terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Tirinha Nº 45: Chico Bento

Nessa tirinha, Chico encontra o Zé Lelé plantando café direto no saquinho só pra quando nascer já vir torrado e moído e dentro do saquinho e não dar trabalho. Coisa da cabeça do Zé Lelé. Muito legal.

Tirinha publicada originalmente em 'Chico Bento Nº 178' (Ed. Globo, 1993).


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Quinzinho: HQ "Gorducho, eu?"



Nessa postagem eu mostro uma história em que o Quinzinho sofreu bullying por ser gordo. Com 7 páginas no total, foi história de encerramento de 'Magali Nº 106' (Ed. Globo, 1993).

Capa de 'Magali Nº 106' (Ed. Globo, 1993)

Nela, o pai do Quinzinho, seu Quinzão, manda o filho levar a encomenda da padaria para Dona Amélia. No caminho, Quinzinho sente calor e quando chega na casa da Dona Amélia quem atende é o filho dela.


O menino o chama de bolo fofo. Quinzinho diz que não era bolo, e, sim uma rosca de frutas. Então, o menino diz que bolo fofo era ele. Quinzinho não gosta e comenta que é inveja por ser mais forte que ele. No caminho de volta para a padaria, um homem pergunta onde fica a Rua Laranja Lima. Depois de responder que fica em frente, o homem agradece, o chamando de gordinho. Quinzinho fica passado e diz que o pessoal está com problema de vista.


Logo depois, ele fica em frente a um espelho e diz que gordinho é o moleque do espelho. Aí se dá conta que era ele mesmo e vê como estava gordo e chora querendo saber como foi que aconteceu isso com ele. Magali aparece na hora chupando pirulito e oferece para ele. Quinzinho diz que não pode porque está gordo e Magali diz que está gordinho, mas gosta dele assim mesmo, gosta de meninos recheadinhos.


Quando estão prestes a se beijar, aparece um menino com seu gato ao lado e Magali o cham de gato na frente do Quinzinho. Ela, sem graça, diz que é o de 4 patas. Quinzinho fica brabo e diz que vai começar um regime. Magali diz que vai ajudar e imediatamente pede 5 picolés ao sorveteiro e 3 pastéis ao pasteleiro, come tudo de uma vez na frente do Quinzinho, dando tentação a ele, mas falando que isso são coisas que ele não deve fazer. Quinzinho diz que se ficar perto dela não vai emagrecer nunca e termina o namoro.


Na padaria, Seu Quinzão pergunta o que houve par ao filho estar tão triste. Quinzinho diz que terminou relação com a Magali porque ela come muito e o influencia e por isso que ele é gordinho. A mãe pergunta se tem certeza, mostrando a sua barriga, junto com o pai.

Quinzinho corre atrás da Magali e fala que cometeu um terrível engano, que descobriu que é gordo porque puxou os pais dele. Mesmo assim ele pensa em fazer exercícios para queimar as gordurinhas e pede opinião da Magali. Então, ela se deita na barriga dele, falando que enquanto é assim gordinho, deixa aproveita para deitar nele, terminando assim.


Uma história muito legal, que discute bullying, preconceitos com os gordinhos sofrem na vida real e com lição de mostrar que devem gostar de si mesmo, independente dos que os outros falam. Legal ver que o Quinzinho não se sentia gordo até os outros perceberem e falar mal dele. E engraçado a Magali dando tentação a ele comendo tudo na frente dele, do modo exagerado que ela fazia colocando tudo na boca ao mesmo tempo. Adorava quando ela fazia isso.


Hoje em dia essa história é impublicável por Quinzinho trabalhar em padaria do pai por ser criança e por esse fato dos personagens estarem sofrendo bullying e preconceito e os gordos na vida real podiam não gostar, o que é bobagem, já que deu para mostrar que tem uma boa lição de moral. Na verdade, os personagens vêm sendo desenhados ultimamente mais magros como era, tudo por causa do padrão de beleza de ser magro. Personagens como o próprio Quinzinho, além de Pipa, Dona Cebola, Nhô Lau, Thuga e tanto outros estão bem mais esbeltos do que eram antes. E isso que acho mais preconceito do que criar uma história assim.

Os traços dessa história, a propósito, muito bem desenhados, mostrando como era o Quinzinho gordo, como era desenhado nas histórias da época. Teve um erro de colorização, com o Quinzinho aparecendo de camisa verde na penúltima página. Erros assim eram comuns e eu gostava quando tinha. Hoje em dia são corrigidos esses erros em republicações de almanaques.


Nos gibis quinzenais da Magali eram comuns histórias de secundários considerados da turma dela, com participação dela ou não. Normalmente eram histórias solo com Mingau e Dudu, mas as vezes tinham histórias com o Quinzinho, Tia Nena, Tio Pepo. Nessa edição, foi com Quinzinho. E as ruas da Turma da Mônica têm nomes de frutas ou árvores frutíferas. Dessa vez descobrimos que além da Rua do Limoeiro, tem também a Rua Laranja Lima. Bem criativos.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Capa da Semana: Cebolinha Nº 41

Nessa capa, o Cebolinha vai cortar o cabelo e o barbeiro passa uma borracha escolar gigante para tirar as pontas do cabelo dele ao invés de tesoura. Afinal, ele é um desenho e só a borracha já dá pra tirar. Muito criativa a metalinguagem.

A capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 41' (Ed. Globo, Maio/ 1990).


sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Edições "Nº 1" da Editora Globo

Em janeiro de 1987 os gibis da Turma da Mônica mudaram de casa, se transferindo da Editora Abril para Editora Globo. Então, em homenagem aos 30 anos dessa mudança, nessa postagem mostro como foram os gibis "Nº 1" da Globo de 1987.

Capas das Edições "Nº 1"  (Ed. Globo, 1987)

A mudança pegou todos de surpresa na época. Não teve divulgação pela imprensa, então quando chegou janeiro de 1987 nas bancas é que os leitores viram a mudança de editora e numeração reiniciada. Além disso, os gibis chegaram atrasados já que tiveram impressão internacional, e, com isso, os gibis do Cascão e Chico Bento, que eram quinzenais, só tiveram um exemplar em janeiro, o que comprometeu a coleção toda, já que em 1987 tiveram 25 exemplares cada um em vez dos 26 tradicionais, e por isso que eles sempre terminavam anos com numeração ímpar, terminando com 467 gibis cada um no final em 2006.

Os gibis da Globo também tinham qualidade de papel diferentes em relação a Editora Abril, o que deu um estranhamento quem acompanhava na época. O papel não era do tipo oleoso como era os da Abril e colorização também foi diferente, com cores em tom aquarela, principalmente o azul, além da pele dos personagens ficarem mais rosadas. Isso ficou assim nos 5 primeiros meses, depois foi começando as primeiras mudanças de cores, e viviam mudando periodicamente, assim como o tipo de papel, em todo o período que ficaram na Globo. Foram tantas mudanças em relação a isso que dava até para fazer várias postagens sobre as cores da Globo.

Os gibis continuaram com o mesmo número de páginas e periodicidade, com Mônica e Cebolinha mensais e Cascão e Chico Bento, quinzenais. Até a edição Nº 9 de Mônica e Cebolinha não tiveram seção de cartas. E nos gibis da Mônica todas as seções que tinham na Editora Abril como "Horóscopo da Mônica", "Mundo Encantados dos Animais", "Conheça os artistas da Pracinha da Mônica", deixaram de existir de vez na Globo. No lugar, nas primeiras edições, colocavam histórias republicadas de pouco tempo para preencher o espaço que era reservado para essas seções.

Todos os gibis tiveram frontispício com fundo amarelo e texto do Mauricio de Sousa explicando a mudança de editora e reiniciar numeração. No cannto esquerdo aparecia um desenho do personagem da revista e o logotipo em cima do personagem.

Frontispício do gibi Cascão "Nº 1" (1987)

A seguir comento de cada individualmente:

Mônica

Abre com a história "Membros ativados", com 14 páginas,  em que o doutor e cientista Tomaníquel cria uma fórmula que ativa voluntariamente membros do corpo humano, como braços e pernas. Eles se movimentam sozinhos sem a pessoa precisar controlar isso, memso dormindo. Com a fórmula pronta, ele vai dormir. No dia seguinte, Mônica está correndo atrás do Cebolinha depois que ele a provocou e acaba lançando o Sansão tão forte que arrebenta a parede da casa do cientista. Mônica entra lá para pegar o Sansão e toma a fórmula do cientista, pensando que é groselha e vai embora. O cientista acorda e ver que a fórmula foi roubada e vai atrás procurar.

Trecho da HQ "Membros ativados"

No campinho, Mônica resolve dormir em frente a uma árvore e Cebolinha e Cascão aparecem para tentar pegar o Sansão, aproveitando que ela estava dormindo. Só que quando o Cebolinha tenta pegar, Mônica, dormindo, dá um soco forte nele que vai parar longe. Ela também tenta dar soco no Cascão quando ele resolve pegar o Sansão e depois corre atrás e bate nos meninos, tudo isso dormindo. Mônica acorda, volta para casa e de noite dormindo ela pula corda na cama, bate no pai pensando que é o Cebolinha quem tinha aprontado com ela e os pais ficam preocupados com o comportamento da Mônica. Eles colocam despertador para acordá-la e a levam para o médico, que era o Doutor Tomaníquel.

Então, descobrem que a Mônica tomou a fórmula toda pensando que era groselha. Ela toma um antídoto e volta ao normal. No final, Doutor Tomaníquel faz um novo preparo menos perigoso e ai pergunta ao leitor se está servido, dizendo que era groselha.

Trecho da HQ "Membros ativados"

O gibi teve 20 histórias. incluindo a tirinha final. Foram muitas de 1 página ou curtas, fora que não tiveram as seções que tinham na Editora Abril, daí o grande número de histórias. De secundários foram com: Horácio, Tina, Rolo, Bidu. Chico Bento, Penadinho, Franjinha, Titi, Zé Luis e Magali. Sim, como Magali não tinha gibi, sempre tinha histórias solo dela nos gibis da Mônica e considero como secundária até o momento. Foram 4 histórias com a Turma da Tina nessa edição, coisa bem rar tambéma. Muitas histórias republicadas, já que não tinham seções, mas foram histórias de pouco tempo que haviam sido publicadas originalmente, para não diferenciar dos traços atuais até então. 

Destaque para a história do Bidu, "Uma superprodução para o Bidu" em que o Bidu se cansa de histórias conversando com a Dona Pedra e aí o Manfredo sugere o Bidu a fazer releituras de histórias clássicas de outros personagens. Foram citadas: "Chuva na Roça" (Chico bento), "A Abóbora Encantada" (Mônica), "Sombras da vida" (Piteco), "Sete quedas" (Chico Bento), "Emoções bárbaras"(Cebolinha). Bidu não aceita e faz uma história medieval, mas não dá tempo de terminar com o editor falando que o espaço do Bidu na revista terminou.

Cebolinha

Abre com a história "Ceboladim & a Lãmpada Maravilhosa", com 19 páginas. Seu Cebola conta história para o Cebolinha dormir. Nela, conhecemos o mercador Assan Had da Antiga Arábia que vendia todo o seu estoque acima do preço de tabela e estudava maneiras de ficar rico nas horas vagas. Ele descobriu sobre a lâmpada maravilhosa que dá poderes a quem possui e vai atrás dela, encontrando em um vilarejo do deserto em uma fenda na rocha.

Trecho da HQ "Ceboladim e a Lâmpada Maravilhosa"

Assan Haddi não consegue pegar e chama Ceboladim, um menino engraxate que trabalhava para ajudar os pais e queria conhecer o rosto de Monicadade, para pegar a lâmpada maravilhosa. Ceboladim desce, consegue pegar a lâmpada, mas ao ser puxado pela corda, o Assam Haddi não queria puxá-lo de volta para superficie e ai faz Ceboladim cair e Assam Haddi resolve pegar a lâmpada depois. Ceboladim esfrega a lâmpada e libera o gênio Khas Khan (Cascão), que tira Ceboladim de lá.

Ele vai para casa com o gênio e transforma a singela casa em um palácio (antes havia transformado em um palácio de lixo). Assan Haddi descobre que Ceboladim está com a lâmpada e se fantasia de mascate que faz troca de lâmpadas novas por velhas. Ele vai no palácio e consegue roubar a lâmpada. Todos ficam tristes, até que descobrem que o gênio Khas Khan estava na chaleira velha da mãe do Ceboladim e então Assan Haddi levou só a lâmpada, que esfregava esfregava e não saia gênio nenhum. Ceboladim deseja que Khas Khan vire um menino e princesa Monicadade visita o palácio e tira o veu. Eles veem que ela é dentuça e sobra coelhadas pra todo mundo. Então, Cebolinha, contrariado, manda o pai apagar a luz, falando que depois desse final só quer dormir mesmo.

Trecho da HQ "Ceboladim e a Lâmpada Maravilhosa"

No mais, o gibi teve 15 histórias, com histórias de secundários do Rolo, Piteco, Horácio, Penadinho, Astronauta, Titi e Magali. Com destaque para a história "Sem apanhar" em que o Cebolinha provoca a Mônica por tudo quanto é jeito, mas ela não está a fim de briga e não faz nada com ele, mas no final a mãe Dona Cebola viu o Cebolinha provocando a Mônica e bate nele com chinelo na bunda. Completamente incorreta e inadmissível hoje em dia porque os pais não devem bater nos filhos com chinelo. Por não ter seção de cartas, a história do Penadinho de 1 página que foi a republicação pra preencher o espaço.

Cascão

Na história de abertura "O diferentão", de 5 páginas, Cascão está fugindo da mãe pra não tomar banho, consegue escapar e lida com os outros na rua achando ruim o seu mal cheiro, inclusive cachorro. Cascão fica triste e resolve se jogar no riacho, mas ai surge a mão do Mauricio de Sousa e puxa pela alça do macacão e o leva para os estúduios para conversar. 

Trecho da HQ "O diferentão"

Mauricio explica que quando criou o Cascão, queria um personagem diferente e se fosse limpinho seria igual aos outros e que os personagens precisam de uma característica marcante para agradar e identificar com os leitores. Mauricio e Cascão se interagem falando que Cebolinha fala "englaçado", Mônica tem dentes horríveis, Horácio olhudo, Piteco com cabelos espetados, Penadinho com pernas curtinhas. Mauricio fala que se ele tomar banho vai desapontar os fãs e não ter característica própria. Cascão diz que Mauricio tem razão, o beija e volta para os quadrinhos. No final, Alice, esposa do Mauricio chama o marido para ir ao cinema e ele diz que vai tomar banho antes. E Cascão, dentro dos quadrinhos, fala "Tadinho".

Trecho da HQ "O diferentão"

O gibi teve 8 histórias no total, sendo que dessa vez de secundários não teve Bidu, só com a Turma do Penadinho. Normalmente era Bidu e Penadinho como histórias dos personagens secundários nos gibis quinzenais do Cascão, sendo que de vez em quando um ou outro ficava de fora em determinadas edições. Destaque para a história "Banho na T.V." em que o Cascão vai a um programa de televisão para tomar seu primeiro banho em rede nacional, mas sempre fracassava as suas tentativas, como chuveiro, torneira, mangueira, nuvem, tudo sem água, inclusive um lago secou na hora. Mas quando o apresentador leva uma tina d'água, os 3 porquinhos salvam o Cascão de tomar banho. No final, é revelado que o nome do programa é "Isto é incrível"

Chico Bento

"O boto cor-de-rosa" abre o gibi com 11 páginas, em que Chico e Zé Lelé vão pescar escondido no lago da fazenda do Coronel Agripino. Eles acabam pescando um boto-cor-de-rosa e ficam sem saber que bicho era aquele. Logo aparece um indiozinho, coloca de novo no lago e explica a origem do boto cor-de-rosa, que se chama Uaivara na Amazônia, e tem lenda que se transforma em índio quando vê uma índia bonita para levá-la para o fundo do rio.

Trecho da HQ "O boto cor-de-rosa"

O indiozinho propõe que Chico e Zé Lelé levem o boto-cor-de-rosa do Coronel Agripino para um rio longe de lá. O indiozinho some quando aparece o Coronel Agripino, que dá tiros de sal no Chico e Zé Lelé. De noite, os meninos voltam lá e conseguem pegar o boto-cor-de-rosa. Sendo que de repente aparece outro boto filhote e eles levam até o rio mais próximo. Zé Lelé fica triste pelo indiozinho ter sumido, mas Chico o conforta, dizendo que a história de boto virar índio é a pura verdade, com os botos nadando com alegria no rio, e com um deles com o colar do indiozinho.

Trecho da HQ "O boto-cor-de-rosa"

Esse gibi teve 7 histórias no total, sendo que de secundário foi do Bidu em vez de ser do Papa-Capim, que era tradição nos gibis do Chico Bento. Em alguns gibis de 1986 e 1987 estavam fazendo experiência em colocar histórias do Bidu nos gibis do Chico, mas logo isso sendo descartado e voltando a ter Papa-Capim como único personagem secundário nos gibis quinzenais do Chico Bento. Destaque para história "Bem-te-vi", em que o Chico está apertado para ir ao banheiro e estava ocupado, e aonde ele quer cagar aparece um bem-ti-vi cantando e ele pensa que é alguém falando que está vendo ele tentar cagar em lugar errado. No final, ele faz cocô atrás da moita, ainda pensando que era uma pessoa que estava vendo. Impublicável completamente.

Como podem ver, as revistas mesmo em uma editora diferente e com outras cores, continuaram com o mesmo nível que era na Editora Abril. Os mesmos estilos de histórias, traços, situações incorretas, tudo igual. Pena que as seções nos gibis da Mônica não continuaram, podiam ter aproveitado que eram bem interessantes, mas pelo menos ficaram mais histórias no lugar. Muito bom relembrar esses gibis que estão completando exatos 30 anos.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Capa da Semana: Magali Nº 61

Magali desde bebê já era comilona e tinha o exagero para se alimentar. Nessa capa, os pais dela precisam dar uma mamadeira gigante para poder alimentá-la e ficar satisfeita. As vezes tinham capas com os personagens bebês explorando a sua personalidade, e essa foi uma delas. 

A capa dessa semana é de 'Magali Nº 61' (Ed. Globo, Outubro/ 1991).


sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Histórias semelhantes 3: "Olhando para cima"

Nessa postagem mostro 2 histórias mudas semelhantes que envolveram personagens olhando para cima,  atraindo multidão. A versão original foi com o Cascão e publicada em 'Mônica Nº 14' (Ed. Abril, 1971) enquanto que a 2ª versão com o Do Contra saiu em 'Cebolinha Nº 108' (Ed. Globo, 1995).

Capas: 'Mônica Nº 14' (Ed. Abril, 1971) e 'Cebolinha Nº 108' (Ed. Globo, 1995)

Baseada na ideia de que quando uma pessoa olha para cima, todos querem saber o motivo que está olhando e , fizeram essas histórias.A história de 1971 foi sem título, com 4 páginas em que o Cascão olha para cima de repente, Aparece o Cebolinha e olha para cima para saber o que estava olhando. Depois vem Mônica e vai aparecendo outras pessoas, todas olhando para cima, formando uma multidão. 

Trecho da HQ do Cascão ('Mônica Nº 14' - Ed. Abril, 1971)

Então, Cascão começa a movimentar a cabeça e é confirmado que ele estava olhando para cima por causa de torcicolo. Mas, ele repara que todos estão olhando para cima e resolve olhar também para saber o motivo.

Trecho da HQ do Cascão ('Mônica Nº 14' - Ed. Abril, 1971)

De curiosidades nela são as pessoas pintadas tudo de azul, um recurso muito utilizado em gibis da Editora Abril na época, em vez de pintar normalmente, Não era só gibis da Turma da Mônica, todos tinham, principalmente os da Disney. E foi primeira história da MSP que não foi desenhada pelo Mauricio de Sousa,e, sim, por colaboradores do estúdio.

Trecho da HQ do Cascão ('Mônica Nº 14' - Ed. Abril, 1971)

Depois em 1995, teve uma história semelhante, com o título "Do Contra olhando para cima" só que dessa com 1 página e foi com o Do Contra. Nela, ele está olhando para cima e começa a aparecer a Mônica, depois o Cebolinha, e os outros personagens formando multidão. Todos olhando para cima. Do Contra percebe que todos estão fazendo o mesmo por ele, aí resolve olhar para baixo.

HQ "Do Contra olhando para cima" ('Cebolinha Nº 108' - Ed. Globo, 1995)

Como podem ver o enredo é semelhante, mas o motivo dos personagens olharem para cima foi diferente. Com o Cascão foi por causa de torcicolo e com o Do Contra ele olha por pirraça, pra ser diferente dos outros, De semelhante foi a Mônica e Cebolinha como os primeiros personagens que aparecem com o personagem protagonista, embora invertendo a ordem de aparição. Entre as 2 eu gostei mais da versão de 1971 com o Cascão.

domingo, 8 de janeiro de 2017

Outras Promoções e brindes dos gibis da Turma da Mônica

Há algum tempo falei de promoções e brindes que saíram nos gibis da Editora Abril e Globo. Encontrei outras também bem interessantes e nessa postagem mostro essas outras promoções, nas 2 editoras, através de propagandas e capas.

Em relação a brindes, foram vários que sairam, principalmente na Editora Abril. Destaco dessa vez 2 brindes bem marcantes. Em 1978, teve os adesivos fofinhos do tipo cole e descole, em que vinham encartados nos gibis da Mônica, Cebolinha, Pelezinho e Destaque e Brinque, de fevereiro e março daquele ano. As capas dos gibis já eram diferentes, sendo divididas ao meio, com metade de cima com ilustração da capa e metade de baixo com anúncio dos adesivos. Abaixo, capa do 'Cebolinha Nº 61', com alusão ao brinde.

Capa de 'Cebolinha Nº 61' (Ed. Abril, 1978)

Tiveram adesivos da Mônica, Cebolinha, Cascão Bidu, Pelezinho e Cana Braba. Ou seja, os personagens principais da Turma da Mônica (detalhe sem Magali) e mais os da Turma do Pelezinho, recém lançada até então.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 61' (Ed. Abril, 1978)

Já nos gibis de fevereiro de 1979, tiveram jogo de botão completo e de amarelinha, comprando as 3 revistas principais daquele mês. Em 'Mônica Nº 106', ganhava as peças de um time do jogo de botão de salão e amarelinha. Em 'Cebolinha Nº 74', eram as peças do outro time. E em 'Pelezinho Nº 19', ganhava as cartelas dos jogos. Interessantes todas as capas fazerem referência aos brindes, só com imagem dos personagens dentro de uma estrela. Abaixo, uma propaganda desses brindes e mostrando como foi a capa de 'Mônica Nºª 106'.

Propaganda tirada de 'Pelezinho Nº 19' (Ed. Abril, 1979)

Agora em relação a promoções, tiveram várias ao longo dos anos 80. Em 1983, teve a promoção "Poupa na Haspa" que ganhava um disco da Turma da Mônica ao abrir uma poupança no banco. Uma parceria da MSP com  o banco "Haspa" para incentivar crianças abrirem caderneta de poupança. 

Nela, a criança tinha que comprar as revistas de  Mônica, Cebolinha, Cascão e Chico Bento. Então, tirava o selo do Cebolinha que vinha nas revistas. Depois, teria que ir ao banco "Haspa" abrir uma caderneta de poupança e fazer depósito que aí ganhava um disco "Cante com a Turma". A promoção durou entre junho a 15 de outubro de 1983. As revistas estampadas eram de junho: 'Mônica Nº 158', 'Cebolinha Nº 126', 'Cascão Nº 23' e 'Chico Bento Nº 23'.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 128' (Ed. Abril, 1983)

Teve também em 1983, teve a promoção do café "Pelé" para ganhar uma bola do Pelezinho. Do tipo "juntou, ganhou", bastava juntar 8 embalagens do café "Pelé" que ganhava uma bola, que trocava em pontos especializados.

Propaganda tirada de 'Cascão Nº 19' (Ed. Abril, 1983)

Ainda em 1983 teve o concurso para a escolha do nome do coelhinho de pelúcia da Mônica. Antes da promoção, era chamado apenas de "coelhinho", mas com a promoção, os leitores puderem escolher o nome para ele. Consistiu de ir ao Barra Shopping (Rio de Janeiro), BH Shopping (Belo Horizonte), Ribeirão Shopping (Ribeirão Preto) ou Morumbi Shopping (São Paulo) e preencher lá um cupom colocando qual o nome que devia chamar o coelhinho da Mônica. 

O nome escolhido foi "Sansão" e a ganhadora foi Silvia Roberta Facci Capri, uma menina de 2 anos. Teve uma festa em cada shopping para celebrar o batizado do Sansão com os ganhadores. A apuração com os ganhadores, mais fotos do batizado do Sansão saiu em 'Mônica Nº 160'.

Propaganda tirada de 'Mônica Nº 160' (Ed. Abril, 1983)

Já na edição seguinte, teve uma história especial, mostrando o batizado do Sansão na história de abertura "Sansão! Esse é nome do meu coelhinho!". Porém, essa não foi a primeira história com o nome Sansão em uma história. Em 'Mônica Nº 160' mesmo, por descuido da MSP, o nome havia sido revelado na história de abertura "Uma história de circo". Abaixo, a capa de 'Mônica Nº 161'.
Capa de 'Mônica Nº 161' (Ed. Abril, 1983)

Em 1987, teve a promoção "Toque mágico da sorte" da Hering. Nos gibis vinha uma página com um cupom para preencher os dados e formar uma frase completando "A música é". As frases mais criativas ganhavam piano Amadeus Preto, Pianíssimo 37, Linha Completa de Instrumentos musicais da Turma Mônica, Piano e gaitinha da Mônica. Não dá informações de regulamento, de quantos ganhadores para cada prêmio. Mesmo assim uma promoção bem interessante.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 10' (Ed. Globo, 1987)

Ainda em 1987, teve a promoção "É comendo bicicleta que ganha biscoito". Um trocadilho bem criativo para mostrar que a promoção dos biscoitos "Cory". Nela, tinha que criar um desenho do Chico Bento medindo 22 X 32 cm, juntar 2 embalagens dos biscoitos "Cory" e enviar para o endereço indicado junto com os dados da criança, para ganhar bicicletas, bonecos infláveis do Chico Bento medindo mais de 1 metro de altura e camisetas. Os resultados eram divulgados uma vez por mês na TV entre outubro a dezembro de 1987 no "Programa do Bozo", do canal TVS (atual SBT).

Propaganda tirada de 'Chico Bento Nº 23' (Ed. Globo, 1988)

Em 1989 teve a promoção "Desenhe uma casa para os bonequinhos Din e Don", dos brinquedos "Rosita". Os leitores tinham que desenhar uma casa para Din e Don e enviavam para a Editora Globo, junto com seus dados. Tinha prêmios para os 30 primeiros colocados. O primeiro classificado ganhava um Minibug. Os demais ganhavam bicicletas, skates, brinquedos "Rosita" e assinaturas das revistas da Turma da Mônica, de acordo com a classificação. O resultado foi divulgado em 'Mônica nº 33', de setembro de 1989.

Propaganda tirada de 'Chico Bento Nº 65' (Ed. Globo, 1989)

Em 1990, foi a vez da promoção "Descubra o artista que existe em você". Nela, o leitor tinha que pintar a ilustração da Mônica e Cebolinha, preencher seus dados (com detalhe de ser em letras de forma ou máquina de escrever) e enviar para a editora. Os 60 primeiros colocados ganhavam mochilas da linha "Turma da Mônica Line", da Coleção Infantil "Ika". Trabalhos podiam ser enviados até março de 1990 e a apuração dos resultados foi divulgada em 'Mônica Nº 42', de junho de 1990.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 38' (Ed. Globo, 1990)

Como podem ver eram bastante comuns essas promoções e brindes. Serviam para alavancar as vendas dos gibis, afinal eram muitos títulos a vendas de várias editoras e ai estimulava mais a comprar. Hoje todas muito raras de se ver, principalmente encontrar esses prêmios vendidos por aí.

Para saber sobre os brindes e promoções das Editoras Abril e Globo e suas curiosidades, entre aqui:

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Capa da Semana: Mônica Nº 36

Capa com o Cebolinha enterrando a Mônica com areia da praia e sobe em cima da montanha de areia formada se declarando o dono da praia. Interessante que a areia utilizada foi com uma técnica diferente, fora do desenho normal. parecendo areia de verdade.

A capa dessa semana é de 'Mônica Nº 36' (Ed. Globo, Dezembro/ 1989).