terça-feira, 30 de setembro de 2014

Magali: HQ "O rolo do bolo"

Mostro uma história sensacional de quando a Magali passou sufoco ao comer o bolo de casamento da sua prima antes da hora. Tem 13 páginas e foi publicada originalmente em 'Magali Nº 8' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Magali Nº 8' (Ed. Globo, 1989)

Começa com a mãe da Magali, Dona Lina, finalizando o bolo que ia levar para o casamento da sua sobrinha e a Magali do lado, quer dar uma provada. A mãe não deixa, falando que ela só vai comer um pedaço na hora da festa. Dona Lina vai se arrumar para o casamento e fala para a Magali ficar quieta para não amassar o vestido. Como ficou sozinha, Magali vai à cozinha para provar o bolo. Só que ela não se controla e acaba comendo todo.


Mônica aparece, já que ela também ia ao casamento, e encontra a Magali chorando na cozinha. Sabendo que ia levar uma bronca da mãe se ela descobrir, Magali pede ajuda para a Mônica, que tem ideia de modelar um bolo de gesso para disfarçar. Ela monta ficando igual ao original e as duas vão para sala esperar o gesso secar.


Enquanto isso, dois ladrões assaltam uma joalheria, roubando um diamante de lá. Ao notarem que a polícia estava perseguindo, eles escondem o diamante dentro do bolo do casamento da prima da Magali, já que foi a primeira casa que encontraram. Eles são levados para delegacia, com a intenção de recuperar o diamante depois.

Em seguida, na casa da Magali, Dona Lina pega o bolo na cozinha para levar ao casamento. Ela encontra o enfeite caído, mas não percebe que o bolo era de gesso. Todos vão ao casamento e a Magali pensa o tempo inteiro no bolo, de como vai ser quando resolverem cortá-lo e descobrirem que é de gesso. Até que eles chegam no salão da festa do casamento.


Tudo ia muito bem, inclusive a noiva tira fotos com o bolo, até que a mãe dela, tia da Magali, sugere que a filha corte o bolo. Mônica interfere, dizendo que a noiva tem que jogar o buquê logo porque está na moda jogar antes de cortar o bolo em vez do final da festa. Depois, a tia da Magali resolve dar uma provada primeiro e a Magali interfere, falando que o bolo tem muito açúcar, muitas calorias e que ela está meio fofinha. A tia fica braba, insinuando que ela está gorda e nessa hora aparece a prima reclamando que a Mônica é doida, que a obrigou a jogar o buquê 4 vezes e a Mônica devolvia sempre.


Dona Lina pergunta se ela vai cortar o  bolo e diz que está tentando. Os noivos posam para foto e quando a noiva está para cortar a Magali impede, falando que eles não vão gostar do bolo. Dona Lina, reclama, dizendo que está insinuando que o bolo dela não é gostoso e a Magali diz que é tão gostoso que quer inteiro para ela, deixando a mãe morrendo de vergonha e que não pensava que ela é capaz de aprontar uma dessas.


A noiva tenta cortar o bolo de novo. Quando está prestes a cortar, surgem os bandidos que jogaram o diamante nele. Eles conseguiram escapar da delegacia por falta de provas, percorreram várias festas a procura do diamante e conseguiram encontrar. Eles rendem todos e comem o bolo para encontrar o diamante. Conseguem encontrá-lo no segundo pedaço, mas conseguem uma indigestão de tão duro que estava e desmaiam.


A polícia invade a festa atrás dos bandidos e os levam presos. A noiva fica feliz que tudo acabou bem e volta a tentar cortar o bolo, mas aparece um policial falando que tem que levar o bolo como prova do crime, deixando claro que queria mesmo era comer. Magali fica aliviada que conseguiu se livrar do bolo de gesso, achando engraçado que o pessoal da delegacia vai ter uma grande indigestão. A prima fica arrasada porque ficou sem bolo de casamento e a Dona Lina resolve fazer outro ali mesmo.

No final, o bolo novo fica pronto e a noiva resolve dar o primeiro pedaço para Magali. Ela diz que não precisava um pedaço tão grande e sai comendo o bolo inteiro sozinha, deixando o pedaço que a prima cortou na mão dela.


Acho essa história maravilhosa, é muito engraçada e bem movimentada. Os exageros da fome da Magali eram um ponto alto das suas histórias e essa é mais uma, sendo capaz de comer sozinha um bolo de 3 andares rapidamente e depois um bolo simples sozinha também. Na postagem, a coloquei completa. Os traços são excelentes e muito interessante ver a Magali e a Mônica com roupas de casamento, diferentes do que estamos acostumados. Ficaram muito bonitas.


É incorreta para os padrões atuais logicamente por causa da presença de bandidos, ainda mais rendendo o pessoal na festa com armas, e também a fome exagerada e absurda  da Magali que infelizmente não tem mais atualmente. Ela foi capaz até de desobedecer a mãe e comer o bolo inteiro, coisa errada também.


Apenas o bandido gordo teve o nome revelado, que se chamava Linguiça, já o outro acabou sem apresentar nome. Essa prima da Magali também ficou sem nome revelado, assim como a tia gorda, sendo que a prima chegou a aparecer na história "A companhia", de 'Magali Nº 5', de 1989, quando na ocasião se chamava Deise, e, com isso, nessa "O rolo do bolo" foi a sua segunda e última aparição. 


A Magali foi a que mais teve parentes que apareceram nas suas histórias uma única vez. Como os gibis da MSP não seguem cronologia, sempre apareciam primos e tios diferentes, tanto para Magali, como para os outros personagens. São tantos que até daria para criar uma postagem sobre os parentes da Magali e da turma.

Enfim, essa história é tão boa que considero um clássico da Magali. Sempre muito bom relembrá-la.

domingo, 28 de setembro de 2014

Capa da Semana: Cebolinha Nº 8

O cabelo do Cebolinha sempre rendeu ótimas piadas, algumas a favor dele, outras contra. Nessa capa, o cabelo do Cebolinha serviu como antena para funcionar a televisão do clubinho dos meninos. Ele que não gostou da ideia nem um pouco.

A capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 8' (Ed. Globo, Agosto/ 1987).


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Mônica 40 Anos


Em 2004, foi lançada a edição especial "Mônica 40 Anos", em comemoração aos 40 anos de criação da personagem. Nessa postagem faço uma resenha sobre essa edição.

"Mônica 40 Anos" foi lançada com um ano de atraso, visto que a personagem foi criada em 1963 e, portanto, era para ser em 2003, mas o especial saiu só em abril de 2004, como consta a data do expediente. 

O livro tem 116 páginas no total, formato 21 X 27,5 cm, capa cartonada e papel de miolo de gibi convencional. A exemplo da "Mônica 35 Anos", de 1998, todas as histórias são inéditas. No miolo tem propagandas comuns que circulavam nos gibis da época.

Abre com um frontispício com o Mauricio de Sousa falando do sucesso da Mônica, e a seguir vem uma entrevista de 5 páginas com o Mauricio. Nessa entrevista, ele fala sobre a turma na escola, as novidades na internet e no cinema (lançamento do filme CineGibi), novos personagens com portadores de deficiência (não cita os nomes dos personagens e qual tipo de deficiências, mas no caso seriam o Luca e a Dorinha), além de responder o que os leitores mais pedem e de que tipos de histórias pedem mais, etc.

Na ficha técnica após a entrevista, erro ao dizer que a revista da 'Mônica Nº 1' foi a primeira revista de circulação do Mauricio. As do Bidu da Editora Continental em 1960 é que foram.

Uma das páginas  da entrevista com o Maurício

Depois, colocaram tirinhas dos anos 60 com as primeiras aparições do Anjinho e do Penadinho, que também estavam completando 40 anos, e o Maurício fala um pouco sobre esses personagens. Para constar, o Penadinho foi criado em 1963 e o Anjinho, em 1964. Então, foram reservadas 2 páginas com tirinhas do Anjinho (com 6 tirinhas no total) e 1 página do Penadinho (5 tirinhas no total).

Uma página de tirinhas do Anjinho

Uma coisa curiosa, é que até em 1963, a empresa do Mauricio se chamava "Bidulândia". Nas tiras do Penadinho que foram mostradas, aparecia "Bidulândia" nas laterais, enquanto que as do Anjinho, já era "Mauricio de Sousa Produções". Nos livros "As Tiras Clássicas da Turma da Mônica" isso ficou omitido, assim como as numerações das tiras, que foram mostradas em "Mônica 40 Anos".

Uma tirinha do Penadinho

As histórias foram 6 no total, contando com a tirinha final. A de abertura foi a "Mônica 40 Anos", comemorativa de 31 páginas, mostrando um passeio pelo estúdio, desde estacionamento, e como se faz os gibis. Falou sobre roteiros, desenhos, letras, arte-final, acabamento e cor, tudo com muito humor. Mostrou, inclusive, os roteiristas e os outros profissionais contracenando com os personagens, através de caricaturas e em certos momentos fotos reais deles.

A partir da parte que fala de "Letras" até o final, os traços ficaram diferentes em relação ao inicio da história. Dá a impressão que a mesma história foi feita por desenhistas diferentes. No desenho antes de "Letras" achei que ficou melhor. E nessa época, os personagens já não falavam mais "Droga!" nos gibis, visto que nessa história, o Cebolinha falou até "Papagaio!" para substituir a palavra.

Trecho da HQ de abertura "Mônica 40 Anos"

A seguir vem a história "Quem tem medo de filme de terror?", de 10 páginas, em que a Marina convida a Magali para assistir a um filme de terror na sua casa à noite, e aparece depois o Cebolinha e o Cascão também lá para fugir da Mônica, que também aparece depois. Essa achei uma história normal, que poderia muito bem sair em um gibi convencional da época, mas que resolveram colocá-la nesse especial. Além disso, acho que a Mônica ficou apagada nela, ficou sendo praticamente uma história da Marina.

Depois vem "Nimbus, Marina e Do Contra", que mostra, em 15 páginas, a origem do Nimbus, Do Contra e Marina, verdadeiros filhos do Mauricio, e como ele se inspirou para criar os personagens baseados nas personalidades reais dos filhos. Outra que acho que a Mônica ficou apagada, afinal, a edição especial é dela.

Trecho da HQ "Nimbus, Marina e Do Contra"

A história "Um dia no circo", é outra também que não é comemorativa e podia muito bem sair em qualquer gibi convencional da época. Com 9 páginas, nela, o Cebolinha é perseguido pela Mônica no circo e eles atrapalham as apresentações durante a perseguição.

Esse especial termina com a história "A origem da Mônica", escrita pelo Emerson Abreu. Ela tem 28 páginas, divididas em 6 capítulos, e um "narrador" conta, com muito humor toda a origem da Mônica, de onde ela veio e o segredo da sua força, mostrando, inclusive, que a Mônica foi adotada por uma família de elefantes, que eram retratados pelo Cebolinha, Cascão e Magali. Só que é descoberto que tudo foi plano infalível do Cebolinha com ajuda do Anjinho, que falava a história na nuvem com um megafone.

E a tirinha no final, mostra a evolução da Mônica ao longo dos 40 anos.

Trecho da HQ "A Origem da Mônica"

Esse livro "Mônica 40 Anos" foi reimpressa também em uma nova versão como formato livro mais luxuoso, com mesmo conteúdo e sem as propagandas. Foi lançada junto com as versões também de luxo de "Maurício 30 Anos", "Mônica 30 Anos" e "Mônica 35 Anos" (originais de 1990, 1993 e 1998, respectivamente). Essa versão de luxo eu não tenho. 

Aliás, uma grande mudança na versão de luxo foi a capa que é bem diferente da versão original. Acho que não deviam mudar a capa original tão radicalmente assim. A original é melhor.Abaixo, a capa dessa versão de luxo, tirada do site "Guia dos Quadrinhos":

Capa da "Mônica 40 Anos" da versão de luxo

Para mim, não achei uma edição tão boa assim, mas vale pelo valor histórico e pelo menos a data não passou em branco. Foi bom ter histórias inéditas para diferenciar, de preferência comemorativas que mostrem a sua personalidade. Não gostei da Mônica apagada em 2 histórias, já que o especial é dela. 

Podia ter bem mais curiosidades também, e não só uma entrevista com o Maurício, e podia ter tirinhas da Mônica de todos os tempos também. A edição "Mônica 30 Anos" foi, sem dúvida, a melhor desses especiais de criação dela. 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Capas Semelhantes (Parte 1)

Como sabem, por muitos anos as capas dos gibis da Turma da Mônica eram com piadinhas relacionadas aos personagens. Capas muito caprichadas e criativas, por sinal. Porém, uma desvantagem (ou não) de capas assim, é que de vez em quando mostravam a mesma piada, só mudando o desenho e alguns detalhes. 

Isso acontecia, provavelmente porque o roteirista que fazia a segunda versão não lembrava que a capa havia saído antes. Afinal, na maioria das vezes, levava vários anos para ter outra igual. E muitos leitores também nem notavam isso ou nem sabiam que uma capa parecida já havia saído antes, porque o público sempre estava sendo renovado, e quando saía a segunda versão, o leitor não colecionava na época da primeira.

Aliás, as vezes a mesma piada saiu mais do que 2 vezes. As revistas que mais aconteciam isso eram as do Cascão, Chico Bento e Magali, até porque foram quinzenais por muitos anos, e raramente com o Cebolinha, já que na Editora Abril, os gibis dele prevaleciam com referência a histórias de abertura.

Pensando nessas capas curiosas com a mesma piada, mas desenhos diferentes, vou passar mostrá-las aqui no blog as 2 versões, comentando sobre elas. Vão prevalecer imagens dos gibis da minha coleção, e algumas podem ser tiradas da internet ou enviadas por alguém, avisando quando não for da minha coleção. Nessa postagem, mostro 5 capas semelhantes, 1 para cada personagem. Todas da Editora Globo. 

Cascão Nº 54 X Cascão Nº 216

Mostra a referência aos "Três Macacos Sábios" em que um não vê, outro não escuta e outro não fala, só que quando eles viram o Cascão colocam a mão no nariz por causa do mal cheiro. A versão original saiu em 'Cascão Nº 54', de 1989, e depois saiu outra capa com a mesma piada em 'Cascão Nº 216', de 1995, com um fundo mais simples e os macacos com cores diferentes.



Mônica Nº 33 X Mônica Nº 246

O Cebolinha encarna um príncipe que dá um nó nas tranças da Mônica Rapunzel. A versão original é de 'Mônica Nº 33', de 1989, e fizeram a segunda versão em 'Mônica Nº 246', de 2006, que inclusive foi a última edição dela da Globo. A maior diferença entre as duas é que na original passava à noite, e a segunda, de dia, e o Cebolinha passou a usar nela um chapéu de príncipe, além da Mônica aparecer sem coroa e braba.



Magali Nº 58 X Magali Nº 202

Magali dando sinal para o vendedor de cachorro-quente, como se fosse chamando um ônibus ou táxi. De mudança mais significativa, na versão original de 'Magali Nº 58', de 1991, ela segura uma mala, como se estivesse indo viajar, enquanto que em 'Magali Nº 202', de 1997, não.



Chico Bento Nº 166 X Chico Bento Nº 260

Nela, uma onça se apaixona pelo Chico, que estava de cama com catapora. Publicada primeiro em 'Chico bento Nº 166, de 1993, e na versão de 'Chico Bento Nº 260', de 1997, eles mudaram de posição e o Chico de termômetro na segunda versão..



Cebolinha Nº 90 X Cebolinha Nº 193

Em 'Cebolinha Nº 90', de 1994, o gorro que o Cebolinha usa acaba ficando com 5 pontas, adaptando a forma do seu cabelo. Na segunda versão, de 'Cebolinha Nº 193, de 2002', a piada é a mesma, porém parece que colocaram uma luva gigante no lugar de tão grande que ficou. Para constar, a imagem do 'Cebolinha Nº 193' foi enviada por Washington Brito.



Como podem ver, essas capas semelhantes são bem curiosas e dá para comparar as diferenças nos desenhos.  Para mim, a primeira versão sempre fica melhor. Essa foi a primeira postagem com capas semelhantes, colocarei várias outras também, porque tiveram bastantes assim.

domingo, 21 de setembro de 2014

Capa da Semana: Magali Nº 138

Há exatos 20 anos começou o 3D Virtual nos gibis. A princípio, em setembro de 1994, o recurso era só nas capas e a partir de novembro, passaram a ter histórias também. Em homenagem, mostro uma capa da Magali, com ela pensando nas guloseimas em 3D. De curiosidade, essa foi a única capa da Magali em 3D. 

Há quem nunca conseguiu ver as imagens saltando para fora, mas eu consigo ver tranquilamente, até assim na tela do computador. Para constar, eu já falei detalhes do 3D Virtual aqui no blog.

A capa dessa semana é de 'Magali Nº 138' (Ed. Globo, Setembro/ 1994).


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Turma da Mônica Extra Nº 13 - Vó Dita


Nas bancas, "Turma da Mônica Extra Nº 13" com a Vó Dita e nessa postagem comento sobre essa edição. 

Essa edição continua sem propagandas internas e custando R$ 3,20, e, com isso, é a revista mais barata da MSP atualmente. Chegou com um atraso de 4 meses, visto que a data original era de maio, conforme consta no expediente, e só chegou nas bancas em setembro. Não dá para entender um título chegar tão atrasado como foi esse, para ver como anda péssima a distribuição da Panini. Mesmo com atraso, as propagandas da página 2 e da contracapa foram atuais, mostrando os lançamentos de "Graphics MSP - Bidu Caminhos" e "Turma da Mônica Jovem # 74", de outubro. Provavelmente mudaram de última hora esses anúncios. 

A vó Dita é avó do Chico Bento, mãe do pai dele, o Seu Bento. Foi inspirada na avó de verdade do Mauricio de Sousa, de mesmo nome. Sua principal característica é contar histórias para o seu neto Chico Bento ou também para outras crianças da Vila Abobrinha. Essas histórias são baseadas no folclore brasileiro ou reais, baseadas na sua experiência de vida, repletas de sabedoria e com uma lição de moral para refletir no final. 

Quando o protagonista da história é criança, costuma ser o Chico Bento e seus amigos representando os personagens da sua histórias. O Chico pensa que tudo é imaginação da Vó Dita, mas no final é revelado para os leitores que realmente aconteceu no passado, mostrando a Vó Dita conversando com o personagem de quem ela contou. Até quando as histórias são sobre folclore também são verdadeiras. 

Algumas eram emocionantes, outras bem sinistras também, envolvendo pacto com diabo e o sobrenatural, e estas também aconteceram, mostrando os personagens no final. Há também histórias com ela só participando das histórias do Chico mesmo e dando conselho rápido. Não gostava muito da Vó Dita quando criança, não entendia muito as mensagens que queria dizer e achava sem graça. Depois de adulto, que passei a entender, mas mesmo assim prefiro as histórias divertidas.


Então, essa edição "Turma da Mônica Extra Nº 13" tem 12 histórias republicadas com a Vó Dita no total, incluindo a tirinha final  Prevaleceram histórias simples com a Vó Dita participando ou no início ou no final e infelizmente apenas 4 foram com ela contando histórias para o Chico. 

As histórias são da Editora Globo entre 1991 a 1994, mas teve uma de 1 pagina da Editora Abril, publicada originalmente em Chico Bento # 3, de 1982. Aliás, quase todas as histórias haviam sido republicadas no 'Coleção Um Tema Só # 48 - Chico Bento: Histórias da Vó Dita' (Ed. Globo, 2005). Apenas essa da Ed. Abril, além de "A vingança do peixe", de CHB #124, de 1991 (em que o Chico se engasga com uma espinha de peixe e o Zé Lelé tenta tirar), e "A importância de uma flor", de CHB # 125, de 1991 (em que conta a história de uma menina que cultivava flores), que não foram. Então, quem tem aquela edição, conhece as histórias também.

O gibi abre com a história "Chico Bento e o nome" (CHB # 144, de 1992), que mostra como foi o nascimento e a escolha do nome do Chico Bento. A intenção era os pais colocarem o nome dele através do santo do dia, mas como ele nasceu no "Dia de Todos os Santos", os pais e a Vó Dita procuram outros meios para escolherem um nome para o bebê. Um detalhe nela é que o seu Bento chama a Vó Dita pelo nome, e não de mãe.

De curiosidade, essa história é de uma época em que os personagens não tinham datas fixas de aniversário e qualquer data podia ser a de aniversário. Então, só nessa história, o Chico Bento nasceu dia 1º de novembro, e atualmente ele faz aniversário em 1º de julho. Porém, apesar da história falar de "Dia de Todos os Santos", o gibi original foi de julho de 1992, e, com isso, dá para notar que as histórias não tinham coerência com o mês corrente. 

A "Perigo na xícara chá" (CHB # 113, de 1991) é simples e interessante. Nela, a Vó Dita não vê um futuro  bom para o Chico na xícara de chá, mas não diz para ele o que é, e ele fica encucado com isso. 

Trecho da HQ "Perigo na xícara de chá" (1991)

O gibi encerra com a história "Chico Malasarte" (CHB # 132, de 1992), que conta a história de um menino que perdeu tudo e ficou só com a porta velha da casa e a companhia de um urubu e faz um plano para comer na casa de uma mulher que regula comida até para o marido.

Sobre as terríveis alterações em relação às originais, infelizmente tiveram algumas. A primeira foi logo na primeira página da história de abertura. Na original, o Seu Bento estava com um cachimbo na mão, e agora tiraram. Nas histórias atuais, cigarros, cachimbos, charutos estão proibidos e, então, eles alteram isso nas republicações dos almanaques. E nesse não foi diferente. Abaixo a comparação:

Trecho da HQ "Chico Bento e o nome", tirada de 'Chico Bento # 144' (Ed. Globo, 1992)

Trecho alterado da HQ "Chico Bento e o nome", tirada de 'Turma da Mônica Extra Nº 13'

Ficou tão mal feito que a gente sabe que ele está segurando alguma coisa ali e que foi apagado. Lembrando que as histórias com a Vó Dita com cachimbo não foram alteradas, e, com isso, nas que ela aparece sem o cachimbo, eram assim mesmo nas originais, mas foi falado no frontispício que "isso é folclore", ou seja, não existe nas histórias atuais.

Outra alteração, segue essa ideia também, só que aí tiraram o cachimbo do Saci na história "Quem canta" (CHB # 143, de 1992), em que o Chico canta para as assombrações ao voltar para casa, seguindo o conselho da Vó Dita. Acho absurdo isso, porque faz parte da cultura brasileira o Saci fumando cachimbo e agora a MSP tira, sem mais nem menos. Até na capa, ele aparece sem. Abaixo, a comparação dessa história:

Comparação da HQ "Quem canta": saci sem cachimbo na reedição

Na história de 1 página, tiveram mudanças. O caipirês em 1982 era diferente do que o atual em algumas palavras. Com isso, eles mudaram as palavras "melhor" e "de". Na original, a Vó Dita falava "mió" e "de" e nessa republicação mudaram para "mior" e "di", respectivamente. Não gosto quando muda o caipirês porque descaracteriza a linguagem da época. Abaixo, a comparação da palavra "mió" nessa história:

Comparação da HQ de 1982: alteração do caipirês na palavra "mió"

Em "Vó Dita sabe das coisas" (CHB # 158, de 1993), em que a Vó Dita conta para o Chico e o Zé Lelé a história de uma bruxa que transformou em sapos dois garotos que roubavam suas goiabas, trocaram o tempo inteiro a palavra "roubar" para "pegar". 

Em uma época que não tem mais bandidos nos gibis, a palavra "roubar" também está proibida atualmente. Ou seja, agora eles não roubam mais goiaba do Nhô Lau, e, sim, pegam as goiabas. Fica até estranho vendo a comparação, o Zé Lelé falando que roubada pegada é mais gostosa. Ridículo. Isso sem contar também a mudança de novo no caipirês, alterando de "memo" na original, para "mermo".  Lamentável.

Comparação da HQ "Vó Dita sabe das coisas": palavra "robada" alterada

Lembrando que na original, o Nhô Lau não aparece de trabuco e, logo, isso não foi alterado dessa vez. Porém, corrigiram erros de colorização. Na época, o Zé Lelé apareceu de cabelos brancos nas últimas páginas depois da história contada pela Vó Dita e agora corrigiram isso, assim como a camisa dele que apareceu branca na primeira página e agora corrigiram para rosa.

Trecho da HQ "Vó Dita sabe das coisas", tirada de 'Chico Bento # 158' (Ed. Globo, 1993)

Trecho alterado da HQ "Vó Dita sabe das coisas", tirada de 'Turma da Mônica Extra Nº 13'

Então, esse gibi vale para quem gosta da Vó Dita e conhecer um pouco das suas histórias. Para quem tem os gibis originais ou o 'Coleção Um Tema Só # 48' de 2005 pode não valer tanto, já que a maioria das histórias são as mesmas. Se não fossem as alterações toscas ficaria melhor.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Tirinha Nº 18: Mônica

Cebolinha aproveita que a Mônica pintou as unhas da mão e resolve xingá-la. Como a Mônica não deixa barato as provocações, o jeito foi dar coelhada nele com os pés. Muito legal.

Ela é uma tirinha inédita de almanaque, muito comum na época, já que os gibis da época que republicavam, colocavam mais anúncios da história da próxima edição no lugar da tirinha.

Tirinha foi publicada originalmente em 'Almanaque da Mônica Nº 13' (Ed. Globo, 1989).


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Capa da Semana: Cascão Nº 38

O que você faria se entrasse em um elevador e de repente entra o Cascão lá dentro? Foi o que aconteceu com o pessoal dessa capa, que teve uma experiência desagradável e constrangedora com o cheiro insuportável do Cascão.

Mais engraçado é o cachorro desmaiando e isso é que a parte incorreta dela, já que atualmente em muitos condomínios são proibidos animais dentro de elevadores.

A capa dessa semana é de 'Cascão Nº 38' (Ed. Globo, Julho/ 1988).


sábado, 13 de setembro de 2014

Chico Bento: HQ "A batalha do século"

Nessa postagem, mostro uma história de quando o Chico Bento conheceu o Capitão Feio e como ele enfrentou para impedir sujar tudo por lá. Ela tem 7 páginas e foi história de abertura de 'Chico Bento Nº 69' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Chico Bento Nº 69' (Ed. Globo, 1989)

Começa com um dia típico, com o Chico Bento com trabuco na mão querendo caçar uma onça com o seu cachorro Fido, que estava a procura de um osso, quando de repente, eles veem algo voando no céu. Chico vai atrás conferir, e descobre que era o Capitão Feio, que foi até a roça com para sujar tudo em paz sossegado sem ter ninguém da Turma da Mônica para atrapalhar os seus planos.


Chico pensa que o Capitão Feio era o super-homem e pede um autógrafo. Ele responde que era o Capitão Feio, o gênio do mal, que foi a deixa para o Chico pensar que ele saiu da lâmpada maravilhosa. Capitão Feio acha o Chico ignorante e vai embora falando que tem muito e que fazer. 

Como o Fido foi embora com  medo, Chico desiste de caçar e resolve pescar. Quando chega perto do ribeirão, vê os peixes pulando fora da água. Primeiro, ele acha que é um ótimo pescador, com os peixes indo direto nas suas mãos, mas quando vê melhor, os peixes estavam pulando porque a água estava toda poluída por causa do capitão Feio, que estava executando seu plano de poluir tudo por lá.


Em seguida, o Chico é sufocado com uma nuvem de poeira suja, que o faz tossir e percebe que a sua historinha estava toda encardida. Nisso, Chico  ouve uma gargalhada e era o Capitão Feio todo feliz com a sujeirada toda e que os seus raios de sujeira nunca deslizaram tão bem.

Chico vai tomar satisfação com ele, perguntando se não tem vergonha de espalhar a imundice por todos os cantos e o Capitão Feio lança seu raio de sujeira no Chico, que se assusta porque ficou igual ao Cascão. Capitão Feio sai e o Chico diz que isso não vai ficar assim. Ele vai para casa tomar banho e em seguida põe em prática o seu plano de dar um banho no Capitão Feio. Ele se esconde em cima de uma árvore e joga um balde d'água lá de cima, mas não consegue molhar o Capitão Feio, que fica furioso com o Chico e tenta lançar um raio de sujeira concentrado nele, mas que também não consegue atingi-lo.


Capitão Feio faz outras tentativas enquanto o Chico corre, até que ele fica encurralado sem saída. Quando o Capitão Feio ia lançar o seu raio, o Chico, sem poder fazer mais nada, começa a chorar muito, com lágrimas enormes que assusta e afasta o Capitão Feio. Ele vai embora e o Chico comemora que conseguiu se livrar dele.

No final, Chico vê que a história ficou toda encardida e se pergunta quem vai querer uma história dessa. Eis, então, que surge o Cascão com óculos escuros e cheio de malas para se mudar para a história do Chico, achando que ficou um maior barato assim.

Uma história muito legal, com crossover do Chico Bento com o Capitão Feio, com participação do Cascão no final. Essa foi a primeira vez que o Chico e o Capitão Feio se encontraram e a única até hoje nos gibis convencionais dele. 

Engraçado o Chico achando que o Capitão Feio era o Super-Homem com mais osso do que carne, e o Gênio da Lâmpada no inicio da história. A sua inocência, permite essas coisas. Quem sabe, poderia ser um pouco mais desenvolvida, na parte da tentativa do Chico dar banho no Capitão Feio, mesmo assim gostei exatamente desse jeito simples. Não perdeu o encanto desse jeito e deu conta do recado, sem enrolação, como tem que ser. 


Os traços dessa história ficaram maravilhosos, como é de se esperar na época. Na postagem a coloquei completa. Outra coisa interessante nela foi o recurso de metalinguagem, com o Chico falando que a "roça" era a "história", como, por exemplo, ele falar que a sua história estava imunda, em vez de falar roça. isso foi fundamental no final surpreendente com o Cascão se mudar para a história do Chico por causa da sujeira. Espetacular.


Gosto de história com crossover de personagens, acho válido acontecer de vez em quando para sair da mesmice. Para quem não sabe, "crossover" nas histórias em quadrinhos, significa personagens de núcleos diferentes contracenando, como, por exemplo, Mônica com Jotalhão, Cascão com Penadinho, Chico Bento com Piteco, entre outros.

Eu adorava quando o Capitão Feio aparecia e na época achei o máximo ele se encontrar com o Chico, afinal, o Capitão Feio só aparece para a Turma da Mônica. História como essa, se fosse Papa-Capim com Capitão Feio não mudaria muita coisa e atenderia o mesmo objetivo. 


Ela é politicamente incorreta pelo fato do Chico com trabuco na mão a fim de caçar uma onça no início da história, já que armas e caça de animais estão proibidos nos gibis atuais, fora também que hoje o Capitão Feio está com mais cuidado de não poluir tanto assim, principalmente rios e natureza, causar desmatamento, além de que tudo continuou sujo no final. Ou seja, impublicável.

Enfim, "A batalha do século" é uma história memorável, que sempre vale a pena relembrá-la.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Personagens Esquecidos 9: Bernardão


Bernardão foi um personagem criado nos anos 60 nas tiras de jornais e que hoje está na galeria de personagens esquecidos. Nessa postagem, falo sobre esse personagem.

Bernardão foi criado em 1963, nas tiras do  do Cebolinha do jornal "Folha de São Paulo". Sempre vestido todo de preto e com sardas no rosto  e olhos fechados, ele trazia o azar para os outros sempre que se aproximava. Ou seja, quando ele aparecia, acontecia alguma coisa desagradável com quem estava perto, como de repente cair um balde de tinta ou um asteroide na cabeça, cair em um buraco, fazer cair uma pedra gigante, que estava há centenas de anos parada, entre outras.

Primeira tirinha do Bernardão em 1963, tirada de 'As Tiras Clássicas da Turma da Mônica' volume 1 (2007)

Vale lembrar que o Bernardão não tinha azar e as coisas ruins não aconteciam com ele, apenas com os outros. Por causa do seu azar, ninguém queria se aproximar dele, por isso ele sempre estava triste e sentia complexado, porque ele achava que não trazia azar e as tragédias eram só coincidências.

Tirinha tirada de 'As Tiras Clássicas da Turma da Mônica' volume 1 (2007)
Ele aparecia para qualquer um e, com isso, todos os personagens o conhecia, mas quem mais sofria mesmo com suas aparições era o Cebolinha, que ficava desesperado só em saber que o Bernardão estava se aproximando. As vezes, o Cebolinha estava com um dia de sorte, só coisas boas estavam acontecendo, mas era só o Bernardão chegar, que passava a ter azar.

O Bernardão torcia par ao Santos e, então, era comum também tirinhas fazendo piadas com o mau desempenho do time e jogadores de futebol nos campeonatos da época. Normalmente, ele aparecia com olhos fechados, mas as vezes aparecia de olhos abertos, como nessa tirinha abaixo:

Tirinha tirada de "As Tiras Clássicas da Turma da Mônica" volume 1 (2007)

Apesar do Bernardão trazer azar, o Cebolinha ainda preferia a sua companhia do que a da Mônica braba. Para ele, era mais seguro ficar com o Bernardão do que apanhar dela. 

Tirinha tirada de 'As Tiras Clássicas da Turma da Mônica' volume 2 (2008)
Por curiosidade, o Bernardão foi baseado em um jornalista amigo do Mauricio de Sousa, que provocava também azar quando se aproximava. E o Mauricio levava essas situações reais para as tirinhas, mas, claro, que a maioria das vezes com certos absurdos, tão característicos da época.

Bernardão apareceu com frequência entre 1963 e 1966, quando infelizmente, o personagem foi para o limbo do esquecimento, ainda na fase de tirinhas de jornais, provavelmente por causa da sua característica de trazer azar par aos outros, não foi muito bem aceita pelo público.

Suas tirinhas foram republicadas na Editora Panini nos volumes 1 e 2 dos livros "As Tiras Clássicas da Turma da Mônica". Abaixo, a sua última tirinha em que apareceu:

Última tirinha do Bernardão, ttirada de 'As Tiras Clássicas da Turma da Mônica' volume 2 (2008)

Desde então, ele não foi mais sequer lembrado, até voltar a surgir em 2005, participando da história "O Arrependiz", uma paródia ao programa de TV "O Aprendiz" da Record, de Cebolinha # 229, da Editora Globo, só no quadrinho final, junto com outros personagens esquecidos dos anos 60, como o Garotão e o Nico Demo, para dar graça na história. Interessante que os personagens que só apareceram em tiras de jornais, apareceram em preto e branco, e ele foi um deles.

Trecho da HQ "O Arrependiz", de 'Cebolinha # 229' (Ed. Globo, 2005)

Depois dessa, foi lembrado também em na Editora Panini em 2011, na história "Mistério Cinquentão", de Mônica # 50, em que a Mônica vai atrás do Cebolinha, visitando todos os núcleos de personagens à procura dele. Quando a Mônica visita a ilha dos personagens do limbo, o Bernardão aparece, mais uma vez, junto com outros personagens que estão no limbo do esquecimento e, mais uma vez, fazendo referência que é um personagem esquecido. Uma coisa que notei agora, que Rubão e Mariazinha nunca são lembrados nesses encontros de personagens do limbo. Uma pena.

Trecho da HQ "Mistério Cinquentão", de Mônica # 50 (Ed. Panini, 2011)

A última aparição do Bernardão, foi em 'Clássicos do Cinema # 30 - Peraltas do Caribe', de 2012, e nessa ocasião a sua presença mais notável e fazendo referência à sua característica de trazer azar, e, não só sendo lembrado como personagem esquecido. 

Nessa história, ele contracenava com o Cebolinha e o Cascão e sempre que aproximava acontecia algo ruim, como surgir a Mônica de repente para bater no cebolinha, fazer a borda do convés, deixando o Cebolinha cair no mar e derrubar o Anjinho no mar com um tapa, já que deu câimbra nas asas . Foi apenas uma homenagem, com 3 aparições rápidas, e sua presença não interfere na história que parodia o filme "Piratas do Caribe".

Trecho de 'Clássicos do Cinema # 30 - Peraltas do Caribe' (Ed. Panini, 2012)

Interessante que quando o Bernardão queria pronunciar a palavra "azar", era sempre interrompido pelo Cebolinha ou o Anjinho, que o mandava se calar ou colocavam a mão na boca do Bernardão para não falar. Isso foi uma piada com o politicamente correto, já que nos gibis atuais, por incrível que pareça, a palavra "azar" está proibida, e quando precisam falar, é substituída por "má sorte", "zica" ou coisas do gênero. Chega a ser absurdo e bobo isso, a MSP ser supersticiosa a ponto de tirar essa palavra nos gibis. 

A história dessa edição de 'Clássicos do Cinema # 30' está prevista para ter uma continuação, como é falada na revista, só que sem previsão de quando será lançada. Então, se tiver mesmo, é capaz do Bernardão aparecer também nessa continuação.

Como podem ver, Bernardão era um personagem muito divertido, pena que durou tão pouco. Não merecia ir para o limbo tão rápido. Uma volta frequente sua, protagonizando histórias ou tirinhas, seria impossível. Afinal, se nem a palavra "azar" não pode aparecer nos gibis atuais, imagine um personagem causando azar por onde passa. Nos anos 60, ele já não foi muito aceito e excluído por causa disso, hoje muito menos. A tendência é aparecer apenas em pequenas homenagens como essas que mostrei na postagem, quando precisarem mostrar personagens esquecidos.

Termino mostrando as capas das edições citadas com presença do Bernardão dessa postagem:

Capas: 'As Tiras Clássicas da Turma da Mônica' volumes 1 e 2 (2007/08), 'Cebolinha Nº 229', 'Mônica Nº 50' (2011) e 'Clássicos do Cinema Nº 30' (2012)