segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Capa da Semana: Cebolinha Nº 91

As fábulas famosas sempre tiveram presença nos gibis da Turma da Mônica, com paródias tanto em histórias quanto em capas também. Essa capa que eu mostro retrata isso, com a Mônica encarnando a Bela Adormecida pensando que ia ganhar um beijo do Príncipe Cebolinha, que providencia tocar um despertador para acordá-la e não precisar beijá-la.

A capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 91' (Ed. Globo, Julho/ 1994).


sábado, 29 de agosto de 2015

Capas Semelhantes (Parte 12)

Nessa postagem de capas semelhantes, mostro 5 capas, sendo 2 delas do Cascão, 2 do Chico Bento e 1 da Magali. Todas da Editora Globo, com a exceção as do Cascão em que as originais envolvem a época da Editora Abril e a última do Chico Bento que é da Editora Panini.

Cascão Nº 81 X Cascão Nº 16

Cascão voando para não entrar na água. A diferença entre elas é que na 1ª versão, que saiu em 'Cascão Nº 81, de 1985, o Cascão voa em cima de um ribeirão e o Cebolinha é quem está nadando enquanto que na 2ª versão, de 'Cascão Nº 16', de 1987, Cascão está em um clube, voando depois de saltar de um trampolim, e todos os personagens que aparecem são figurantes. 



Cascão Nº 96 X Cascão Nº 157

Cascão pedindo autógrafos para os garis. Na versão original, de 'Cascão Nº 96', de 1986, os garis estão dando autógrafos e gostando da atitude do Cascão. Já na versão publicada em 'Cascão Nº 157', de 1993, o Cascão está correndo para conseguir o autógrafo do gari, que não entende nada.



Chico Bento Nº 49 X Chico Bento Nº 458

O peixe que o Chico acabara de pescar posa sorridente para a foto. Foi publicada primeiro em 'Chico Bento Nº 49' de 1988, com o Chico e o Zé Lelé estranhando o peixe posar e fizeram uma nova versão em 'Chico Bento Nº 458', de 2006, sendo dessa vez eles estão em um concurso de pesca, o peixe é gigante e só o Zé Lelé estranha o peixe posando, com o Chico agindo normal, como se fosse amigo do peixe



Chico Bento Nº 66 X Chico Bento Nº 3 

Chico em um barco fica entediado porque nenhum peixe morde a isca enquanto o seu acompanhante dá comida para os peixes. Na versão original, de 'Chico Bento Nº 66', de 1989, é a Rosinha quem está dando migalhas do seu pão para os peixes e na 2ª versão, de 'Chico Bento Nº 3, de 2007, é o Zé Lelé quem joga minhocas. 

Curiosamente essa é uma das raras capas da Panini que tiveram piadas. É que nos primeiros números dos gibis do Chico Bento e da Magali ainda tinham, provavelmente porque já estavam prontas antes da transição das editoras e então só aplicaram efeitos de sombras para se adequar ao estilo da nova editora.



Magali Nº 5 X Magali Nº 305

Magali e Mônica brincando em uma gangorra alimentícia. Saiu primeiro em 'Magali Nº 5', de 1989, com a gangorra sendo uma melancia gigante e na 2ª versão, de 'Magali Nº 305', de 2001, o balanço foi uma banana. Interessante que nas 2 capas a Magali está com uma mão para cima e o fundo foi rosa. 



Dessa vez as capas do Cascão eu gostei mais as das segundas versões de cada uma, já as outras eu achei melhor as primeiras versões de cada. E, para constar, a capa do gibi do 'Cascão Nº 96' da Editora Abril e as dos gibis de 2001 em diante foram tiradas da internet porque eu não tenho. Em breve posto mais capas semelhantes no Blog.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Livro L&PM: As Melhores Histórias do Chico Bento


Nessa postagem mostro como foi o livro "As Melhores Histórias do Chico Bento", da coleção da editora L&PM lançado em 1991.

Esse livro tem formato de 21 X 28 cm, 52 páginas e papel de miolo off-set, tanto na versão capa cartonada quanto capa dura. Na capa, sempre com o personagem em uma situação ou com um objeto que tem a ver com sua personalidade, o Chico está ao lado de um passarinho, representando o seu universo rural. Ficou muito legal.

O frontispício com o título "Bão mermo é lá na roça", fala do tranquilo cotidiano do Chico na roça e que o personagem foi inspirado no tio-avô do Mauricio. Na página de evolução, mostra 2 imagens do Chico Bento. sendo uma de quando ele foi criado, em 1961, e outra dos anos 80, mais precisamente tirada da capa de 'Chico Bento N º 47' (Ed. Abril, 1984).

Evolução do Chico Bento

Em seguida, as histórias republicadas. Foram 9 histórias no total entre 1973 a 1984, que dessa vez seguiram uma ordem cronológica e, como de praxe, sem alterações em relações às originais, preservando, inclusive os códigos, quando tinham. Nas histórias dos anos 70 com o Chico falando certo e nas dos anos 80 com os primórdios do caipirês, tudo exatamente igual como foram nos gibis originais. 

A maioria foram tiradas de gibis do Cebolinha e só 3 histórias dos anos 80 foram tiradas dos gibis do Chico Bento. Dá para notar também que histórias com o Zé da Roça foram a maioria, com 5 no total. O Zé da Roça foi o primeiro personagem criado desse núcleo, junto com o Hiro e só depois de um tempo que criaram o Chico, que era coadjuvante no início e depois se tornou o protagonista do núcleo rural. Então, era comum o Zé da Roça aparecer muito com o Chico Bento nas primeiras histórias dos gibis dos anos 70 e era ele quem fazia a duplas dos caipiras atrapalhados e lerdos.

A relação de histórias republicadas (todas da Editora Abril), com número da edição e ano foram essas:
  1. Eu quero dormir (CB # 6, de 1973)
  2. Chico Bento
  3. O Saci (CB # 8, de 1973)
  4. Vamos pegar goiaba (CB # 9, de 1973)
  5. Ó, chuva danada! (CB # 15, de 1974)
  6. Ou nós acabamos com as formigas... (CHB # 36, de 1983)
  7. O trabalho enobrece (CB # 143, de 1984)
  8. Garoto nota dez (CHB # 43, de 1984)
  9. Quem paga o pato? (CHB # 51, de 1984)

Começa com "Eu quero dormir", em que o Zé da Roça vai dormir na casa do Chico, que não consegue pegar no sono e tenta fazer de tudo para dormir. Mostra um Chico lerdo, bem ao estilo do Zé Lelé, que ainda não havia sido criado ainda naquela época. Na história sem título de 2 páginas que vem em seguida também mostra esse lado lerdo do Chico, com ele tentando pescar. Zé da Roça aparece no quadrinho final.

Trecho da HQ "Eu quero dormir" (1973)

Em "O Saci", mostra o Chico querendo caçar um saci que havia surgido na região. Representa histórias do Chico contracenando com seres do folclore brasileiro, muito comum nas histórias dele. Vó Dita participou dessa história e dá para notar que ela era desenhada bem diferente do que a gente vê hoje.

Trecho da HQ "O Saci" (1973)

Em "Vamos pegar goiaba", Chico tem que pegar goiaba para sua mãe e Zé da Roça mostra que pegar goiaba do pomar do seu João é melhor. Apareceu um Seu João, de quem o Chico tentava pegar goiaba quando o Nhô Lau não existia. Provavelmente essa foi a sua única aparição. E curioso também não mostrar o rosto da mãe do Chico, com ela aparecendo só de costas.

Já  na história "Ô chuva danada",  Chico e Zé da Roça fazem a dança da chuva ao contrário para ver se acabava o temporal na roça, também tudo de uma forma bem atrapalhada e lerda, como prevalecia suas histórias nos anos 70.

Trecho da HQ "Ô chuva danada!" (1974)

Em seguida começa as histórias dos anos 80, começando com "...Ou nós acabamos com as formigas..." em que Chico reclama que as formigas estão acabando com as plantações da roça e enquanto seu pai prepara um veneno para acabar com elas, Chico e Zé da Roça passam a caçar içás perto do formigueiro para comerem. Mais uma vez presença do Zé da Roça, que foi bom para comparar a diferença dos traços da dupla nos anos 70 e 80.

Recentemente essa história foi republicada na 'Coleção Histórica Nº 36' onde avacalharam com essa história, mudando todo o texto dela, não só o caipirês (que foi adaptado para deixar igual aos gibis atuais), como mudar certas palavras que a MSP achou incorretas, como mudar "disgramada" para "danada" e "bundinha" para "rabinho", entre outras mudanças. Ficou uma história toda zoada na CHTM 36, assim como o texto de todas as histórias daquele gibi. 

Já nesse livro "As Melhores Histórias do Chico Bento" não só o texto ficou tudo igual, deixando o código e o "1983 Mauricio de Sousa Produções" no rodapé, exatamente igual à original, indicando que foi história de abertura. Então nesse livro é uma forma de ler essa história com o seu texto original.

Trecho da HQ "...Ou nós acabamos com as formigas..."

Em "O trabalho enobrece", a Rosinha manda o Chico trabalhar no roçado em vez de ficar dormindo o dia todo. Representa história do Chico com a Rosinha, além de mostrar o lado preguiçoso do Chico. Já em "Garoto nota dez", Chico comemora que finalmente tirou nota dez na prova, querendo mostrar a notícia para os seus amigos, mas todos estão cabisbaixos, cheios de problemas, que corta o seu clima de felicidade.

O livro termina com a incorreta "Quem paga o pato?" em que o Chico mata um pato em uma caçada, mas se arrepende quando vê que deixou 3 patinhos órfãos e passa a cuidar deles. Representa histórias sobre ecologia, com um detalhe de mostrar o Mauricio no final achando que a história foi piegas demais e manda o roteirista reescrever a história. Outros tempos. Hoje em dia o Mauricio iria aceitar o primeiro final.

Trecho da HQ "Quem paga o pato?" (1984)

Como pode ver é um livro muito bom, pena que não teve nenhuma história com o Zé Lelé, o primo Zeca da cidade e o Nhô Lau. Como o livro só tem 52 páginas, não dá para colocar todos os personagens do núcleo do Chico. Nota-se também que teve bastante histórias de 1973 com o Zé da Roça e acho que podiam ter colocado alguma história da 2ª metade dos anos 70 no lugar de uma dessas, até para mostrar os traços superfofinhos e a chance de ter alguma história com o Zé Lelé, pelo menos. Mesmo assim vale muito a pena ter esse livro na coleção, afinal tem muitas histórias clássicas dos anos 70. Foi uma bela comemoração dos 30 anos de criação do Chico Bento até então. Recomendo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Capa da Semana: Magali Nº 110

Uma capa muito legal com a Magali passando dia no sítio e na hora de dar milho para as galinhas, ela come tudo e só deixa só um milho da espiga para a galinha, que fica com muita raiva. De curiosidade, essa foi a primeira capa da Magali que teve código de barras.

A capa dessa semana é de 'Magali Nº 110' (Ed. Globo, Setembro/ 1993).


sábado, 22 de agosto de 2015

Rolo: HQ "Para impressionar"

Mostro uma história de quando o Rolo passou sufoco por não ter dinheiro para pagar a conta do restaurante quando saiu com uma garota. Ela tem 8 páginas e foi publicada originalmente em 'Mônica Nº 184' (Ed. Abril, 1985).

Capa de 'Mônica Nº 184' (Ed. Abril, 1985)

Nela, Rolo está com uma nova paquera, a Claudinha, e os 2 saem juntos pela primeira vez. Rolo convida Claudinha para comerem na "Cantina da Terezona", um restaurante do bairro, e ele fica pensando que tem que impressionar a Claudinha porque só assim ela vai querer namorá-lo. E ainda comenta que está com pouco dinheiro, mas como a Claudinha é tão magra que acha que ela não vai comer tanto.


No restaurante, eles se sentam e Rolo pede que a Claudinha faça o pedido primeiro. Ela só pede um sanduíche, falando que está de regime. Rolo fica aliviado com o pedido, só que para ser educado ele diz que ela não precisa de regime e insiste que ela peça mais alguma coisa. Foi o suficiente então para que Claudinha pedisse batata sautees, frango gratinado, sufle de queijo, caviar e risoto de camarão, com a sobremesa pedindo depois. O garçom abre um sorrisão de orelha a orelha, mas Rolo fica passado com o pedido dela, afinal ele não tem dinheiro para pagar.


O garçom pergunta o que o Rolo vai querer e ele, desnorteado, sem saber o que fazer, diz que queria o mesmo, piorando a sua situação. Enquanto comem, ele fica pensando que está perdido, que acabou a chance de conquistar a Claudinha e se desespera mais quando lembra da hora da conta chegar, que vai ser o maior vexame. Claudinha interrompe, perguntando se a comida não está boa porque está com uma cara esquisita. Rolo diz que está deliciosa e se levanta falando que vai ao banheiro, e sai correndo para rua, com ela fala que o banheiro era do outro lado.


Na rua, Rolo tenta arrumar um jeito para pagar a conta e encontra o Jaime, o namorado da Tina. Rolo fala que só ele pode ajudá-lo e pergunta se está tudo bem. Jaime diz que não porque ele foi com a Tina a um restaurante e ela pediu até o que não tinha e ele ficou liso, sem dinheiro nenhum. Jaime pergunta, então, o que o Rolo queria, e ele diz só para esquecer, afinal o Jaime passou pela mesma situação que estava passando.

Logo depois, Rolo encontra a Pipa e fala que caiu do céu e começa a contar que ele está saindo com a Claudinha e a convidou para almoçar. Pipa não deixa terminar e já vai dizendo que elas são vizinhas e muito amigas. Então, Rolo desiste de pedir dinheiro, com medo da Pipa contar tudo para Claudinha. Ele lembra que a Tina naquela hora estava na escola e o Zecão havia pedido dinheiro para ele ontem. Como não tinha mais ninguém para pedir dinheiro, Rolo volta ao restaurante, já se conformando em lavar os pratos.


Chegando lá, Claudinha já havia pedido mousse de damasco com licor de sobremesa, outro prato caro para ele pagar. Enquanto come, Rolo pensa que ainda há uma saída e arma um plano de estar passando mal por causa da comida para ver se não paga a conta. O garçom fica aflito e a Claudinha o manda chamar uma ambulância. Enquanto Rolo está baixado fingindo estar passando mal, uma nota de 50 mil cruzeiros voa no chão e ele fica aliviado que agora pode pagar a conta e não precisar mais fingir.


Nessa hora, aparece os enfermeiros para levar o Rolo de maca e um advogado perguntando se não quer que processem o restaurante. Rolo fala que já passou e está tudo bem agora, deixando os enfermeiros e o advogado com raiva e o garçom aliviado. Depois, o garçom pergunta se ele quer mais alguma coisa. Rolo diz que quer 2 cafezinhos e a conta. Enquanto tomam café, Claudinha comenta que ele está melhor e ficou preocupada. Ele diz que foi só olhar para ela que sarou num instante, quando neste momento chega a conta, que saiu por 100 mil cruzeiros. Rolo leva um susto com o valor e como ele só tinha 50 mil, o jeito foi fingir passar mal de novo para não pagar, terminando assim. 


Essa história é muito engraçada, mostrando verdadeiro Rolo e toda a confusão que passa com suas namoradas. Dessa vez passou constrangimento com uma garota que comia demais e ele não tinha grana para pagar. Ele quis impressioná-la e acabou se dando mal. Legal nessa história, que coloquei completa na postagem, que é uma situação que pode acontecer com qualquer um na vida real. Muito bom. A Claudinha, por sinal, podia até ser parente da Magali, de tanta coisa que ela pediu, e para piorar tudo caro, se aproveitando da gentileza do Rolo. Como de se esperar ela só apareceu nessa história, afinal em cada história o Rolo namorava uma garota diferente e nunca teve uma namorada fixa.


Só não teve uma coerência quando o Rolo disse que a Tina estava na escola. Pelo certo, a Tina fazia faculdade  na época. Legal ver a moeda "Cruzeiro" nela. Como gibis de 1985 eram por volta de 2 mil Cruzeiros, dá para saber que a conta do restaurante foi bem cara. E isso prova que nos almanaques da Globo não mudavam o conteúdo das histórias. As imagens eu tirei do 'Almanaque da Mônica Nº 52' (Ed. Globo, 1996) onde foi republicada, a moeda no Brasil já era o "Real" e eles deixaram exatamente como saiu na época. Se republicassem agora na Panini, eles iriam converter a moeda e o valor para o "Real".


Os traços ficaram maravilhosos, bem ao estilo dos anos 80. Uma dica para saber se era uma história de 1985 republicada nos almanaques da Editora Globo era o brilho dos cabelos dos personagens que passaram a colocar azul naquele ano em vez de branco. Cabelos assim com brilho azul só nas histórias dos gibis de 1985, depois permaneceram assim só com o Papa-Capim. Eu prefiro os personagens de cabelo com brilho branco. E reforço que isso só nos almanaques da Globo, porque nos almanaques da Panini eles mudam tanto a colorização e se caso republicassem isso seria alterado também.

Termino mostrando a capa do 'Almanaque da Mônica Nº 52' (Ed. Globo, 1996), onde essa história foi republicada e que eu a li pela primeira vez.

Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 52' (Ed. Globo, 1996)

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Coleção Histórica Nº 48



Já nas bancas a 'Coleção Histórica Nº 48', formada pelas 5 revistas números 48: Mônica (1974), Cebolinha (1976), Chico Bento e Cascão (1984), e Magali (1991).

Dessa vez, é o Manezinho quem está na capa do box, que marca sendo o último gibi do Cebolinha de 1976, além de ter mais uma vez alterações nas tirinhas no final do expediente, tirando o logotipo dos personagens no alto como eram nas originais, e com desenhos ampliados, ocupando mais da metade da pagina, igual como estão fazendo nos gibis atuais. Nos gibis da Editora Abril e os da Magali da Editora Globo, o nome do personagem no alto vinha com outra fonte, e não com o logotipo oficial, e então, com essa mudança ridícula não dá para saber como foi a fonte nas originais. Durante a postagem sobre cada gibi individual, comento mais sobre isso.

Sobre a distribuição, continua atrasando, dessa vez chegou por aqui no dia 7 de agosto e o certo deveria chegar em julho. E sempre vendendo 1 ou 2 exemplares por banca que vende. Também há reclamações de lugares que antes chegavam e que não está mais e como a CHTM não tem mais assinatura no pacote da Turma da Mônica Jovem, dificulta ainda mais o pessoal acompanhar essa coleção.




 Histórias de abertura e comentários gerais:

Mônica - "Entre as bruxas e as fadas... e lá no fundo azul" - Dois ladrões roubam a varinha de condão de uma fada que estava de férias e, com isso, Mônica e uma bruxa tentam ajudar a fada a recuperar a sua varinha.

Essa foi uma das primeiras histórias com referência a contos de fadas. Legal a Mônica falar que a TV da bruxa era em cores, já que poucos tinham TV em cores na época. Só fiquei surpreso ao mostrar um controle remoto. Eu pensava que não existia na época. Deviam ser raras televisões que tinham e também só os ricos.

Na história "Cascão no varal" (em que o Cascão se pendura no varal para secar sua roupa do suor, mas acaba dando câimbra e não consegue sair de lá), mostra o Cebolinha pensando errado. Pelo visto isso não era fixo no início dos anos 70 e às vezes ele pensava certo, outras vezes não. Teve uma história de 1 página com participação do Manezinho. No comentário é que teve um erro falando que a Turma do Bermudão estreiou no final dos anos 90, mas na verdade foi em 2004. 

Já na história do Astronauta (em que ETs ficam no dilema se continuam caminhando em 4 patas ou não), ele apareceu com cabelo branco, e, com isso, não mudaram a cor do seu cabelo em relação à revista original. 

Trecho da HQ do Astronauta

De 11 histórias comentadas, em 5 não tiveram créditos de roteirista, desenhista e arte-final. O Mauricio de Sousa escrevia e desenhava quase todas as histórias da época, mas o seu falecido irmão Marcio Araujo também escrevia algumas, e, com isso, não dá para confirmar quem escreveu e desenhou. Histórias de 1 páginas foram comentadas, só a tirinha no final de expediente que não.

Falando na tirinha, colocaram o nome da Mônica no alto, só porque está inserido no quadrinho da tirinha e não no lado de fora, como nos outros gibis, senão iam tirar. Porém, ficou ampliada demais, mais ainda do que como foi na CHTM # 47 e desenhos desproporcionais, principalmente na  largura. Um horror.


Cebolinha - "Como domar um cavalinho" - Cascão está brincando de caubói e faz com que o o Cebolinha se torne o seu cavalo Bobão.

Nos comentários dessa história foi falado que o chapéu do Cascão mudou de cor na original e agora na CHTM foi tudo corrigido. Ao menos avisou que tiveram alterações de cor, mas o ideal era para deixar do jeito que era na original, com todos os seus erros. A capa ficou legal, mais uma vez fazendo referência à história de abertura, só que não colocaram a chamada do título da história. Acho que devia ser sempre assim, colocando só a ilustração em capas assim com alusão à história.

Esse foi o último gibi do Cebolinha de 1976. Não teve nenhuma história de Natal e muito menos de Ano Novo, foram todas normais para a sua época. Nos anos 70 era normal histórias de Natal sairem nos gibis da Mônica e em algumas vezes tinham de Ano Novo com o Cebolinha. Acho que é porque nos anos 70, o gibi da Mônica devia chegar primeiro nas bancas e o do Cebolinha, perto do final de cada mês.

Tina e Rolo tiveram 3 histórias nesse gibi, de 1 ou de 2 páginas cada uma. A primeira com 1 página, protagonizada só pelo Rolo; a 2ª protagonizada pelos dois. E na 3ª história, só com a Tina com participação do papagaio Palestrino no final.

Trecho da 2ª HQ da Tina na edição

Na história "A turma e a fanfarra" (em que a turma cria uma banda para impressionar os garotos valentões da rua de cima), teve participação da mãe da Magali no final, coisa rara de acontecer nos anos 70. Legal que aparecendo com chinelo na mão para bater nas crianças, que hoje é completamente impublicável. Outra curiosidade é que a rua do Limoeiro foi chamada de Rua de Baixo. Pelo jeito ainda não tinham nomeado a rua deles ainda.

De 12 histórias comentadas, créditos completos só na de abertura, sendo 3 sem créditos nenhum e em 7 só informou o roteirista. Nos comentários o Paulo Back deu dicas de como saber quando as histórias eram escritas pelo Marcio Araujo, irmão do Mauricio de Sousa. Essa edição não teve passatempo e com 6 páginas de comentários. Como normalmente são 7 páginas de comentários (que são colocados no lugar das propagandas e da seção de cartas "Coleio do Cebolinha"), dá para concluir que o gibi teve 1 página a mais de história.

Em relação a alterações, teve na história "Olha o carreto", em que um menino tenta tirar proveito do carreto do Cascão e do Cebolinha para carregar suas coisas. Na revista original de 1976, o menino negro aparecia com cor bem escura, quase preto, e agora na CHTM o deixaram mais claro para não dizer que é preconceito com os negros.  Mas nota-se que mantiveram o tom do marrom do sapato do Cebolinha. Eles faziam isso também em "Pelezinho Coleção Histórica", já que o Pelezinho era pintado assim quase preto. Abaixo, a comparação de um trecho dessa história com o menino colorido diferente. Imagem da revista original enviada por André Felipe.

Trecho da HQ "Olha o carreto": menino colorido diferente

Agora pior mesmo foi na história "O sapinho" (em que Cebolinha e Cascão tentam assustar a Mônica com sapos de brinquedo). Simplesmente redesenharam a história toda, sem mais nem menos. Dá para notar de cara que os desenhos são diferentes, com mudanças nos olhares, deixando olhos tortos, contornos mais finos e meio tremidos, o cabelo do Cascão ficou com mais impressão digital do que na revista original, etc. Muito estranho. Abaixo a comparação de um trecho dessa história:

Trecho da HQ "O sapinho": desenhos mudados na história toda

Só nesse trecho dá para ver que foi tudo redesenhado e muito mal, por sinal. A curva de movimento do Cascão foi tirada, os olhares dos personagens diferentes, olhando em posições diferentes e olhos tortos, contornos finos e tremidos, o cabelo do Cascão com impressão digital maior, a moita no canto esquerdo, que era uns rabiscos na original de 1976, e agora foi redesenhada, não tem curvas da moita abaixo dos pés do Cascão. Terrível. História toda foi assim.

Sinceramente não entendi o motivo dessa mudança nos desenhos. E ainda mais na história toda. Se a revista original deles estivesse danificada, com manchas, por exemplo, que pegassem a história no 'Almanaque da Mônica Nº 15 - Mônica contra Cebolinha', de 1982, que foi republicada. Agora querer modernizar os desenhos dos anos 70 não dá para aceitar. Lamentável.

E a tirinha mais uma vez foi alterada sem o nome no alto e com desenhos ampliados. Na comparação que mostro abaixo, mesmo com a revista original com 2 cm maior na altura, como eram nos anos 70, dá para notar que a tirinha ocupou mais da metade da página na CHTM, os desenhos ficaram muito ampliados, os quadrinhos na original eram retangulares maiores na vertical e agora na CHTM ficaram nas horizontais. Tenso. Outro detalhe também é que a cor do sofá era roxa e agora colocaram um azul cinzento, Aliás em todo o gibi onde o fundo era roxo mudaram agora para azul cinzento. A imagem do gibi original foi enviada por André Felipe.

Comparação das tirinhas de 1976 e da CHTM # 48

Chico Bento - "Chico cantor" - Um empresário vê o Chico cantando música sertaneja e o chama para se tornar um cantor famoso, só que em vez de ser cantor sertanejo, foi para ele ser o ídolo do rock.

Nesse gibi, mais uma vez todas as histórias do Chico são incorretas, e não seriam publicadas hoje com o Chico com trabuco na mão para caçar passarinho, a Dona Cotinha, mãe do Chico, mostrando chinelo para bater nele, entre outras. Dessa vez aparentemente não teve alteração no caipirês dos personagens em relação ao gibi original. Deixaram todos os seus gerúndios como "correno", "ficano" e "tratano" e palavras que mudaram o caipirês ao longo dos anos como "mió". Tomara que continuem assim, sem alterar nada no caipirês.

Trecho da HQ "Lição de casa"

De 6 histórias, nenhuma com créditos completos, sendo 2 sem créditos nenhum, e em 2 só mostrou roteirista. Fiquei com pena de que não informou quem desenhou a história "Caçada humana" do Papa-Capim (em que um homem náufrago pensa que está sendo perseguido por selvagens enquanto o Papa-Capim pensa que tem animal perigoso na selva). Desenhos ficaram muito lindos. Como história de destaque "O peixinho de estimação", em que o Zé Lelé confunde uma piranha como um peixe comum. Muito legal.

Esse gibi não teve tirinha, porque no gibi original o espaço foi ocupado por uma propaganda (normalmente não relacionada à Turma da Mônica) e então quando isso acontecia, na CHTM colocam no lugar só uma imagem do Chico pescando falando que que não pode perder a CHTM. Com isso, sem alteração de tirinha.

Cascão - "Uma supermissão para uma nuvenzinha" - Seu Pedro e anjo Gabriel criam uma nuvem para molhar o Cascão.

De 5 histórias, só essa de abertura com créditos completos. Nas outras ou só mostrou roteirista ou faltava alguma informação. História de destaque, "Um encontro com a cegonha", do Penadinho que fica inconformado porque foi convocado para reencarnar. Para os fantasmas reencarnar era como se fosse a morte para os humanos. Interessante a lista dos fantasmas que iriam reencarnar são nomes dos funcionários da MSP na época. Eles gostavam de colocar os nomes do pessoal da MSP nas histórias.

Trecho da HQ "Um encontro com a cegonha"

Outra história muito legal é "O melhor no lápis" em que o Cascão discute com a faxineira da MSP por ela estar desenhando nadando no lago, tomando banho no chuveiro, etc. Na parte em que o Cascão chama o pessoal do estúdio para salvá-lo da empregada, mais uma vez teve referência a nomes do pessoal do estúdio, como foi na história do Penadinho. Nessa não informa quem foi o roteirista, mas como o Reinaldo Waisman aparece nela no final, junto com o Mauricio, acho que deve ser do Reinaldo.

Esse gibi também não teve tirinha pelo mesmo motivo de ter propaganda no lugar, e, então não teve alteração só por causa disso.


Magali - "Um ratinho assustador" - Magali quer que o Mingau mate um rato que apareceu na cozinha da sua casa.

O gibi marca por muitas histórias curtas de 1 ou 2 páginas, e como a história de abertura teve só 6 páginas, foram 8 histórias no total. A história de 1 página não foi comentada nem a tirinha e então das 6 comentadas, só 2 tiveram créditos completos e em 3 não tiveram créditos nenhum (nas histórias de 2 páginas). Uma pena que a história da Chapeuzinho Vermelho não mostrou quem desenhou, pelo menos. Os desenhos ficaram lindos.

Também nesse gibi teve a estreia do Seu Quinzão, pai do Quinzinho e dono da padaria do bairro, na história de encerramento "Tudo que você quiser", em que o Seu Quinzão manda o Quinzinho terminar o namoro com a Magali, achando que ela era um mostro e que estava dando prejuízo na sua padaria. Na colorização, mais uma vez o Quinzinho apareceu com cor de cabelo diferente na CHTM em relação ao gibi original. O cabelo do Quinzinho era claro e agora mudaram colocando no mesmo tom do Seu Quinzão, tudo para ficar igual com os gibis atuais. Abaixo a comparação:

Comparação da HQ "Tudo que você quiser": Quinzinho com cor de cabelo diferente

Nos comentários mostrou a propaganda "Quadrinhos só da Globo" com a imagem das capas do 'Cascão Nº 112' e do 'Sergio Mallandro Nº 6'. Pensava que não ia mostrar por ter uma capa de revista não relacionada à Turma da Mônica. Mas, o tamanho ficou bem pequeno, como as demais propagandas que mostram na CHTM (não só desse da Magali como em todos os outros). Nessa propaganda até que deu para ver as capas, apesar disso, mas propagandas com muito texto não dá pra ler absolutamente nada.

A tirinha no final foi alterada, tirando o nome da Magali no alto da tirinha e com o desenho muito ampliado. Na comparação das imagens, dá para perceber que a fonte do nome era diferente do logotipo oficial e a tirinha na CHTM já começou no canto e ocupando mais da metade da página. Como as dimensões dos gibis são iguais, dá para perceber melhor a diferença.

Comparação das tirinhas de 1991 e da CHTM # 48

Dessa vez uma rara capa da Magali sem referência à comida, já que foi uma piada com o Mingau. Comparando as capas, eles mudaram a proporção dos desenhos nessa CHTM para que possa caber o selo da CHTM e o informativo que não pode ser vendida separadamente. O gibi original o desenho era muito grande que ocupava todo o espaço e agora mudaram isso a ponto de inserir detalhes da orelha do cachorro do lado esquerdo e contorno do cachorro direito que ficaram cortados no gibi de 1991. Ou seja, uma capa toda restaurada. Abaixo a comparação das capas:

Comparação das capas de 1991 e da CHTM # 48

Ainda em relação à capa. a original teve uma etiqueta de preço bem grande nos gibis que foram vendidos de segundo lote. Então, curiosamente, nos comentários o Paulo Back colocou que a revista custou Cr$ 110,00, que foi o preço impresso nas revistas que tinham a etiqueta. Já na versão que eu tenho sem etiqueta o preço real do gibi foi Cr$ 100,00. Sinal que o Paulo Back e a MSP têm a versão da revista com etiqueta. Bem interessante. Mostro como foi a etiqueta na original, com imagem tirada da internet.

Capa da revista original na versão com etiqueta

Então, como sempre o Box da CHTM sempre com histórias muito divertidas, só está estragando essas alterações, sobretudo nos desenhos da história "O sapinho" do Cebolinha, assim como nas tirinhas, que estão fazendo questão de mudar só para ficar igual aos gibis atuais. Acho que seria mais coerente na CHTM ficar tudo igual como saiu na época. Espero que revejam isso e voltem a colocar as tirinhas exatamente iguais às originais o mais rápido possível.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Capa da Semana: Cascão Nº 221

Com o Cascão vale tudo para não se molhar. Nessa capa, quando ele ver a torneira gotejando e a poça d'água formada no chão, foi capaz de escalar a parede do prédio igual ao "Homem-Aranho", que ficou surpreso com a façanha do Cascão.

A colorização do "Homem-Aranho" ficou diferente do verdadeiro Homem-Aranha de propósito para mostrar que foi uma paródia do super-herói e provar que não era o verdadeiro, ainda mais que, por ser uma capa, não teve o nome parodiado.

A capa dessa semana é de 'Cascão Nº 221' (Ed. Globo, Julho/ 1995).


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Tirinha Nº 29: Cebolinha

Mostro uma tirinha envolvendo o drama do Cebolinha de ter só 5 fios de cabelos. Nela, ele não consegue repartir o cabelo ao meio, mas quando a Mônica vai ajudar, ela arranca um fio para resolver isso, deixando o Cebolinha com muita raiva por ter perdido um fio.

Tirinha publicada originalmente em 'Cebolinha Nº 74' (Ed. Globo, 1993). 


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Propagandas Alimentícias (Parte 10)

Nessa última postagem de propagandas alimentícias mostro anúncios de alimentos da Turma da Mônica recentes que saíram nos gibis da Editora Panini a partir de 2012 até o presente momento.

Nessa fase cada vez mais com um visual tecnológico, cheio de efeitos e cores, além da maioria das imagens dos personagens ao fundo serem apenas inseridas nas propagandas através de desenhos já existentes em vez de criarem as próprias ilustrações a mão. Outro detalhe que nos anúncios a partir de 2012, todos passaram a ter um texto "Informe Publicitário" bem grande, para frisar bem que aquilo não é história e sim uma propaganda, como se as crianças não conseguem distinguir uma história de uma propaganda.

Em 2012 anunciaram nos gibis as goiabas da Turma do Chico Bento da marca "Val Frutas". Vinham em uma embalagem com 4 goiabas e é como se fossem as goiabas do Nhô Lau que o Chico roubava. Ajuda para incentivar as crianças a comer goiabas. A propaganda foi ilustrada com o Chico mostrando a embalagem das goiabas para o Nhô Lau.

Propaganda tirada de 'Cascão Nº 63' (2012)

As bananinhas da Turma da Mônica, da marca "Perrotta" tiveram anúncio nos gibis de 2012. Em cada embalagem de 30 gramas vinha uma bananada. Ao fundo, ilustrações dos personagens junto com a embalagem do produto.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 68' (2012)

O Requeijão da Turma da Mônica deixaram de ser fabricados pela "Nestlé" e agora são pela marca "Roseli". Outra grande diferença é que os copos agora são de plástico em vez de ser de vidro, como eram na 2ª metade dos anos 90,  colecionáveis com imagens dos personagens. Os potes de plástico são uma tendência agora pelos fabricantes de requeijão (não só os da Turma da Mônica), já que reduzem custo, além de não ter perigo de criança se machucar, caso derrube o copo no chão. Na propaganda, de 2012, mostra uma mão tentando pegar o pote de requeijão e o texto falando que de tão gostoso, não fica difícil saber de quem era aquela mão.

Propaganda tirada de 'Turma da Mônica Nº 71' (2012)

Em 2013 a Mônica completou 50 anos de sua criação. Como parte das homenagens, a "Jundiá Sorvetes" lançou um sorvete com edição limitada no sabor de morango com chocolate, com uma embalagem especial em comemoração aos 50 anos da Mônica.

Propaganda tirada de 'Chico Bento Nº 79' (2013)

A linha de produtos "fast-food" não são mais produzidos pela "Perdigão", onde ficaram por muitos anos, e agora são produzidos pela "Seara". Para anunciar a novidade, fizeram uma propaganda em 2013 mostrando as embalagens de todos os produtos da Turma da Mônica na "Seara", com a Magali com língua de fora ao fundo, querendo comer tudo. Mostraram salsicha, mortadela, hambúrguer, nuggets (chamados de chikenitos), entre outros.

Propaganda tirada de 'Mônica Nº 81' (2013)

Os iorgurtes "Danone" voltaram a ter propaganda nos gibis em 2013, mostrando além dos iogurtes de colher, também iogurtes de garrafinhas individuais e leite fermentado, tipo "Yakult". A propaganda nada lembra às clássicas dos anos 80 e 90, só mostrando as embalagens e os personagens ao fundo, inseridos por computador através de imagens já existentes. O desenho do Cebolinha, por exemplo, eles tiraram da capa do gibi do 'Cebolinha Nº 209', de 2003.

Propaganda tirada de 'Mônica Nº 82' (2013)

As sopas com macarrão da Turma da Mônica da "Vono" foram lançadas em 3 sabores diferentes: carne, galinha e legumes. Tiveram propagandas nos gibis em 2013, mostrando as embalagens e uma ilustração da Magali como mestre-cuca, além de destacar que as sopas têm teor de sódio reduzido em comparação à versão tradicional. 

Propaganda tirada de 'As Melhores Histórias do Pelezinho Nº 5' (2013)

Em 2014 fizeram uma nova propaganda das sopas com macarrão "Vono", agora com uma ilustração da Magali pensando nas sopas. Foram as mesmas embalagens e sabores da propaganda anterior.

Propaganda tirada de 'Magali Nº 96' (2014)

Seguindo a linha de produtos inusitados, foram lançados os melões da Turma da Mônica pela "Itaueira Agropecuária S/A", com propaganda circulando em 2015 mostrando cada melão dos personagens personalizado: o melão do Cebolinha com um cartaz com caricatura da Mônica estampado; o melão da Mônica com o Sansão ao lado; o do Cascão com um guarda-chuva em cima; e o da Magali só migalhas.

Propaganda tirada de 'Magali Nº 1' (2ª série- 2015)

Como deu pra perceber, as propagandas recentes da Panini são poucas criativas, chama a atenção só pelo visual tecnológico. O texto "Informe Publicitário" bem grande no alto e as imagens dos personagens inseridas em vez de criarem ilustrações novas estragam mais ainda. Antes colocassem só as embalagens dos produtos. Tomara que não vingue o projeto do governo de proibir propagandas direcionadas para as crianças, para não estimular o consumo infantil só por causa da imagens dos personagens nas embalagens. Sempre é bom ter alimentos específicos para as crianças, adequados para o paladar delas, com menos açúcar e sal do que as versões tradicionais. 

Com isso, essa foi a última postagem com propagandas de alimentos com a Turma da Mônica. Claro que em todas as épocas existem outras que não foram mostradas, já que o meu foco foi  colocar apenas os que encontrei na minha coleção ou encontrados pesquisados na internet e que achei mais interessantes. As principais eu postei. Continuarei a mostrar propagandas antigas no blog, só que de outros temas.

domingo, 9 de agosto de 2015

Capa da Semana: Mônica Nº 177

Em homenagem ao Dia dos Pais, uma capa com a Mônica carregando a mala com o seu pai, o Seu Sousa, todo animado em cima, além de levar cadeira de praia, guarda-sol e tudo que eles vão precisar para curtir o feriadão. Haja força! 

Apesar de fazer referência a uma história de abertura, "O feriadão chegou!", prevalece uma piadinha com a força da Mônica, como era de costume. Para mim, as melhores capas com alusão à história de abertura são essas assim fazendo uma piada em cima da história em questão.

A capa dessa semana é de 'Mônica Nº 177' (Ed. Abril, Janeiro/ 1985).


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Cebolinha: HQ "Filho de peixe"

Dia dos Pais chegando e em homenagem à data, eu compartilho nessa postagem uma história de quando o Cebolinha pensa que o seu pai, o Seu Cebola, assaltou um banco. Com 9 páginas no total, foi história de abertura de 'Cebolinha Nº 24' (Ed. Globo, 1988).

Capa de 'Cebolinha Nº 24' (Ed. Globo, 1988)

Nela, Cebolinha está brincando na sala da sua casa e o rádio que estava ligado dá a notícia que um bandido armado e disposto a tudo assaltou o Banco "Itatu", ameaçou funcionários e clientes e fugiu com uma mala preta cheia de dinheiro. A mãe do Cebolinha, Dona Cebola, fica preocupada porque o Seu Cebola iria àquele banco. Em seguida, ele chega irritado carregando uma mala preta.


Cebolinha estranha que o pai chegou cedo e o Seu Cebola diz que não foi nada e o manda brincar. Enquanto os pais conversam lá dentro, Cebolinha fica comentando consigo mesmo que ainda bem que o pai está em casa ainda mais com um bandido segurando uma mala preta por aí. Aí se ele se dá conta que o pai estava com uma mala preta que ele não tinha e estava com cara mal encarada quando chegou.


Encucado com isso, o Cebolinha vai para o lado de fora da casa e fica escondido em frente à janela do quarto onde os pais estão para ouvir o que estão conversando. Então, ele vê o pai mostrando notas de dinheiro, dizendo que precisou fazer aquilo para pagar as contas de casa e o médico do Cebolinha. E quando a polícia aparecer lá, ele saberia o que dizer. Cebolinha fica tonto e chocado porque o pai é o bandido perigoso que assaltou um banco e está sendo procurado pela polícia. Ele vai chorar diante do Floquinho, lamentando que a mãe dele é cúmplice do pai e se dá conta que, como ouviu a conversa, ele e o Floquinho também são cúmplices. Cebolinha diz que  nunca, porque ele não vai errar como o pai e resolve entregá-lo para a polícia.


Cebolinha volta para casa e telefona para a polícia e diz que quer falar com o Elioti Nessi ou Máguinum, Calombo, ou a Rata e o Gato. Como, logicamente, não tinha ninguém lá, ele aceita falar com o delegado, falando que era sobre o bandido que assaltou o banco "Itatu". Nessa hora, o pai aparece de toalha, perguntando se ele estava ligando para um amiguinho, aí ele se arrepende e diz ao delegado que não faz a menor ideia de quem seja o bandido, desligando o telefone imediatamente.

Então, o Cebolinha resolve falar com o pai para saber se está arrependido pelo que fez e convencê-lo a devolver o dinheiro. Seu Cebola diz que não está arrependido. Cebolinha fala que se devolver o dinheiro, ele não pede mais mesada e não fica mais doente. Como o pai diz que é tolice, Cebolinha começa a chorar, falando que isso não é exemplo que se dê a um filho e pergunta se ele quer que fique igual ao pai. Seu Cebola diz que sim, já que, segundo o ditado, "filho de peixe, peixinho é".


Cebolinha vai chorar na rua e encontra o Cascão, que pergunta o motivo de tanto choro. Ele responde que é porque o pai assaltou o banco "Itatu" para pagar as contas de casa e quer que ele siga a vida criminosa do pai. Cascão fica surpreso e fala que não é para se preocupar que ele e a turma não vão deixar isso acontecer e manda o Cebolinha ir para casa.

No caminho, o Cebolinha vê a polícia indo para sua casa e ele corre para lá e encontra a casa cercada. Cebolinha entra desesperado em casa e tenta lutar com os policiais para defender o pai. O guarda não entende nada e termina a conversa com o Seu Cebola, falando que a ajuda do retrato falado foi muito importante para identificar o assaltante do banco e vão embora.


Cebolinha não entende nada e pergunta o que aconteceu. Dona Cebola diz que o Seu Cebola foi ao banco e deu de cara com o assaltante saindo de lá e ele ligou para a polícia, que recomendou voltar para casa e ele pediu licença do trabalho. Cebolinha pergunta sobre a mala preta que ele estava carregando e Seu Cebola responde que era trabalho para fazer em casa e ficou com raiva de ter trabalho depois de tudo que havia passado. Dona Cebola complementa que recebeu uma recompensa da polícia por ter avisado sobre o assaltante e ficou feliz que nem precisava pedir empréstimo no banco, justificando, assim, o dinheiro que havia conseguido.


No final, Cebolinha vai para rua orgulhoso em saber que o pai dele era um herói. Cascão aparece aflito, preocupado com o Cebolinha, que diz o pai dele é o maior e quando crescer quer ser igual a ele. Como não explicou o que aconteceu, Cascão pensa que o Cebolinha quer se tornar bandido, chama a turma rapidamente e eles prendem o Cebolinha em uma jaula, com o Cascão falando que é para o bem dele e quando mudar de ideia eles o soltam, porque não querem um bandidão na turma.


Sem dúvida uma história muito legal com o Cebolinha fazendo de tudo para que o pai não seja preso depois de um suposto assalto a banco. Diante das coincidências, ele pensava realmente que o pai era o assaltante e com medo de se tornar um bandido também quando crescer, já que os filhos puxam os pais. Gosto de histórias com os personagens contracenando com  os pais. Essa história, que coloquei completa na postagem, além de mostrar relações familiares, discute honestidade na vida real ao mostrar o dilema do Cebolinha de denunciar o pai ou não à polícia.  Por um lado é dever do Cebolinha denunciar um bandido, mas por outro lado o bandido era o seu próprio pai e então ficou a dúvida qual a coisa certa para fazer. Prevalecer a razão ou o coração? Na história, foi provado que ele ficou com pena de entregar o próprio pai à polícia. 


Muito interessante também as referências parodiando o Banco Itaú (Itatu) e detetives e seriados policiais e de ação antigos quando o Cebolinha pergunta no telefonema pelo Elioti Nessi (paródia de Eliot Ness), Máguinum (seriado "Magnum P.I."), Calombo (detetive Calumbo) e A Rata e O Gato ("A Gata e o Rato"). Muito legal. Curiosamente, dessa vez colocaram o Cebolinha pensando sem trocar as letras na última página. Na época, normalmente ele pensava trocando o "R pelo "L", mas nessa colocaram ele falando certo. Apesar da bonita mensagem, hoje em dia história assim é incorreta e impublicável por causa de  assalto a banco, criança envolvida com trama policial, e ainda mais um personagem principal, no caso, o Seu Cebola, ser o bandido, mesmo que supostamente.


Os traços maravilhosos e encantadores, chama atenção de serem fofinhos. Sensacional. Até a arte do título ficou ótima. Detalhe também na colorização, colocando tudo roxo no lugar do rosa, inclusive nos balões. Na Editora Globo, os gibis viviam trocando as cores. Era questão de meses para mudar alguma coisa. Então, tinha época que tudo que era rosa, colocavam roxo no lugar (ou em determinadas histórias de cada gibi ou até mesmo no gibi inteiro). A cortina e o sofá roxos naquele tom, por exemplo, ficaram excelentes. Infelizmente na Editora Panini, quando republicam histórias daquela época, eles mudam as cores, colocando rosa no lugar do roxo, inclusive na Coleção Histórica,e, com isso, tirando a magia da época.