segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Capas Semelhantes (Parte 15)

Nessa postagem mostro 5 capas semelhantes que saíram nos almanaques. Dessa vez todas da Editora Globo, tanto com o mesmo título, quanto com títulos diferentes.

Almanaque da Mônica Nº 7 X Almanaque do Cebolinha Nº 30

Os personagens reunidos para ler o próprio almanaque em questão. A 1ª versão do 'Almanaque da Mônica Nº 7', de 1988 teve um fundo rosa simples e só aparecem personagens da turma. Já na 2ª versão de 'Almanaque do Cebolinha Nº 30', de 1995, a capa foi ambientada no Polo Norte e apareceram também um urso polar e um pinguim querendo também ler o almanaque.



Almanaque do Chico Bento Nº 11 X Almanaque do Chico Bento Nº 54

Chico desenha personagens no quadro negro da escola. A diferença entre elas é que na 1ª versão, publicada em 'Almanaque do Chico Bento Nº 11', de 1990, o Chico só desenha personagens fora do seu núcleo, colocando corpo inteiro e nome deles enquanto que na 2ª versão, de 'Almanaque do Chico Bento Nº 54', de 1999, ele desenha só as cabeças dos seus amigos da roça e a professora Marocas aparece ao lado.



Almanaque do Chico Bento Nº 14 X Almanaque da Magali Nº 12

O personagem tirando leite da vaca, com os outros vendo pelo lado de fora da janela. Visualmente são bem parecidas, só uma pequena diferença no sentido da piada, já que na versão que saiu no 'Almanaque do Chico Bento Nº 14', de 1991, a intenção do Chico tirar o leite é para compartilhar com os seus amigos, enquanto que no 'Almanaque da Magali Nº 12', de 1997, a Magali está tirando todo o leite da vaca, enchendo vários baldes, para ela mesma tomar.



Almanaque do Cascão Nº 20 X Almanaque do Cascão Nº 47

Os personagens juntos se protegendo da chuva em um guarda-chuva gigante. Foi publicada primeiro em 'Almanaque do Cascão Nº 20', de 1992, com todos com caras felizes e fizeram uma nova versão, que saiu em 'Almanaque do Cascão Nº 47', de 1998, sendo dessa vez com o Cascão com cara de desesperado por causa da chuva.



Almanacão Turma da Mônica Nº 4 X Almanaque do Gibizinho da Mônica Nº 60

Ambientada nos anos 50, Mônica e Cebolinha dançando Rock enquanto Magali toma 3 milk-shakes ao mesmo tempo e Cascão, como balconista, se espantando com a façanha dela. As 2 versões ficaram bem parecidas, com mudanças significativas em pequenos detalhes em que os personagens apareceram em posições invertidas e que na 1ª versão de 'Almanacão Turma da Mônica Nº 4', de 1996, o Cebolinha aparece de óculos na cabeça, enquanto que na 2ª versão, de 'Almanaque do Gibizinho da Mônica Nº 60', de 2003, ele aparece sem óculos e uma curva no cabelo para representar um topete e a Mônica aparece de rabo de cavalo. 



Dessas da postagem, gostei mais das primeiras versões de cada uma delas, com exceção as do Cascão, que gostei da mais da 2ª versão.. Em breve, posto mais capas semelhantes aqui no Blog.

domingo, 29 de novembro de 2015

Capa da Semana: Parque da Mônica Nº 54

O Seu Cebola se perdeu da sua família no Parque da Mônica lotado e os leitores têm que ajudá-lo a encontrar os seus filhos Cebolinha e Maria Cebolinha e sua esposa Dona Cebola. Interessante que vários personagens de diferentes núcleos também estavam lá. Muito legal.

Além de fazer alusão à história de abertura, "Esquecimento", como sempre acontecia nas revistas Parque da Mônica, essa capa faz referência também ao desenho "Onde está o Wally?" e, de certa forma, promoveu um livro semelhante, "Onde está a Turma da Mônica?", lançado em 1997, com ilustrações para as crianças encontrarem os personagens.

A capa dessa semana é de 'Parque da Mônica Nº 54' (Ed. Globo, Junho/ 1997).


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Livro L&PM: As Melhores Histórias da Tina


Nessa postagem mostro como foi o livro "As Melhores Histórias da Tina", da coleção da Editora L&PM lançado em 1991.

Seguindo o formato dos outros livros da coleção, esse tem formato de 21 X 28 cm, 52 páginas e papel de miolo off-set, tanto na versão capa cartonada quanto capa dura. Na capa, sempre com o personagem em uma situação ou com um objeto que tem a ver com sua personalidade, a gente vê a Tina com diário na mão, já com os traços recém lançados em 1991 com ela com cabelo mais comprido. Curiosamente, na contracapa desse livro e dos demais da coleção, mostra uma outra versão de capa com desenho diferente, apesar de mantê-la com cabelo comprido e diário na mão. Capaz de terem mudado a capa na última hora e esqueceram de mudar nas contracapas. Tanto os livros com capa cartonada e dura a Tina tiveram a mesma capa.

Contracapa, mostrando uma capa diferente do livro da Tina

O livro abre com o frontispício com o título "Ela gosta de agitar a 'tchurma'", com o texto mostrando uma comparação da Tina como um "patinho feio", que era "magriça", com óculos redondos, blusa solta e tênis enormes quando foi criada e foi crescendo ao longo dos anos e ficando bonita e charmosa depois. E apresenta os principais personagens da turma dela. Só erra ao informar que Tina foi criada em 1964, sendo que na verdade foi em 1970.

Na página de evolução, mostra 2 imagens da Tina: uma de quando foi criada em 1970 e outra a atual (anos 80). A versão de 1970 ficou com uma camisa colorida diferente do que era na época.

Evolução da Tina

Em seguida vêm as histórias republicadas, sendo 11 histórias no total entre 1972 a 1984, que não seguem ordem cronológica. Histórias mostrando diferentes fases da Tina até os anos 80. Só não teve nenhuma da fase dela mais criança entre 1970 a 1972, quando contracenava exclusivamente com Toneco e às vezes com Toim, o pai e a Vovoca, porém foi bem explorada a sua fase hippie. Só em 2 histórias que não tiveram foco na Tina: uma protagonizada pela Pipa e Zecão, embora tenha participação da Tina e outra do Rolo, essa só com presença dele.

Teve uma particularidade, assim como aconteceu em "As Melhores Histórias da Magali", com 2 histórias da Editora Abril dos anos 70 em que os códigos tiveram referência a Almanaques da Mônica da Editora Globo nos quais foram republicadas em vez de colocarem os códigos das originais dos anos 70, saindo exatamente iguais como saíram em seus respectivos almanaques. Logo, histórias republicadas recentemente até então, tiveram uma nova republicação. Já as histórias originais dos anos 80 da Editora Abril não foram republicadas depois nos almanaques convencionais da Globo, aí sim como de costume nos livros dessa coleção.

A relação de histórias republicadas, com número da edição e ano foram essas:
  1. Amnésia (MN # 32, de 1972)
  2. Ser ou não ser... hippie? (CB # 3, de 1973)
  3. Quem não se comunica... (CB # 3, de 1973)
  4. A joqueta (MN # 80, de 1976)
  5. Hei, Hei, Hei! Roberto Alberto é nosso rei! (MN # 82, de 1977)
  6. Presente difícil (MN # 158, de 1983)
  7. Tina (CB # 55, de 1977)
  8. Na extensão (MN # 159, de 1983)
  9. Tão diferente do Bob (MN # 170, de 1984)
  10. Tina (AMN # 8, de 1988)
  11. Tina (AMN # 7, de 1988)

Na história "Amnésia", Rolo perde a memória quando Pipa cai em cima dele ao ver uma barata. Representa histórias de humor pastelão, só que com os 3 personagens em vez de de ser só Tina e Rolo. Em "Ser ou não ser... hippie?", Toneco quer se tornar hippie que nem Tina e Rolo e, então, Toneco tem que imitar tudo que eles fazem. Já na divertida "Quem não se comunica...", Tina e Pipa não conseguem se entender por causa das gírias hippie da Tina. Na época a Pipa era a certinha da grupo, que fazia confronto com a cultura hippie da Tina e Rolo.

Trecho da HQ "Ser ou não ser hippie" (1973)

A seguir vem a história "A joqueta", em que Rolo propõe que Tina se torne uma joqueta (joquei feminina) e como ela nunca havia andado de cavalo na vida, Rolo faz com que ela treine em um cavalo mecânico, causando muita confusão. História representando humor pastelão entre Tina e Rolo. Nela, já dá para notar diferença nos traços, a Tina já com corpo com curvas e pernas longas e nessa história e o Rolo aparece com uma roupa diferente nessa, algo não muito comum na época. A partir dessa, mostra os códigos como saíram nos gibis originais.

Trecho da HQ "A joqueta" (1976)

Em "Hei, Hei, Hei! Roberto Alberto é nosso rei!", Tina vai entrevistar o ator de novelas Roberto Alberto para trabalho da escola e Pipa pede para ir junto, mas arruma confusão ao ver o seu ídolo de perto. Foi uma história de experiência para a nova fase da Tina, com ela ainda com traços hippie, mas com roupa diferente com ar mais feminino e um roteiro mais diferente do habitual. Por exemplo, nunca teve história antes que Tina ia a escola. Se tivesse óculos menores e colocassem lábios com batom ficaria bem semelhantes com a fase que iniciaria 4 meses depois, em junho de 1977.

Nessa história teve a volta da Pipa aos gibis que estava sumida desde 1974. No código, apesar de fazer referência a 1976, ela é uma história publicada em 1977, já que nos gibis de janeiro a março colocavam o ano anterior nesses códigos (talvez foi quando ela foi produzida, já que gibis são feitos com antecedência).

Trecho da HQ "Hei, Hei, Hei! Roberto Alberto é nosso rei!" (1977)

Depois vem uma história dos anos 80, "Presente difícil", em que Tina esqueceu de comprar presente do do Dia dos Namorados para o Jaime  e tenta comprar um em última hora, passando muito sufoco. Faz uma crítica ao nosso cotidiano, das pessoas que compram presentes na última hora na vida real. Nessa história, além da presença do Jaime (que foi chamado de Jaiminho), apareceu também a Vovoca.

Em seguida o livro volta aos anos 70 com uma história sem título, apenas "Tina", em que ela se arruma toda para sair com seu namorado. Foi uma história do 2º mês da nova fase da Tina pós-hippie, 3ª história publicada assim. Ou seja, bem clássica. O namorado dela nessa até parece o Jaime com roupas dos anos 70, mas não era ele. Ela não tinha namorado fixo nos anos 70 e ele ainda não havia sido criado, que só aconteceria em 1982.

Trecho da HQ "Tina" (1977)

Depois colocaram 2 histórias dos anos 80 sem ser foco na Tina. "Na extensão", mostra o Zecão recebendo um telefonema misterioso e Pipa dá um jeito de ouvir escondida a conversa na extensão do telefone, descobrindo que era outra mulher na linha, deixando Pipa com muito ciúme. História representando a característica da Pipa ciumenta ao extremo. Tina faz apenas participação nessa e ainda tem a curiosidade do Zecão aparecer com barba, em vez de ser só uma barbicha. Como ele havia sido criado em 1982, ainda não tinha traços definidos e de vez em quando aparecia com um detalhe diferente, como no penteado ou cor do cabelo, ou aparecer de barba, como foi nessa.

Trecho da HQ "Na extensão" (1983)

Em "Tão diferente do Bob", história solo do Rolo, sem presença da Tina e seus amigos, o Rolo namora a Lídia, que fala o tempo todo do ex-namorado Bob. Representa história do Rolo com conflitos com namoradas. Aliás, essa mulher com traços espetaculares, por sinal. Essa devia encerrar o livro porque é a mais recente da edição.

As 2 últimas histórias voltaram para os anos 70, ambas em título, apenas "Tina". Na primeira delas, Rolo quer se tornar modelo e entra em uma agência junto com a Tina e os donos querem que ela se torne a modelo, e não ele. Com isso, Rolo só aceita com a condição de ele ser empresário da amiga com muitas exigências contratuais. No livro o código teve referência ao 'Almanaque da Mônica Nº 8' da Editora Globo de 1988, quando foi republicada pela primeira vez, com o código exatamente igual como saiu naquele almanaque, confirmando que eles não tiraram da revista original do final dos anos 70.

Já em "Tina", uma  história muda de 2 páginas em que ela vai se despedir do seu namorado no aeroporto antes de ele viajar. História por volta de 1978 e mais uma vez no código faz referência ao 'Almanaque da Mônica Nº 7' da Editora Globo de 1988, quando foi republicada, em vez de colocarem o código da revista original.

Trecho da HQ "Tão diferente do Bob!" (1984)

Muito bom esse livro, cheia de histórias clássicas que dão para ver bem as mudanças da Tina e sua turma até os anos 80 e, de quebra, conferir na capa os traços dos anos 90. Só podiam ter colocado uma sequência nas histórias, deixarem em ordem cronológica para gente acompanhar melhor ainda a evolução dos traços da Tina.

Então, esse foi o último livro  da coleção "As Melhores Historias da Turma da Mônica" da Editora L&PM que comentei. Todas as resenhas dos outros livros podem ser conferidos vendo o marcador "Editora L&PM" aqui no blog. Para quem não tem e pretende comprar, essas postagens ajudam a ver qual livro vai ter prioridade para comprar primeiro, já que sai muito caro comprar todos ao mesmo tempo. Hoje dá para encontrá-los em sites como "Mercado Livre" e "Estante Virtual", porém vendidos individualmente e dificilmente vendendo a coleção completa. Quem sabe a MSP também não resolva relançar essa coleção algum dia, só que aí espero não ter nenhuma alteração ridícula em relação a esses de 1991.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Capa da Semana: Magali Nº 23

Uma capa muito criativa com a Magali pilotando um submarino todo feito de melancia com o Mingau como passageiro, muito interessando em comer os peixes.

Tem uma curiosidade que a revista teve etiqueta de preço que ao ser retirada, descobriu-se que não colocaram preço. Normalmente quando tinham etiqueta, vinha um preço original estampado, custando mais barato, que ficava escondido, e por causa disso só foram vendidos exemplares com etiqueta.

A capa dessa semana é de 'Magali Nº 23' (Ed. Globo, Maio/ 1990). 


sábado, 21 de novembro de 2015

Edições Nº 400

Esta é a postagem "Nº 400" do blog e então vou relembrar aqui como foram as edições 400 publicadas na Editora Globo.



As revistas que chegaram a marca de 400 edições foram as do Cascão, Chico Bento (estes ainda nas suas fases quinzenais) e Magali (já na fase mensal). Foram edições absolutamente normais. Em nenhuma tiveram comemoração, nem na capa (todas com piadinhas convencionais), muito menos nas histórias de abertura e de miolo, como aconteceram nas edições "Nº 100" e "Nº 200".  Até concordo que não tenham histórias especiais comemorativas porque torna-se cansativo, mas podiam pelo menos colocar capas com alusão à marca histórica.

A seguir, comento as histórias de abertura de cada revista:

Cascão:

Chegou ao "Nº 400" na Editora Globo em maio de 2002. A capa foi com piadinha do Cascão chegar no topo da montanha antes da chuva ter caído e até que dava para fazer adaptação, colocando um "Nº 400" na bandeira no lugar de um porco. O gibi teve 6 histórias no total, contando com a tirinha final, e a história de abertura foi "A difícil arte de montar um aviãozinho".

Na trama, com 13 páginas no total, o pai do Cascão, seu Antenor, vê o filho mexendo com um aviãozinho de montar e resolve ajudá-lo. Só que seu Antenor não sabe montar e acaba se atrapalhando todo. Enquanto tenta, ele não deixa o Cascão falar o que queria, sempre interrompendo quando o filho tentava falar algo. Depois de muitas atrapalhadas do seu Antenor, como colar peças nas mãos e nos pés, deixar cair na pia do banheiro e quebrar peças importantes, ele mostra um aviãozinho montado de forma toda torta.

Trecho da HQ "A difícil arte de montar um aviãozinho" (2002)

No final, Cascão consegue avisar ao pai que tem vários aviõezinhos montados no quarto dele e que só estava usando a caixa que veio o avião para cortar papel pra fazer pipa. Seu Antenor se empolga mais uma vez, querendo fazer pipa com o Cascão, que foge e se esconde atrás de uma planta da casa, falando ao Chovinista que se o pai perguntar é para dizer que foi jogar futebol.

Trecho da HQ "A difícil arte de montar um aviãozinho" (2002)

Já o resto do gibi foi só com histórias mudas, só a tirinha com texto. Algumas curtas, outras longas demais que só serviram para encher linguiça. Nos últimos gibis quinzenais, tinham muitas histórias mudas com o gibi quase todo só com histórias sem palavras. Em alguns até as de abertura eram assim, ou senão só a abertura tinha texto e as demais mudas. E esse gibi do 'Cascão Nº 400' seguiu a mesma linha do que estava saindo. Eu já não sou muito fã de histórias mudas e encontrar um gibi inteiro só com histórias assim acho péssimo e um desperdício de papel. Eu gosto de histórias mudas até com 3 paginas, no máximo 4. Mais que isso acho enrolação. Histórias com secundários nessa edição foram com Bidu e Penadinho, sempre presentes nos gibis do Cascão, sendo que mudas também cheias de enrolação.


Chico Bento:

Foi lançada também em maio de 2002. Com a capa com piada do Chico acertando um pião na cabeça de um tatu e 6 histórias no total, a revista abre com a história "Batata Quente", com 8 páginas.

Nela. Chico assa um batata e não consegue segurá-la com as mãos causando muitas confusões. A batata quente vai parar em tudo quanto lugar, como na cabeça de um menino valentão, atrai um javali por causa do cheiro e a batata ainda vai parar nas mãos do Zé da Roça, Zé Lelé, Hiro e outros meninos da vila, que não conseguem segurá-la de tão quente estava. Até que a batata vai parar no rio, mas quando o Chico vai pegar, um peixe chega e devora toda. No final, chico vai pescar o peixe que comeu a batata dele.

Trecho da HQ "Batata Quente" (2002)

Naquela época o Chico já estava com nariz menor, como se encontra até hoje. Era bem melhor quando o Chico tinha narigão. As outras histórias dos gibis todas normais também, sendo 2 delas foram mudas longas demais, com 5 páginas cada uma, com muita encheção de linguiça tão comum na época. Histórias com secundários teve uma do Papa-Capim, que sempre tinha histórias nos gibis do Chico.

Trecho da HQ "Batata Quente" (2002)

Magali:

Lançada em setembro de 2006, com capa com piada da Magali comendo milho no lugar de tocar gaita, já compreendeu a fase mensal da revista da Magali (que começou em 2003) e por isso foram 6 anos para atingir a marca, já que a "Nº 300" saiu em 2000. As revistas quinzenais levavam 4 anos para atingir 100 edições, enquanto que as mensais, são 8 anos.

A história de abertura foi "Tem ração nova no almoço", com 10 páginas, em que o Mingau está com fome e Magali dá para ele a ração "Gatex" de sabor gengibre com jiló em vez da ração "Friscas". O gato não gosta da mudança de cardápio e vai fazer queixa com a Magali, que explica que só tem aquela ração para ele comer e vai ter que comê-la ou senão passa fome. 

Trecho da HQ "Tem ração nova no almoço" (2006)

Mingau tenta fazer greve de fome por causa disso, mas não dura mais que 5 minutos e tenta provar a ração. Ele pega uma e acha horrível, mas o estômago ronca e ele come tudo. Logo depois o estômago ronca de novo e ele vai pedir mais ração para Magali e come tudo. No final, com o estômago satisfeito, dá vontade de cagar, mas quando o Mingau vê que a areia da caixinha dele é diferente, se recusa a cagar, mesmo com muito vontade.

Trecho da HQ "Tem ração nova no almoço" (2006)

Esse gibi teve 8 histórias no total. Não tiveram mudas, porém poucas histórias protagonizadas pela Magali. Foram só 3 e mais uma tirinha, sendo que a de abertura ela dividiu o espaço com Mingau. Tiveram histórias de secundários com Tina e Penadinho. Quando o gibi da Magali se tornou mensal, passaram a ter histórias com as turmas da Tina e do Penadinho como secundários fixos, coisa que não tinha na sua fase quinzenal, que só tinha histórias solo do Dudu e Mingau, que fazem parte da turma da Magali. Com isso, passaram a ter menos histórias da Magali em seu próprio gibi, porque além de Tina e Penadinho, ainda tinham histórias do Mingau e Dudu, sendo que o Mingau, inclusive, estava aparecendo demais e tomando conta dos gibis da Magali.

A história mais marcante do gibi foi a de encerramento, "Histórias de gato", outra história do Mingau longa, com 18 páginas no total, com o Mingau indo para Florianópolis até à casa do roteirista Paulo Back para ver se escreveria história dele e Mingau contracena praticamente a história toda com os gatos do Paulo Back.

Trecho da HQ "Histórias de gato" (2006)

Então, essas foram as edições de "Nº 400", que só valem a pena ter pelo valor do número histórico. Não foram nada de especiais, seguindo o estilo da época, com direito a muitas histórias mudas cheias de enrolação. Sempre lembrando que comentei sobre os gibis que alcançaram a marca de 400 edições na Editora Globo, porque na realidade esses gibis do Cascão e Chico já eram as de "Nº 514", contando com os exemplares da Editora Abril, e apenas Magali que foi a verdadeira "Nº 400".

Se a MSP não reiniciasse a numeração quando mudaram de editora, as verdadeiras números 400 que saíram na Editora Globo foram: 'Cascão Nº 286' (de 1997), 'Chico Bento Nº 286' (de 1998), 'Mônica Nº 200' (de 2003) e 'Cebolinha Nº 232' (de 2005). As do Cascão e Chico tiveram essa diferença de anos porque a do Cascão foi a última de 1997 e a do Chico foi a primeira de 1998 por causa de calendário. Em uma semana chegava Cascão, na outra Chico. Abaixo, mostro as capas das verdadeiras números 400, juntando as Editoras Abril e Globo:

Capas da Globo: 'Cascão Nº 286' (1997), 'Chico Bento Nº 286' (1998), 'Mônica Nº 200' (2003) e 'Cebolinha Nº 232' (2005)

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Tirinha Nº 32: Cascão

O Cascão tinha suas moscas de estimação que muitas vezes ajudavam a escapar do banho. Eram muito comum histórias e capas com ele e suas moscas. Essa tirinha muda retrata isso, com o Cascão vendo um riacho e para poder atravessar as suas moscas companheiras ficaram aos seus pés para ele poder voar até o outro lado. Muito legal.

Tirinha tirada de  'Almanaque do Cascão Nº 8' (Ed. Globo, 1989).


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Capa da Semana: Chico Bento Nº 179

Nessa capa. como o galo não cantou na hora certa por dormir além da conta, o Chico dá uma bronca nele mostrando que é de manhã e ele passou da hora. Muito bem desenhada e com um belo cenário da roça ao fundo e um nascer do Sol e engraçado o galo com pijama e acabando de acordar.

A capa dessa semana é de 'Chico Bento Nº 179' (Ed. Globo, Novembro/ 1993).


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Cebolinha e a turma: HQ "Marcados para morrer"

No dia de sexta-feira 13 mostro uma história de terror de quando Cebolinha, Mônica e Magali foram ameaçados de morte. Ela tem 15 páginas no total e foi publicada em 'Cebolinha Nº 68' (Ed. Globo, 1992).

Capa de 'Cebolinha Nº 68' (Ed. Globo, 1992)

Nela, o Cebolinha está brincando de carrinho em casa quando tocam a campainha. Quando ele atende, não vê ninguém e fica brabo, voltando para dentro de casa. Mas, percebe que tinha um bilhete pendurado no lado de fora da porta e vai ver. O bilhete diz; "Cebolinha! Prepare-se! Essa noite será o fim!", sem assinatura e só com uma mancha vermelha.


Cebolinha acredita, então, que está marcado para morrer, que nem os filmes de detetive a que ele assiste e sai correndo desesperado para a cozinha se esconder debaixo do avental da sua mãe. Ele diz que está marcado para morrer e Dona Cebola não acredita, mandando sair da cozinha porque ela tem muito o que fazer.


Na rua, Cebolinha reclama que as mães nunca levam os filhos a sério, quando encontra a Magali, que pergunta se ele está falando sozinho e oferece salgadinho que ela está comendo, que acaba comendo todos de uma vez só antes dele dá a resposta. Cebolinha diz que está marcado para morrer, que deixaram um bilhete na porta dele. Magali pergunta quem poderia querer matá-lo e Cebolinha diz que um supercriminoso vindo do futuro para acabar com ele antes de se tornar um grande detetive que vai ser, ou o Marcão da rua de cima que descobriu que ele roubou no jogo de bafo. 


Magali acha muita besteira e Cebolinha pergunta o que ela faria se estivesse marcada para morrer. Ela diz que aproveitaria o tempo que restasse para encher a cara de melancia. Cebolinha, brabo, fala que ele está falando sério, aí ela diz que talvez contratasse alguém para protegê-la. Cebolinha tem a ideia, então, de chamar a Mônica e vai embora. Magali o chama de bobinho, que só ele para acreditar naquela besteira toda e vai para casa. Chegando lá, ela encontra também um bilhete na porta com mancha e com a mesma mensagem: "Magali! Lembre-se! Essa noite será o fim!" e ela desmaia.


Enquanto isso, Cebolinha vai atrás da Mônica, que dá uma coelhada nele quando se aproxima da casa dela e pergunta quem vem vindo. Cebolinha pergunta porque atirar primeiro e perguntar depois. Mônica, com cara de medo, diz que todo cuidado é pouco. Cebolinha diz que a chamou para protegê-lo, mas Mônica diz que não vai dar porque está muito ocupada, protegendo a ela mesma. Ela diz que recebeu um bilhete ameaçando que está marcada para morrer. Cebolinha diz que também recebeu, quando Magali aparece aflita cheia de melancias. Ela diz que não tem tempo para conversar porque tem que aproveitar para comer tudo que puder porque está sendo ameaçada de morte.


Cebolinha diz que está todo mundo correndo perigo e eles têm que ficar juntos para ser mais difícil serem pegos de surpresa. E vão conferir se mais alguém da turma está sendo ameaçado. Eles vão na casa do Cascão e levam o maior susto quando vê o quarto cheio de marcas de sangue. Eles ficam desesperados com o fato do assassino ter chegado lá primeiro e liquidado o Cascão. Mônica e Magali tentam desmaiar, mas o Cebolinha diz que é melhor não porque está anoitecendo e não podem deixar o assassino pegá-los. 


Eles correm para a casa do Cebolinha e chegando lá, ele pede para Dona Cebola levar o jantar na sala porque é mais fácil de fugir, com Dona Cebola não entendendo nada. Quando ela leva o jantar, encontra os 3 enrolados em um cobertor e cheios de apetrechos como rolo de macarrão para poder pegar o assassino e manda a mãe deixar os pratos na mesa de centro. Cebolinha tenta dar ordem de irem devagarinho pegar a janta, mas Magali corre para comer. Cebolinha a manda voltar para o posto dela, que recusa porque aquela pode ser a sua última refeição.


Mônica tenta ligar a televisão para relaxar, mas Cebolinha não deixa porque eles não podem distrair um segundo sequer. Os 3 voltam ao posto com missão de vigiar a porta, se caso o assassino chegar, eles atacarem. Passam as horas, até que de repente aparece um vulto. Eles partem para cima a vassouradas, mas quando veem, era o pai do Cebolinha, Seu Cebola, que estava querendo dar boa noite a eles. Cebolinha diz ao pai que pensavam que era o assassino sanguinário.


Seu Cebola vai embora e eles voltam ao posto, reclamando se o assassino não virá, que não aguentam mais olhar para a porta. Eis que surge uma voz tenebrosa, perguntando se estão esperando por ele. Quando olham a janela, eles gritam de susto com o vulto de um cara com uma faca na mão. Eles se ajoelham e imploram para poupá-los, para não fazer nenhum mal e querendo saber o que quer com eles. Fala que é para eles ligarem a televisão e quando veem era o Cascão com capa de chuva e guarda-chuva, falando que não dá para ficar na frente da TV com ela desligada.


A turma fica feliz que ele ainda está vivo e perguntam como ele escapou do assassino. Cascão diz que não sabe do que estão falando. Ele fala para depois explicarem porque era o dia do último capítulo do seriado "O Caso da Mancha Vermelha". Cebolinha diz que nem lembrava disso e Cascão pergunta se eles não viram os bilhetes que havia deixado nas portas deles que hoje à noite seria o fim e que até colocou uma mancha vermelha para entenderem. Como a TV do Cascão estava quebrada, ele teria que assistir na casa de um deles. Mônica pergunta que manchas vermelhas eram aquelas no quarto dele e Cascão diz que a caneta estourou na hora que estava escrevendo os bilhetes e sujou tudo, tentou limpar com as mãos, mas piorou ainda mais e a mãe dele ficou uma fera.


Mônica, Cebolinha e Magali ficam brabos e tentam partir pra cima dele. Logo depois, um telefone toca. Era o Cascão telefonando para polícia falando que estava marcado. O policial pergunta se está marcado para morrer, e Cascão diz que era marcado para apanhar, com ele escondido e a turma atrás dele superbrabos, terminando assim.


Essa história é muito engraçada e bem bolada. É de rachar de rir com eles pensando que vão morrer por causa de um bilhete de um assassino sanguinário e as mil coisas que imaginam por causa disso. Muito boa a cara deles quando pensam que o Cascão foi assassinado e quando aparece o vulto na janela do suposto assassino antes de revelar que era o Cascão dava até pra pensar que era mesmo.  

Tiveram uns pequenos erros com palavras "Grrr" e "Iiiirrc" do Cebolinha saindo com "R" e poderiam ter pintado a mancha dos bilhetes de vermelho para condizer com a história. Na postagem a coloquei completa. Ela é impublicável pelo tema ser sobre ameaça de morte e os personagens envolvidos com assassino sanguinário e querendo reagir, mesmo que seja de brincadeira não é permitido isso atualmente.


Os traços foram sensacionais, com contornos bem grossos e com direito a só com as sobrancelhas nos olhos, sem deixar com fundo branco, em alguns quadrinhos, com a finalidade expressar sentimento com intensidade, como só com riscos no olho para demonstrar que estavam emocionados ou bem tristes ou com uma curva para baixo no meio dos olhos para demonstrar que estava com muita raiva. Legal também colocarem só o rosto do Cebolinha em um dos quadrinhos da 2ª página (página 4 do gibi) para demonstrar o desespero dele. Ficou bem diferente isso. A arte no título foi ótima também, com um ar de filme de terror.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Almanaque Temático Nº 36 - Mauricio com a Turma


Nas bancas o "Almanaque Temático Nº 36 - Mauricio com a Turma", uma edição especial que faz parte das comemorações do seu aniversário de 80 anos. Nessa postagem comento sobre essa edição.

Além de vários livros lançados recentemente vendidos em livrarias  para a comemoração dos 80 anos do Mauricio de Sousa, como "Mauricio, O Início", "Coleção Histórica Bidu e Zaz Traz", reedição do "Mauricio Biografia em quadrinhos" e "Memórias do Mauricio", criaram também esse especial do Almanaque Temático para as bancas. A ideia foi boa e até se torna um tema diferente para o Almanaque Temático, que andam repetindo muito, embora teve recentemente a edição "Turma da Mônica Extra Nº 12 - Mauricio de Sousa" em 2013, republicando histórias com presença dele. E com os preços dos livros caros demais, é a chance do grande público ter um especial em homenagem ao Mauricio.

Com a distribuição péssima da Panini, esse Temático chegou nas bancas, só dia 30 de outubro depois do dia do aniversário do Mauricio, que foi dia 27. O ideal era ter chegado uma semana antes do aniversário, ou no máximo exatamente no dia 27. Sem contar que normalmente os almanaques temáticos costumam chegar por volta do dia 20, ou seja, foi um atraso bem grande.

Essa edição teve histórias de todas as fases da Editora Globo entre 1987 a 2006. Legal que dá para ver os diversos estilos de traços que o Mauricio teve como personagem de história em quadrinhos. A história de abertura foi "Um aniversário festejado" (MN # 232, de 2005), como já era de se esperar. Nela, os personagens criam vida e vão festejar o aniversário do Mauricio junto com ele, desde com traços dos anos 60 e vão evoluindo até chegar os traços atuais até então. Essa, inclusive, teve uma curiosidade na época, que foi feita em segredo, e só mostraram para o Mauricio quando a revista estava prestes a ser lançada. 

Trecho da HQ "Um aniversário festejado"

No geral, as histórias desse Almanaque Temático foram tiradas de gibis da Mônica, Cebolinha e Parque da Mônica, e não tiraram de gibis do Cascão, Magali e Chico Bento. Além de histórias com a Turma da Mônica, tiveram também algumas com outros núcleos como Rolo, Penadinho, Horácio, Astronauta, Bidu e Piteco. Uma pena que não teve nenhuma com o Chico Bento e nem com o Cascão, nem que fosse para o Mauricio aparecer só no final. Histórias do Cascão com o Mauricio eram bem engraçadas.

Porém, o problema maior desse almanaque foi que prevaleceram histórias com ele aparecendo no final, ou participação rápida só na última página ou no último quadrinho. Se é uma edição especial em homenagem ao Mauricio, seria mais natural ter mais histórias com ele interagindo mais com os personagens, com ele sendo o protagonista. Com isso, muitas histórias com ele aparecendo mesmo das histórias ficaram de fora, como: "O menino que odiava cebola" (CB # 29, de 1989), "Lugar perigoso" (CC # 94, de 1990), "Mauricio apresenta Mauricio" (CHB # 109, de 1991), "O sugador de inspiração" (MN # 85, de 1994), "O quintal perdido" (PMN # 47, de 1996), entre outras.

Para ter uma ideia, de 24 histórias no total (contando com a tirinha final), em 18 delas foram com ele aparecendo só no final e em 11 dessas com ele participando só no último quadrinho. Foram apenas 3 com ele sendo protagonista e interagindo mais com a turma. Muito pouco. Em 2 histórias o Mauricio simplesmente não apareceu. Uma protagonizada pelo roteirista Rubão, "Como surgem as histórias?" (MN # 73, de 1993) em que mostra como surgem as inspirações dos roteiristas para criarem as histórias através de situações do cotidiano. Com detalhe que o Rubão não é mais roteirista da MSP atualmente. Pelo menos é uma história com espécie de bastidores do estúdio.

Outra que o Mauricio não apareceu foi na história do Titi, "Sogros e cunhados" (PMN # 18, de 1994). Nela, o Titi tem que explicar para a Aninha por que ele está sendo chamando de genro e cunhado pelos outros que o encontram na rua se a Aninha não os conhecem. Essa não entendi por que republicaram nessa edição se o Mauricio não apareceu. Ele só foi citado quando o Titi falou "São Mauricio" para poder ajudá-lo a sair da enrascada com as meninas. Essa história é bem legal, mas nada a ver para um especial que tem como foco o Mauricio.

Trecho da HQ "Sogros e cunhados": Mauricio não apareceu

Tiveram 2 historias com os filhos do Mauricio ainda crianças, Marina, Mauro e Mauricinho, que inspiraram Marina, Nimbus e Do Contra, respectivamente, com eles aparecendo no último quadrinho. Antes de virarem personagens, eles apareciam de vez em quando em histórias metalinguísticas para mostrar o cotidiano do Mauricio com a esposa Alice e os filhos pequenos. Já tiveram algumas com eles ainda bebês, sendo amamentados e à medida que iam crescendo eles ficavam maiores nas histórias até quando viraram personagens oficiais. Então, nessa edição as histórias com eles ainda crianças foram: "A futura geração" (MN # 56, de 1991, em que são mostrados desenhos estranhos dos personagens na história) e "Os solteiros" (PMN # 16, de 1994, em que mostra o sufoco de personagens que não querem se casar).

Tiveram outras histórias bacanas como "A força da Mônica" (MN # 6, de 1987) em que a Mônica é chamada para ajudar as pessoas a resolver situações que envolvem a sua força absurda; do Astronauta, "O planeta da burocracia" (MN # 28, de 1989), em que o Astronauta tem que passar por várias burocracias como passar por setores, entregar documentos, enfrentar filas, entre outros, para poder salvar o rei; "A personagem secundária" (por volta de 2006), em que a Denise vai tomar satisfação com o Mauricio por que ela é uma personagem secundária. E o almanaque termina com a história "Rainha por um dia" (MN # 187, de 2002), muito boa em que o Mauricio fica doente e a Fátima, coordenadora do estúdio, pede que a Mônica tome conta do estúdio da MSP, com a ajuda da turma toda.

Trecho da HQ "O planeta burocracia"

Já histórias que foram republicadas em "Turma da Mônica Extra Nº 12 - Mauricio de Sousa" foram só a "Momentos de inspiração" (MN # 91, de 1994), em que Mauricio come tudo que vê pela frente, e a tirinha final (MN # 4, de 1987), que insistem sempre colocá-la, como se existisse só aquela com presença do Mauricio. De fato, poucas tirinhas com o Mauricio, mas lembro de pelo menos 2 diferentes dessa em gibis.

Em relação a alterações comparando os gibis originais tiveram várias. É difícil não ter algum almanaque que não tenha alguma alteração e os temáticos são os que têm mais mudanças, até porque têm mais páginas. Algumas muito bobas por sinal e que nem sei qual motivo para tais mudanças.

Na história de abertura, mudaram a vela, que era comemorado o aniversário de 70 anos na original e agora mudaram para 80 anos para seguir a data atual. Essa mudança até já era de se esperar, embora não acho certo. Se almanaques são republicações de histórias antigas, acho que tinham manter as datas originais e, não, fingir que são histórias inéditas. Nessa história também mudaram a cor da pele de um funcionário que apareceu branco na original e agora mudaram para negro.

Comparação da HQ "Um aniversário festejado": número da vela mudado

Em "Cadê a boca" (MN # 27, de 1989, em que a Magali acorda sem boca do nada e por isso ela e a Mônica tentam procurar a boca pelo bairro do Limoeiro), mudaram a fala da Mônica. Na original, ela diz "Minha nossa! Sua boca sumiu!" e agora mudaram para "Meu Deus!". Sinceramente não entendi o por quê dessa alteração. Não faz sentido nenhum mudarem isso. Mudaram só pelo prazer de mudar o conteúdo da história. Só pode.

Comparação da HQ "Cadê a boca": fala da Mônica mudada

Em "Como dizer?" (PMN # 27, de 1995, em que o Humberto tenta alertar o perigo para os seus amigos), teve a mudança clássica de colocar cartaz no muro onde não havia na original. Eles sempre mudam isso nas republicações de histórias antigas porque os personagens não podem mais rabiscar nos muros. E a cor do muro foi mudada também.

Comparação da HQ "Como dizer?": muro com cartaz na republicação

Em "Marina, me faz um desenho?" (MN # 105, de 1995, em que a turma pede para marina fazer desenho pra eles), tiveram várias mudanças de tons de colorização, como a cor dos cabelos da Denise e Aninha que eram mais com um marrom mais claro na original. Isso sempre fazem, como aconteceu também na história "Sogros e cunhados" com Aninha com cabelo em tom diferente). Também tiraram o degradê característico em todos os quadrinhos das histórias do 2º semestre de 1995.

Pior mesmo foi que mudaram a boca da Denise no primeiro quadrinho dessa história. Na original, ela falava de boca fechada e agora colocaram ela com boca aberta porque hoje eles não querem esse erro de personagens falando de boca fechada como eram nos gibis antigos. O que dá para entender mesmo é que a intenção na original era a Magali que devia estar falando e colocaram o balão apontando para Denise sem querer. Então, se fosse para mudar, que redimensionava o balão para Magali. Seria menos pior, embora acho que não teria que mudar nada. Adorava esses erros dos personagens falando de boca fechada.

Comparação: Sem degradê e Denise com boca aberta na republicação

Nessa mesma história ainda mudaram a Denise falando que era para Marina desenhar um garoto ao lado da mocinha em vez de um homem, como foi no gibi de 1995. Como assim!? Qual o problema da Marina desenhar uma mocinha do lado de um homem? Nada a ver também essa mudança. Lamentável.

Comparação: Fala da Denise mudada na republicação

Na história "Piteco O Desenhista" (CB # 79, de 1993), em que o Piteco desenha na caverna toda a sua caçada) teve mudança linguística. Na original, o Piteco falava "tigre dente-de-sabre e mudaram para "tigres-dentes-de-sabre" e, com isso, tirando a informalidade das histórias em quadrinhos. Além disso, o bonequinho na original saiu borrado e agora redesenharam com olhos certos.

Comparação da HQ "Piteco O Desenhista": fala mudada e desenho sem borrão na republicação

Na tirinha no final, tiraram o nome da Mônica no alto e ampliaram os desenhos, como estão fazendo em todos os almanaques e na Coleção Histórica desde que os gibis reiniciaram as numerações em maio de 2015, só para ficar igual aos gibis atuais. Nos gibis atuais dá para aceitar isso, mas mudar nos almanaques e Coleção Histórica é completamente desnecessário.

Então, esse Almanaque Temático não teve nada de especial e ficou muito a desejar com poucas histórias protagonizadas pelo Mauricio de Sousa e interagindo com a turma, dá para contar o número de páginas que ele apareceu no almanaque todo. A edição "Turma da Mônica Extra Nº 12 - Mauricio de Sousa" teve histórias melhores. E essas alterações ridículas e sem sentido só pioraram. Vale mesmo para ter na coleção uma edição comemorativa pelo aniversário dele, mas conteúdo podia ter sido melhor.