terça-feira, 29 de novembro de 2016

Capas Semelhantes (Parte 23)

Nessa postagem mostro capas semelhantes em que primeiro saiu em um gibi convencional e depois fizeram outra com a mesma piada em um almanaque, ou vice-versa. Todas envolvendo a Editora Globo, menos a do Almanaque do Cebolinha que foi da Panini. 


Cascão Nº 38 X Almanaque da Mônica Nº 29

Cascão em um elevador incomodando os outros por causa do seu cheiro. Foi publicada primeiro em 'Cascão Nº 38', de 1988, mostra o lado interno do elevador fechado, com o Cascão tranquilo, nem aí se estava incomodando os outros e os personagens que apareceram foram secundários, inclusive um cachorro. Depois fizeram outra versão, publicada em 'Almanaque da Mônica Nº 29', de 1992, mostra o elevador visto do lado de fora aberto e estava lotado, só aparecendo personagens conhecidos da turma e Cascão sabendo muito bem que que estava incomodando. Podiam ter publicado essa em algum Almanaque do Cascão.



Cebolinha Nº 32 X Almanaque do Cebolinha Nº 3

Mônica sendo comparada a uma caveira dentuça. A versão original saiu em 'Cebolinha Nº 32', de 1989, eles estão como piratas, sendo que a piada foi referente á história de abertura "A caveira dentuça", em que Mônica, Cebolinha e Cascão vão atrás de um tio da Mônica em uma ilha. Já na 2ª versão, de 'Almanaque do Cebolinha Nº 3', de 2007, eles estão como arqueólogos e a piada da caveira dentuça foi normal, sem fazer referência a alguma história de abertura. De curiosidade, a edição 'Cebolinha Nº 32' foi a verdadeira "Nº 200", se não tivesse reiniciado a numeração quando foram para a Globo.



Magali Nº 65 X Almanaque da Magali Nº 42

Magali como Cinderela comeu toda a abóbora que era a carruagem. Na versão original, de 'Magali Nº 65', de 1991, só aparece a Magali, o motorista e os cavalos da carruagem espantados com a façanha dela. Já na versão publicada em 'Almanaque da Magali Nº 42', de 2004, são os personagens da turma, incluindo secundários, que ficaram espantados. Os cavalos olham também para ela. Em almanaques tinham  essa ideia de vários personagens reunidos e ai por isso teve essa adaptação.



Magali Nº 176 X Almanaque da Magali Nº 35

Magali exibindo seu jet-ski de banana. Na versão original, de 'Magali Nº 176', de 1996, só aparece a Magali na capa e foram utilizadas 2 bananas para formar o jet-ski. Já na versão de 'Almanaque da Magali Nº 35', de 2002, aparecem junto com ela a Mônica, Cebolinha e Dudu e foi só uma banana.



Almanaque do Chico Bento Nº 50 X Chico Bento Nº 406

Chico lendo gibi e as figuras folclóricas atrás dele querendo ler também. Saiu primeiro em 'Almanaque do Chico Bento Nº 50', de 1999, com eles na rua em cima de um tronco de árvore, com o Chico aceitando numa boa os seres folclóricos lendo atrás dele, aparecem Saci-Pererê, Lobisomem, Mula-Sem-Cabeça, Curupira e Cuca e estão lendo o próprio Almanaque do Chico Bento Nº 50. Já na versão de 'Chico Bento Nº 406', de 2002, eles estão na varanda da casa do Chico, que estranha os seres atrás dele, aparecem os mesmos seres, só mudando a Cuca pela Sereia e estão lendo um gibi da Mônica.



Dessa vez eu preferi as primeiras versões de cada uma. Em breve posto mais capas semelhantes aqui no Blog.

sábado, 26 de novembro de 2016

Zé Vampir: HQ "Sangue, Sangue, Sangue!"


Mostro uma história simples e muito divertida de quando o Zé Vampir inventou que havia se acidentado só para pegar o sangue do hospital. Com 4 páginas no total, foi publicada em 'Cascão Nº 31' (Ed. Abril, 1983).

Capa de 'Cascão Nº 31" (Ed. Abril, 1983)

Nela, o Zé Vampir está lendo jornal em um banco de praça quando vê um caminhão de banco de sangue que estava indo para levar sangue em um hospital. Ele sente o cheiro dá vontade de tomar, estava morrendo de sede, mas lamenta que aquele sangue não era para ele. Até que tem uma ideia e corre para pôr em prática.


Logo depois, Zé Vampir aparece no hospital com uma roupa toda rasgada e cheio de arranhões, se joga na recepção e fala para recepcionista que precisa de sangue porque foi atropelado por uma jamanta, caiu em um bueiro, foi parar em rio, caiu em cima de uma catarata de pedras e foi se arrastando até lá no hospital. A recepcionista diz que o estado dele é grave e fala  que vão atendê-lo e manda ficar atrás de um homem na fila. mas, quando ele vai ver, a fila era enorme, com muita gente para ser atendida.


Zé Vampir espera um tempão na fila e consegue ser atendido, mas a atendente o manda preencher uma ficha e se dirigir a outro guiché. Ele espera 1 hora na fila, afinal eram os mesmos que estavam esperando junto com ele antes, e finalmente entrega a ficha e entra no ambulatório. Lá, a enfermeira manda deitar na maca, quando bate o sinal da hora do almoço e ela sai falando que depois volta, deixando Zé Vampir esperar mais uma vez.

Depois de um tempo, ela volta e tira o sangue do Zé Vampir. Ele reclama, dizendo que não quer doar sangue, e, sim, receber. A enfermeira, então, diz que fez tudo errado, que tem que pegar outra fila, preencher uma ficha rosa e passar em outro guiché. Zé Vampir desmaia, caindo da maca, e a enfermeira o leva direto para outra enfermaria de maca, avisando ao pessoal da fila que era uma emergência, que ele estava precisando urgente de sangue, terminando assim.


Essa história é engraçada demais. Zé Vampir quis se aproveitar do hospital para tomar sangue, mas não contava que teria tanta burocracia e acabou se dando mal ao pôr em prática o seu plano infalível. Muito engraçado quando o Zé Vampir se dar conta que ia enfrentar fila para conseguir sangue e também quando a enfermeira deixa de atendê-lo para ir almoçar. Não é só o Cebolinha que tem seus planos infalíveis e como sempre em histórias de plano, o personagem se dá mal no final. Apesar, de certa forma, o Zé Vampir ter recebido sangue que queria, mesmo passando mal de verdade.

O roteirista quis fazer uma crítica com muito bom humor ao atendimento precário dos hospitais e burocracias, que infelizmente já acontecia nos anos 80. Tudo bem que Zé Vampir tinha inventado de ter sido acidentado, mas para ser atendido teve que esperar mais de 3 horas para ser atendido, com filas, preenchendo formulários, esperar enfermeira almoçar para ser atendido, coisas que não é muito diferente na vida real. Eu gostava quando tinha histórias fazendo críticas sociais e piadas em cima disso. Hoje em dia é impublicável por estar fazendo crítica social e também do Zé Vampir querendo tirar o sangue que seriam de outros pacientes do hospital.


Os traços muito bons, bem característicos do início dos anos 80 e ainda com o Zé Vampir sem traços muito definidos, tanto que seus olhos não apareceram brancos e os dentes caninos diferentes. Na postagem a coloquei completa. Teve propaganda do lápis amarelo Labra inserida na lateral direita da última página, o que era muito comum na época e eu gostava quando acontecia. Ela foi republicada depois em 'Almanaque do Cascão Nº 9' (Ed. Globo, 1990). Abaixo, a capa desse almanaque.

Capa de 'Almanaque do Cascão Nº 9' (Ed. Globo, 1990)

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Capa da Semana: Chico Bento Nº 83

O Chico sempre foi tímido para se declarar para a Rosinha, falar coisas bonitas para ela. Então, nessa capa, ele constrói uma estátua de pedra da Rosinha para ver se consegue driblar sua timidez e se declarar para ela.  Pela cara dele nem assim adiantou.

Dessa vez a cor do chapéu do Chico apareceu diferente e achei que ficou muito bonito assim, ajudou para mudar de sempre estar com o mesmo chapéu laranja.

A capa dessa semana é de 'Chico Bento N º 83' (Ed. Globo, Março/ 1990).


sábado, 19 de novembro de 2016

Cascão e Chico Bento Nº 700


Cascão e Chico Bento chegam à marca de 700 edições lançadas. Nessa postagem faço uma resenha desses gibis que ficaram muito a desejar.

Os gibis do Cascão e Chico Bento foram lançados em agosto de 1982, sendo que foram quinzenais com 36 páginas cada um até nas suas edições "Nº 421" da Editora Globo, em fevereiro de 2003, quando suas edições "Nº 422"passaram a ser mensais com 68 páginas, continuando assim até hoje. Com isso, eles levaram 34 anos para atingir essa marca nas suas edições "Nº 19" da Panini (2ª série) de novembro de 2016, correspondendo a "Nº 700", juntando 3 editoras, sendo 114 gibis da Ed. Abril, 467 da Ed. Globo, 100 da Panini (1ª série) e 19 da Panini (2ª série)

Para comemorar a marca histórica, essas edições foram comemorativas, mas não teve nada de especial. A intenção era uma forma de se redimir das suas edições "Nº 500" terem passado em branco (edições "Nº 386" da Ed. Globo, 2001) e ter comemorações como as mais recentes da Mônica, Cebolinha e Magali "Nº 500", de 2011, 2014 e 2015, respectivamente, só que essas do Cascão e Chico ficaram bem abaixo das expectativas assim mesmo.

Além das capas tradicionais, com alusão à história de abertura, personagens ao lado do logotipo e tudo mais, tiveram capas variantes especiais com os personagens lendo seu gibi "Nº 700", como forma do leitor escolher a sua versão de capa preferida. Mesmo conteúdo interno nas 2 versões, só mudando mesmo a capa. Eu escolhi comprar as versões variantes, por serem mais simples só com um desenho, lembrando um pouco as capas antigas, e ainda mais sem personagem ao lado do logotipo.

Capas variantes de Cascão e Chico Bento Nº 700

Na Comic Con Experience 2016 (CCXP) de São Paulo tem à venda outra capa com versão exclusiva de cada um. Mesmo conteúdo também, mas com capa exclusiva para quem comprar no evento. E fora que deve ter o lançamento de uma edição de colecionador com capa metalizada e miolo com papel couché, com o mesmo conteúdo das versões originais, com tiragem limitada e custando R$ 1,00 mais cara cada uma.

Cada um dos gibis, já começa direto com a história de abertura e sem frontispício anunciando que é edição comemorativa. Só história de abertura do Cascão que foi especial e as demais todas normais. Já o do Chico Bento, nem a de abertura foi especial, sendo um gibi completamente normal, fora um aviso na capa oficial acima do logotipo de que aquela era edição Nº 700". Nem os passatempos foram fazendo alusão á histórias antigas como foram as edições "Nº 500" de Mônica e Cebolinha.

A seguir comento cada gibi individualmente:

Cascão Nº 700:

Tem uma capa com alusão à história, que achei bem feia, colocando, inclusive, um desenho do Capitão Feio que já existia, no maior estilo copiar/colar. A capa variante é bem melhor. A história de abertura comemorativa com o título "Cascão 700" abre o gibi sem frontispício.

Na trama, escrita por Paulo Back, com 35 páginas no total, os membros da S.U.J.O.C.A. (Sociedade Unida da Junta Opositora Contra o Cascão e Amiguinhos), formada por Capitão Feio, Doutor Olimpo, as gêmeas Cremilda e Clotilde, Doutor Spam e Cúmulus, se reúnem para derrotar o Cascão viajando pelas suas edições passadas, através da máquina do tempo do Capitão Feio. Além desses integrantes, o vilão de Cabeça de Balde agora faz parte da S.U.J.O.C.A. Ele é um personagem novo, que estreou em 'Mônica Nº 14' e apareceu também em 'Cascão Nº 16' (ambas de 2016) e em cada história assume uma identidade diferente de um personagem da turminha. Eu achava melhor quando cada vilão aparecia individualmente para dar banho no Cascão e não todos reunidos na S.U.J.O.C.A. como vem sendo.

Essa história de abertura, então, foi dividida em 6 capítulos, sendo que na 1ª parte é a reunião dos membros da S.U.J.O.C.A. Na 2ª mostra Cremilda e Clotilde na primeira tirinha do Cascão em 1963. Na 3ª parte, mostra Doutor Olimpo na ha primeira história do Cascão no gibi da Mônica Nº 1 de 1970. Na 4ª parte, o Cúmulus no gibi 'Cascão Nº 1", de 1982, contracenando com o Montanha Suja, que apareceu na história de abertura daquele gibi. Na 5ª parte, o Doutor Spam na história de abertura de 'Cascão Nº 1', da Panini de 2007 e a 6ª parte, a conclusão da história.

Trecho da história "Cascão 700"

A ideia em si da história foi boa, o problema é que foram poucas referências a gibis e histórias antigas do Cascão, praticamente foram mostrados só primeiras aparições e as edições "Nº 1" do Cascão de cada editora, em vez de mostrar referência à histórias e vilões antigos de todos os tempos. Sem contar que mostraram a primeira tirinha do Cascão de 1963 e a primeira história do Cascão, de 'Mônica Nº 1', de 1970, época em que o Cascão nem tinha gibi próprio. Devia começar a partir de 1982. Nada a ver colocarem referência à tirinha e à história que saiu em gibi da Mônica. Afinal, a comemoração são das 700 revistas do Cascão, e desse jeito ficou mais sendo uma homenagem ao personagem do que à revista dele.

Pior mesmo foi que não teve referência nenhuma à Editora Globo, em nada, já pulando da edição "Nº 1" da Editora Abril para a edição "Nº 1" da Panini de 2007, já falando como nova editora, como se tivesse pulado da Abril direto para Panini, sem ter passado pela Globo, ignorando, assim, todo o período da Globo completamente. Nem para colocar uma miniatura do gibi "Nº 1" de 1987 não colocaram. No lugar da tirinha e da história da Mônica podia ter colocado referências da Editora Globo. No final da história, foi inserido aniversário do Cascão nela, já que a edição coincidiu com o mês de aniversário dele e todo ano tem que ter histórias assim dos personagens nos seus respectivos meses.

A história, quando retratando os anos 60, teve cena do Cascão antigo entrando na lata de lixo e senhora dando guarda-chuvada na Cremilda e Clotilde, mas sempre ressaltando que aquilo não era politicamente correto e naquela época que era permitido. Os traços de 1982, representando o gibi "Nº 1" da Ed. Abril, nada lembra a época. Já os dos anos 60 eles copiaram e colaram de imagens da época, só colorindo e os traços pontiagudos de 1970 ficaram feios. A história em si, desenhada por Sidney Salustre e arte-final de Reginaldo Almeida, teve traços medianos. Os traços costumam ficar melhores com desenhos do Sidney Salustre.

Trecho da história "Cascão 700"

Teve um erro com a Mônica citando o Franjinha que inventou a fórmula em 1970. Naquela época o Franjinha ainda não era inventor da turminha. Pelo menos a história não teve lápis mágico da Marina como forma de eles viajarem nas edições passada, como foram nas edições "Nº 500" da Mônica e Cebolinha. E vale uma forma de homenagem ao Mauricio Spada, filho do Mauricio de Sousa que morreu nesse ano, que inspirou o personagem Professor Spada/ Doutor Spam.

No mais, o gibi teve 8 histórias no total, incluindo a tirinha final, com histórias de secundários do Franjinha (com participação da turma) e Bidu. Tudo absolutamente normal para os padrões atuais, sem nada de importante para comentar. Teve outra história de aniversário do Cascão, "Presentes", de 2 páginas, para não passar em branco também. Os traços decadentes de PC em quase todo o gibi, principalmente nas histórias do Cascão e as letras também de PC desanimam bastante. Os gibis dele costumam ter os piores traços. Abaixo, um trecho da história de encerramento "Medalhas" para se ter uma ideia dos traços lamentáveis dos gibis atuais:

Trecho da história "Medalhas"


Chico Bento Nº 700:

Edição completamente normal, sem nenhuma comemoração á revista do Chico. Pela capa oficial, já dá para ver que é normal, só com o Nº 700 em cima do logotipo para dizer que era especial e apenas na capa variante que mostrou o informe "Um marco histórico da publicação no Brasil". História de abertura comum, só no final, teve no rodapé uma nota bem pequena dando Parabéns ao Chico pela marca conquistada de 700 gibis lançados, mas sem ligação à história. Se não colocasse o "Nº 70"0 em cima do logotipo e essa nota no final da história não ia fazer diferença nenhuma.

A trama, com o título "Como será o futuro?", foi escrita por Edson Itaborahy, com 19 páginas. Nela, o Chico anda muito preguiçoso e agindo mal com seus amigos e então um jacaré mágico revela o futuro para ele aprender uma importante lição. Nada de citação do gibi pelos personagens, muito menos relembrar histórias antigas marcantes dos gibis anteriores. Os traços ficaram medianos, com desenhos de Sidney Salustre e arte-final Kazuo Yamassaki. Com eles juntos costumam ficar os traços melhores nas histórias. Apesar de muitos olhos arregalados e nariz pequeno e muito estranho do Chico.

Trecho da HQ "Como será o futuro"

O gibi no geral teve 10 histórias, contando a tirinha final, com histórias de secundários do Penadinho (raro ter histórias dele em um gibi do Chico, essa foi de 1  página), Papa-Capim e Turma da Mata. Aliás, a tirinha final foi com o Papa-Capim dessa vez, mudando um pouco de ser sempre do personagem principal da revista. Tiveram 2 histórias mudas, uma com Zé Lelé e Maria Cafufa, com título "Quem não tem areia  se vira com barro" com intermináveis 6  páginas cheia de enrolação e uma com o título "Tem que cortar!" de 2 páginas com o Chico.

Na história, "Semente do amanhã", teve presença do Chico Moço. Quando eles retratam os personagens mais velhos, colocam as suas versões jovens agora. E os traços dessa história muito feios. A melhor história que achei desse gibi foi "O eclipse", com Chico e Rosinha tendo dificuldade de ver o eclipse total da Lua. Histórias do Robson Lacerda são boas e essa lembra as antigas que ele próprio escrevia.

Trecho da HQ "Semente do amanhã"

Agora uns detalhes que reparei na história "Cor de esperto quando foge" do Papa-Capim é que o Cafuné está com nariz bem menor e achatado do que era antes. Assim como fizeram com o Chico Bento, diminuíram o nariz dele por causa do politicamente correto para não dizer que é bullying com pessoas narigudas, mas que infelizmente, isso descaracteriza os personagens. Abaixo uma evolução do Cafuné antigo e o dessa edição para comparar. Aliás, poderia dizer uma "involução":

Cafuné: evolução

Outra coisa é que agora a Jurema aparece de top no peito. Antigamente, ela e as outras índias meninas apareciam sem top, como dá pra ver AQUI. Por conta da tosqueira do politicamente correto, eles mudaram isso para criança não aparecer sem top, com detalhe que nem peito tem. Nas histórias antigas, até as índias adultas apareciam com seios de fora, ou no máximo o cabelo por cima, mas aí ficando algo à mostra, e agora estão censurando até das meninas índias. Abaixo, como a Jurema apareceu nessa história:

Jurema agora desenhada com top

Mudaram também das meninas agora usarem maiô na praia em vez de biquíni, como aconteceu no final da história do Zé Lelé, já com Zé Lelé e Maria Cafufa crescidos, com a filha da Maria Cafufa de maiô. Tudo são detalhes pequenos, mas que fazem toda a diferença.

Aliás, na propaganda que circula pelos gibis no mês e na internet, teve um erro ao falar que as edições do Cascão e Chico Bento foram quinzenais entre 1987 a 2003. Pelo certo, desde o lançamento dos gibis em 1982 até 2003 que foram quinzenais. Abaixo, essa propaganda:

Propaganda que circula nos gibis de novembro/2016 e internet

Como podem ver, as comemorações ficaram mais nas capas para avisar que eram as edições "Nº 700" dos personagens como espécie de caça níquel e conteúdo muito a desejar. Do Cascão até que de certa forma teve comemoração, mesmo abaixo das expectativas, mas, infelizmente, do Chico passou em branco. Seria legal ver histórias antigas sendo relembradas, tanto do Cascão quanto do Chico. Sem dúvida mereciam comemoração melhor. Vale a pena comprar, só pelo marco histórico de 700 edições.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Tirinha Nº 43: Magali

As tirinhas da Magali foram muito marcadas por ela comer as coisas mais absurdas possíveis. Dessa vez, ela não pôde mostrar para a Mônica a fotografia do peixe que o seu pai pescou porque comeu a foto, já que ficou com água na boca só em ver a foto do peixe.

Nela, também  é citado o hobby do Seu Carlito de gostar de pescaria, que era bem explorado nos gibis. A família da Magali tinha uma casa de sítio que eles passeavam nos finais de semana.

Tirinha publicada originalmente em 'Magali Nº 212' (Ed. Globo, 1997).


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Capa da Semana: Cascão Nº 217

Uma capa bacana com o Cascão como o grande ídolo dos porcos, com o Chovinista e outros porcos com caneta e bloco na mão pedindo autógrafos para o Cascão.

A capa dessa semana é de 'Cascão Nº 217' (Ed. Globo, Abril/ 1995).


sábado, 12 de novembro de 2016

Histórias semelhantes 1: Telefone ocupado

Além das capas semelhantes, a MSP fez também algumas histórias semelhantes ao longo da sua trajetória. Afinal, em mais de 46 anos de gibis regulares, é normal que tenham histórias iguais. Com isso, vou passar a mostrar aqui no Blog algumas dessas histórias semelhantes para comparar a diferença entre elas.

Histórias assim costumam ser com mesmo roteiro, mas às vezes mudando personagens, ambientes e detalhes, ou então, pegam um tema central e fazem adaptações. Normalmente são histórias mais curtas de 1 ou 2 páginas, até tirinhas também, mas já aconteceram também com histórias mais longas. Pode acontecer por mera coincidência, ou até o roteirista desejar fazer uma releitura mais moderna, sendo cada uma um caso.

Nessa postagem, mostro 2 histórias que envolveram telefone ocupado, dando muita confusão entre os personagens, sendo que na 1ª versão os personagens envolvidos foram Mônica e Cebolinha, já a 2ª versão foi com Titi e Aninha. A versão original foi publicada em 'Mônica Nº 45' (Ed. Abril, 1974) enquanto que a 2ª versão foi publicada em 'Mônica Nº 55' (Ed. Globo, 1991). 

Capas: 'Mônica Nº 45' (Ed. Abril, 1974) e 'Mônica Nº 55' (Ed. Globo, 1991)

O enredo é semelhante, os personagens resolvem telefonar um para o outro na mesma hora e o telefone fica ocupado por isso, deixando irritados.Na versão de 1974, com o título "Xiii, ocupado!" e 3 páginas. Nela, Mônica e Cebolinha telefonam ao mesmo tempo para dar um recado um para o outro. Logicamente, a linha não completa e dá ocupado. Aí, eles dão um tempo e tentam telefonar de novo, mas coincide ser ao mesmo tempo e dá linha ocupada. 

Trecho da HQ "Xiii... ocupado!" ('Mônica Nº 45 ' - Ed. Abril, 1974)

Eles ficam irritado e resolvem ir pessoalmente para casa do outro. Vão ao mesmo tempo e não se encontram. A mãe da Mônica e o pai do Cebolinha falam que seus filhos sairam e pergunta se querem recado e cada um fala pra telefonar para o outro. Quando chegam em casa, ao mesmo tempo, os pais avisam que era para telefonarem para o amigo e quando eles ligam, novamente ao mesmo tempo, o telefone dá ocupado de novo, terminando assim.

Trecho da HQ "Xiii... ocupado!" ('Mônica Nº 45 ' - Ed. Abril, 1974)

Já na versão de 1991, com o título "Só dá ocupado" e 4 páginas, Titi e Aninha telefonam um para o outro ao mesmo tempo para namorarem por telefone por estarem com saudades e deu ocupado. então, esperam e ligam novamente depois ao mesmo tempo, dando ocupado de novo. Eles vão á casa do outro, só que um muro impede que eles se esbarrem no caminho. 

Trecho da HQ "Só dá ocupado!" ('Mônica Nº 55 ' - Ed. Globo, 1991)

Quando chegam, a mãe da Aninha e o pai do Titi avisam que não estão e se querem dar algum recado e eles falam para telefonar. No caminho não se esbarram de novo por atravessarem lados diferentes do muro, chegam em casa e seus pais avisam para telefonar um para o outro. Eles telefonam ao mesmo tempo de novo e dá ocupado, terminando assim.

Trecho da HQ "Só dá ocupado!" ('Mônica Nº 55 ' - Ed. Globo, 1991)

Comparando as 2 versões, pode ver que a essência das histórias foi a mesma, diálogos bem parecidos, só mudando os personagens centrais. Inseriram detalhes como o motivo dos personagens ligarem um para o outro (Mônica e Cebolinha queriam dar um recado um ao outro em 1974 e Aninha e Titi queriam namorar pra matar saudade em 1991), além do muro em 1991 que impediram os personagens de se encontrar na rua. De resto tudo igual, até mantiveram um telefone azul para o menino e também um pai do menino e mãe da menina interagindo com eles. Então, vimos a mãe da Aninha, tão rara aparecer nos gibis a sua família.

Comparação das histórias de 1974 e 1991

Tudo indica que o roteirista quis fazer uma homenagem à história que leu antes. Ou seja, ele leu a história de 1974 e quis fazer uma releitura em 1991, aproveitando os casais Titi e Aninha. Até porque os diálogos e situações são bem parecidas.Enfim, histórias muito interessantes, gostei mais da versão com Titi e Aninha, principalmente por causa do detalhe do muro. Cada um vai ter a sua versão preferida. Em breve mostro outras histórias semelhantes aqui no Blog.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Capa da Semana: Cebolinha Nº 5

Uma capa com o Cebolinha malhando em frente a um quadro da Mônica, depois de ter levado uma surra dela, para se vingar e ver se consegue enfrentá-la de igual para igual. E o Bidu só olhando o Cebolinha malhar, com cara já prevendo que nunca vai vencer a Mônica. O desenho ficou muito caprichado.

A capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 5' (Ed. Globo, Maio/ 1987).


domingo, 6 de novembro de 2016

Piteco: HQ "Para provar o seu amor"


Mostro uma história do Piteco ajudando o seu amigo a pegar uma presa de um monstro terrível para dar de presente para namorada. Com 6 páginas, foi publicada originalmente por volta de 1983, e republicada no 'Almanaque da Mônica Nº 24' (Ed. Globo, 1991).

Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 24' (Ed. Globo, 1991)

Nela, enquanto casal Torg e Luma estavam namorando, Torg fala que ela é o único amor da sua vida e então Luma manda provar. Torg diz que poderia pegar uma flor do alto da montanha que nenhum homem pegou ou atravessar todo o pântano para pegar a rosa azul, a mais rara do planeta. Luma não queria nada disso, e, sim uma presa do monstro Grande Jujuba para adornar o seu cabelo. Torg pergunta se quer que ele morra, e Luma não volta atrás, falando que trazendo a presa era a forma de provar o seu amor.


Torg fica desesperado, se perguntando se a namorada não gosta dele e quer se ver live dele. Nisso, Piteco chega e pergunta ao amigo o que houve. Ele conta a história e Piteco diz que é melhor arrumar outra namorada menos exigente. Torg fala que gosta da Luma e resolve enfrentar o Grande Jujuba. Piteco resolve ir atrás e ele agradece, falando que é um amigão ou não bate bem da cachola.

Eles vão atrás do Grande Jujuba, percorrendo a aldeia toda, cada vez mais neblina enquanto eles andavam e Piteco no caminho lembra que o Grande Jujuba não gosta de ser incomodado e Torg responde que é um risco de tem que correr. Até que encontram o Grande Jujuba, veem que é um monstro feio com presas enormes e se assustam. Grande Jujuba pergunta o que eles querem e Piteco responde que estão só de passagem. O monstro manda caírem fora senão vai devorar os dois.


Piteco e Torg correm e ficam atrás de uma pedra, esperando o Grande Jujuba dormir para atacarem. Quando dorme, Piteco acerta com sua clave a cabeça do Grande Jujuba, que desmaia. Eles tentam tirar a presa do monstro e aí tem a surpresa de que era apenas um velho disfarçado. Piteco pergunta aonde está o Grande Jujuba verdadeiro  e o velho diz que não existe, que história de monstro foi invenção dele para ficar sossegado lá, longe das pessoas e poder meditar em paz.


Torg ri e fica imaginando o que o povo de Lem vai achar quando descobrirem a verdade. O velho diz que para não contarem para ninguém porque o povo vai ficar furioso e vai acabar com a paz dele. Pede ainda, para irem embora, mas entrega a presa da fantasia para eles, e, então, Piteco e Torg vão embora, prometendo que não vão contar para ninguém. No final, o velho volta para sua caverna e ai a gente descobre que existia sim o Grande Jujuba, que era o bichinho de estimação do velho, e inventou a fantasia para não perturbá-lo.


Essa história é muito legal com Piteco e seu amigo enfrentando um suposto monstro brabo. E, de certa forma, tem mensagem se vale a pena fazer de tudo, enfrentar tanto risco só para agradar ma namorada exigente ou uma pessoa que quer bem. A história até lembra um pouco os desenhos do Scooby Doo, em que pessoas se disfarçam de monstros por interesses próprios, sendo que dessa vez o monstro existia mesmo. Com Scooby Doo, os monstros não existiam, em quase todas as temporadas.


Era normal a clava do Piteco ter prego para dar graça e mostrar absurdo, além de mostrar que vai machucar as presas nas suas caçadas. Desde o final dos anos 90, não aparece mais prego na clava do Piteco, por causa do politicamente correto e para não mostrar absurdo de existir prego na pré-história. Outros pontos incorretos, além do tema de caçar presa de animal, mesmo sendo um monstro,  as palavras "droga" (que era extremamente falada na época, tranquilamente) e "idiota" seriam mudadas se republicassem de novo hoje em dia.


Os traços muito bons, bem característicos dos anos 80. Na postagem a coloquei completa. Lembrando que esses personagens Torg, Luma, o velho e Grande Jujuba que contracenaram com o Piteco só apareceram nessa história, como era costume de personagens aparecerem apenas em uma história e depois não serem aproveitados depois.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

"Coleção Histórica Mauricio - Bidu e Zaz Traz!"


"Coleção Histórica Mauricio: As Clássicas Aventuras de Bidu e Zaz Traz!", lançado em 2015 pela Editora Panini, fez parte das comemorações de 80 anos do Mauricio de Sousa. Nessa postagem faço uma resenha sobre esse livro.

Bidu e Franjinha foram criados em 1959 com tiras de jornais na "Folha de São Paulo". Esse livro foi elaborado por Sidney Gusman e reúne as edições clássicas dos gibis "Zaz Traz" e "Bidu", os primeiros criados pelo Mauricio em 1960 e 1961 pela Editora Continental. Como se fosse a extinta "Coleção Histórica Turma da Mônica" dos dos 5 principais, só que em vez de venderem gibis separados, reuniram todos em formato livro encadernado de luxo.

Contracapa do livro

Tem capa dura, papel de miolo offset, 276 páginas no total e formato 19 x 27,5 cm. Os gibis originais do final dos anos 50 e início dos 60 não eram coloridos, por isso as histórias serem em preto e branco nesse livro. Diferente da "Coleção Histórica Turma da Mônica", o texto seguiu a ortografia atual, em vez da ortografia da época, então não deixa de ser alguma alteração em relação aos gibis originais. Outra desvantagem é não mostrar as datas originais dos gibis, com seus respectivos meses. Só sabemos que são de 1960 e 1961.

O preço que é um absurdo, custando R$ 102,00. Não dá pra entender um preço tão salgado, mesmo sendo republicações raras, não mereceria esse valor. Ainda acho que deviam vender 2 versões, um em capa dura e outro em capa cartonada mais barato, e aí o pessoal escolhe a sua melhor versão. Eu só comprei porque consegui desconto, pesquisando na internet. Paguei R$ 67,90 pelo preço de capa mais um frete de R$ 1,90. Se não fosse com desconto não dava para comprar com esses preços tão altos que a MSP coloca nesses livros encadernados.

Capa de 'Zaz Traz Nº 1'

A capa do livro foi tirada do gibi 'Bidu Nº 2' e abre com um editorial escrito pelo Sidney Gusman explicando sobre a ideia de criar e como era o livro. Em seguida vem as reproduções dos gibis, todos com suas respectivas capas e histórias originais escritas pelo Mauricio. Não foram reproduções integrais dos gibis porque histórias de outros personagens de outros artistas ficaram de fora. Apenas as histórias "O rapto de Bidu" ('Zaz Traz Nº 2') n e em 'Viagem à Lua ('Zaz Traz Nº 3') que mostraram, mas foi porque eles contracenaram com o Bidu, ou seja, uma história com cross-over de personagens. Mostraram no livro também propagandas que eram relacionados aos personagens do Mauricio.

Capa de 'Bidu Nº 3'

Foram reproduzidos a coleção toda dos gibis lançados, com 7 edições de "Zaz Traz" e 8 do "Bidu". Cada gibi original tinha cerca de 40 páginas mensais em preto e branco. Não colocaram o exemplar "Almanaque de Zaz Traz" de 1960 porque não teve histórias do Mauricio nele. As edições "Zaz Traz" e "Bidu" apareceram alternados, de acordo com a data de publicação que saíram, já que foram vendidos nas bancas ao mesmo tempo, sendo "Zaz Traz" lançado primeiro.

As reproduções de "Zaz Traz" e algumas do "Bidu" tiveram menos páginas que nas originais. As de "Zaz Traz" tinham também histórias de outros artistas nacionais e estas não foram republicadas. Já gibis do 'Bidu Nº 4' também teve histórias de outros artistas e as de "Nº 7" e "Nº 8" tiveram histórias que haviam sido publicadas em edições anteriores, já que na época o Mauricio já não estava mais dando conta da produção até cancelar de vez, e, assim, histórias repetidas não foram mostraram de novo. Com isso, na edição "Zaz Traz Nº 5', por exemplo, só mostrou 1 história de 1 página porque as demais foram todas de outros artistas. Já a edição 'Bidu Nº 7' teve 3 histórias republicadas de edições anteriores e na "Nº 8", como todas foram republicações, foi mostrada só a capa desta última.

Propaganda tirada de 'Zaz Traz Nº 1'

Em relação ao conteúdo das histórias vemos os personagens completamente diferentes do que hoje, não só pelos traços primários de início de carreira do Mauricio, como também nas suas características. Histórias no geral mostravam o cotidiano do menino Franjinha com seu cachorro e seu grupo de amigos, aventuras enfrentando fantasmas, monstros, extraterrestres, além do cotidiano do Bidu como um cachorro normal. Da turma do Franjinha da mesma idade eram o Titi, Jeremias, Humberto e Manezinho.

Trecho da HQ "Concurso de robustez canina" ('Zaz Traz Nº 2')

Nos traços, vemos um Franjinha gordo, inspirado no Bolinha, o Cebolinha com mais fios de cabelos, Humberto mais alto, na idade do Franjinha (já era mudo, só falando "Hum! Hum!"), porque fazia parte da turma dele, enquanto só o Cebolinha que era mais novo que os outros meninos. O Cebolinha falava como criança bem pequena trocando letras de várias palavras como Franjinha era "Fanzinha"; plantada, era "pantada"; ajudar era "ajudal", entre outras, nas suas primeiras histórias. Depois foi mudando e trocou só o "R" pelo "L". Mantiveram isso nas republicações.

Apareciam os pais do Franjinha, seu Carlos e Dona Elza. Cebolinha contracenava com eles como um menino mais novo, e ás vezes tinha participação dos pais do Cebolinha e da sua irmã, a Maria Cebolinha, que foi inspirada na filha do Mauricio, Mariângela. Uma coisa interessante que só tinha uma menina na faixa etária deles, a Leninha. Outros personagens femininos, além dela, só Dona Elza, Dona Cebola e Maria Cebolinha. Dona Cebola, aliás, completamente diferente do que conhecemos.

A estreia do Cebolinha foi na edição 'Zaz Traz Nº 2' de 1960. A mãe e o pai do Cebolinha estrearam em 'Bidu Nº 3'; e Maria Cebolinha, em 'Bidu Nº 5'. Já estreia de Titi, Manezinho, Jeremias e Humberto foi na edição 'Zaz Traz N º 1' de 1960; e os pais do Franjinha em 'Zaz Traz Nº 1'.

Trecho da HQ "O Domador" ('Bidu Nº 3')

Como não podia deixar de ser muitas cenas incorretas, de deixar o público do politicamente correto de cabelos em pé. Vemos Maria Cebolinha em uma coleira igual a um cachorro, eles contracenando com bandidos, mexendo com fogo, revólver, entre outras coisas. Tudo completamente inadmissível atualmente. Fora os costumes que era no final dos anos 50 e início dos anos 60, como os meninos irem ao circo com paletó e roupa mais formal, linguagem coloquial. Outra curiosidade é que muitas histórias criadas foram depois redesenhadas e adaptadas para os gibis da Mônica entre 1970 a 1972, como "O Domador" ('Bidu Nº 3'), que saiu depois em Mônica Nº 24', de 1972; "Bidu, o valentão"('Bidu Nº 4'), que saiu depois em Mônica Nº 25', de 1972; "A fonte da juventude" ('Bidu Nº 7'), que saiu depois em Mônica Nº 3', de 1970 entre outras.

No final do livro, teve "Extras" com 5 páginas, escrito por Sidney Gusman, mostrando como conseguiram encontrar os exemplares originais, processo de restauração e curiosidades gerais das revistas de 1960 e 1961. E informou também quais foram as histórias repetidas das edições "Nº 7" e "Nº 8", basicamente as que saíram nas 2 primeiras edições.

Trecho da HQ  de estreia da Maria Cebolinha ('Bidu Nº 5')

Para quem gosta de raridade e saber como foram os primeiros trabalhos do Mauricio, vale a pena comprar esse livro. Preferia que fosse vendidos como edições avulsas, como era na "Coleção Histórica Turma da Mônica". Tem que pesquisar muito bem antes para conseguir um bom desconto na internet porque pagar R$ 102,90 em livrarias físicas é um absurdo.