terça-feira, 29 de julho de 2014

Pelezinho Coleção Histórica Nº 6


Nessa postagem comento "Pelezinho Coleção Histórica Nº 6", que republica todas as histórias dos gibis Nº 16, 17 e 18 de novembro e dezembro de 1978 e janeiro de 1979, respectivamente, reunidos em um só volume com lombada.

Em todos os números desse volume apresentaram só 4 páginas de passatempos e, consequentemente mais páginas com histórias do que nos primeiros números. Também tiveram mais páginas de comentários em cada edição, e, com isso, não tiveram propagandas atuais no miolo, como tem que ser. Gostei disso. E infelizmente não são mostrados nos comentários informações de créditos com nome de roteiristas, desenhistas e arte-final, como fazem ultimamente na "Coleção Histórica Turma da Mônica".

A distribuição está cada vez pior. Nunca esse título chegou tão atrasado desde que foi lançado. Esse volume Nº 6 deveria ter sido lançado em abril de 2014 e só chegou em julho. Até no expediente final informa que é de abril. Não dá para entender o motivo de tanto atraso. Por ironia, no frontispício o Mauricio fala que "A Copa do Mundo 2014 já está batendo na nossa porta". Ou seja, atrasou tanto que só chegou depois da Copa e o texto ficou desatualizado. 

Outro ponto ruim da distribuição é que não são todas as bancas que estão vendendo. Até o Nº 4 todas as bancas vendiam e nesse volume, pelo menos aqui no meu bairro, apenas uma banca está vendendo, porém chegou 5 exemplares nela. Dá para perceber, então, que a tiragem ficou menor e bem limitada, e mais raro de encontrar por aí. O ideal era todas as bancas vendessem com tiragem igual a qualquer gibi. 

A seguir, faço comentários individuais de cada revista desse volume:.

Contracapa com as capas das edições 16, 17 e 18

Comentários gerais:

Nº 16:

Foi até a página 50, incluindo um frontispício do Maurício na página 3 e com 5 páginas de comentários. 

Começa com a história "Os Gordinhos", em que Pelezinho e Cana Braba são chamados de gordos e então eles improvisam uma sauna, entrando em secadores de cabelo para emagrecer. Eles acabam dormindo e quando a Bonga abre a porta, eles saem voando e passam vários sufocos.

O gibi teve 9 histórias no total, com a tirinha final. Dá para notar que a temática futebol estava menos presente nesse gibi. Em 5 delas foram outros temas. Mas nas outras edições o tema futebol apareceu em quase todas as histórias, como de costume.

Uma história de destaque que gostei muito foi "Minha trave nova", em que o Frangão ganha uma trave de presente de aniversário, e a partir daí faz de tudo para que não aconteça nenhum mal com a trave, sendo capaz até de agarrar todas as bolas na partida de futebol. E, como não pode deixar de ser nessas histórias antigas, a presença de bandidos para dar mais confusão na história.  

Foi comentada uma história de 1 página do Frangão, coisa não muito comum na Coleção Histórica. Na capa, até que preservaram a cor roxa da camisa do Frangão que nem na original, mas a cor de fundo acabou ficando um pouco diferente. E dá para notar que o Pelezinho era pintado bem mais escuro na Editora Abril em relação a Coleção Histórica. E também não colocaram o texto "Grátis: uma pintura mágica", e esse brinde nem foi citado nos comentários. Abaixo, a comparação das capas, sendo que a original de 1978 encontrei na internet:

Comparação entre as capas da edição Nº 16: a original de 1978 e a da Coleção Histórica

Nº 17:

Ocupa 48 páginas do gibi, com 6 páginas de comentários. A história de abertura é "O fim do mundo", em que há uma noticia que um planetoide vai colidir com a Terra dentro de 6 meses e o Pelezinho é chamado para desviar o planetoide da direção da Terra com suas habilidades de futebol.

Essa edição teve 7 histórias no total, com a tirinha final. Mesmo o gibi sendo de dezembro, não teve nenhuma história de Natal. Na época, não era todos os gibis que tinham histórias sobre a data e em determinados anos o Natal era completamente esquecido.

Teve um comentário errado na propaganda do gibi especial "Romeu e Julieta em quadrinhos" em que o Sidney fala que a história "originalmente saiu dividida nas revistas da Mônica e Cebolinha". Na verdade, ela foi publicada originalmente nesse gibi especial de 1978 da propaganda e foi republicada depois em 1979 nos gibis da 'Mônica nº 115' e do 'Cebolinha nº 82'. 

Aliás, essa peça estava em alta nessa época, já que tiveram várias propagandas relacionadas nas 3 revistas e, infelizmente, em nenhuma não dá para ler nada do texto de tão pequenas que ficaram. Porém, o anúncio da revista da Mônica vendida nos países latino-americanos como Colômbia e Venezuela, ficou em tamanho grande como forma de preencher os comentários. Era assim que tinha que ser o tamanho de todas as propagandas (ou até maior um pouco) e não em miniaturas que não dá pra ler nada.

A revista teve alguns erros de colorização na original e infelizmente corrigiram nessa reedição, sem falar nada nos comentários. Uma dessas mudanças foi na história "O convencido", em que o Jão Balão arma um plano infalível para que o Rex fique convencido a ponto de abandonar as partidas de futebol do Pelezinho. Nela, o Rex apareceu de cor laranja na original em um quadrinho e agora corrigiram para amarelo. Abaixo, a comparação, com imagem da original enviada por André Felipe:

Comparação HQ "O Convencido": Rex apareceu laranja na original

A outra foi a cor dos olhos do Pelezinho na história "Sem carinho", em que o Pelezinho passa a usar chupeta como forma de chamar atenção de seus amigos que não davam atenção a ele. Na original, O Pelezinho apareceu com olhos brancos quando fechados em um quadrinho, e agora mudaram para marrom. E a Bonga tinha só parte do olho branco  e agora deixaram toda a região dos olhos brancos, descaracterizando a original. Abaixo, a comparação, com imagem da original enviada por André Felipe:

Comparação da HQ "Sem carinho"

Nº 18:

Ocupa 50 páginas do gibi, com 5 páginas de comentários. Na história de abertura, "Tudo virado", Jão Balão arma um plano infalível que faz com que o Pelezinho pense que todo o interior a casa do Jão está de cabeça pra baixo.

Teve 10 histórias no total. Apesar de não mostrarem créditos nos comentários, na história muda "Pelé Adão" (em que um menino de rua pega a roupa do Pelezinho enquanto ele toma banho de rio e a partir daí passa sufoco quando o pessoal o vê pelado) mostrou informação de desenhista e arte-final, mas não mostrou quem foi o roteirista. Realmente a arte dessa história é fantástica, cheia de movimento.

Na última história, "Romance por água abaixo", em que Pelezinho e sua turma arrumam várias confusões quando resolve fazer uma fogueira no quintal da casa do Pelezinho, os traços ficaram do jeito que conhecemos e que ficou consagrado nos anos 80. Nessa fase prevaleciam os traços superfofinhos, e os traços como nessa história era uma novidade e um anúncio que algo estava mudando.

Trecho da HQ "Romance por água abaixo"

Na capa reproduzida dessa Coleção Histórica, mostrou o selo "Ano internacional da criança 1979". Achei bom, porque nessas capas só mostram a ilustração, sem colocar nem a numeração das revistas e muito menos os respectivos textos com promoções e brindes, quando necessário. Para saber de que número se trata tem que ler os comentários.

Esses foram os comentários desse Nº 6. O volume  Nº 7 está previsto para agosto, mas como esse Nº 6 chegou só em meados de julho, vamos ver se o próximo terá ou não outro atraso tão grande como foi esse.

domingo, 27 de julho de 2014

Capa da Semana: Magali Nº 113

Uma capa muito criativa com a Magali fazendo homenagem ao filme "Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida", um grande clássico do cinema, bem ao seu estilo, com cachorros-quentes gigantes no cenário e um super-hambúrguer no lugar da pedra gigante, e a Magali ainda com um sorvete na mão enquanto corre. Sensacional.

A capa dessa semana é de 'Magali Nº 113' (Ed. Globo, Outubro/ 1993).


sábado, 26 de julho de 2014

Cebolinha Nº 91 - Panini


Nas bancas 'Cebolinha Nº 91' da Panini. Comprei esse gibi porque gostei do tema da história de abertura e nessa postagem dou minha opinião sobre ele.

Esse gibi tem 10 histórias no total, incluindo a tirinha final, e abre com a história "A memória perdida", com 24 páginas. Nela, Franjinha inventa uma cápsula de recuperar memórias perdidas para lembrar do que a Marina combinou com ele no último telefonema. Só que o Cebolinha entra no laboratório fugindo da Mônica, entra na máquina e fica do tamanho de uma pílula. O Franjinha, acidentalmente espirra e o Cebolinha em miniatura acaba entrando no cérebro dele, e a partir daí passa vários sufocos para poder sair de lá.

Durante a história, os personagens da turminha representam as células e elementos do corpo do Franjinha. Não são eles, apenas são desenhados com a forma deles. E os nomes mais complexos, eles colocaram uma informação no rodapé, como a definição de neurônios, ATP, DNA, etc. Ou seja, dá para se divertir e aprender ao mesmo tempo o processo fisiológico do corpo, sem ser tão didático, como tem que ser. 

Trecho da HQ "A memória perdida"

Chama a atenção dos quadros da Mônica na exposição, que copiaram as imagens da Mônica Monalisa e outras. Os traços, aliás,  não são lá essas coisas e as letras digitalizadas são horrorosas, mas até que o roteiro não foi tão ruim. Histórias de aventura andam meio de lado nos gibis atuais e essa resgatou isso. Fora que a capa ficou bacana. Essa história de aventura que me influenciou a comprar, ainda mais que só teve uma história muda de 2 páginas, "O moveleiro do Limoeiro", ou seja, nada de histórias mudas intermináveis nesse gibi.

Rolo está presente com a história "Terminar ou não terminar?" em que ele fica com dilema se termina o seu relacionamento e aparecem o anjinho da consciência e o diabinho representando a tentação. Os diabinhos ficaram muito tempo fora dos gibis e parece que desde a edição do 'Cebolinha Nº 89', de maio de 2014, estão voltando com tudo, aparecendo com muita frequência nas histórias atuais desde então e fora as republicações nos almanaques. 

Nesse mês também teve uma curta de 2 páginas no gibi 'Mônica Nº 91'. Parece que viram que era bobagem e não fazia sentido proibir diabos nas histórias, somando às reclamações, e aí resolveram voltar com eles. O que estraga nessa história são esses traços "Barbie" do Rolo, que nunca consigo aceitar.

Outra história de destaque é "Se adaptar", do Piteco, em que o Pedroso fica inconformado sem trabalho desde que o Beleléu construiu uma ponte na Aldeia de Lem. O Beleléu é um personagem antigo criado no final dos anos 70. É o inventor de Lem. Ele ficou sumido por muitos anos e nos últimos anos voltou, aparecendo bastante nos gibis da Panini. Achei interessante aparecem animais mortos depois de uma caçada, coisa também não muito comum nos gibis atuais e parecem que abriram uma exceção. Porém, o prego na clava do Piteco, tão característico nas histórias antigas não está presente.

Tem histórias também com o Louco (1 página) e uma do Penadinho, "Alguém para jogar bola", bem simples que lembra Gasparzinho, em que um menino joga bola perto do cemitério. E mais duas com o Cebolinha: "Camuflado", em que o Cebolinha usa técnicas de camuflagem que aprendeu para se esconder e "Um conto moderno", uma fábula com a Mônica como princesa presa em uma torre à espera do príncipe para salvá-la. Os traços destas duas do Cebolinha simplesmente constrangedores, os piores da edição, a Mônica até aparece com cílios em "Um conto moderno". Abaixo, um trecho da história "Camuflado" para se ter uma ideia dos traços dos gibis atuais:

Trecho da HQ "Camuflado"

Na última história, "Aquelas tardes de brincadeiras", Cebolinha e seu pai brincam enquanto falta luz em casa, com uma boa lição de moral no final no aspecto tecnológico. É um tema batido histórias com o seu Cebola brincando com o filho, mas até que gostei da lição da história.

No gibi todo os traços são horrorosos, completamente digitalizados e letras também de PC em todas as histórias. Os traços das histórias de abertura e de encerramento dão para aceitar, sendo pouco melhores em comparação ás outras. No geral os desenhos muito feios, cada vez mais tudo parecendo carimbos, sem arte nenhuma. Isso desanima. 

Então, dá para ver que esse gibi não está ruim, está aceitável para os padrões atuais (sendo a de abertura a melhor dele) e até por causa de alguns resgates do politicamente incorreto, como diabinho e animais mortos, mesmo que de forma bem simples. E percebe também que focaram em lições de moral nessa edição. Só o fato de não ter histórias mudas superlongas já ganha ponto. Se os traços e letras fossem melhores e bem mais caprichados, sem ser tudo digitalizados, ficaria melhor. Fica a dica. 

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O concurso do nome do Mingau


Em 1989 aconteceu o concurso "Ganhe um gatinho" para os leitores escolherem um nome para o gato da Magali, o novo personagem até então. Para comemorar os 25 anos do seu batizado, nessa postagem mostro todos os detalhes do concurso que deu muito o que falar na época. Até já havia falado um pouco na postagem sobre as "Promoções e Brindes dos Gibis da Editora Globo" e agora mostro detalhes como foi.

O Mingau foi criado em 1989, mas era apenas considerado o gato da Magali, sem ter nenhum nome. Por conta disso, a MSP criou a promoção "Ganhe um gatinho", em parceria com o "Gatil Black Magic" e com a ração de gatos "Gatsy", envolvendo histórias relacionadas e cupons para enviar para a MSP.

O pontapé inicial foi em 'Magali Nº 2' com uma história especial "Um nome para o meu gato", de 3 páginas. Nela, Magali chama o seu gato para ir na rua e se dá conta que ele não tem nome. O gato diz que tem porque todos os seus amigos o chamam de "Miau". Na hora, aparece a Mônica perguntando como vai o "Coiso" e a Magali fala que o gato dela é coiso nenhum e diz que ele não tem ainda e pede sugestão a Mônica, que sugere "Furungo" e depois "Botonho".

Trecho da HQ "Um nome para o meu gato"

Aparecem o Cascão e o Cebolinha, que sugere, primeiro, nomes como "Chaninho", "Mimi" e "Fifi". A Magali não gosta porque são nomes comuns e aí o Cebolinha dá ideia de nomes como "Robson", "Rubens", "Cesar", entre outros (nomes do pessoal do estúdio) e a Magali não aceita porque não quer nome de gente.

Cascão sugere colocar o nome como "Cebolinha" e ele diz que só não pede para colocar de "Cascão" porque é nome de porquinho. Aí, a Magali tem a ideia de fazer um concurso com os leitores escolherem o nome do gato dela e participar da festa de batizado do gatinho. A turminha gosta e todos correm para enviar as sugestões deles. E o gato manda caprichar, terminando assim.

Na página seguinte, vinha o cupom para os leitores enviarem seus dados e a sugestão do nome do gato, devendo ser enviado até o dia 30 de maio de 1989. Como prêmio, o melhor nome sugerido, além de participar de uma festa de batizado realizada no Playcenter de São Paulo, seria sorteado a um leitor um gato persa de verdade, dado pelo "Gatil Black Magic", dentre todos que escolheram o nome vencedor. Esse mesmo cupom apareceu também em 'Magali Nº 3'.

Cupom do concurso, tirada de 'Magali Nº 3'

Tanto na edição de 'Magali Nº 2' quanto na 'Nº 3', apareciam na capa uma faixa informando que naquela edição tinha a promoção "Ganhe um gatinho". E para o pessoal que ainda não sabia e ficar ciente do concurso, apareceram propagandas nos gibis dos outros personagens. Tiveram propagandas com ilustração da capa da 'Nº 2' e outra da 'Nº 3' com o mesmo texto, só mudando a capa. Abaixo, mostro a que foi estampada com a de capa de 'Nº 3':

Propaganda tirada de 'Cascão Nº 59' (Ed. Globo, 1989)

Por conta disso, Mingau continuou sem nome nas suas histórias dos gibis da 'Magali Nº 3' e 'Nº 5'. Na 'Magali Nº 3' a sua história foi a "Banho de gato", já falada aqui, que, inclusive, em várias páginas apareciam propagandas nas laterais da ração "Gatsy". 

E em 'Magali Nº 5', o concurso continua divulgado na história "Procurando amizades", em que ele conhece o Bidu, Floquinho e Duque, dando dor-de-cabeça para os cachorros. O título aparece com a ótima sacada "O gato da Magali (ainda sem nome)" e no início o narrador o apresenta e fala que os leitores ainda estão escolhendo um nome para ele, como "Coiso", "Balonfo", "Saviano", etc, e ele, brabo, espera que os leitores tenham melhor gosto que esses. 

Trecho da HQ "Fazendo amizades"

Vale lembrar que em 'Magali Nº 4' ele não apareceu, mas, curiosamente, ele teve uma história muda de 3 páginas, ainda com crédito "O Gato da Magali" no título, em 'Cebolinha Nº 31', de julho de 1989. Era raro ter histórias do Mingau, sem ser em gibis da Magali. Provavelmente colocaram para divulgação do personagem.

O resultado do concurso saiu no gibi da 'Magali nº 6', de julho de 1989, e mostraram essa propaganda anunciando a novidade nos gibis que circularam naquele mês:

Propaganda tirada de 'Almanaque da Mônica Nº 13' (Ed. Globo, 1989)

Foi publicada nessa edição da Magali uma história especial de abertura "Enfim, um nome!". Na trama, Magali chama o gato para divulgar o seu nome na frente do Mauricio de Sousa e seus amigos. Ele adorou porque aguardava ansiosamente pelo resultado. Todos estão reunidos e quando a Magali vai falar o nome, surge um raio que a deixa muda. O gato se desespera e avança na Mônica para revelar o nome escolhido. Quando ela vai anunciar, fica muda também com o raio.

Trecho da HQ "Enfim, um nome!"

O mesmo acontece com o Cebolinha, o Cascão e até com o Mauricio. O gato fica desesperado com a situação, até que surge o Capitão Feio que foi o responsável por enviar os raios  para que não divulgassem o nome escolhido. É que ele havia enviado a carta com a sugestão, mas o nome que ele sugeriu não foi o escolhido e, para se vingar, ele determinou que o nome vai ser o que ele quer.

Trecho da HQ "Enfim, um nome!"

Quando o Capitão Feio anuncia que seria "Cafifonho", o gato fica furioso e avança no Capitão Feio, que consegue controlar a ira do gato, e aí começa a espirrar do nada enquanto o segura. Um monstrinho de sujeira aparece e revela que ele é alérgico a gatos, acabando, então com os seus planos. No final, ele faz a turma falar novamente e vai embora. E finalmente a Magali revela o nome escolhido pelos leitores: "Mingau". Ele adora e fica todo orgulhoso que todos estão chamando assim a partir de agora.

Trecho da HQ "Enfim, um nome!"

Achei uma ótima sacada envolver o Capitão Feio na história, já que ele não aparece muito nas histórias solo da Magali. Nos últimos tempos, é mais comum aparecer mais em histórias do Cascão e da Mônica. Da Magali é raríssimo acontecer. 

Além da história, nesse mesmo gibi, apareceu um texto agradecendo todos os leitores que enviaram cartas e a relação dos nomes dos 65 leitores contemplados que escolheram o nome "Mingau" que participariam da festa de batizado e informando que durante a festa seria sorteado quem ganharia o gato persa do "Gatil Black Magic".

Resultado do concurso

Nesse gibi da 'Magali Nº 6', ele também apareceu em outra história com o Quinzinho cuidando dele, mas sem nome também. Provavelmente, foi criada antes do resultado do concurso. Até que em "Magali Nº 7' finalmente teve a primeira história solo, "Monstros" com o nome do Mingau no título. Nela, tudo com que ele brinca pensa que está lidando com monstros.

Trecho da HQ "Monstros"

Nos gibis de dezembro de 1989, aparecia uma propaganda divulgando a ganhadora do gato persa, que foi a leitora Janaína Graciana da Silva, e falando que a festa do batismo foi um sucesso e agradecendo mais uma vez os 20 mil leitores que enviarem cartas sugerindo nomes.

Propaganda tirada de 'Almanaque da Magali Nº 1' (Ed. Globo, 1989)

Sem dúvida, uma boa sacada da MSP criarem esse concurso. Muito marcante. Foi um belo trabalho de marketing de interatividade que estimula a criatividade das crianças para inventarem nome para o gatinho. O nome escolhido foi bem bolado, já que ele é branco que nem um mingau e tudo a ver com a gula da Magali. Muito bom relembrar. 

Termino com as capas das revistas com as histórias citadas na postagem.

Capas: 'Magali Nº 2', 'Magali Nº 3', 'Magali Nº 5','Cebolinha Nº 31',  'Magali Nº 6' e 'Magali Nº 7'.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Capa da Semana: Cebolinha Nº 51

Uma capa com os personagens no judô e o Sansão ganha vida derrubando o Cebolinha faixa-preta para alegria da Mônica. 

Um absurdo legal porque como um coelhinho de pelúcia conseguiu ganhar vida? Quem sabe foi alguma invenção do Franjinha. O que importa é que ficou engraçada.

A capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 51' (Ed. Globo, Março/ 1991).


sexta-feira, 18 de julho de 2014

Edições Nº 200

Postagem Nº 200 do Blog e nada melhor relembrar como foram os gibis de "Nº 200" da Editora Globo.

Capas das revistas Nº 200

Na Editora Abril, a única a chegar a essa marca foi a Mônica em dezembro de 1986, que inclusive foi a última edição dela na editora e não teve nada comemorando o número. A capa fez referência ao brinde da agenda de 1987 e histórias normais, sendo algumas de Natal, como a de abertura, que teve presença do Lorde Coelhão, do filme "A princesa e o robô", de 1983.

Capa de 'Mônica Nº 200' (Ed. Abril, 1986)

Na Editora Globo, todos tiveram capas especiais, e apenas a Magali não teve nenhuma história especial comemorando a data. Os demais tiveram histórias especiais na abertura e as de miolo normais. A seguir, comento essas histórias de abertura de cada revista, lembrando que eram as edições 200 na Editora Globo, porque na realidade Cascão e Chico já eram a Nº 314, Cebolinha era a Nº 368 e a Mônica era a Nº 400, contando as duas editoras. Apenas Magali foi a verdadeira Nº 200.

Cascão:

Foi a primeira revista que chegou ao Nº 200, lançada em setembro de 1994, com a história de abertura "Duzentos". Nela, o Cascão tenta desvendar o mistério do "Duzentos" no título.

Trecho da HQ "Duzentos" (1994)

Cascão corre de todo mundo, pensando que queriam dar banho nele e reencontra com alguns personagens que apareceram nos gibis anteriores da Globo, como o Super-Gari ('Cascão Nº 52', de 1989), Urubusa ('Cascão Nº 94', de 1990), Gilda, a robô programada para lavar o cascão ('Cascão Nº 121', de 1991), entre outros, além dos vilões fixos, como o Capitão Feio, Doutor Olimpo e as irmãs Cremilda e Clotilde.

No final, Cascão descobre que o "Duzentos" era da sua revista comemorativa e fica tão feliz que promete tomar banho daqui a 200 números, revoltando todos os personagens, que voltam a correr atrás do Cascão, mas dessa vez para dar banho nele.

Trecho da HQ "Duzentos" (1994)

Chico Bento:

Foi lançada em setembro de 1994 e na história de abertura "Chico Bento Nº 200", todos da Vila Abobrinha dão parabéns ao Chico e ele não entende tanto cumprimento. Aparece o Mauricio e conta ao Chico que é comemoração do seu gibi Nº 200" e que o pessoal do estúdio ia levar 200 exemplares para distribuir para o povo da roça.

Trecho da HQ "Chico Bento Nº 200" (1994)

Chico resolve esperá-los na beira da estrada e nessa hora dois bandidos estão indo para lá para fugir da polícia após um assalto a um banco. Chico encontra com eles e pensa que é o pessoal da MSP e pergunta o que eles têm no saco. Ao falar que o pessoal da vila estão esperando por eles, os bandidos correm pensando que é uma armadilha e começa a perseguição do Chico que pensa que o dinheiro no saco são os gibis da vila. 

Até que eles esbarram com o pessoal do estúdio e os sacos acabam sendo trocados sem saberem: o de dinheiro vai para vila e os de gibis ficam com os bandidos. Mauricio liga para a policia, informando sobre os bandidos e o dinheiro e chega uma nova remessa de gibis do Chico Nº 200 para distribuir na roça e enquanto isso, os bandidos estão no esconderijo, um rindo com as histórias do chico Bento e outro revoltado com a situação.

Dessa vez os bandidos não foram presos, apenas se deram mal pelo fato de não ficarem com o dinheiro roubado do banco. Interessante mostrar os roteiristas e desenhistas da época na história. Foram mostrados a roteirista Rosana, os desenhistas Sidão e Julinho, o arte-finalista Beto e a coordenadora Fátima.

Trecho da HQ "Chico Bento Nº 200" (1994)

Magali:

Foi a 3ª revista a chegar ao nº 200, em fevereiro de 1997, e apenas a capa foi comemorativa, sem nenhuma história especial em comemoração a data. Mais uma vez um gibi normal da Magali em número redondo, já que o "Nº 100" também havia sido normal, decepcionando novamente os leitores. 

A história de abertura foi "Tô de mal", em que a Magali e Mônica ficam de mal porque a Mônica entortou a alça de uma panelinha de brinquedo da Magali. As duas têm a ideia de irem brincar na casa da Denise, que tenta fazer de tudo que as 3 brinquem juntas sem confusão, mas Mônica e Magali ficam alfinetando uma a outra o tempo todo.

Trecho da HQ "Tô de mal" (1997)

Quando a Denise fala que a Mônica é estabanada, a Magali sai em defesa da Mônica, que também defende a Magali quando Denise fala mal da Mônica e, então, as duas fazem as pazes e ficam de mal com a Denise. Mas, logo depois se arrependem e as 3 vão brincar juntas na casa da Denise, terminando tudo bem.

Trecho da HQ "Tô de mal" (1997)

Cebolinha:

Foi lançada em fevereiro de 2003 e começa com um prólogo de 1 página com caricaturas do Mauricio de Sousa e do roteirista Flavio, que fez 200 capas diferentes para ilustrar a edição e o Mauricio escolhe uma, que foi a capa que conhecemos.

A seguir vem a história "O número 200". Nela, Cebolinha se dá conta que seu gibi chegou ao "Nº 200", mas não encontra ninguém em casa, na rua, nem preparando festa. Até que encontra o "espírito das edições passadas", que é nada menos o Louco disfarçado, só o Cebolinha que não percebe.

Trecho da HQ "O número 200" (2003)

O Louco faz lembrar de situações sempre presentes e que não podem faltar nos gibis do Cebolinha, como histórias com máquina do tempo, bruxas e fadas, vilões, etc. E em todas as situações levando o Cebolinha à loucura, incluindo fazer o Cebolinha se transformar em um velho de 200 anos. 

No final, ele descobre que era o Louco, que estava com papel de distrai-lo para a turma preparar a festa surpresa do "Nº 200". Na hora do desejo, Cebolinha fala que seria derrotar a Mônica. Ela ouve e dá coelhada nele. Afinal, não há história do Cebolinha sem coelhada.

Foi legal mostrar as aparições de vilões dos primeiros números da Globo. Apareceram o Tião Cebola ('Cebolinha Nº 4', de 1987), o ET El Borco ('Cebolinha Nº 9', de 1987), o Bala ('Cebolinha Nº 12', de 1987), o Kima Luco que virou borracha ('Cebolinha Nº 13', de 1988) e o vilão misterioso da 'Nº 100', de 1995.

Trecho da HQ "O número 200" (2003)

Mônica:

A última a chegar a essa marca, também em fevereiro de 2003. Em "A Mônica 200", a revista da Mônica Nº 200 estava sendo preparada pela MSP, mas na hora de distribuir nas bancas, todas as revistas somem misteriosamente.

Trecho da HQ "A Mônica 200" (2003)

Fátima, a coordenadora do estúdio, bate na porta da casa da Mônica mandando que ela procure descobrir quem sumiu com as revistas e ela, junto com a turma, descobre que o responsável foi o Professor Gibilolado, um colecionador inconformado por ter perdido a edição do "Capitão Pitoco Nº 1" e, com isso, quer sumir com todos os exemplares da 'Mônica Nº 200'.

Por acaso, o Cascão tinha essa revista do Capitão Pitoco na casa dele, mas não sabia aonde deixou. O Monicão aparece e tenta farejar a revista perdida e acaba encontrando servindo como apoio da mesa. Eles trocam a revista pela do Ursinho Bilu, mesmo que contragosto do Cascão, e conseguem salvar a 'Mônica Nº 200', que é distribuída normalmente.

O professor Gibilolado vai a um psiquiatra e passar a colecionar figurinhas e, no final, o Cebolinha faz graça se não tivessem solucionado o problema, só teria uma Mônica 200, ou seja, a própria Mônica 200 quilos. Ela fica furiosa e sai correndo atrás dele. 

Nota-se mais uma vez o estúdio aparecendo na história. E interessante mostrar rapidamente a Fátima explicando o processo de criar o gibi até a sua distribuição nas bancas.

Trecho da HQ "A Mônica 200" (2003)

Essas foram as revistas de "Nº 200" da Globo, lembrando que a do "Parque da Mônica" não chegou a essa marca, já que terminou na "Nº 165". Vale destacar também como curiosidade, se a MSP não reiniciasse a numeração quando mudaram de editora, as verdadeiras números 200 que sairam na Globo foram: 'Cebolinha Nº 32' (de 1989), 'Cascão Nº 86' e 'Chico Bento Nº 86' (ambas de 1990). Abaixo, mostro as capas. Ninguém diz que essas é que foram as verdadeiras números 200:

Capas da Globo: 'Cebolinha Nº 32' (1989), 'Cascão Nº 86'  (1990) e 'Chico Bento Nº 86' (1990)

Muito bom relembrar essas edições comemorativas com histórias envolvendo metalinguagem. Valem a pena ter na coleção.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Tirinha Nº 16: Magali

Nessa tirinha, Magali escorrega em uma casca de banana no chão deixada pelo Cebolinha e, furiosa, vai tomar satisfação com ele, não por causa da casca no chão, e, sim, porque o Cebolinha não deixou nenhum pedaço para ela, bem ao estilo da Magali.

Quando o assunto é comida, a Magali consegue ser mais forte que a Mônica. E engraçado ela caindo no primeiro quadrinho. Que tombo... rsrs.

Tirinha publicada originalmente em 'Magali Nº 60' (Ed. Globo, 1991).


domingo, 13 de julho de 2014

Capa da Semana: Chico Bento Nº 82

Mostro uma capa incorreta do Chico Bento com um porco-espinho a tiracolo para carregar melhor as goiabas roubadas nos espinhos dele. Ficou engraçada a cara do porco-espinho nessa capa. Coitado.

A capa dessa semana é de ' Chico Bento Nº 82' (Ed. Globo, Março/ 1990).


sexta-feira, 11 de julho de 2014

Humberto: HQ "Vendendo Sorvetes"

Imagine um mudo como o Humberto vendendo sorvete na rua. Só pode render boas gargalhadas. Foi o que aconteceu nessa história dele que mostro nessa postagem. Com 5 páginas, foi publicada originalmente em 'Cebolinha Nº 109' (Ed. Abril, 1982) e que eu li pela primeira vez quando foi republicada no 'Almanaque do Cebolinha nº 11' (Ed. Globo, 1990).

Capa do 'Almanaque do Cebolinha Nº 11' (Ed. Globo, 1990)

Um sorveteiro vê o Humberto passando e pergunta se ele quer ganhar uns trocados vendendo sorvete no seu lugar enquanto vai ao banheiro. Humberto aceita pensando na grana que vai ganhar e anda pelo bairro em busca de fregueses.


Então, aparece um garoto disposto a comprar e pergunta de quais sabores tem. Como o Humberto é mudinho e só emite som "Hum!Hum!", o garoto pensa que só tem um e manda dar esse mesmo. Ele pergunta quanto custa ao Humberto, que responde "Hum!Hum!" e o garoto paga só um cruzeiro e elogia que é barato demais, deixando o Humberto fulo da vida e resmungando enquanto anda com o carrinho na rua.

Aparece outra freguesa, pedindo dois sorvetes de abacaxi. Ao falar "Hum!", mas entregando 2 sorvetes, ela pensa que é o Humberto é míope e aproveita para pagar só o valor de um sorvete e também um cruzeiro, como fez o garoto, e o Humberto fica uma fera, soltando palavrões.


Para piorar a situação, surge um bandido apontando arma para ele e mandando passar toda a grana que ele tem. O Humberto entrega os dois cruzeiros e o bandido acha pouco, e diz que ou ele é mau vendedor ou o sorvete é muito barato. Com isso, o bandido resolve levar o carrinho de sorvete.

Humberto pensa na bronca que levaria do sorveteiro, e corre atrás do bandido e o agarra pela perna, e os sorvetes caem tudo no chão. Nessa hora, aparece a polícia e prende o bandido e entrega uma recompensa ao Humberto para repor o prejuízo dos sorvetes, e aí ele fica feliz.

No final, o sorveteiro volta e como vê que o Humberto estava com muito dinheiro e com carrinho vazio, pensa que o Humberto vendeu tudo e resolve nomeá-lo como o seu vendedor de sorvete exclusivo. Então, Humberto desmaia, tendo que ser levado em cima do carrinho, sendo que o vendedor pensa que ele desmaiou de emoção pelo cargo, mas, na verdade, foi de desespero de ter que passar por tudo aquilo de novo.


Muito engraçada essa história. O Humberto sempre rendia histórias divertidas como essa. Ele sempre se dava mal. Como o vendedor conhece o Humberto e sabendo que ele é mudo, é de impressionar chamá-lo para vender sorvetes. Muito engraçado a cara de raiva do Humberto fez quando ele era trapaceado pelos clientes e gostei também, no início, do vendedor falando para o Humberto vender sorvetes enquanto ele vai "você sabe". 


O que eu mais gosto nas histórias antigas do Humberto é que mostravam os sufocos que um mudo pode passar na sociedade, mas tudo tratado de uma forma muito bem humorada, sem se tornar didático e que dá para refletir depois e conscientizar que realmente isso acontece na vida real.

Por outro lado, mesmo dando pra refletir, infelizmente é uma historia impublicável nos dias de hoje, pelo fato de não ser certo aproveitar de uma criança muda para se dar bem, e também ser inadmissível  atualmente criança trabalhando, presença de bandido e o Humberto falar palavrão.


Os traços são ótimos, como sempre na época. Vale destacar que teve um erro no quadrinho em que o Humberto fala "palavrão". O balão tinha que ser em forma de pensamento e desenharam como se ele estivesse gritando os palavrões em voz alta. Mas, como é uma história da Editora Abril tão boa, esse erro fica até despercebido.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Turma da Mônica: HQ "Farra na Rua"

A história que eu mostro é quando a Turma resolve se unir para enfeitar a rua que moram para a Copa do Mundo com muita diversão. Ela tem 10 páginas e foi a que encerrou o gibi do 'Cebolinha Nº 93' (Ed. Globo, 1994).

Capa de 'Cebolinha Nº 93' (Ed. Globo, 1994)

Escrita por Rosana Munhoz, começa com o Seu Cebola encontrando a turma brincando na rua e fala da sua ideia de enfeitar a rua toda para a Copa do Mundo. Todos gostaram e eles passam a dividir as tarefas. Então, a Mônica corre para avisar as meninas, o Cascão vai ao lixão para ver se encontra alguma coisa lá e o Cebolinha e seu Cebola vão pedir colaboração aos vizinhos para comprar tintas.


Depois, eles voltam a se encontrar e a Mônica chamou a Magali e outras meninas para ajudar: a Lisi, Fê, Bruna e Bianca. O Cascão catou junto com o seu vizinho Renato e com vários papéis coloridos que cataram na rua e no lixão. E o cebolinha e o seu pai trouxeram um rolão de barbante e muita tinta azul, verde e amarela, através de uma vaquinha entre os outros moradores da rua. Aparecem também o seu Antenor e seu Sousa, pais do Cascão e da Mônica, e vários vizinhos dispostos a ajudar.


No dia seguinte, começa o enfeite da rua. Seu Antenor tenta fazer um coração no asfalto e desenha muito mal. As meninas ficam encarregadas de pintar o muro do terreno baldio do limoeiro. A Bruna fica pintando florzinhas, a Magali, como não podia deixar de ser, melancia e a Lisi enfia o pé na tinta. Todas conseguem pintar o muro, mas ficam todas sujas de tintas.

Cascão mostra ao Renato a lata de lixo que ele pintou e quando encosta a mão no muro, a Bruna dá uma bronca nele porque deixou sujo. Em seguida, todos vão cortar papel para fazer tirinhas, e nessa hora, Cebolinha faz uma máscara da Mônica bem dentuça, bem no lado dela. Mônica vê e dá um soco nele.


 Depois de prontas, eles penduram as tirinhas no barbante e pegam as bandeiras, feitas pelas mães deles, para pendurar também. Nessa hora, Cascão exibe a bandeira do "Coringão" para pendurar lá e aí começa a briga: a Mônica quer que coloque uma do são Paulo; Cebolinha, do Palmeiras; e Renato, do Santos. Aí seu Antenor interfere falando ao filho que só vai ter bandeira do Brasil para não ter briga.


Em seguida, seu Cebola pede ao seu Sousa segurar a escada enquanto ele termina de pendurar as bandeiras porque está bamba. Até que a vizinha traz um café ao seu Sousa e aí seu Cebola cai da escada levando um baita tombo, mas foi bem na hora que ele acabou de pendurar e finalmente a rua ficou enfeitada e toda bonita. As crianças adoram e ficam orgulhosas com o resultado, fazendo roda para festejar o enfeite da rua para a Copa.

Então, começa o jogo do Brasil e todos vão para suas casas assistir. Todos os pais ficam animados e vibram muito com o jogo, mas as crianças estão achando o jogo chato, sem sair gol. Com isso, as crianças saem de casa escondido para brincar na rua toda enfeitada e o seu Cebola, quando vê as crianças contentes, diz para dona Cebola que o principal já tinham feito, ou seja, enfeitar a rua.


É uma história bacana com traços muito caprichados. Mostra o espírito cooperativo, todos se unindo para enfeitar a rua na Copa do Mundo, um costume muito comum nessa época do ano. Para as crianças essa união e farra de enfeitar a rua e depois brincar lá foi mais divertidos e válidos do que assistir a um jogo da Seleção Brasileira. 

Nota-se que tiveram piadas curtas ao longo da história, cada momento retratado com uma piadinha que lembra as primeiras histórias dos anos 70, que usavam esse recurso. Coloquei completa na postagem. Interessante mostrar na narração os nomes dos jogadores Cafu e Zinho, que atuaram naquela Copa, sem nenhum trocadilho.


Essa história tem vários personagens secundários. A roteirista Rosana gostava de colocar pessoas da sua família e amigos nos roteiros das suas histórias, e, por exemplo, Bruna, Bianca e Renato eram seus sobrinhos e Lisi a sua prima na vida real. A Bianca, inclusive, já havia aparecido na história "De gato e sapato", de 'Magali Nº 46', de 1991, como um bebê de menos de 2 anos de idade como prima da Magali, retornando depois nessa história "Farra na rua" e logo depois em "Priminha dedo-duro", de 'Magali Nº 141', de 1994.

De curiosidade, o Cascão já teve um vizinho também chamado Renato que odiava sujeira na história "Influências Opostas", publicada em 'Cascão Nº 111' (Ed. Globo, 1991), sendo que aquele Renato era mais novo e não gostava de sujeira enquanto esse Renato era maior, aparentando uns 9 anos de idade. Pelo visto também era o sobrinho Renato da Rosana só que quando mais novo. 

Se fosse feita atualmente, provavelmente colocariam, por exemplo, a Marina, Denise, Carminha Frufru e Cascuda no lugar das meninas, e o Xaveco ou o Dudu, no lugar do Renato. Lembrando que naquela época, a Marina não havia sido criada, a Carminha Frufru, até então, só havia aparecido em 2 histórias ("Modelo e Manequim", de 'Magali Nº 93', de 1993 e "Concurso de Beleza", de 'Mônica Nº 86', de 1994) e a Denise aparecia raramente, fazendo só participações secundárias, principalmente em histórias da Magali.


A maioria dos personagens só torcem para clubes paulistas, e acho isso justo, já que o Limoeiro fica em São Paulo. Não foi falado aí, mas a Magali torce para o Santos, porque lembra peixe, e há personagens que torcem para outro time fora de São Paulo, como o Xaveco, que torce pelo Flamengo.


Curioso também que esse gibi do 'Cebolinha Nº 93' saiu nas bancas em setembro de 1994, dois meses após o término da Copa dos Estados Unidos que o Brasil se consagrou tetracampeão. Provavelmente, ela deve ter sido feita em junho, durante a Copa do Mundo, mas acabou só publicada em setembro e aí não ficou tão atual. Pelo certo devia ter saído no gibi do 'Cebolinha Nº 90' ou 'Nº 91', de junho e julho de 1994, respectivamente.