MSP às vezes apareciam histórias de duplo sentido, que sempre eram bem divertidas. Fora, em situações de quadrinhos soltos que colocados fora da história dão esse sentido de várias interpretações, mas se ler a história completa via que não é nada daquilo, coisa que era mostrada muito no site "Porra, Mauricio!". Hoje em dia essa história é completamente impublicável por ter esse duplo de sentido de sexo, além do Chico ser ameaçado de levar surra do pai na bunda e o Chico ser burro a ponto de saber só contar até 100.


Os traços muito bons, bem característicos do final dos anos 80. O Padre Lino foi desenhado diferente, ainda não tinha característica fixa, em cada história aparecia diferente e nem nome fixo também. nessa, foi só chamado de padre.