quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Dona Morte: HQ "O último servicinho do ano"

Mostro uma história da Dona Morte com a missão de matar o Ano-Velho no último dia do ano. Tem 4 páginas no total e foi publicada em 'Cascão Nº 77' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Cascão Nº 77' (Ed. Globo, 1989)

Nela, Dona Morte acorda, se despreguiça, falando que nunca dormiu tão bem e percebe que já é quase meia noite e está muito atrasada. Ela lembra que é o último trabalho do ano e no caminho até imagina tirar férias no ano que vem. Ela demora para encontrar a sua vítima, se perguntando aonde ele está, até que encontra um homem, que se assusta com a presença dela, mas Dona Morte vê que não era quem estava procurando e diz que foi um engano, que só vai buscá-lo ano que vem.


Dona Morte fica braba, querendo saber aonde sua vítima se meteu, quando bate meia noite no relógio. Ela ouve uma risada, falando que conseguiu passar da meia noite e ele não foi embora. Descobre-se, então, que a Dona Morte queria buscar o ano 1989, o Ano-Velho, e pela primeira ela fracassou. O Ano-Velho vai continuar vivo por mais um ano. Dona Morte lembra para ele que desse jeito o Ano-Novo não vai nascer e tudo que se passou vai se repetir. O Ano-Velho diz pra ela que sente muito, mas ela perdeu.


Nessa hora, surge um relojoeiro, com suas ferramentas para consertar o relógio da catedral, reclamando que está adiantado outra vez. Como foi defeito do relógio, ainda não era meia noite e então a Dona Morte consegue matar o ano 1989. Ele chora, mas logo em seguida, aparece um anjo falando que ele está na lista que irão reencarnar. Em seguida, aparece Dona Cegonha, com o Ano-Velho, agora como um bebê, que será o Ano-Novo que estava nascendo.

Dona Morte volta para casa, falando que ele conseguiu uma vida nova e já dentro do casarão, ela deseja um feliz Ano-Novo aos leitores, com um ar pensativo. Afinal, se o espírito do Ano-Novo era o mesmo do Ano-Velho, será que 1990 seria um ano novo realmente?


Essa uma história simples e muito boa, sem enrolação, indo direto ao ponto. Muito interessante colocarem os anos como espíritos e que um tem que morrer para o o outro nascer. E ainda fica uma reflexão no ar dos espíritos dos anos serem os mesmos, será que tudo não iria se repetir também.

Era comum de colocar o Ano-Velho representado como um coroa e o Ano-Novo um bebê recém-nascido. Nessa não foi diferente.  Na postagem a coloquei completa. Normalmente, quando republicam histórias envolvendo anos, eles mudam para o ano corrente em questão e, mais recentemente, colocam mudam apenas para "Ano-Novo" ou "Ano-Velho no lugar. Os traços ficaram muito bons e caprichados, como sempre na época. Teve crédito a Penadinho no título, mas a história é toda da Dona Morte e Penadinho nem apareceu.


Uma grande curiosidade é que nessa história a Dona Morte morou em casarão velho e abandonado ao invés do cemitério, com direito a cama e tudo. Engraçado a Dona Morte dormir que nem os seres humanos, absurdo que a gente tanto gosta e torna a história mais divertida. Legal também ela falar com o homem que só vai buscá-lo ano que vem e interessante como os personagens falavam "diacho" na época. Nessa mesmo foi 2 vezes. Era mais frequente nas histórias do Chico Bento, mas qualquer um falava isso.

Um Feliz Ano-Novo para todos!!!

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Capas Semelhantes (Parte 16)

Nessa postagem de capas semelhantes, mostro 5 capas que saíram na Editora Globo, sendo 2 delas do Cascão, 1 da Magali e 2 do Chico Bento.

Cascão Nº 102 X Cascão Nº 415

Cascão com uma árvore de Natal feita de guarda-chuva. Na versão original, publicada em 'Cascão Nº 102', de 1990, ele está montando a árvore e os enfeites são as tradicionais bolas. Já na versão de 'Cascão Nº 415', de 2002, a árvore esta toda montada, os enfeites são lixos, o suporte é uma lata de lixo e ele está vestido de Papai Noel.



Cascão Nº 201 X Cascão Nº 433

Do Contra todo animado na chuva para contrariar o Cascão. Na primeira versão, de 'Cascão Nº 201, de 1994, o Cascão está dentro da lata de lixo e na 2ª versão, de 'Cascão Nº 433', de 2004, tiraram a lata de lixo por causa do maldito politicamente correto e colocaram o Do Contra pulando em um guarda-chuva em posição ao contrário.



Magali Nº 119 X Magali Nº 242

Magali come toda a casa de doces da bruxa de João e Maria. Na versão original, publicada em 'Magali Nº 119', de 1994, a Magali está dentro da casa e João e Maria aparecem ao fundo rindo da situação. Já na 2ª versão, de 'Magali Nº 242', de 1998, a Magali está comendo a casa do lado de fora em pé e a bruxa está indo embora com as suas malas.




Chico Bento Nº 214 X Chico Bento Nº 424

Chico Bento e Rosinha olham para um passarinho de verdade quando vão tirar foto, deixando o fotógrafo brabo. Foi publicada primeiro em 'Chico Bento Nº 214', de 1995, com o Chico e Rosinha olhando o passarinho cantando na árvore e depois fizeram uma nova versão, em 'Chico Bento Nº 424', de 2003, com o casal olhando para cima e boca aberta o passarinho que estava voando na hora. 



Chico Bento Nº 292 X Chico Bento Nº 352

Um passarinho come todas as minhocas que eram as iscas da pescaria. As diferenças entre elas são que na versão original, de 'Chico Bento Nº 292', de 1998, o passarinho come todas as minhocas e o Chico aparece sem chapéu, enquanto que na 2ª versão, de 'Chico Bento Nº 352', de 2000, o passarinho pesca as minhocas para comer, o Chico e o passarinho aparecem de chapéu e aparece um peixe também espantado com o passarinho.



Em todas essas mostradas, eu preferi a primeira de versão de cada uma. Em breve posto mais capas semelhantes no Blog.

domingo, 27 de dezembro de 2015

Capa da Semana: Almanaque do Cascão Nº 48

É verão! Todos se refrescando em uma piscina e o Cascão deixa um bilhete dando satisfação aos leitores, dizendo que se recusa a aparecer na capa do seu próprio almanaque com tanta água assim.

A piada é muito legal e é um exemplo de como a imagem do Cascão ao lado do logotipo usada para identificação do personagem e a moldura atrapalharam bastante. De certa forma, o Cascão apareceu na capa por terem colocado a sua imagem padronizada do lado do logotipo e a moldura estraga a arte do desenho. Podiam ter pelo menos tirado o Cascão do logotipo nessa edição ou terem colocado essa capa em um gibi quinzenal dele convencional da época.

A capa dessa semana é de 'Almanaque do Cascão Nº 48' (Ed. Globo, Novembro/ 1998).


quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

HQ "O Natal do Capitão Feio"

Mostro uma história de quando um monstrinho de sujeira do Capitão Feio fugiu para poder comemorar o Natal. Foi publicada em 'Gibizinho da Mônica Nº 5' (Ed. Globo, 1991).

Capa de 'Gibizinho da Mônica Nº 5' (Ed. Globo, 1991)

Com 17 páginas no total, no formato gibizinho, começa com o Capitão Feio vendo um monstrinho de sujeira correndo do nada. Capitão Feio vai conferir e pergunta o que ele está fazendo. O Monstrinho responde que está escrevendo uma carta para pedir presente para o Papai Noel e aí o Capitão Feio dá uma bronca nele porque odeia o Natal, que é uma festa cheia de amor, que não está no vocabulário de inimigos públicos como eles. 


O Monstrinho pergunta se nem árvore de Natal pode e capitão Feio dá um berro que não pode. O Monstrinho fica triste, falando que é chato ser vilão que não tem presente, nem árvore e nem Natal e por isso não quer ser mais vilão, que não é nada divertido e sempre perde no final e, então, resolve fugir escondido.


Ele corre e depois descansa em frente a um muro e ouve conversa da Mônica com a Magali, que estavam no outro lado. Mônica pergunta para Magali se ela não vai enjoar do Sansão quando ganhar o ursinho que pediu ao Papai Noel. O Monstrinho chega perto delas e Magali leva um susto, falando que é coisa nojenta. Como o monstrinho estava atrás da Mônica, ela pensa que a Magali estava falando do Sansão. Magali fala que é de quem estava atrás dela. Mônica pensa que é o Cascão, mas quando vê o Monstrinho dá um pulo no colo da Magali. 


Mônica se dá conta que nunca teve medo dos monstrinhos e quando ia dar uma coelhada, ele diz que saiu da Turma do Capitão Feio e desabafa que ser vilão é muito sem graça, não tem Páscoa, festa de aniversário, Natal e que ele quer ganhar presente do Papai Noel, brincar, sorrir e viver emoções maravilhosas. Mônica acha que é um plano do Capitão Feio e manda o Monstrinho ir embora.


Depois que ele sai, surge o Capitão Feio perguntando se elas não viram um monstrinho que fugiu, com ideias subversivas de brincar no Natal e pensava que ele tinha passado para o lado delas. E afirma que vai pegá-lo e dar um castigo. Quando ele vai embora, Mônica comenta com a Magali que o Monstrinho estava falando a verdade. Elas saem para procurá-lo e encontram escondido em uma moita. Mônica diz que vai escrever uma carta para o Papai Noel pedindo um presentão para ele.


O Monstrinho fica feliz, mas dura pouco a felicidade, já que surge o Capitão Feio junto com os monstrinhos para levá-lo de volta para o esgoto. Capitão Feio manda os monstrinhos atacarem e em uma briga com a Mônica, todos são derrubados por ela. 


Mônica bate também no Capitão Feio e então o Monstrinho sente pena deles porque apesar de tudo eles são a sua única família e tem que passar o Natal com eles. Magali pergunta se não vai ser chato e ele diz que não porque eles são as pessoas que ele ama. Deseja um feliz Natal a elas, vai atrás do Capitão Feio, que estava voltando para o esgoto, e dá um superabraço nele com muito afeto, que sensibiliza o Capitão Feio.

No final, com todos de volta ao esgoto, na noite de Natal, o Monstrinho chama o Capitão Feio para participar do amigo secreto, enquanto alguns monstrinhos brincam com seus presentes, todos festejando, assim, o Natal pela primeira vez.


Essa história tem uma bonita mensagem de amar a sua família, mesmo que tenha defeito. Nela, o monstrinho sentimental fez questão de passar o Natal com o Capitão Feio e os outros monstrinhos, mesmo com a ideia do Capitão Feio não comemorar o Natal. No fim, ele acabou sensibilizado, deu um tempo de suas vilanias de sujar o mundo e topou comemorar o Natal como uma família normal, mesmo sendo vilão.


Legal que nessa história, o monstrinho teve seu nome com numeração, nessa ele era o Monstrinho "Seis". Geralmente, os monstrinhos fazem figurações nas histórias, só quando um que tem destaque na trama, que colocavam algum nome. 


Os traços ficaram muito bons e caprichados, até com um detalhe de um ratinho prestes a comer um queijo no primeiro quadrinho. São detalhes que faziam a diferença. Coloquei completa na postagem. E legal nos gibizinhos que os quadrinhos tinham vários formatos diferentes, como círculos e formatos geométricos diferentes do quadrado ou retângulo tradicionais. Em vários momentos encontramos quadrinhos diferentes se adequando a cena. Ficava muito bom.


A capa desse gibizinho ficou muito boa, fez uma piada em cima da história de abertura, com a Mônica ajudando o Capitão Feio a montar a sua árvore de Natal com enfeites de lixo. Os gibizinhos costumavam ter capas com alusão à história de abertura e as vezes criavam uma piada em cima com o tema da história, mesmo que não aconteça tal cena na história, como foi nessa. Mas também tiveram gibizinhos finos com capas com piadinhas como saiam nos gibis convencionais.


Para saber mais detalhes da série "Gibizinho", entre AQUI e AQUI.

E um Feliz Natal a todos!!!

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Tirinha Nº 33: Mônica

Uma tirinha de Natal em que a Mônica acorda ouvindo barulhos vindo do telhado e quando vai ver, flagra o Papai Noel brincando de girar o novo Sansão que ela ia ganhar, para saber se era divertido mesmo girar o coelhinho.

Essa foi inédita de almanaque até então e não foi publicada em final de expediente, e, sim, no miolo, além de nunca ser republicada até hoje.

Tirinha publicada originalmente em 'Almanaque da Mônica Nº 7' (Ed. Abril, 1980).


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Capa da Semana: Chico Bento Nº 87

Mostro uma capa muito criativa com o Papai Noel como companheiro de pescaria do Chico Bento, com direito do Papai Noel tirar as botas e o chapéu para ficar mais à vontade.

A capa dessa semana é de 'Chico Bento Nº 87' (Editora Abril, Dezembro/ 1985).


sábado, 19 de dezembro de 2015

Magali: HQ "Papai Noel Mestre-Cuca"

A história que mostro nessa postagem é com o Papai Noel precisando preparar uma torta de maçã para a Magali. Com 6 páginas no total, foi história de encerramento no gibi da 'Magali Nº 12' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Magali Nº 12' (Ed. Globo, 1989)

Papai Noel está terminando de calçar suas botas, quando o duende Baixinho fala para ele se apressar porque já era quase meia noite e tinha que levar os presentes da criançada. O duende fala também que checou tudo e os presentes estavam todos no saco e o Papai Noel sai com seu trenó e renas para entregar os presentes.


Durante o percurso, Papai Noel fica com fome e sente um cheiro gostoso que estava vindo do saco e quando vai ver era uma torta de maçã e come todinha, pensando que era uma surpresa do Duende Baixinho. Depois de comer, ele leva os presentes da criançada e a última casa que visita foi da Magali. Papai Noel não encontra nenhum presente no saco e pensa que o Duende Baixinho esqueceu de colocar e tenta voltar ao Polo Norte para saber o que aconteceu. Mas, ele derruba um vaso que estava perto da janela e acorda a Magali.


Magali pergunta se trouxe o presente que ela pediu e como ele diz que não, ela chora. Papai Noel fala para ela não chorar, que vai buscar no Polo Norte rapidinho e pergunta para ela o que foi que pediu. Magali diz que foi uma torta de maçã, e ele lembra que foi a que comeu no percurso, mas não conta para ela que comeu e tenta disfarçar perguntando desde quando torta de maçã é presente. Magali responde que desde quando ela pediu e ela quer uma torta de maçã.


Papai Noel diz que ela vai ter uma torta de maçã e pergunta se tem maçãs na geladeira. Ela diz que tem, mas quer saber o que vai fazer com as maçãs. Papai Noel responde que vai fazer uma torta para ela. Magali diz que não sabia que ele sabia fazer torta de maçã e ele responde que nem ele, deixando encucada. Ele prepara a torta e enquanto está no forno, Magali diz que o cheiro está horrível, mas Papai Noel diz pra ela não levar em conta a primeira impressão.


Sai um cheiro de queimado do forno e Papai Noel tira a torta de lá e entrega para Magali, desejando um feliz Natal. Magali não gosta do aspecto e diz que mudou de ideia e agora quer um bolo de chocolate. Como Papai Noel diz que vai preparar um, Magali, com medo de fazer outra porcaria, intervém e aceita a torta mesmo e agradece.

No final, Papai Noel vai embora, desejando um feliz Natal e ela lhe deseja igualmente. Ela vai na cozinha e vê a torta lá, não resiste e acaba comento toda, mesmo queimada, quente  e mal preparada. Assim que acaba de comer, dá dor de barriga nela e vai correndo ao banheiro, e diz que no ano que vem vai pedir um saco cheio de sal de frutas para o Papai Noel para não passar o Natal todo com diarreia de novo.


Muito boa essa história, dessa vez a Magali se deu mal, além de não ganhar a verdadeira torta de maçã por causa do Papai Noel guloso, no final, passou a noite de Natal toda com diarreia no banheiro. Também quem mandou ser gulosa e comer uma torta queimada inteira. Por causa da sua gula exagerada, Magali passava alguns constrangimentos assim. Era muito legal. 

Essa foi a primeira história de Natal da Magali no gibi dela. Também foi a única desse gibi, as outras foram todas normais. Na postagem a coloquei completa. De acordo com o roteirista, às vezes colocam histórias dos personagens contracenando com o Papai Noel, outras vezes com mistério se existe ou não.


Os traços ficaram encantadores, por sinal, o Papai Noel saindo de trenó com as renas na primeira página ficou sensacional e muito legal também a Magali de camisola. Muito caprichados esses desenhos. Enfim, uma história que vale a pena relembrar.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Coleção Histórica Nº 50 - Última Edição


Nessa postagem eu comento sobre a 'Coleção Histórica Nº 50', o último volume da coleção, formada pelas 5 revistas números 50: Mônica (1974), Cebolinha (1977), Chico Bento e Cascão (1984), e Magali (1991).

Na capa do Box está o Mauricio de Sousa como personagem, como forma de comemoração de seu aniversário de 80 anos completados nesse ano, além de representar a última edição com o pai de todos os personagens que tiveram suas imagens estampadas nos boxes dessa coleção. Só não gostei da imagem escolhida, muito recente e que não apareceu em nenhuma revista de boxes anteriores. Normalmente, as imagens dos personagens que aparecem nos boxes são da primeira aparição na Coleção Histórica ou de uma história qualquer que havia saído antes, e, com isso, tirou a tradição das capas dos boxes.

Podiam ter colocado uma imagem do Mauricio com barba como era até no início dos anos 80 ou a primeira vez que apareceu sem barba na Coleção Histórica. Seria mais conveniente colocar, por exemplo, imagens de histórias com ele barbudo de 'Chico Bento Nº 1' (1982), 'Chico Bento Nº 45' (1984), 'Cascão Nº 48' (1984) ou se quisessem o Mauricio sem barba, que colocassem uma imagem de 'Magali Nº 6' (1989). Enfim, qualquer uma que tivesse saído na Coleção Histórica e não essa recente.

Em relação a distribuição, mesmo no último número continuou atrasando, chegando aqui dia 8 de dezembro, e, assim, mais uma vez chegando de um mês para o outro, visto que esse box é de novembro, e sem contar que em muitos lugares não chegou ainda. Nunca tiveram preocupação em chegar em todos os cantos do Brasil e no mês certo e não é dessa vez que seria diferente. Ao menos aqui dessa vez chegaram 3 exemplares por banca que vende, já que normalmente vem só 1 exemplar.

No geral, nesse box tiveram poucas informações de créditos das histórias, imagens das propagandas cada vez menores não conseguindo ler absolutamente nada, os passatempos das revistas da Mônica e Cebolinha mantiveram sem respostas como nas originais e nas tirinhas só a da Magali que não teve o nome do alto, mas não mudaram as da Mônica e Cebolinha porque os nomes deles vem inserido nas tirinhas, senão seriam alteradas. Porém, proporções continuaram sendo ampliadas de forma desproporcional.



Histórias de abertura e comentários gerais:

Mônica - "A pedra do encontro" - Mônica não consegue levantar depois que senta em uma pedra com cola e, então, Cebolinha e Cascão querem saber por que ela não desgruda da pedra.

De 12 histórias comentadas (13 no total), 7 sem créditos nenhum. Só a de abertura fala que desenhos foram feitos pelo Mauricio. Dentre as que informaram roteiro, todas foram do Mauricio, menos a última, que foi escrita pelo seu irmão, Marcio Araujo.

O Garotão, um antigo personagem gigante que aparecia muito nas tiras de jornais dos anos 60, apareceu na história "Mônica", em que ela acha uma lupa e resolve brincar de Sherloque Holmes para saber de quem eram as pegadas no chão. O Garotão fez uma participação de 2 quadrinhos. Outra curiosidade que o Sherloque Holmes não teve nome parodiado. Naquela época ás vezes nomes famosos não eram parodiados.

Trecho da HQ "Mônica"

Outro destaque que a Ogra, amiga da Thuga, teve uma história solo, algo muito raro de acontecer. Normalmente ela fazia participação nas histórias. Nessa, ela vê um reflexo de uma mulher quando se olha no lago e pensa que o rosto bonito era dela.

Trecho da HQ "Ogra"

O gibi termina com "Outra história muito louca", com o Louco interagindo com Mônica. Nela, o Louco sai do hospício ao avistar a Mônica na rua e faz várias loucuras e trocadilhos que estamos acostumados. Nos primeiros anos, nos gibis do Cebolinha, o Louco contracenava com ele, e nos da Mônica, com ela. É uma história tipicamente semelhante como seria com o Cebolinha, só mudando a protagonista. Se fosse com o Cebolinha ou qualquer outro personagem, o roteiro seria o mesmo.

Cebolinha - "Borboleteando" - Cebolinha, fantasiado de borboleta, não quer participar do teatro da Mônica, leva uma surra e fica desacordado. Com isso, 2 borboletas transformam o Cebolinha em uma borboleta porque elas pensam que ele era uma delas, só que gigante.

Essa história teve uma alteração na colorização, em que na original, a Mônica e Magali aparecem com cores dos vestidos trocadas (Magali de vermelho e Mônica de amarelo) e agora corrigiram isso, sem falar nada da mudança nos comentários. Abaixo, a comparação das imagens. sendo a original,enviada por André Felipe.

Comparação da HQ "Borboleteando"

Também foi a única alteração da edição, dessa vez, já que até mantiveram os fundos de cor roxo em vez de mudarem para um cinza azulado como estavam fazendo nas últimas edições e a tirinha teve o nome no alto e não ficou só um pouco desproporcional.

Nos comentários da história "Cebolinha e a segurança" (em que o Cascão arruma meios par ao cebolinha andar seguro em um carrinho de rolimã), fala que "lolemã" (rolimã) falado pelo Cebolinha foi corrigido na edição, mas não foi alterado. Ainda bem que não mudaram. Ainda sobre comentários do Paulo Back dessa edição, de 13 histórias comentadas, em 4 informaram só roteiro. Nenhuma informou quem foram o desenhista e o arte-finalista, nem na de abertura.

Como o gibi do Cebolinha já está em 1977 vai ser normal encontrar algumas histórias que foram republicadas em Almanaques da Editora Globo, coisa que sempre acontece direto nas histórias dos gibis do Chico Bento e Cascão da CHTM. Até porque os traços já estavam mudando e davam para lembrar as dos anos 80.

Dessa vez tiveram 2 histórias desse gibi do Cebolinha republicadas em almanaques da Globo: a de abertura (republicada em 'Coleção Um Tema Só Nº 4 - Mônica Superestrela', de 1993) e "Fantasiados" (republicada em 'Coleção Um Tema Só Nº 13 - Mônica Carnaval', de 1996), em que Cebolinha e Cascão se fantasiam de  homem, com Cebolinha na parte de cima e Cascão, na de baixo e um apronta com o outro até chegar ao baile a fantasia de carnaval.

Trecho da HQ "Fantasiados"

Destaques para as histórias "Papa vento", em que o cata-vento do Cebolinha funciona só quando ele fala palavrão, com detalhe da mãe, Dona Cebola, dando surra na bunda do Cebolinha porque ele falou palavrão, coisa inadmissíveis hoje em dia; "Tarugo" em que o Tarugo cai em um golpe do Mico Lino de arrumar um tônico capilar para nascer cabelo (o Mico Lino é um antigo personagem que está sumido dos gibis); e "Mais um plano infalível (pra variar)" com um plano infalível do Cascão se disfarçar de chinês e oferecer um pastel da sorte para Mônica. Muito hilária essa e os traços bem parecidos com os dos anos 80, só que com contornos um pouco mais finos e  bochechas levemente pontiagudas.

Chico Bento - "O cão lambão" - Chico salva um cachorro de um riacho e o cachorro passa a não desgrudar dele, além de ser carinhoso demais com todos.

Esse gibi, infelizmente, foi marcado por muitas alterações do caipirês do Chico. Não mudaram histórias completas, mas alguns quadrinhos aleatórios, chegando a ter, inclusive quadrinho com palavra alterada e outra não. Destacando algumas alterações, na história de abertura mudaram "verdade" mudaram para "vredade" para ficarem igual ao caipirês atual, já que na época essa palavra não era acaipirada, como mostro na comparação abaixo:

Comparação da HQ "O cão lambão"

Em um quadrinho dessa mesma história mudaram a palavra "abanano" para "abanando" para seguir o caipirês atual, mas a palavra "lambeno" não mudaram. Não dá para entender porque mudar uma palavra e outra não. Aliás, dá para perceber que chegaram a alterar a palavra "lambeno" e mudaram depois, já que a fonte está meio diferente comparando com a original.

Comparação da HQ "O cão lambão"

Na história "Guilhermina, a temperamental" (em que o Chico tira leite da vaca no meio da estrada, impedindo um homem de passar com o carro) mudaram "ovino" para "ovindo" em um quadrinho, mas em outro quadrinho depois mantiveram a palavra. Como se o público não soubesse o que o Chico tava falando. Ora, tudo que termina com gerúndio "-ando" era "-ano", não tem complicação. Além disso, o homem não foi colorido de vermelho em um quadrinho como foi na original de 1984, tirando assim, a intensidade de raiva, que o homem estava sentindo na hora. Como uma simples mudança de cor pode mudar o sentido de uma cena. Abaixo, a comparação, com todas as imagens originais enviadas por André Felipe:

Comparação da HQ "Guilhermina a temperamental"

De 7 histórias, 2 sem créditos nenhum e apenas 2 com créditos completos. Na história "Prenderam Tupã" do Papa-Capim (em que o Papa-Capim pensa que um caçador prendeu Tupã dentro de uma espingarda porque confunde o barulho do tiro com trovão) teve roteiro e desenho da Rosana Munhoz. Era raro histórias escritas por ela no inicio dos anos 80 na Editora Abril. Ela era mais desenhista, de preferência as histórias do Papa-Capim. A última história "Muito castigo por um ladrão de goiabas" (em que o Chico passa mal com goiabas roubadas do Nhô Lau, que aproveita para castigar o Chico ainda mais), foi com desenhos dela também.

Cascão - "O limpo" - Cascão fica de olho em uma menina que passou na rua, abandonando a Cascuda, mas a menina o despreza por ser sujinho demais.

A Cascuda já estava começando a se tornar namorada oficial do Cascão, mas mesmo assim ainda tinha história do Cascão com outras namoradas ou dando em cima de outras garotas, inclusive nos anos 90. A Rosana desenhou essa história de abertura, com destaque para a menina com um estilo diferente e também a Cascuda foi desenhada com nariz diferente, em forma de "c" em vez da forma "acento circunflexo".

Trecho da HQ "O limpo"

Nos comentários, de 6 histórias, em 3 mostraram algum crédito, sendo roteiro só mostrou nas 2 primeiras e em nenhuma falou de quem fez a arte-final. Destaque para a história "Aquele que ronca alto", em que o Cascão vai dormir na casa do Cebolinha, que não consegue dormir com os roncos altos do Cascão. Traços maravilhosos, pena que não mostrou quem desenhou (aliás, nessa não foi falado nem quem fez o roteiro).

Esse gibi teve alteração na história "Penadinho apaixonado", em que ele se apaixona por uma menina viva que vai visita ro cemitério. No início eles não tinham consenso se a Dona Morte era homem ou mulher, principalmente porque tinha sombras rachuradas no rosto. Tinha roteirista que tratava como homem, outros como mulher. Então, como mostro na comparação a seguir, no gibi original a Dona Morte foi chamada de "ele" pelo Zé Vampir e agora nessa CHTM mudaram para "ela". Foi falado isso nos comentários do Paulo Back, mas mesmo assim acho que não tinha que mudar o texto. Imagem original enviada por André Felipe:

Comparação da HQ "Penadinho apaixonado"

Assim como o gibi do Chico Bento, esse do Cascão não teve tirinha no final, então não tiveram alterações em relação a isso.

Magali - "De mal com todo mundo" - Todos os amigos ficam de mal com a Magali por causa dos constrangimentos que ela causa em relação a sua gula exagerada e como a Magali fica deprimida, ela resolve fugir de casa.

Essa história foi escrita pela Rosana, muito bom os traços, com direito a curvas nos olhos quando os personagens estão com muita raiva. bem interessante a vista do bairro do Limoeiro em um só quadrinho, ocupando toda a página 9 do gibi.

Trecho da HQ "De mal com todo mundo"

A Denise mais uma vez desenhada diferente. Como só aparecia de vez em quando e não tinha traços definidos, cada história ela era desenhada diferente. Uma pena que nos comentários não mostrou quem desenhou e arte-finalizou. 

Trecho da HQ "De mal com todo mundo"

De 7 histórias comentadas, nenhuma com créditos completos, faltando sempre alguma informação. Procuraram colocar mais roteirista de cada uma. Destaque para a história "Pro nosso bem", com a Magali interessada e pensando como seria namorar outro menino, sem ser o Quinzinho, já que de vez em quando ela namorava outros meninos sem ser o Quinzinho, que ainda não era namorado oficial dela. O menino dessa história, o Marinho, foi uma caricatura mirim do roteirista da história, Mario Mattoso.

Teve também a estreia da propaganda "Quem é? Quem é? Quem é?" em um gibi da Magali. Estreou nos gibis de fevereiro de 1991, mas nos quinzenais foi em maio porque tinham 3 páginas internas reservadas a propagandas e essas ocupavam 2 páginas e, com isso,  tirava o espaço de outro anunciante. Nas revistas quinzenais para anunciar gibis dos personagens, procuravam mais colocar as outras de 1 página também lançadas em 1991.

Nessa edição da Magali a propaganda foi anunciando a revista do Chico Bento, só que infelizmente tão pequena que só com uma lupa para enxergar as charadas da primeira página da propaganda. Em todos os gibis, aliás, os anúncios ficaram microscópicos, colocam mesmo só para constar. E ainda esqueceram de colocar a propaganda do Disque Mônica da "Telesp" que saiu na revista original.

A tirinha foi mudada, tirando o nome da Magali no alto e com ampliação de desenhos que estão fazendo desde a CHTM # 47, mas pelo menos não mudaram a arte no 2º quadrinho , não tirando o contorno envolvendo os personagens, mudando para um quadrado padrão como o absurdo que fizeram na CHTM # 49. Porém, corrigiram a parte branca da melancia que não colocaram na original e mudaram de lugar a posição da assinatura do Mauricio e . Talvez para ficar num lugar mais visível. Vai entender. Abaixo a comparação:

Comparação das tirinhas de 1991 e da CHTM # 50

A capa do gibi com pouca alteração, teve um tom de colorização diferente. Era fundo azul na original e agora mudaram para um tom mais cinza. Teve mudanças também na proporção dos desenhos, diminuindo um pouco para poder caber o selo da CHTM e o informativo que não pode ser vendida separadamente e o canto do jogo de amarelinha ficou cortado por causa do selo da CHTM. Como se fosse um código de barras, se tivesse na original. Abaixo a comparação das capas:

Comparação das capas de 1991 e da CHTM # 50

Então, esta foi a resenha da última Coleção Histórica Turma da Mônica lançada. Em todas as contracapas das revistas desse volume há um bilhete do Mauricio contando sobre o cancelamento da coleção e a possibilidade de criarem outro formato para republicação de histórias antigas e clássicas. Não fala o motivo, apenas que o projeto já cumpriu a sua missão, ou seja, fechou um ciclo e já deu o que falar.

Bilhete do Mauricio presente nas contracapas dos gibis da CHTM # 50

Há algumas possibilidades de motivos do cancelamento da CHTM que listei. Pode ser uma delas ou até mesmo todas essas ao mesmo tempo:

  • Crise do país que afeta o mercado de quadrinhos. Vários outros títulos da MSP foram cancelados e até outros gibis fora da MSP, como Luluzinha e Bolinha e então a CHTM foi mais uma de tantos cancelamentos;
  • Poucas vendas, já que quem compra mesmo é o público adulto;
  • O pessoal compara a alta qualidade das histórias antigas e desiste de comprar os gibis novos, desiludido com a fase atual;
  • Muitas cenas incorretas que mesmo avisando nos comentários que hoje em dia não fazem mais histórias daquele jeito e sendo uma publicação mais voltada aos adultos, há crianças que compram e leem e mães reclamam de tanta coisa incorreta;
  • Querem criar outro formato de republicações mais lucrativo, como versão digital ou aplicativo de celular ou encadernados de luxo, visto que a CHTM até que é não é cara, custando R$ 19,90 por 5 gibis, fora o custo da caixa dos boxes e não sofreu reajuste desde que foi lançada em 2007.

Convenhamos também que estavam mudando muito o conteúdo para ficar conforme as edições atuais que estragam as histórias, que ficavam completamente diferente do conteúdo original. Nesse volume mesmo tiveram várias alterações, como puderam ver na postagem, além das edições anteriores. Já chegaram ao ponto de alterar, inclusive, desenhos da história inteira como foi em uma história do Cebolinha da CHTM # 48. Muitos absurdos nessas alterações e completamente desnecessárias. Por isso acho sempre melhor comprar as originais em sebos ou na internet.

Vamos aguardar os novos projetos da MSP e se terá outro formato de republicações dessas histórias clássicas.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Capa da Semana: Almanaque do Cebolinha Nº 15

Uma capa muito legal com a turma saindo dos presentes fazendo uma grande surpresa para o Cebolinha na noite de Natal. Ele adorou a surpresa. 

Muito raro uma capa de Natal em um almanaque convencional, mas naquela época ainda não tinha o tradicional almanaque anual de Natal. A história de abertura também foi natalina (republicação de "Um Papai Noel na minha cama" - 'Cebolinha Nº 132', de 1983), mas as demais foram normais.

A capa dessa semana é de 'Almanaque do Cebolinha Nº 15' (Ed. Globo, Novembro/ 1991).


sábado, 12 de dezembro de 2015

Uma história de Natal do Astronauta

Nessa postagem compartilho uma história de quando o Astronauta passou o natal em companhia de um pinheiro extraterrestre. Com 7 páginas no total, foi publicada em 'Almanaque da Mônica Nº 20' (Ed. Abril, 1983).


Nela, Astronauta está montando a sua árvore de Natal, mas coloca muito enfeite de um só lado que faz a árvore cair e estraga toda. Astronauta se pergunta como vai conseguir outra árvore em pleno espaço sideral. Durante o seu percurso, encontra vários pinheiros em um planeta, iguais aos que existem na Terra. Então, ele pega um machado, arranca um pinheiro e leva pra sua nave para se tornar a sua nova árvore de natal. Chegando lá, ele enfeita e quando termina vai dormir porque ficou cansado.


Enquanto o Astronauta dorme, a árvore dá umas sacudidas e descobre que estava viva. Na verdade, o pinheiro era um extraterrestre habitante doe um planeta de pinheiros e o Astronauta não percebeu isso. O Pinheiro não entende por que colocaram enfeites de Natal nele e tira tudo. Percebe também que não está no seu planeta e descobre que está no espaço sideral ao ver a janela da nave. Então, ele tenta mexer nos controles da nave para voltar ao seu planeta.


A nave dá vários zigue-zagues que acaba derrubando o Astronauta da cama. Ele vai ver o que está acontecendo e leva um susto com vê a sua árvore de Natal pilotando a nave. O Pinheiro, com muita raiva, descobre que foi o Astronauta que o levou para fora do seu planeta e tenta esmagá-lo, mas não consegue por causa da roupa do Astronauta que o protege. Astronauta fala para ele ficar calmo e não fazer nada contra porque só ele que pode levá-lo de volta para casa.

O Pinheiro chora, querendo voltar para casa, para ficar perto da sua família e seus amigos. Astronauta tenta consolar, mas acaba se emocionando lembrando que está no espaço há anos, longe dos pais, dos amigos e da sua namorada. O Pinheiro fala para não ficar emocionado assim e o Astronauta responde que ele não sabe como é triste passar o Natal sozinho sem a presença deles. 


O Pinheiro, então, pergunta o que é Natal, se é algum sistema solar. Astronauta responde que é uma festa que reúne todas as pessoas com muita paz para comemorar o aniversário do Menino Jesus. e que ainda tem troca de presentes, refrigerantes e doces. O Pinheiro fica animado com o que o Astronauta fala e faz uma proposta de passar o Natal junto com o Astronauta e depois ele o leva de volta para casa. Astronauta adora a ideia e eles festejam o Natal juntos, com direito a um brinde.


Depois de terem festejado, Astronauta o leva para o seu planeta, com o Pinheiro carregando um presente que o Astronauta deu e o Astronauta agradecendo o amigo por ter passado o Natal junto com ele. No final , Astronauta volta para a nave, comentando consigo mesmo que foi um dos melhores Natais que ele passou, mas lamenta que acha que não conseguiu traduzir o verdadeiro significado do Natal para o Pinheiro, mas que pelo menos uma sementinha foi plantada. Porém, sem Astronauta saber, o Pinheiro montava  um presépio no seu planeta, com os pais não entendo nada o fato do filho curtir a sementinha e ficar falando de amor e paz entre as árvores.


Essa é uma bonita história, mostrando uma boa mensagem. O Astronauta tem seus conflitos de solidão no espaço, longe da sua família e amigos e na época de Natal é quando mais sente falta e, sem querer, o Pinheiro que ele levou acabou sendo uma ótima companhia para passar a noite de Natal com ele e não sentir sozinho. E a história ainda mostra um pouco do verdadeiro sentido do Natal.


Os traços ficaram muito caprichados, característicos dos anos 80. Na postagem a coloquei completa. Vale destacar que a namorada que o Astronauta a se refere é a Ritinha, que ainda era namorada dele na época e anos mais tarde acabou se casando com outro cara (o Bonifácio), justamente por isso de se cansar das intermináveis aventuras espaciais do Astronauta e passar meses sem voltar para casa, deixando o Astronauta em profunda depressão e dor de cotovelo em uma série de histórias que saíram em 1989 e 1990.


Essa história nunca foi republicada. Os almanaques da Mônica Nº 7, 9, 10, 11, 12, 14, 16 e 20 da Editora Abril tiveram histórias inéditas (entre 1980 e 1983), ou apenas uma, ou até o gibi inteiro, como os especiais de Natal. É que ainda tinham poucas histórias para serem republicadas de no mínimo 5 anos, então era normal colocarem inéditas para compensar. Tipo, eram poucas histórias de Natal disponíveis para republicação na época para preencher almanaques assim todo ano. E essas histórias inéditas de todos eles, jamais republicadas até hoje, sendo esquecidas completamente pela MSP. Então, só quem tem esses almanaques é que conhecem essas histórias raras.