sexta-feira, 30 de maio de 2014

Cebolinha: HQ "O Grande Concurso das Balas Bilula"

A história que eu mostro é de quando houve um concurso que mexeu com todos no Bairro do Limoeiro. Um clássico de exatos 25 anos muito lembrado pelos fãs. Ela tem 9 páginas e foi história de abertura de 'Cebolinha nº 29' (Ed. Globo, Maio/ 1989).

Capa de 'Cebolinha nº 29 (Ed. Globo, 1989)

Nela, um grande concurso estava agitando todos do Bairro do Limoeiro. Era o concurso das balas Bilula no qual os participantes tinham que mandar uma carta com uma frase falando bem das balas, junto com 10 embalagens. O ganhador da frase mais criativa ganhava uma bicicleta e um milhão de balas Bilula.


Cebolinha comprou o seu último pacote e como o Cascão não tinha dinheiro para comprar as balas, Cebolinha sugeriu ao Cascão que o ajudasse a inventar a frase e chupar as balas que aí dividiria o prêmio com ele. cebolinha tinha certeza absoluta que ia ganhar porque bolar frases não era difícil para ele. Cascão até brinca que se fossem frases infalíveis não seria fácil. 

Chegando na casa do Cebolinha, eles começam a bolar a frase chupando balas, até que o Cascão tem ideia de uma. A frase era: "O Gato mia, o cachorro late, o macaco pula. Vivam as balas Bilula!".


Cebolinha acha bobagem e pergunta se isso é tudo que ele pode pensar. Cascão responde que pelo menos rimou e então, o Cebolinha diz que tem que bolar uma frase forte. Então, Cascão na hora inventa outra frase: "A Mônica chupa as balas Bilula". Cebolinha também não gostou e voltam a criar outra frase. Cascão começa a rabiscar o papel e até que levanta o papel, mas não era uma frase, e sim um desenho de um super-herói, o Lixeiro Prateado, que acabou de inventar. Cebolinha fica brabo e reclama que o chamou para ajudá-lo na frase e que isso tirou a concentração dele. 


Até que durante a discussão teve ideia da sua frase: "A mais deliciosa, gostosa e saborosa bala do mundo é a bala Bilula". Cascão discorda, dizendo que prefere a bala Tuquinha e o Cebolinha diz que essa era a frase do concurso. Cascão gosta e eles vão ao correio enviar a carta. Chegando lá, encontram uma fila enorme, pois todos estavam participando. Lá, encontram com a Magali que estava lamentando que havia enviado só 10 cartas porque só soube do concurso na última hora e só conseguiu arrumar 100 pacotes de balas.


Eles conseguem enviar a carta e encontram com a Mônica, que diz que conseguiu arrumar os 10 pacotes de bala, mas não conseguiu bolar uma frase para o concurso. Aí, na mesma hora, ela tem ideia de uma frase, porém foi a mesma que os meninos enviaram para o concurso. Eles não avisam que já haviam criado a frase e falam que estava horrível. Para sacanear com a Mônica, Cebolinha cria uma frase para ela, sendo a mesma que o Cascão havia criado no inicio da história e que achou boba: "O Gato mia, o cachorro late, o macaco pula. Vivam as balas Bilula!"


Mônica gosta e resolve enviar. Quando vai embora, os meninos dão gargalhadas, achando engraçado ela enviar aquela droga de frase. Ficam aliviados por ser uma concorrente a menos e agora só restam aguardar o resultado do concurso. Passa um tempo e chega o dia do resultado. Eles vão a casa do Cebolinha para assistir na TV. Então, são revelados os 3 primeiros colocados. Em 3º lugar foi o Zezinho de Jaboatão, Pernambuco, com a frase "Eu gosto das balas Bilulas" e em 2º lugar, Renato Luís, de São paulo, com a frase "Balas Bilulas, Eu gosto".


Vem a divulgação do primeiríssimo lugar. A carta foi do bairro do Limoeiro e os meninos já pensam que era deles. Porém, a grande vencedora foi a Mônica com a frase dos meninos, porque acharam bem ecológica. Cebolinha e Cascão ficam com cara de tacho e desmaiam. Afinal, o feitiço virou contra o feiticeiro.

Toca a campainha e o Cascão fala pra atender porque está desmaiado. Era a Mônica agradecendo, porque graças a frase dele, ela ganhou o concurso. Para recompensá-lo, ela decidiu dividir o prêmio. Com isso, a Mônica ficou com a bicicleta e eles com um milhão de balas Bilula. Quando recebem e com cheio de balas no chão, Cascão tenta conformar o Cebolinha, falando que daqui alguns anos, os netinhos dele ainda estarão chupando balas Bilula, deixando o Cebolinha mais irritado e terminando assim.


Uma história maravilhosa que satiriza os concursos da mídia que mexem com a criatividade de bolar frases para os produtos. Além de ser muito engraçada, ainda tem uma lição de moral. Cebolinha tentou agir de má fé para ela ser eliminada do concurso, mas acabou se dando mal. Se aceitasse a frase do Cascão, que achou tão boba, eles é que seriam os vencedores. Muito engraçada a cara deles ao descobrirem que a Mônica ganhou o concurso.

Os traços são excelentes e a torna melhor ainda. Na postagem, coloquei completa. Interessante colocarem marcas para as balas Bilula e Tuquinha. Sendo que balas Bilula não passaram a ser referência fixa de balas compradas pela turminha.  


Essa história se tornou um clássico, muito lembrada pelos fãs até hoje, até pela frase que marcou os quadrinhos. "O Gato mia, o cachorro late, o macaco pula. Vivam as balas Bilula!" é sempre citada em momentos especiais, em forma de homenagem, como na história "Barraco entre vizinhos" (Mônica # 29, de 2009), Graphic MSP "Turma da Mônica - Laços" (2013) e mais recentemente em "Cebolinha # 500", de 2014.

Naquela época, para participar de concursos era só através de cartas mesmo. Atualmente, são mais comuns digitar o número de código de barras, enviando via SMS do celular ou fazendo cadastro no site, precisando ou não criar frase criativa, dependendo do concurso. 


A propósito, a capa desse gibi é muito boa também com o Cebolinha como um ás do skate. As capas do Cebolinha normalmente eram com piadas envolvendo seu cabelo ou provocando a Mônica, mas as vezes tinham algumas ele praticando esportes radicais. 

O curioso é que com o capacete vermelho e várias imagens do Cebolinha nela, para indicar movimento, ficou parecendo os bonecos "Mix Faces" da "Mimo". Eles foram lançados na mesma época e para mudar a face do personagem era só abaixar o chapéu, no total de 4 expressões diferentes cada um. Tinha bonecos da Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali e eu mesmo tinha todos já em maio de 1989 quando o gibi foi lançado. Quem sabe essa capa não foi uma forma de promover os bonecos. Eu pensava isso na época. Abaixo, uma imagem desse boneco do Cebolinha, tirada da internet:

Boneco "Cebolinha Mix Faces" da Mimo (1989)

terça-feira, 27 de maio de 2014

As Tiras Clássicas do Pelezinho - Volumes 1 e 2


"As Tiras Clássicas do Pelezinho" é uma coleção da Editora Panini que reúnem as tiras do personagem e de sua turma que saíram nos jornais em ordem cronológica, desde que foi criado em 1976. Nessa postagem eu falo sobre os 2 volumes lançados até agora.

Desde 2012, Pelezinho voltou a ter gibis nas bancas, e, com isso uma série de lançamentos foram criados desde então, envolvendo republicações antigas dos anos 70 e 80, como o almanaque "As Melhores Histórias do Pelezinho" e "Pelezinho Coleção Histórica", além de revistas de passatempos e para colorir. Junto com esses títulos, foram lançados também os livros "As Tiras Clássicas do Pelezinho".

Capa do "Volume 1 "(2012)

Aproveitando o sucesso dos livros da coleção "As Tiras Clássicas da Turma da Mônica", fizeram o mesmo com o Pelezinho. Então, "As Tiras Clássicas do Pelezinho" seguem o mesmo formato dos da Turma da Mônica e cada volume tem formato quadrado 21 X 21 cm, capa cartonada, papel de miolo offset e 132 páginas no total, com 3 tirinhas em preto e branco por página, na horizontal, totalizando 360 tiras no total. São vendidos em livrarias e bancas especializadas, custando R$ 19,80 cada. As capas são retiradas de imagens de várias tirinhas publicadas na respectiva edição. 

Não seguem a ortografia da época, e, sim a atual. E omitem também a numeração original das tiras. De comum também, cada volume começa com uma introdução com um convidado falando sobre a publicação (com um destaque desse texto na contracapa) e no final de cada um, aparece a seção "Notas", que mostra curiosidades e explicações sobre as tiras e aproveitar para dizer que hoje os personagens não agem de forma incorreta.

Nos 2 volumes de "As Tiras Clássicas do Pelezinho", além do público acompanhar a evolução dos traços da Turma do Pelezinho, dá para acompanhar tiras envolvendo piadas e trocadilhos do mundo do futebol. São muito comuns encontrar tiras com situações inusitadas do Pelezinho comemorar gol pulando e dando soco no ar e com seus chutes fortes de superpotência comparados a força da Mônica. 

Capa do "Volume 2" (2013)

O volume 1 foi lançado em 2012 e reúnem tiras de 1976 a 1978. São as primeiras tiras criadas e dá para ver a diferença nos traços dos personagens, principalmente a Bonga e o Cana Braba, que aparece com lábios superexagerados. Ao longo da edição, a gente vê que os desenhos foram mudando gradualmente e já mais no final, já apresentavam os traços superfofinhos, bem característico do final dos anos 70.

Como o Pelezinho foi criado em outubro de 1976, tem poucas tiras daquele ano. Foram apresentadas as características dos personagens pela primeira vez, antes mesmo do gibi ser lançado, que aconteceu em 1977. Conhecemos a Bonga que todos os meninos desejavam, o Cana Braba que jogava mal e vivia falando palavrão, o Frangão, que era goleiro e não agarrava nenhuma bola, a Samira, que oferecia seus quibes duros pra turma, entre outros.

Tiras publicadas no "Volume 1"

Todos os personagens apareceram com frequência nesse volume, só o Jão Balão, o rival do Pelezinho, que apareceu só em 1 tira na página 94, já de 1978. E a Neusinha, a namorada japonesa do Pelezinho, não apareceu porque em boa parte desse volume ela nem havia sido criado. Ela estreou nos gibis na história "Rove Story, Nô", de 'Pelezinho # 7' (Ed. Abril, 1978) e por isso as tiras desse volume não teve presença dela.

O curioso que os amigos só chamavam o Pelezinho de "Pelé" nas primeiras tiras, e só nas tiras de 1978 que passaram a chamar de "Pelezinho" em definitivo. Vale lembrar que as tiras dos jornais originais muitas vezes eram creditadas como "Pelé" e nos gibis de 1977, ele também era chamado de Pelé nas histórias. Como O Pelezinho era versão do jogador Pelé na infância, então eles chamavam o personagem de Pelé mesmo, sem apelido, e depois mudaram.

Na parte de introdução desse volume, o texto foi escrito pelo próprio Pelé, falando sobre o livro e a nova parceria com a MSP. E na seção "Notas" só teve 1 página e não mostrou muitas curiosidades interessantes, foi praticamente toda falando que nas histórias atuais não tem cenas incorretas, como não ter bandidos, não usarem armas, não falar palavrões e nem chamar alguém de "burro", entre outros.

Contracapa do "Volume 1"

Já o volume 2 foi lançado em 2013 e reúnem tiras de 1978 e inicio de 1979. Os traços são os superfofinhos característicos do final dos anos 70. Como não podia deixar de ser as piadas também são referentes ao futebol, a grande maioria.

O Frangão foi o grande destaque do volume, com muitas tiras com ele envolvendo suas lutas e tentativas frustadas em defender uma bola, sobretudo do Pelezinho, em situações absurdas e engraçadas. Ainda em relação aos personagens, a Neusinha apareceu pouco, a partir da página 49. O Jão Balão não apareceu em nenhuma tira. Ele aparecia bem nos gibis, mas em tiras não muito. Já os outros personagens tiveram boa frequência.

Tiras publicadas no "Volume 2"

A introdução desse volume foi escrita por José Alberto Lovreto, o Jal (jornalista e cartunista que criou o "Troféu HQ Mix"), e as "Notas" tiveram 2 páginas e até mostraram mais curiosidades sobre o futebol, mas, lógico, não perdendo oportunidade de falar que hoje não existe mais politicamente incorreto nas produções atuais.

Desde que foram lançados "As Tiras Clássicas do Pelezinho", não produziram mais volumes novos com a Turma da Mônica. As tiras desta coleção já estavam em 1973, e, com isso, os próximos volumes dessa coleção já vão ter muito conteúdo repetido que sairam nos pockets de tiras da L&PM e aí devem estar querendo dar um tempo. Fora que em 2013 havia  muitos lançamentos pelos 50 anos da Mônica e aí acabou não tendo um volume novo com eles.

Contracapa do "Volume 2"

Como podem ver, "As Tiras Clássicas do Pelezinho" reúnem tiras antológicas dos primórdios do personagem e sua turma, com todas as cenas incorretas tão característico da MSP da época. Vale a pena ter na coleção. Afinal, se fizessem histórias novas com os personagens nunca seria a mesma coisa, já que não falariam palavrão e nem agredir ninguém, por exemplo. Como se alguém passa a falar palavrão constantemente ou ser violenta porque leu história em quadrinhos. Até porque no caso dos palavrões são só símbolos como cobra, lagartos, bomba, representando que era um palavrão naquele quadrinho.

Capaz de ter o 3º volume agora em 2014. Pode ser que não, caso tenha o volume 8 de "As Tiras Clássicas da Turma da Mônica", ou quem sabe lancem os 2 títulos ao mesmo tempo. Só espero que quando lançarem um novo para o Pelezinho não tenha aquela avacalhação de tirar o círculo em volta da boca das tiras que nem como fizeram com o almanaque "As Melhores Histórias do Pelezinho"

Pelo menos as histórias que saem no almanaque são tiradas dos últimos números do Pelezinho da Editora Abril e dá para conseguir tê-las na Coleção Histórica daqui uns 2 anos, ou até mesmo comprar as originais. Já a maioria dessas tiras são muito raras, e mudar tudo, tirando o círculo em volta da boca e colocando nariz seria inadmissível e totalmente lamentável se fizessem isso. Espero que tenham bom senso e continuem como está, ficando aquela coisa tosca e ridícula restrita só ao almanaque "As Melhores Histórias do Pelezinho" para não estragar essa coleção.

domingo, 25 de maio de 2014

Capa da Semana: Magali Nº 53

A Magali é capaz de tudo para comer. Até escalar uma alta montanha no frio só para pegar o ovo da urubu para fazer ovo frito. 

É uma capa muito bem feita, só que politicamente incorreta, pois, além do maltrato de tirar o filhote da mãe urubu, mostrar criança escalando montanha sozinha  também mau exemplo para os gibis atuais.

A capa dessa semana é de 'Magali Nº 53' (Ed. Globo, Junho/ 1991).


sexta-feira, 23 de maio de 2014

Jotalhão: HQ "Solução de peso"

A história que eu mostro é com o Jotalhão de quando ele sentiu dor no dente e os apuros que passou ao tentar tratar do tal dente. Ela tem 10 páginas e foi publicada em 'Cebolinha Nº 45' (Ed. Globo, 1990). 

Capa de 'Cebolinha Nº 45' (Ed. Globo, 1990)

Começa com o Raposão se assustando com um grito vindo da floresta e pensa que era do Rei Leonino. Quando vê, era o Jotalhão com uma grande dor de dente. Raposão o aconselha, ir ao dentista, que fica na cidade onde vive os homens.


Então, Jotalhão vai até lá, mas no caminho se cansa e descansa ao lado de uma pedra. Enquanto isso, chega um caçador e resolve aproveitar que o Jotalhão está dormindo para pegar o seu marfim. Não achou muito grande, mas como estava conservado seria bom para a sua produção. Na hora que estava preparando a sua espingarda para atirar, acaba a munição e o Jotalhão acorda com o barulho e deixa o caçador preocupado. Jotalhão pergunta se ele era dentista e confirma, deixando superfeliz. 


Jotalhão fala que o seu dente direito está doendo muito, e o caçador fala que será preciso extrair os dois porque aí o outro nunca vai doer também. Então, o caçador o manda deitar e tenta arrancar, mas não consegue e reclama que nunca arrancou dente de elefante vivo. Jotalhão estranha e o caçador dá desculpa que nunca de um elefante vivo, no sentido de esperto e inteligente.

Com isso, o caçador resolve arrancar amarrando um cipó no dente em uma pedra e fazer com que o Jotalhão pule do precipício, mas também não deu certo, já que com o peso do Jotalhão a pedra se soltou e caiu em cima do caçador.


Depois, o caçador resolve colocar dinamites embaixo da tromba do Jotalhão para explodir tudo. Porém, também não funcionou e o Jotalhão só ficou queimado, mas ainda vivo e com os dentes intactos. O caçador fica furioso e fala que vai levá-lo inteiro. Jotalhão diz se vão ao consultório e ele diz que sim. No caminho, encontra vários esqueletos de elefantes e o caçador fala que é o Santuário dos Elefantes, um cemitério muito respeitado por todos. 

Chegando lá, o caçador fala aos seus amigos que não conseguiu arrancar as presas dele e um deles fala que os dentes são muito pequenos e manda levá-lo para jaula. Jotalhão estranha um pouco as jaulas e os outros vários marfins com os caçadores.


Já na jaula, encontra com outro elefante e pergunta se o dentista estava medicando alguém, pensando que era uma sala de espera. O elefante responde que estão presos. Jotalhão fala que não fez nada e outro diz que o problema foi nascer elefante. Diz, ainda, que tiveram sorte que só vão perder a liberdade indo a um zoológico, mas continuarão vivos, coisa que não aconteceu com os outros, que foram mortos para conseguirem seus marfins. E comenta também de outros animais em extinção, como jacaré, raposa, etc.


Jotalhão, então, fica revoltado e superfurioso. Ele arrebenta as jaulas, e um caçador ameaça atirar, mas Jotalhão quebra a arma da mão dele. Com o grito dele, espanta todos os caçadores. O elefante avisa que eles são uma quadrilha de traficantes e que vão voltar com reforços. Jotalhão diz pra irem embora enquanto é tempo e espera que ele o elefante tenha mais sorte na próxima vez. 


Eles se separam e Jotalhão volta pra casa. Raposão pergunta se ele tratou do dente e ele diz que até esqueceu da dor. falou que nem foi na cidade, já que na própria casa já é perigoso. Raposão achou bobagem e Jotalhão diz que a pele de raposa é muito apreciada pelos homens. Raposão pergunta se alguém não pode fazer nada por eles e  o Jotalhão fica esperançoso que depois dessa história, sim.


É uma história legal que começa engraçada e ao longo dela vai ficando séria com uma boa mensagem de conscientização ecológica sobre tráfico e extinção de animais. Vemos um Jotalhão bem inocente, só preocupado com a dor de dente e nem notou o que estava passando na sua frente, até ver que foi passado para trás e se revoltar. Apesar da boa lição, essa história não seria publicada atualmente por causa da espingarda do caçador e as várias tentativas maliciosas de detonar com o Jotalhão. E até tem um traficante tipo canibal pintado todo de preto, que hoje seria preconceituoso.


Os traços são bacanas, são bem grossos e agrada bastante.  É difícil ter histórias da Turma da Mata contracenando com homens brancos e interessante o Jotalhão conseguir conversar com os humanos normalmente. O Bidu, por exemplo, não falam na frente dos humanos, mas os personagens da Turma da Mata, sim. Afinal, história em quadrinhos, tudo pode.


Tem outros absurdos também como pedra rolar do precipício e não matar o caçador que ficou debaixo dela, assim como a dinamite que explodiu com o Jotalhão e ele permanecer vivo. Absurdos próprios de história em quadrinhos e que por isso a torna tão legal. Aliás, essas situações atrapalhadas lembram os desenhos animados do Papa Léguas em que o Coiote fazia de tudo para pegá-lo. O roteirista deve ter tido influência.  Nas imagens da postagem, coloquei completa.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Mudanças em "Clássicos do Cinema Nº 43"


Foi lançada a revista "Clássicos do Cinema # 43" - Terror e Suspense", dessa vez com republicações de histórias e nessa postagem comento sobre essa edição e alterações lamentáveis ocorridas em relação às histórias originais nessa edição e em outros almanaques recentes.

Normalmente "Clássicos do Cinema" vem com histórias inéditas, mas em algumas são republicações de histórias antigas que saíram nos gibis convencionais que parodiaram filmes de sucesso ou que tenha relação ao tema. Com isso, essa última edição republicou 3 histórias do Cascão  da Editora Globo que tiveram referência a filmes de terror e de suspense de sucesso. Na ordem, foram: "Pesadelo na Rua do Limoeiro" (Cascão #297, de 1998), "O Poderoso Cascão" (Cascão #246 - Editora Globo, de 1996) e "O Pregador" (Cascão #127, de 1991).

Capas de 'Cascão # 297', '# 246' e '# 127,' respectivamnete

Na história "Pesadelo na Rua do Limoeiro", há referência do filme "A Hora do Pesadelo". Na trama, Capitão Feio rouba uma invenção do Franjinha, o supersimulador de realidade virtual, que faz invadir os sonhos das pessoas. Com isso, ele entra nos sonhos da turma para assustá-los e fazer com que acordem sujos. 

Em "O Poderoso Cascão" tem uma paródia do filme "O Poderoso Chefão". Nela, uma família de mafiosos italianos fogem para o Limoeiro para assaltar. Como o Cascão consegue livrá-los do agente internacional, o chefe dos bandidos fazem questão do Cascão entrar na gangue deles e participar de um assalto ao banco.

Já em "O Pregador", há referência ao filme "O Predador". Nessa história, Cascão fica impressionado com um filme que viu no cinema, em que um ser fica invisível e ataca as vítimas, deixando penduradas com um pregador. O Cebolinha e a turma ficam rindo por ele estar com medo de um filme e, ao cair em uma lama e parecer estar invisível na hora, Cascão tem a ideia de se fantasiar do Pregador para dar medo à turma.

Trecho da HQ "O Pregador", tirada de 'Cascão # 127' (1991)

Histórias muito boas e tenho as 3 nas originais e por isso não comprei. O único problema da edição foram as mudanças toscas em relação às revistas originais, estragando as histórias por causa disso. Em "O Pregador" não teve nenhuma alteração, mas nas outras, sim. 

Na história "Pesadelo na Rua do Limoeiro", a mudança foi na colorização. Na Panini, as cores são digitalizadas e os tons ficam diferentes e mais fortes em relação às originais. Só que pelo menos, o que é azul na original continuava azul, o que é amarelo continuava, etc. Porém, nessa história do Cascão foram mudadas as cores. 

Como podem ver na comparação das imagens, a parede do esgoto na original de 1998 era verde e agora alteraram para amarelo, sem explicação nenhuma. Quando estava verde na original, deixava o esgoto com aspecto mais sujo, do que esse amarelo que de tão claro ficou parecendo que acabou de pintar as paredes, deixando o esgoto mais limpo. Abaixo a comparação da cena do esgoto entre as 2 edições:

HQ "Pesadelo na Rua do Limoeiro": comparação 'Cascão # 297' (1998) e 'Clássicos do Cinema # 43'

Essa não foi a única alteração de cores, em várias cenas durante toda a história os fundos foram mudados em relação á original, principalmente nos sonhos. O que era verde na original, virou azul; o que era azul, ficou amarelo, e por aí vai. Acho que deviam manter como era na original para manter a magia da época. Abaixo um trecho de comparação:

HQ "Pesadelo na Rua do Limoeiro": comparação 'Cascão # 297' (1998) e 'Clássicos do Cinema # 43'
Essas alterações das cores é até pouco expressiva se considerar com o que fizeram com a história "O Poderoso Cascão". Avacalharam com ela e mudaram muita coisa. Nas revistas atuais, é proibido os personagens de qualquer idade usarem armas. Até as de brinquedos são proibidas. Como essa história envolve bandidos e policiais, tudo que tem arma na original de 1996 fizeram outra coisa no lugar. 

Em todas as cenas em que os policiais estavam com armas, colocaram distintivos no lugar. Ficou muito estranho assim. E ficou parecendo que eles estavam segurando uma arma mesmo em vez de distintivo, já que não mudaram a forma dos policiais segurarem. Ficou ridículo. Abaixo a comparação:

HQ "O Poderoso Cascão": comparação entre 'Cascão # 246' (1996) e 'Clássicos do Cinema # 43'
Se não já bastasse isso, a avacalhação maior ficou por conta de colocarem uma lagosta no lugar de metralhadora dos bandidos! Terrível. Onde já se viu a Mônica ter medo de lagosta!? Se ainda fosse rato, dava para aceitar mais. E onde já se viu bandido assaltar banco com lagosta!? Não faz sentido nenhum. Tudo sem pé nem cabeça, totalmente sem noção. A história ficou toda mudada por causa disso, a ponto de mudarem até o policial falando "atirar" pra "reagir". 

Trecho da HQ "O Poderoso Cascão", tirada de  'Cascão # 246' (1996)

Trecho da HQ "O Poderoso Cascão", tirada de 'Clássicos do Cinema # 43'

É impressionante essas alterações nos almanaques, cada vez fica pior. Eles que se preocupam tanto em tirar os absurdos das histórias, e colocam esse da lagosta na mão dos bandidos. Revoltante. Seria melhor não republicar. Sem contar o desrespeito com os roteiristas e desenhistas da época e toda a dedicação que tiveram alterando todo o trabalho que tiveram, para mudar tudo assim, sem mais nem menos. Já é de estranhar ter republicação de história com bandidos, porque atualmente não tem também histórias assim, e quando colocam infelizmente fazem esse absurdo, tudo para adaptar ao politicamente correto e não traumatizar ninguém. Lamentável.

E nem é primeira vez que mudaram armas, já fizeram em várias outras oportunidades como em "Cascão 50 Anos" e "Turma da Mônica Extra # 11 - Dudu", e o caso mais recente foi no Almanaque Temático # 29 - Cebolinha Super-heróis" em que na história "Supercebola" (Cebolinha # 38, de 1990), tiraram a arma do bandido da original, e, na reedição ele só apontava o dedo para a vítima. Dá pra perceber que era uma arma na cena. Ridículo.

HQ "Supercebola": Comparação entre 'Cebolinha # 38' e 'Almanaque Temático # 29'

Infelizmente estão muito frequentes essas alterações. Nesse mesmo "Temático # 29", na história "Transformações" (Cebolinha # 7, de 1987) também colocaram um cartaz no muro, onde não tinha na original, já que nas atuais os personagens não rabiscam mais nos muros. Fora que mudaram a cor do muro.

HQ "Transformações": Comparação entre 'Cebolinha # 7' e 'Almanaque Temático # 29'

E na história "SuperAnjinho" (Cebolinha #117, de 1996) trocaram o Diabo falando "diabos" para "diacho", como mostro abaixo. Pelo visto a palavra diabo é proibida agora.

HQ "SuperAnjinho": Comparação entre 'Cebolinha # 117' e 'Almanaque Temático # 29'

Uma outra que aconteceu foi no "Almanaque Temático # 30 - Cascão Futebol" em que na história "Destino de um craque" (Cascão # 23, de 1987), tiraram o círculo em volta da boca do Jeremias que tinha na original. Ou seja, o mesmo que fizeram com o Pelezinho. Ficou horrível. Para eles, até aceitam lábios das histórias antigas, mas círculo em volta da boca dos negros é inadmissível porque pensa que é preconceituoso. Lamentável. 

HQ "Destino de um craque": Comparação entre 'Cascão # 23' e 'Almanaque Temático # 30'

Lembrando que foi só nessa história, e nas outras quando ele aparece de lábios mantiveram e na história "O Mundo dá voltas" mantiveram também o personagem negro com círculo na boca. A implicância foi só com o Jeremias.

Nesse mesmo "Temático # 30" também outra alteração surpreendente na história "Instinto Animal" (Cascão # 306, de 1998), Na original tinha um canário dentro da gaiola e agora simplesmente tiraram em todas as cenas, deixando só uns traços dentro, porque é mau exemplo ter um canário preso na gaiola. Só que perde o sentido porque como alguém vai ter uma gaiola de enfeite na casa, além da parte do Cascão desejar os ovos do canário e mudam a cena pensando, trocando o canário pela gaiola e não tinha ovos lá dentro. Trocam tudo sem coerência. Completamente sem sentido.  Abaixo comparação das cenas:

HQ "Instinto Animal": Comparação entre 'Cascão # 306' e 'Almanaque Temático # 30'

Essas são só algumas mudanças atuais, há várias outras em outros almanaques recentes. Só para constar, as imagens das originais são da minha coleção pessoal e as das revistas recentes foram cedidas por Washington Brito.

Então, as histórias dessa Clássicos do Cinema # 43" são muito divertidas, principalmente "O Pregador". Gosto quando tem republicações nesse título. O que estragaram foram as alterações que insistem em colocar nos almanaques. Sempre acho que se tem que alterar as histórias para se encaixar nos padrões atuais, que não republiquem. Como se preocupam com o politicamente correto, acho que certas histórias não deviam ser republicadas, ficando no limbo do esquecimento. Seria melhor não republicar do que ver essas alterações sem sentido, estragando a magia das histórias.

domingo, 18 de maio de 2014

Capa da Semana: Cebolinha Nº 24

O Cebolinha não perde oportunidade de mexer com a Mônica. Dessa vez, mesmo ele aparentemente quieto, a sua sombra é que apronta mostrando a língua para a Mônica. Se ela vê, coelhada na certa. Só ficaria a dúvida se seria no Cebolinha ou na sombra.

A capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 24' (Ed. Globo, Dezembro/ 1988).


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Seções dos Gibis das Editoras Globo e Panini

Há algum tempo falei sobre as seções divertidas da Editora Abril que vinham no lugar das histórias, incrementando os gibis. Nessa postagem mostro detalhes de como foram as seções das Editora Globo e Panini.

Na Editora Globo, deixaram de publicar todas aquelas seções nas revistas da Mônica e só continuaram os passatempos e as seções de cartas. Acredito que a intenção era dar prioridade às histórias, fora que em algumas delas não deviam ter renovado contrato com a mudança de editora, como a seção do "Mundo Encantado dos Animais", escrita por Jennifer Lagerlöf.

Então, a partir de 1987, as revistas da Mônica e do Cebolinha continuaram com as seções de cartas, só que agora sendo chamadas de "Mônica dá um recado" e "O Plá do Cebolinha", respectivamente. Como as revistas da Mônica tinham 84 páginas, ocupavam 2 páginas com a seção enquanto que a do cebolinha, com 68 páginas no total, ocupava 1 página.

Imagem tirada de 'Cebolinha Nº 45' (Ed. Globo, 1990)

As cartas dos leitores tinham elogios, pedidos e sugestões de histórias. Continuaram com a seção de troca de correspondências e busca de novas amizades entre os leitores, agora chamada de "Na base da amizade". A novidade em relação à Editora Abril foi o espaço "Troca-Troca", que era reservado para os leitores anunciarem que estavam vendendo ou trocando gibis, papéis de cartas, selos, álbuns de figurinhas, entre outros. Na Editora Abril isso era colocado misturado nas cartas.

Imagem tirada de 'Mônica nº 54' (Ed. Globo, 1991)

Interessante ver nessas cartas gente de 14, 15 anos ou mais que ainda liam gibis. Deu pra ver também que essas cartas eram escritas em 3ª pessoa, ou seja, falava que fulano escreveu tal coisa de forma sucinta, e respondiam no mesmo parágrafo. Porém, a partir de 1992, passaram a ser escritas em 1ª pessoa, exatamente como o leitor escreveu e a seguir respondiam em itálico. Achei que ficou melhor assim com as palavras do leitor. Abaixo, o Plá do Cebolinha com essa mudança.

Imagem tirada de 'Cebolinha nº 84' (Ed. Globo, 1993)

Em 2000, depois de 13 anos sem alterações, mudaram os nomes para "Cebolinha Responde" e "Correio da Mônica" e mudaram o layout completamente. A sub-seção "Troca-troca" foi extinta, e a "Na base da Amizade" teve o nome trocado para "Amizade Expressa". Mas, continuou o da Mônica com 2 páginas e o Cebolinha com 1 e escritas em 1ª pessoa. E ficou assim até o final da Editora Globo em 2006. Abaixo, como era o "Cebolinha Responde". "O Correio da Mônica" era semelhante, só que com 2 páginas:

Imagem tirada de 'Cebolinha nº 205' (Ed. Globo, 2003)

Quando as revistas do Cascão, Chico Bento e Magali se tornaram mensais, passaram a colocar também passatempos e seções de cartas nas suas revistas (que se chamavam "Correio do Cascão", "do Chico Bento" e "da Magali"), reservando uma página, tanto para os passatempos, quanto para as cartas, que falavam sobre esses personagens. Não vinham a seção "Amizade Expressa". Abaixo, deixo o design do "Correio do Cascão". As do Chico Bento e Magali eram semelhantes:

Imagem tirada de 'Cascão nº 461' (Ed. Globo, 2006)

Na "Revista Parque da Mônica", tinha 1 página de passatempos e seção de cartas, chamada de "Correio da Turma", com 2 páginas no total, e sem as sub-seções "Troca-Troca" e "Na base da amizade", e nas cartas mostravam elogios e desejo dos leitores irem ao Parque e sugestões de histórias para a revista. Abaixo, uma pagina de "Correio da Turma".

Imagem tirada de 'Revista parque da Mônica nº 40' (Ed. Globo, 1996)

Além dessas tradicionais, tinha também uma seção bem interessante e a única diferente da Globo, que foi a "Notícias do Parque". Era uma espécie de "jornalzinho" encartado, mostravam informações sobre os brinquedos e as novidades do Parque da Mônica. Tudo que era notícia era mostrada nessa seção. Mostravam também entrevistas exclusivas com o Mauricio falando de tais novidades. Ela abria com uma imagem da Mônica, Cebolinha e Cascão como repórteres, anunciando a seção.

Imagem tirada de 'Revista parque da Mônica nº 7' (Ed. Globo, 1993)

E além de informações referentes ao Parque, às vezes vinham também notícias e novidades da MSP em geral. Falaram também sobre o 3D Virtual, eventos internacionais, exposições pelo Brasil, os prêmios que recebiam, como o HQ Mix, entre outros. Quando os personagens Nimbus e Do Contra foram criados mostraram entrevista na edição "Nº 20" (1994) com o Mauricio falando sobre eles e que foram inspirados nos seus filhos Mauro e Mauricinho, respectivamente, além do Mauro  falando o que achava de ter virado personagem. Teve até entrevista com a Marina verdadeira, filha do Maurício, na edição "Nº 21" (1994), um pouco antes da personagem ser criada. 

Abaixo, destaquei um trecho de "Notícias do Parque" da edição "Nº 7", de 1993, com uma entrevista com os personagens falando sobre a peça de teatro chamada "Ser criança é bom" apresentada no Parque na época: 

Imagem tirada de 'Revista parque da Mônica nº 7' (Ed. Globo, 1993)

Tinha também no final, a sub-seção "O que rola no Parque", que mostravam fotos das crianças que visitavam, o cotidiano e bastidores do Parque.

Imagem tirada de 'Revista parque da Mônica nº 7' (Ed. Globo, 1993)

Ou seja, tudo que era notícia do estúdio era falado na seção "Notícias do Parque". Afinal, em uma época que não tinha internet ou estava engatinhado, a única forma de saber notícias da turma eram nos gibis e a "Revista Parque da Mônica" foi uma grande forma de conhecer os bastidores, não só do Parque, mas da MSP como um todo.

Por volta de 2000, tiraram a capa da seção com os personagens como repórteres, e infelizmente a partir de 2003 a seção foi extinta, deixando só as tradicionais passatempos e "Correio da Turma". Nessa época, já dava para saber notícias da MSP na internet e devem ter tirado por causa disso.

Os Passatempos seguiram a mesmo layout consagrado desde o início dos anos 80 e que continuam intactos até hoje, Só curiosamente desde 2002 passaram a colocar também nos almanaques, deixando 4 páginas reservadas, tirando espaço de histórias no lugar. Já que nas convencionais já tinham passatempos, sempre achei desnecessário ter nos almanaques, ainda mais 4 páginas.

Na Panini, tudo continuou a mesma coisa nos gibis convencionais, só com passatempos e seção de cartas. Tudo com o mesmo número de páginas em relação à Globo. Nas cartas, agora o nome passou a ser só "Correio do [personagem]" e passaram a colocar foto das crianças, que passaram a ser menores em relação aos da Abril e Globo. Então, são correspondências bem simples, a intenção maior é ter só a foto publicada em um gibi. 

Imagem tirada de Cebolinha nº 46' (Ed. Panini, 2010)

Na revista do "Ronaldinho Gaúcho", a partir da edição "Nº 35", de 2009,  teve também a seção "Curiosidades RG", que mostrava curiosidades na carreira do Ronaldinho no atual momento. Curioso, que quando o Ronaldinho já não estava mais fazendo nada em campo e as notícias dele eram mais centradas de fofocas fora das quatro linhas, a seção foi extinta 2 anos depois e, com isso, atualmente, só tem passatempos e seção de cartas nela, como os demais gibis.

Imagem tirada de 'Ronaldinho Gaúcho nº 56' (Ed. Panini, 2011)

Em "Tina" (1ª série 2009 - 2011), tiveram algumas seções. Como a personagem faz faculdade de jornalismo, na seção "Tina entrevista", a personagem entrevistava, em 2 páginas,  alguma celebridade do mundo da música, esporte e televisão em evidência e ligada ao universo das meninas adolescentes. Tiveram, então, entrevistas com Neymar, Lucas da banda "Fresno", Pe Lu do "Restart", Mari Moon (ex-MTV), entre outras. Abaixo, destaquei a entrevista com Rafinha Bastos, de "Tina Nº 2", de 2009.

Imagem tirada de 'Tina nº 2' (Ed. Panini, 2009)

As vezes, essa seção era substituída por "Tina Informação", em que a personagem, em 2 páginas,  mostrava notícias e curiosidades sobre algum tema de interesse da população. Mostrou informações sobre a gripe influenza A/H1N1 (gripe suína) e  construção de Brasília. Abaixo, a que fala sobre a gripe suína,de "Tina Nº 5", de 2009.

Imagem tirada de 'Tina nº 5' (Ed. Panini, 2009)

E no final tinha o "Blogue da Tina", onde em 2 páginas, ela mostrava dicas curtas ligadas ao universo das meninas adolescentes. Falava, então, dicas de beleza, moda, dieta, entretenimento, lançamentos de CDs, entre outras.

Imagem tirada de 'Tina nº 8' (Ed. Panini, 2009)

Como puderam ver, na Globo e Panini deram prioridade às histórias e a diversão eram basicamente os passatempos. Mesmo assim, deixaram as do Parque da Mônica a as da Tina (na Panini) para colocar. A opinião dos gibis só ter histórias em quadrinhos ou ter seções também, é muito do ponto de vista de cada um. Para mim, se reservassem umas 5 páginas já estaria bom, com seções muito criativas, semelhantes as da Editora Abril. 

Para ver as seções da Editora Abril, entre aqui: