sábado, 26 de julho de 2014

Cebolinha Nº 91 - Panini


Nas bancas 'Cebolinha Nº 91' da Panini. Comprei esse gibi porque gostei do tema da história de abertura e nessa postagem dou minha opinião sobre ele.

Esse gibi tem 10 histórias no total, incluindo a tirinha final, e abre com a história "A memória perdida", com 24 páginas. Nela, Franjinha inventa uma cápsula de recuperar memórias perdidas para lembrar do que a Marina combinou com ele no último telefonema. Só que o Cebolinha entra no laboratório fugindo da Mônica, entra na máquina e fica do tamanho de uma pílula. O Franjinha, acidentalmente espirra e o Cebolinha em miniatura acaba entrando no cérebro dele, e a partir daí passa vários sufocos para poder sair de lá.

Durante a história, os personagens da turminha representam as células e elementos do corpo do Franjinha. Não são eles, apenas são desenhados com a forma deles. E os nomes mais complexos, eles colocaram uma informação no rodapé, como a definição de neurônios, ATP, DNA, etc. Ou seja, dá para se divertir e aprender ao mesmo tempo o processo fisiológico do corpo, sem ser tão didático, como tem que ser. 

Trecho da HQ "A memória perdida"

Chama a atenção dos quadros da Mônica na exposição, que copiaram as imagens da Mônica Monalisa e outras. Os traços, aliás,  não são lá essas coisas e as letras digitalizadas são horrorosas, mas até que o roteiro não foi tão ruim. Histórias de aventura andam meio de lado nos gibis atuais e essa resgatou isso. Fora que a capa ficou bacana. Essa história de aventura que me influenciou a comprar, ainda mais que só teve uma história muda de 2 páginas, "O moveleiro do Limoeiro", ou seja, nada de histórias mudas intermináveis nesse gibi.

Rolo está presente com a história "Terminar ou não terminar?" em que ele fica com dilema se termina o seu relacionamento e aparecem o anjinho da consciência e o diabinho representando a tentação. Os diabinhos ficaram muito tempo fora dos gibis e parece que desde a edição do 'Cebolinha Nº 89', de maio de 2014, estão voltando com tudo, aparecendo com muita frequência nas histórias atuais desde então e fora as republicações nos almanaques. 

Nesse mês também teve uma curta de 2 páginas no gibi 'Mônica Nº 91'. Parece que viram que era bobagem e não fazia sentido proibir diabos nas histórias, somando às reclamações, e aí resolveram voltar com eles. O que estraga nessa história são esses traços "Barbie" do Rolo, que nunca consigo aceitar.

Outra história de destaque é "Se adaptar", do Piteco, em que o Pedroso fica inconformado sem trabalho desde que o Beleléu construiu uma ponte na Aldeia de Lem. O Beleléu é um personagem antigo criado no final dos anos 70. É o inventor de Lem. Ele ficou sumido por muitos anos e nos últimos anos voltou, aparecendo bastante nos gibis da Panini. Achei interessante aparecem animais mortos depois de uma caçada, coisa também não muito comum nos gibis atuais e parecem que abriram uma exceção. Porém, o prego na clava do Piteco, tão característico nas histórias antigas não está presente.

Tem histórias também com o Louco (1 página) e uma do Penadinho, "Alguém para jogar bola", bem simples que lembra Gasparzinho, em que um menino joga bola perto do cemitério. E mais duas com o Cebolinha: "Camuflado", em que o Cebolinha usa técnicas de camuflagem que aprendeu para se esconder e "Um conto moderno", uma fábula com a Mônica como princesa presa em uma torre à espera do príncipe para salvá-la. Os traços destas duas do Cebolinha simplesmente constrangedores, os piores da edição, a Mônica até aparece com cílios em "Um conto moderno". Abaixo, um trecho da história "Camuflado" para se ter uma ideia dos traços dos gibis atuais:

Trecho da HQ "Camuflado"

Na última história, "Aquelas tardes de brincadeiras", Cebolinha e seu pai brincam enquanto falta luz em casa, com uma boa lição de moral no final no aspecto tecnológico. É um tema batido histórias com o seu Cebola brincando com o filho, mas até que gostei da lição da história.

No gibi todo os traços são horrorosos, completamente digitalizados e letras também de PC em todas as histórias. Os traços das histórias de abertura e de encerramento dão para aceitar, sendo pouco melhores em comparação ás outras. No geral os desenhos muito feios, cada vez mais tudo parecendo carimbos, sem arte nenhuma. Isso desanima. 

Então, dá para ver que esse gibi não está ruim, está aceitável para os padrões atuais (sendo a de abertura a melhor dele) e até por causa de alguns resgates do politicamente incorreto, como diabinho e animais mortos, mesmo que de forma bem simples. E percebe também que focaram em lições de moral nessa edição. Só o fato de não ter histórias mudas superlongas já ganha ponto. Se os traços e letras fossem melhores e bem mais caprichados, sem ser tudo digitalizados, ficaria melhor. Fica a dica. 

20 comentários:

  1. Fico feliz de ver que a MSP está parando um pouco com essa paranória. Não sei se irei comprar esse gibi, quando vou na banca geralmente não sei o que vou comprar e as vezes acabo comprando muita coisa, sobrando pouco dinheiro pra comprar alguma mensal.
    Minha nossa, como esses traços da HQ "Camuflado" são terríveis!! Parece aqueles desenhos mal feitos da turma da Mônica que a gente vê em mercantis, creches..., tudo torto, feio, realmente constrangedor, prefiro as caretas do que esse traço! Você sabe se esse traços já vem aparecendo com frequência ou esse é o primeiro gibi que colocaram essa aberração? Eu não lembro de ter visto outras vezes...

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    1. Bom, a paranoia dos diabos parece q acabaram, as outras, só o tempo dirá. Uma vez ou outra dá pra encontrar algum gibi q salve, mas no geral não são bons.

      Essas aberrações de desenhos estão muito frequentes, é o q mais tem atualmente. Tem alguns q são os gibis inteiros assim, e junta as letras horrorosas aí estraga de vez. Desse gibi achei os traços da hq "Um conto moderno" piores q esse.

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  2. Gostei desse gibi. Não tem nenhuma história que posso dizer que é ruim. A primeira HQ é bastante divertida, e a última tem uma mensagem muito boa. Que bom que algumas coisas do politicamente correto foram deixadas de lado.

    O que matou mesmo foram os traços de PC. As duas histórias que vc citou parecem até que os personagens são robôs, sei lá. Se fosse tudo desenhado, acho que valia até um 7,5 pra ele como um todo. Mas enfim, esse foi sem dúvidas o melhor do mês...Mesmo que eu não tenha lido todos na íntegra pra poder falar.

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    1. Pois é, não foi dos piores, mas é esse lance, de 10 gibis, 1 se salva. Com certeza esse foi o melhor do mês. Os roteiros foram bacanas, os traços é q estragam completamente. Até os títulos são de PC, aí não dá. Acho q nunca vou me acostumar com traços assim, até fico com saudade das caretas dos anos 2000, q ainda conseguiam ser melhores.

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  3. Se vc comprou o gibi, é pq as coisas estão finalmente mudando na MSP.

    Mas enfim, queria saber se vc vai comprar a edição #12 do Chico Moço (com o encontro com a TMJ e mais páginas) e o almanaque temático da Magali - Aniversários.

    T+

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    1. São leves mudanças, mas quem sabe algum começo. Esse gibi foi exceção, até pq os outros não vi nada demais.

      Ah Chico Moço 12 não compro de jeito nenhum e Almanaque Temático da Magali já comprei.

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    2. Quer dizer, não vai comprar ou vai esperar a revista chegar , folhear e ver se vale a pena?

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    3. Não vou comprar. Eu não gosto de Chico Moço e TMJ, acho apelação os 2 juntos, tudo pra ver se vende mais.

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  4. Acho que pelo menos nos almanaques da turma,os traços estão bons,não acha? E até as falas dos balões são feitas à mão...
    Ah,poderia fazer um post falando sobre esse almanaque da Magali?

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    1. Sim, nos almanaques os traços são ótimos pq são republicações de hqs, essas sim valem a pena. O almanaque da Magali vou falar sim depois de ler.

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  5. Sinceramente tbm não acho q traumatiza ninguém, só a MSP, o Ministério da Justiça e os pais não veem isso. Os diabos sempre rendiam ótimas hqs.

    Do jeito q andam, até chegar a nº 100, as coisas vão estar piores. E pir ainda quando passar do 100.

    E A Graphics MSP concordo com vc e tbm não vou levar.

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  6. Fabiano, parece q a intenção desse título é mostrar um lado mais adulto nas hqs, uma visão do artista em relação aos personagens, mas sem perder as características e essência dos personagens.

    Então, não seria tão diferente do q a gente vê nos gibis. O q nota mais diferença é nos traços. Eu não ligo pra essas Graphic MSP, aí por isso não vou comprar.

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  7. Bom eu acho que voce devia comprar a monica nº 91" o dia em que o anjinho virou cupido" nossa é história mais boa e de dar risada desses tempos da MSP , sabe já lançou algumas capas do mes de agosto e uma história que eu tenho certeza que vai ser boa é esse do cascão ela é escrita pelo roteirista Emerson Abreu e ele escreveu as histórias boas que estão vindo agora http://www.comix.com.br/product_info.php?products_id=21878

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    1. Isaque, valeu pela sugestão, pelo q folheei nas bancas, a unica q me interessou foi a do cebolinha. Legal q vc gostou da Mônica.

      Sobre as desse mês de agosto a da Magali tbm é hq do Emerson, mas pelas capas nenhuma me agradou, quem sabe quando folhear. Afinal, não é garantia de só pq é hq do Emerson q vai ser boa. Tenho q q folhear.

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  8. Tenho essa edição. As histórias são boas, a de abertura principalmente, tem um roteiro muito bom. Pena que os traços estragam...

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    1. Verdade. Até que essa edição não foi ruim. Os traços é que estragaram. Não dá pra entender porque colocam desenhos tão feios.

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    2. Será "preguiça"?? rsrs Pq não é possível que ninguém note como são horríveis os desenhos. Na próxima Bienal do Livro em SP minha vontade é de chegar no Maurício e falar "cara, por quêeee?"

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    3. Com certeza é pra agilizar produção. Já tem os desenhos feitos, aí é só inserir as expressões faciais, inserir cenários prontos, etc e tudo fica mais fácil. Realmente tudo fica sem vida assim tudo digital.

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