sábado, 12 de dezembro de 2015

Uma história de Natal do Astronauta

Nessa postagem compartilho uma história de quando o Astronauta passou o natal em companhia de um pinheiro extraterrestre. Com 7 páginas no total, foi publicada em 'Almanaque da Mônica Nº 20' (Ed. Abril, 1983).


Nela, Astronauta está montando a sua árvore de Natal, mas coloca muito enfeite de um só lado que faz a árvore cair e estraga toda. Astronauta se pergunta como vai conseguir outra árvore em pleno espaço sideral. Durante o seu percurso, encontra vários pinheiros em um planeta, iguais aos que existem na Terra. Então, ele pega um machado, arranca um pinheiro e leva pra sua nave para se tornar a sua nova árvore de natal. Chegando lá, ele enfeita e quando termina vai dormir porque ficou cansado.


Enquanto o Astronauta dorme, a árvore dá umas sacudidas e descobre que estava viva. Na verdade, o pinheiro era um extraterrestre habitante doe um planeta de pinheiros e o Astronauta não percebeu isso. O Pinheiro não entende por que colocaram enfeites de Natal nele e tira tudo. Percebe também que não está no seu planeta e descobre que está no espaço sideral ao ver a janela da nave. Então, ele tenta mexer nos controles da nave para voltar ao seu planeta.


A nave dá vários zigue-zagues que acaba derrubando o Astronauta da cama. Ele vai ver o que está acontecendo e leva um susto com vê a sua árvore de Natal pilotando a nave. O Pinheiro, com muita raiva, descobre que foi o Astronauta que o levou para fora do seu planeta e tenta esmagá-lo, mas não consegue por causa da roupa do Astronauta que o protege. Astronauta fala para ele ficar calmo e não fazer nada contra porque só ele que pode levá-lo de volta para casa.

O Pinheiro chora, querendo voltar para casa, para ficar perto da sua família e seus amigos. Astronauta tenta consolar, mas acaba se emocionando lembrando que está no espaço há anos, longe dos pais, dos amigos e da sua namorada. O Pinheiro fala para não ficar emocionado assim e o Astronauta responde que ele não sabe como é triste passar o Natal sozinho sem a presença deles. 


O Pinheiro, então, pergunta o que é Natal, se é algum sistema solar. Astronauta responde que é uma festa que reúne todas as pessoas com muita paz para comemorar o aniversário do Menino Jesus. e que ainda tem troca de presentes, refrigerantes e doces. O Pinheiro fica animado com o que o Astronauta fala e faz uma proposta de passar o Natal junto com o Astronauta e depois ele o leva de volta para casa. Astronauta adora a ideia e eles festejam o Natal juntos, com direito a um brinde.


Depois de terem festejado, Astronauta o leva para o seu planeta, com o Pinheiro carregando um presente que o Astronauta deu e o Astronauta agradecendo o amigo por ter passado o Natal junto com ele. No final , Astronauta volta para a nave, comentando consigo mesmo que foi um dos melhores Natais que ele passou, mas lamenta que acha que não conseguiu traduzir o verdadeiro significado do Natal para o Pinheiro, mas que pelo menos uma sementinha foi plantada. Porém, sem Astronauta saber, o Pinheiro montava  um presépio no seu planeta, com os pais não entendo nada o fato do filho curtir a sementinha e ficar falando de amor e paz entre as árvores.


Essa é uma bonita história, mostrando uma boa mensagem. O Astronauta tem seus conflitos de solidão no espaço, longe da sua família e amigos e na época de Natal é quando mais sente falta e, sem querer, o Pinheiro que ele levou acabou sendo uma ótima companhia para passar a noite de Natal com ele e não sentir sozinho. E a história ainda mostra um pouco do verdadeiro sentido do Natal.


Os traços ficaram muito caprichados, característicos dos anos 80. Na postagem a coloquei completa. Vale destacar que a namorada que o Astronauta a se refere é a Ritinha, que ainda era namorada dele na época e anos mais tarde acabou se casando com outro cara (o Bonifácio), justamente por isso de se cansar das intermináveis aventuras espaciais do Astronauta e passar meses sem voltar para casa, deixando o Astronauta em profunda depressão e dor de cotovelo em uma série de histórias que saíram em 1989 e 1990.


Essa história nunca foi republicada. Os almanaques da Mônica Nº 7, 9, 10, 11, 12, 14, 16 e 20 da Editora Abril tiveram histórias inéditas (entre 1980 e 1983), ou apenas uma, ou até o gibi inteiro, como os especiais de Natal. É que ainda tinham poucas histórias para serem republicadas de no mínimo 5 anos, então era normal colocarem inéditas para compensar. Tipo, eram poucas histórias de Natal disponíveis para republicação na época para preencher almanaques assim todo ano. E essas histórias inéditas de todos eles, jamais republicadas até hoje, sendo esquecidas completamente pela MSP. Então, só quem tem esses almanaques é que conhecem essas histórias raras.

13 comentários:

  1. Alguns almanaques desses tinham hqs inéditas de uma página entre as republicações, provavelmente pra preencher espaço.

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    1. Verdade. Tudo para preencher páginas q faltavam, principalmente os Temáticos. O nº 7, por exemplo, foi assim. Já esse nº 20 só foram inéditas.

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  2. Coincidência q vc vai postar hq do Astronauta no seu blog... vou aguardar. Os traços dele era assim na época. Muito bom. E os almanaques da Editora Abril, até por volta de 1984 não deixavam de ser especiais porque não tinha periodicidade definida. Era só de vez em quando q saia. Quando passou a ter periodicidade deixaram de ser especiais e passaram a ser edições comuns.

    Abraço

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  3. Tá tranquilo... quando der poste. As hqs do Astronauta são legais. Boa semana. Abraços

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  4. Mais HQs desta edição aí, Marcos são inéditas as HQs pra mim! xD

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    1. Eu já mostrei uma da Turma da Mata, a tirinha e agora essa. Sem dúvida são inéditas pra muita gente.

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  5. Haha! EU sabia que irias publicar algo do Astronauta <3 amo mto *-*

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    1. É, fazia tempo q não postava nada do Astronauta. Eu gosto tbm das hqs dele.

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  6. Haha! EU sabia que irias publicar algo do Astronauta <3 amo mto *-*

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  7. Não dá pra entender o por quê das histórias desse almanaque não serem republicadas. Além de serem muito boas, todas estão no padrão do politicamente correto. Só com um pouco mais de grana que daí, pego de volta essa edição.

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    1. São todas muito boas, devem ter esquecido dele, pegavam histórias só dos gibis convencionais pra republicação e esses almanaques com histórias inéditas ficaram esquecidas. Se na Globo não republicaram, agora que não vão mesmo por causa do politicamente correto.

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