domingo, 30 de outubro de 2016

Capa da Semana: Magali Nº 88

Semana de Halloween e em homenagem mostro uma capa bacana em que a Magali como ajudante de bruxa coloca vários legumes ao invés de asas de morcego na poção que estavam preparando para ficar mais gostosa.

A capa dessa semana é de 'Magali Nº 88' (Ed. Globo, Outubro/ 1992).


quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Magali: HQ "Mingau com chuva"

Mostro uma história muito divertida em que o Mingau pensa que a Magali queria comê-lo em um dia de tempestade, passando um verdadeiro terror. Com 10 páginas no total, foi história de abertura de 'Turma da Mônica Coleção Coca-Cola - Magali' (Ed. Globo, 1990).

Capa de 'Turma da Mônica Coleção Coca-Cola - Magali' (Ed. Globo, 1990)

Um dia chuvoso e Magali está sozinha com Mingau em casa. Ela fica nervosa quando chove muito e preocupada com os pais que demoram para chegar. Já o Mingau está tranquilo, já tomou seu leitinho, está protegido da chuva e assistindo a um filme de terror na televisão com o sofá só para ele e não pode querer mais nada. 


O telefone toca e era a mãe da Magali, Dona Lili, com o carro em uma enchente, falando que teve problema com a chuva e que vai demorar. Magali fica mais nervosa ainda, fala que está com medo de ficar sozinha, morrendo de fome e já esvaziou a geladeira. Dona Lili diz que vai trazer pizza quando voltar e que ela está na companhia do Mingau.


Magali desliga o telefone e tenta assistir ao filme com o Mingau, que diz que se chama "O abilolado", um louco que persegue uma família em um hotel abandonado e isolado pela neve. Magali fica inquieta, não aguenta ficar muito tempo na frente da TV e vai para cozinha ver se tem algo pra comer. Ela procura e não encontra nada e fica desesperada. Na sala, Mingau fica assustado com o filme e quando acaba, Magali dá um grito da cozinha, que assusta o Mingau, pensando que era o Abilolado do filme.


Magali comenta que está louca de fome e lamenta que não sabe cozinhar, mas lembra que tem algo que pode fazer e se chama mingau. O gato fica desesperado, pensando que a Magali queria comê-lo e se esconde ao lado da cozinha. Magali complementa ainda que mingau branquinho, quentinho, gostoso, é de dar água na boca e ela pega a faca e ai Mingau ver a sombra e sai correndo. 


Ele vai pra rua, pensando que Magali está igual ao Abilolado do filme, mas como aparece um raio, ele volta para casa com medo, falando que precisa trazer a Magali de volta para si. Ele nota que está quieta e vai na cozinha e vê que está está cozinhando ainda. Ela diz que só falta alguma coisa, o seu gatinho, e aí o Mingau fica em pânico e sai correndo. 


Magali corre atrás dele pela casa toda, com colher de pau, derrubando tudo que vê pela frente. Até que ao atravessar uma prateleira na sala, ele cai bem em cima da Magali. Ele briga com ela, dizendo que não o levará sem luta, mas ela consegue pegá-lo. Mingau fica aflito, falando para ela se lembrar dos bons momentos que passaram juntos e que vai trocar tudo isso por uma refeição pobre em vitaminas. Magali o leva para cozinha, quando de repente os seus pais chegam entrando pela cozinha e Mingau avança em cima deles, feliz por terem chegado a tempo antes de ser comido. 


Os pais chegam na sala e ver tudo revirado, com Seu carlito falando que parece que a tempestade caiu dentro de casa. Magali explica que foi o Mingau que causou confusão, fugiu que nem um danado e não entendeu porque ela estava com fome e preparou um mingau para eles dois comerem, mostrando a panela. Mingau vê que era mingau, doce feito com leite, farinha de milho e açúcar. Mingau fica feliz e dá um beijo na Magali, mas logo se dá conta da mancada e pede licença e acaba desmaiando de tanta vergonha, terminando assim.


Essa história é muito legal, como um trocadilho de mingau com o nome dele pode render uma história tão bacana. Para ele, viveu uma verdadeira história de terror, como assistiu no filme, com Magali como uma bruxa má. É de rachar de rir na parte que mostra só a sombra da Magali pegando a faca, dava impressão mesmo que ela queria comer o Mingau.


Interessante nessas histórias com o Mingau, os diálogos dele parece como se a Magali e outros personagens entendessem o que ele estava falando. E foi bem nessa época que o Mingau já começou a ter sua personalidade definida, como ficou prevalecendo nos anos 90.


Os traços maravilhosos, muito caprichados, principalmente do Mingau. Adorava assim desse jeito. A casa da Magali apareceu com 2 andares dessa vez,  às vezes era retratada assim as casas dos personagens, outras vezes não, de acordo com o roteirista. Na postagem a coloquei completa. Teve suas cenas incorretas como os pais da Magali sofrendo em uma enchente, deixarem a Magali sozinha em casa, Magali com faca na mão, cozinhando e mexendo com fogo, e os personagens falando "droga" e "azar", palavras que hoje seriam alteradas.


Nunca foi republicada em almanaques  convencionais até hoje, como quase todas as histórias inéditas da "Coleção Coca-Cola", porém, foi adaptada depois como livro infantil da Editora Publifolha e virou desenho animado. Dessa vez sem selos de refrigerantes inseridos na história, mas nas demais desse gibi tiveram. Outra curiosidade é que essa história inicialmente era para ser publicada na abertura do gibi da 'Magali Nº 36', de 1990, mas por causa desse projeto, foi reprogramada para sair nessa "Coleção Coca-Cola" da Magali. O código da história, que mostro em destaque abaixo, revela isso:



Para saber mais detalhes sobre a "Turma da Mônica Coleção Coca-Cola" como um todo, entre aqui:

domingo, 23 de outubro de 2016

Chico Bento Nº 66 - Editora Globo


Em julho de 1989 chegava nas bancas o gibi 'Chico Bento Nº 66' pela Editora Globo. Nessa postagem faço uma resenha de como foi esse gibi.

Uma capa muito divertida com Rosinha dando migalhas do seu pão par aos peixes enquanto o Chico fica entediado de não conseguir fisgar nenhum na pescaria. Era só ele olhar para trás para ver o motivo de não pescar nada.

O gibi teve 6 histórias no total, incluindo a tirinha final. Era de costume nos gibis do Chico Bento ter história com secundários só com o Papa-Capim, e nesse não foi diferente. Uma curiosidade que em 1989 os gibis do Chico bento tiveram bastante histórias, envolvendo fábulas e fantasias, com Chico contracenando com fadas, bruxas, extraterrestres. Aliás, os gibis da turma no geral tiveram bastante histórias de fábulas naquele ano. Nesse gibi do Chico teve 2 histórias místicas: a de abertura e a de encerramento.

A de abertura foi "Lendas, Mitos e Confusões", com 11 páginas no total, uma de terror em que o Chico e Zé da Roça voltam de uma pescaria ao anoitecer e por estar tarde resolvem cortar caminho pela fazenda do Coronel Rodovalho. Zé Calunga avisa para eles não irem para lá porque o Coronel Rodovalho se tornou Lobisomem.

Trecho da HQ "Lendas, mitos e confusões"

Ele explica que o Coronel sempre foi um grande caçador, com várias cabeças de bicho como troféus na sala, e que um dia resolveu caçar em noite de Lua Cheia de 5ª para 6ª feira e do nada voltou para casa todo esfolado e desde aquele dia ouve uns gemidos na casa dele, nunca mais saiu para caçar e tem gente que vê uma figura peluda vagando por lá. O povo acha que no dia que o Coronel foi caçar, ele foi atacado por um Lobisomem e quem não morre com a mordida, se transforma em Lobisomem.

Chico e Zé da Roça cortam caminho pela fazenda do Coronel Rodovalho, apesar do Chico ficar com medo e no caminho ouvem uivos vindo da casa do Coronel. Chico pensa em voltar, mas continuam o trajeto até que veem um vulto peludo uivando e perguntando quem está ali. Chico e Zé da Roça se assustam e entram na casa do Coronel pela janela. Eles acendem a luz e se assustam com as cabeças de bichos e pele de onça morta da sala de troféus e logo veem que o Lobisomem está querendo entrar na casa e se escondem.

Trecho da HQ "Lendas, mitos e confusões"

O Lobisomem chega e vê o Zé da Roça atrás da cortina e o Chico sai correndo desesperado para a mata dentro da pele de onça onde estava escondido. Zé da Roça descobre que o Lobisomem era o Coronel Rodovalho, que explica que naquele dia foi caçar um viado, e acabou caindo em um precipício, se esfolou todo rolando abaixo e terminou em um espinheiro, logo depois tropeçou e caiu no lago e a umidade atacou o reumatismo dele, que faz gritar de dor e na friagem piora, que por isso usa capote de pele. Os empregados o abandonaram não aguentando os gritos e ele acha que foi castigo por ter caçado tantos animais. Zé da Roça avisa que agora que sabe de tudo , vai contar pra todo mundo e os empregados vão voltar.

Trecho da HQ "Lendas, mitos e confusões"

Na noite seguinte, Zé da Roça conta tudo ao Chico, que diz que ficou gritando com um couro de onça nas costas à toa e que por isso vão cortar caminho pela fazenda de novo. No caminho, Zé Calunga diz que para eles não irem para lá, dessa vez não por causa de lobisomem, que descobriram que é mentira, mas por causa de um Homem-Onça, metade menino, metade onça que foi visto de noite gritando e uivando de dar dar medo e que era feio que dói e come gente, terminando assim.

Uma história muito divertida, que mexe com fantasia de lenda de lobisomem, com Chico e Zé da Roça pensando que tinha um lobisomem na região, engraçado eles pensarem que realmente existia um. Várias cenas incorretas como caçar bichos, mostrar cabeça deles como troféus, mostrar armas de fogo, tudo isso completamente impublicável hoje em dia. Os personagens Zé Calunga e Coronel Rodovalho só apareceram nessa história, sendo que o coronel atualmente das histórias é o Genésio, pai do Genesinho de forma fixa.

Trecho da HQ "Lendas, mitos e confusões"

Em seguida vem Papa-Capim com "Quando um guerreiro sente fome", de 4 páginas. Nela, Papa-Capim está com fome e Janaína convida pra comer beijus na oca dela. Papa-Capim não aceita porque ele é um grande guerreiro e vai conseguir seu alimento sozinho. Ele tenta pegar frutas na árvore, mas acaba mexendo com uma colmeia e as abelhas avançam. Eles correm e entram no lago pra fugir delas. Como já estava lá, Papa-Capim resolve pegar peixe, mas acaba encontrando piranhas e corre delas. Depois, resolve caçar onça, que acaba avançando neles. Então, no final, Papa-Capim acaba comendo frutas na oca da Janaína, falando que um grande guerreiro tem direito de filar boia de vez em quando.

Mais uma vez com tema de caça em um mesmo gibi, era muito comum isso. Dessa vez apareceu uma índia diferente contracenando com o Papa-Capim, a Janaína, hoje em dia, aparece mais a Jurema de forma fixa.

Trecho da HQ "Quando um guerreiro sente fome"

Em "Condução difícil", de 5 páginas, Rosinha não quer ir à quermesse a pé e o o Chico Bento arruma um burro para eles irem. Quando ela monta no burro, cai no chão. Depois o burro acelera tanto que ela cai de novo. No caminho, o burro para em uma ponte e a Rosinha resolve descer e acaba caindo no lago. Ela chora, pede desculpa ao Chico pela mania de grandeza. Rosinha troca de roupa e eles vão à quermesse a pé. Eles demoram tanto que quando chegam, a festa tinha acabado e então Chico pega o violão de um repentista e toca com a Rosinha dançando, com eles fazendo a sua própria festa sozinhos. Histórias com burro servindo de carga são evitadas hoje em dia e era comum ter quermesse com Chico Bento sem ser em gibis de junho. Podia ser em qualquer época do ano.

Trecho da HQ "Condução difícil"

"O Trabalhador", uma história muda de 2 páginas com o Chico fazendo o seu trabalho na roça, como tirar leite da vasca, pegar ovos da galinha, dar comida para os bichos, consertar telhado, entre outros. Depois que acaba o serviço, ele vai se encontrar com a Rosinha e acaba dormindo de tão cansado e a Rosinha diz que não é vantagem de namorar um rapaz tão trabalhador. Impublicável hoje em dia por mostra ro Chico trabalhando pesado na roça e o politicamente correto não permite criança trabalhar. A seguir a história completa:

HQ "O trabalhador"

O gibi termina com "O príncipe das águas", com 6 páginas, que mostra a história de um boto-rosa que costumava se transformar em um príncipe para jogar seu charme e levar mulheres para o fundo das águas e nunca mais são vistas. Então, Rosinha fica à beira do riacho e aparece o boto transformado em um menino de príncipe, se apresenta como Arquibaldo e começa a fazer charme para ela. Chico Bento aparece, vê os dois de mãos dadas e fica com ciúme. Rosinha não aceita de deixar de conversar com o Arquibaldo e Chico vai embora triste.

Trecho da HQ "O príncipe das águas"

No caminho, ele chora e encontra um senhor e conta a história para ele. O senhor diz que tudo indica que o Arquibaldo é um boto-rosa, como ele leu no início da história, e fala para ver o reflexo dele na água. Chico volta e briga com o Arquibaldo e vê o reflexo do boto no lago. O boto vai embora e Rosinha agradece o Chico ,falando que não era para acreditar no boto. Logo depois ouvem um canto à beira do lago e era uma sereia querendo encantar o Chico e Rosinha o puxa pela camisa, falando para eles irem embora.

Foi uma histórias mística do Chico, misturando folclore, lendas e fábula, que eles estavam investindo nisso na época. Interessante ter um prólogo no início, contando a história do Boto levar mulheres para o lago antes da história propriamente dita começar. E engraçado o senhor falar que leu a história em que eles estavam vivendo, mostrando uma piada metalinguística.

Trecho da HQ "O príncipe das águas"

Tirinha final com Chico ouvindo rádio com chiado, como se tivesse dormindo, então ele bate no rádio e realmente o locutor estava dormindo e acorda com a batida do Chico. Tirinha envolvendo absurdos que eram comuns e agente gostava muito.

Tirinha da edição

Como pode ver foi um gibi prevalecendo histórias do Chico com Rosinha e histórias místicas como a de abertura e a de encerramento, que eram bem constantes nos gibis da época. Não podia faltar também as cenas incorretas que predominavam em todos os gibis e tornavam mais divertidos. Os traços em todas muito bons também, cada uma seguindo o seu estilo da época. Enfim, um gibi padrão para sua época e muito legal que vale a pena.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Mônica: HQ "Meu primeiro som"

Compartilho uma história muito engraçada de quando a Mônica ganhou um aparelho de som e Cebolinha e Cascão levaram seus discos para escutarem com ela. Com 6 páginas no total, foi  história de encerramento publicada em 'Mônica Nº 58' (Ed. Globo, 1991).

Capa de 'Mônica Nº 58' (Ed. Globo, 1991)

Nela, o Seu Sousa diz que a Mônica está uma mocinha e que comprou um aparelho de som para a filha e está no quarto dela. Mônica agradece ao pai e vai correndo estrear o seu aparelho novo e já nota que veio com o disco que ela queria.


Enquanto Mônica está ouvindo a música "Desejos e Delírios" do "Fábio Búnior" (Fábio Júnior), Cebolinha e Cascão ouvem pela janela e já tratam de ir buscar seus discos para escutarem com a Mônica. Eles voltam e falam que estavam passando perto e resolveram fazer uma visitinha. Comentam sobre o aparelho novo dela, que é maneiro e perguntam se podem ouvir um pouquinho. Mônica aceita e eles já entram cheio de discos que trouxeram de casa, dando desculpa que era coincidência que já estavam carregando com eles e perguntam se podem ouvir no aparelho da Mônica.


Mônica deixa e Cebolinha coloca o disco dos "Ganzenrouses" (Guns N' Roses) com a música "Sweet Child O' Mine" e ai como o Cascão não gosta diz que são chatos demais e tira o disco da vitrola. Cebolinha não gosta nem um pouco e Cascão coloca o disco dele, falando que aquilo que era música de verdade. Era da "Região Urbana" (Legião Urbana) com a música "Meninos e Meninas". Cebolinha tira o disco, falando que "Região" não está com nada e Cascão diz que é melhor que "Ganz".

Cebolinha coloca do "Niuquidis Ondeblóqui" (New Kids On The Block), com a música "Dois Pastéis e um Quibe" ("Step By Step"). Cascão se espanta do Cebolinha gostar deles e Cebolinha diz que é melhor do que "Tantãs" (Titãs). Cascão diz que gosta dos "Tantãs" e trouxe um monte de discos da banda e Cebolinha fala que é uma pena que não vão ouvir. Cascão diz que vão sim e tira logo o disco do "Niuquidis Ondeblóqui" da vitrola.


Cebolinha pega os discos do Cascão para ele também não colocar as "drogas" na vitrola e confere os discos que ele trouxe. Cebolinha vê que Cascão gosta dos "Amigos do Rei" (Inimigos do Rei), Samberto Carlos" (Roberto Carlos), "Abobrinhas Selvagens" (Kid Abelha e os Abóboras Selvagens) e acha tudo uma droga. Aí, Cebolinha grita alto, zoando o Cascão por ele ter disco da "Catuxa" (Xuxa). Cascão diz que veio por engano, e Cebolinha gasta mais ainda, perguntando se ele gosta também das "Periquitas" (Paquitas).

Cascão se enfeza e quebra um disco do Cebolinha na cabeça dele. Cebolinha, por sua vez, também quebra os discos do Cascão, pisando em cima e Cascão quebra um disco do "Fio Colins" (Phill Colins) do Cebolinha. Mônica intervém, mandando eles pararem com isso. Cebolinha fala para ela não se meter, xingando de baixinha dentuça, e Cascão diz que uma tonta como ela  que gosta do "Fábio Búnior" não mereceria nem ganhar um aparelho de som daquele. Mônica dá uma surra nos meninos. No final, Mônica chega para o pai, perguntando se era mocinha mesmo e se já estava na hora de ganhar seu segundo aparelho de som, mostrando todo destruído, depois da surra que deu nos meninos.


Como pode ver, essa história é sensacional. É de rachar de rir com o Cebolinha e Cascão discutindo por causa de seus gostos musicais diferentes e acabou a Mônica destruindo o seu aparelho de som que tinha acabado de ganhar do pai. Mostra um costume comum na época de crianças que se reuniam para ouvir música na cada dos amigos, sendo que aí na história acabou em confusão, como não podia deixar de ser com a turminha.


Os nomes parodiados das bandas e cantores ficaram muito criativos e engraçados. "Periquitas" foi demais. A gente não sabe se ria mais das brigas dos meninos ou das paródias.  Aliás, foi uma das com mais referências e homenagem a cantores e bandas nacionais e internacionais em uma mesma história. Todos faziam sucesso nos anos 80 e ainda estavam na mídia em 1991 e infelizmente fazem muita falta no cenário musical atualmente. Já as letras das músicas algumas foram parodiadas, outras não e também muito criativas as letras que foram parodiadas. E impossível não ler sem cantarolar.

Na época apesar de já existir CD, os discos LP eram mais populares. Só os ricos tinham CD, visto que os aparelhos que tinham CD eram caros, e até mesmo os discos CD também eram, fora que tinham poucos álbuns em CD à venda, eram mais LP e fita K-7. História impublicável hoje em dia por mostrar destruição de aparelho de som e discos, dando mau exemplo e prejuízo por isso. Se republicassem de novo, por ser muito datada, seriam capaz de mudarem discos LP para CD e também colocarem cantores atuais no lugar, estragando assim completamente a história. Fora que mudariam a palavra "droga" porque é proibida hoje em dia nos gibis da MSP.


Os traços são excelentes, com direito à uma curva para baixo no meio dos olhos dos personagens para demonstrar que estava com muita raiva ou riscos nos olhos para demonstrar que estavam emocionados ou bem tristes. Era muito comum isso na época, achava muito bom. Legal também as caras dos personagens curtindo suas músicas preferidas, como do Cebolinha quando fala que "Ganzerouzes" são demais e o Cascão curtindo "Região Urbana". Enfim, uma história hilária que vale a pena relembrar há exatos 25 anos. 

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Capa da Semana: Mônica Nº 195

Nessa capa, Cebolinha e Cascão dão gargalhadas no alto de um balão com a caricatura da Mônica dentuça e ela não entende nada o motivo de tanta gargalhada, achando os meninos malucos. Pelo jeito, ela não viu a sua caricatura antes de entrar no balão. Detalhe que até os passarinhos também ficaram rindo da situação.

A capa dessa semana é de 'Mônica Nº 195' (Ed. Abril, Julho/ 1986).


sábado, 15 de outubro de 2016

Tirinha Nº 42: Chico Bento

Uma tirinha em homenagem ao Dia dos Professores. Nela, Chico Bento começa a medir toda a extensão do Brasil com régua depois que ele toma satisfação da professora Marocas porque tirou nota zero na prova. Sinal que ele de inteligente não tem nada mesmo e como a professora Marocas sofria com ele.

Interessante a colorização errada de colocarem nariz branco no Chico no último quadrinho. Era comum esses erros de cores primários e eu gostava bastante. Hoje em dia infelizmente erros assim são corrigidos nas republicações. Aliás, recolorem tudo para o estilo atual digital.

Tirinha publicada originalmente em 'Chico Bento Nº 14' (Ed. Abril, 1983).


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Seu Cebola: HQ "A criança dentro de mim"

No Dia das Crianças, mostro uma história de quando o Seu Cebola, insatisfeito com sua vida de adulto, se transformou em criança por um dia. Com 8 páginas no total, foi história de encerramento de 'Cebolinha Nº 35' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Cebolinha Nº 35' (Ed. Globo, 1989)

Começa o Seu Cebola acordando para seguir sua rotina para ir ao trabalho. Ele troca de roupa, toma café, se despede do Cebolinha, que ainda estava dormindo e sai para trabalhar, sempre com cara séria. Enquanto espera o ônibus, dois meninos deixam a bola cair perto do Seu Cebola e eles pedem para chutar a bola. Seu Cebola olha para os lados para ver se não tem ninguém vendo e chuta a bola para eles, com satisfação. Os meninos elogiam o chute do Seu Cebola, falam que precisavam de um cara como ele no time, mas ao mesmo derrubam a auto-estima dele falando que era uma pena que está muito velho.


Seu Cebola fica triste, cabisbaixo, que nem pega o ônibus e nem cumprimenta o motorista. Ele chora sentado em uma pedra, falando que a vida de adulta é chata, que queria ser que nem o Peter Pan, uma criança para sempre, sem responsabilidade e obrigações, só ficar brincando e brincando. Ele chora com sentimento tão forte, que a lágrima cai no chão e aí surge um menino, que era a criança que existe nele e que foi libertado com tanta emoção concentrada dentro dele. Com isso, o Seu Cebola adulto desaparece por causa do desejo de ser criança e eles se transformam em um só.


Com o Seu Cebola criança, ele pergunta para os meninos que estavam jogando bola se tem lugar pra mais um no time, mas dá uma mancada de falar "bicho", uma gíria antiga. Eles jogam futebol, aí aparece o Cebolinha, perguntando se pode jogar. Os meninos falam que não porque é um grosso, joga mal, e o Seu Cebola diz que é para deixar, que ele se responsabiliza pelo Cebolinha. Eles jogam quando o Cebolinha chuta a bola e cai atrás do muro com cachorro brabo. Os meninos ficam uma fera e batem nos dois. Cebolinha agradece ao Seu Cebola por ter defendido e lamenta se tivesse 20 anos a mais dava um jeito neles.


Em seguida, aparece Mônica braba com o Cebolinha por ter aprontado com ela. Cebolinha manda Seu Cebola correr e ele diz porque teria medo de uma gorduchona daquela e acaba levando coelhada, e comenta que no tempo de criança dele era tudo diferente e como é duro ser moleque hoje em dia. 


Cebolinha fala que tem que ir porque está perto do pai dele chegar e quer estar em casa quando ele chegar. Aí, Seu Cebola se lembra do momento que chega em casa com Cebolinha o recebendo com felicidade, beijando sua esposa, Dona Cebola, e se olha como criança, e comenta que tudo tem o seu tempo, que aproveitou bem o seu lado criança, mas que agora é hora da mulher que ama, dos filhos, das responsabilidades. Com o seu choro emocionado, ele volta a ser adulto, convencido das vantagens de ser adulto.


No final, Seu Cebola vai correndo para casa, é recebido com felicidade pelo Cebolinha, beija a Dona Cebola, voltando à sua rotina normal, e convida o Cebolinha para brincar. Enquanto jogam futebol de botão, Seu Cebola está feliz, pensando que era o seu restinho de criança, e Cebolinha, também contente, comenta que o pai está feliz como uma criança.


Essa história é muito boa, traz uma bonita mensagem dos adultos não deixarem a criança morrer. Apesar da rotina de trabalho, responsabilidades, contas para pagar, mas sempre devemos ter um lado criança. Na história, Seu Cebola estava triste com a vida de adulto, mas acabou descobrindo que pode se divertir com os filhos, continuando a ser criança nesse  momento. Era normal ter histórias protagonizadas pelos pais do Cebolinha, mostrando uma rotina de uma família comum, as vezes o Cebolinha nem aparecia. Eram muito boas histórias assim.


Também era muito comum ter histórias com adultos virando criança, crianças virando adulto. Estava em alta até por causa de filmes como "Quero ser grande", com Tom Hanks. Normalmente, histórias assim os personagens se transformavam por causa de uma fada, bruxa, poço dos desejos, invenção do Franjinha ou um vilão e dessa vez o Seu Cebola se transformou em criança só com a força do seu pensamento se tornar realidade, o que ajudou para diferenciar um pouco e ficar mais emocionante. Mesmo assim, mexe com fantasia da mesma forma se fosse uma fada que o tivesse transformado em criança.


Os traços muito bacana, do estilo consagrado da turma, engraçado o Seu Cebola criança ficar com 7 fios de cabelo se adulto, tem 5. Na postagem a coloquei completa. Os meninos secundários da história, hoje em dia colocariam personagens da turma mesmo. Teve um erro do Seu Cebola criança falando "dulo" na página 64 (7ª página da história) e se republicassem hoje isso seria corrigido. O Cebolinha aparecendo pensando errado, trocando o "R" pelo "L" no final, coisa comum na época, mas que também seria corrigido atualmente.  Dessa vez "Peter Pan" não teve nome parodiado, nem sempre nomes famosos não eram.

domingo, 9 de outubro de 2016

Capa da Semana: Almanaque do Chico Bento Nº 7

Mostro uma capa bem caprichada, sem piada dessa vez, só mostrando um desenho bonito com o Chico Bento levando a professora Marocas e seus amigos para a escola de carroça em uma bela manhã de Sol na roça.

A capa dessa semana é de 'Almanaque do Chico Bento Nº 7' (Ed. Globo, Outubro/ 1989).


quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Propagandas anunciando brinquedos (Parte 9)

Nessa postagem mostro algumas propagandas de brinquedos que sairam nos gibis da Editora Panini entre 2009 a 2015.

Nessa fase com tecnologia bem em alta, as propagandas são bem poluídas visualmente, cheias de efeitos e cores, além da maioria das imagens dos personagens ao fundo serem apenas inseridas nas propagandas através de desenhos digitais já existentes em vez de criarem as próprias ilustrações a mão. Se tornam muito feias assim, nem de longe lembram as antigas até os anos 90. Outro detalhe que a partir de 2012, todas as propagandas passaram a ter um texto "Informe Publicitário" bem grande, para frisar bem que aquilo não é história e sim uma propaganda, como se as crianças não conseguem distinguir uma história de uma propaganda.

Em 2009 teve o anúncio dos novos quebra-cabeças da Turma da Mônica pela "Grow". Foram 6 variações diferentes, com temas com os personagens no Egito, no conto de fadas, em situação cotidiana deles, entre outros, e eles variavam entre 16 a 100 peças, de acordo com o escolhido. Na propaganda, eles colocaram o brinquedo como "puzzles", com o nome em inglês. Anúncio ilustrado só com os quebra-cabeças.

Propaganda tirada de 'Magali Nº 28' (Ed. Panini, 2009)

Em 2010, a "Grow" lançou o boneco rockeiro do Cebolinha. O diferencial é que ele tocava guitarra e cantava uma música, que colocaram a letra na propaganda. Ilustrada com o boneco e também com ele na embalagem.

Propaganda tirada de 'Coleção Histórica Nº 20 - Cebolinha Nº 20' (Ed. Panini, 2010)

Também em 2010 teve lançamentos das bolhas de sabão, ioiôs e piões da marca "BrasilFlex". As bolhas de sabão foram com Mônica e cebolinha, os piões tiveram 1 de cada um dos 4 personagens principais e os ioiôs foram dois modelos com presença dos 4 personagens. Propaganda ilustrada pelos brinquedos apenas.

Propaganda tirada de 'Coleção Histórica Nº 20 - Chico Bento Nº 20' (Ed. Panini, 2010)

Em 2012 teve a propaganda dos brinquedos Pula-Bola e Jogo de Boliche, da "PlastBrinq". Cada um deles tiveram 2 versões, sendo um da "Mônica e Magali" com cor rosa, voltados para as meninas e "Cebolinha e Cascão" com cor azul e verde e voltados para os meninos.

Propaganda tirada de 'As Melhores Histórias do Pelezinho Nº 1' (Ed. Panini, 2012)

Foram lançados 6 novos brinquedos da marca "Brincadeira de Criança" em 2013. Foram "Lousa de desenho", "Kit Pintura", "Aprendendo as cores", "Primeiras contas" e "Vamos soletrar". todos, então, voltados a crianças pequenas, que estão começando a vida escolar.

Propaganda tirada de 'As Melhores Histórias do Pelezinho Nº 5' (Ed. Panini, 2013)

Em 2013 tiveram a bateria da Turma da Mônica, da marca "Lien". Era uma bateria comum, só que pequena, do tamanho das crianças e tinha ilustrações dos personagens nela. Na propaganda, mostrou a bateria com os personagens nela, sendo que desenhos digitais já existentes, como era de costume.

Propaganda tirada de 'As Melhores Histórias do Pelezinho Nº 7' (Ed. Panini, 2013)

A marca "Candide" lançou 3 brinquedos em 2013. Teve um "laptop 28 atividades da Mônica" e "Gira-Gira Rádio Controle", carrinhos que giravam por controle remoto. Sendo que esses Gira-Gira" tiveram 2 versões: um verde do Cebolinha e um vermelho da Mônica. Ilustrada com desenhos digitais horrorosos dos personagens, pra variar.

Propaganda tirada de 'As Melhores Histórias do Pelezinho Nº 8' (Ed. Panini, 2013)

Os brinquedos "Cria Mix" da marca "Elka" foram lançados em 2015, Vinham 2 personagens em cada embalagem e permite montar e desmontar, fazendo combinações inusitadas. Dava pra colocar cabeça da Mônica no corpo da Magali, colocar óculos neles, etc. Vinham 22 peças pra poder fazer as combinações.

Propaganda tirada de 'Magali Nº 1' - 2ª série (Ed. Panini, 2015)

Então, essa foi a última postagem mostrando propagandas de brinquedos. Tiveram outras, mas quis mostrar apenas as principais e que encontrei na minha coleção ou pesquisadas na internet. Caso eu encontre outras interessantes, posso voltar ao tema. Quando mostrar propagandas no Blog será de outro tema.