domingo, 14 de julho de 2013

Chico Bento Moço em Chico Bento nº 79


Nessa postagem eu comento sobre Chico Bento nº 79 de julho que está à venda nas bancas. 

Essa edição tem 11 histórias, incluindo a tirinha final, e abre com a história "As idades do Chico". Como não podia deixar de ser em uma revista de julho do Chico Bento , a história é sobre o aniversário dele. Na trama, no dia do seu aniversário, Chico e Zé Lelé roubam goiabas do Nhô Lau e ao avistá-lo, eles saem correndo e nessa hora o Chico cai em uma fonte da juventude e vira bebê.

Uma história normal, nada demais, mas pelo menos os traços não estão ruins. O que chama atenção mesmo, e o motivo que me levou a comprar esse gibi, é a presença do Chico Bento Moço na história em 2 páginas. Tem uma hora que a bruxa, responsável pela fonte da juventude, o transforma em Chico Moço. Não é exatamente uma estreia oficial, já que apareceu na história em mangá de "Chico Bento 50 Anos" em 3 quadrinhos, mas é a primeira vez em um gibi convencional e em versão colorida.

Está previsto que a revista "Chico Bento Moço" será lançada em agosto, na Bienal do Rio de Janeiro e, com isso, encaixaram-no na história até como uma forma de divulgação. Para eu ter pelo menos um material de Chico Bento Moço resolvi comprar esse gibi do Chico, já que se eu comprar "Chico Bento Moço" quando for lançada, será apenas o nº 1, por ser a primeira edição. Não gosto dessas versões adolescentes da Turma da Mônica e acho totalmente uma versão desse tipo com o Chico Bento.

Trecho da HQ "As idades do Chico" com aparição de Chico Bento Moço

Destaco a história "Que brincadeira" do Papa-Capim. Nela, ele e a Jurema jogam peteca. Depois de muito tempo, leio uma história inédita do Papa-Capim e dá pra perceber que está muito mudado. Tem hora que ele Vê a Jurema com penas na mão e pergunta se ela tava caçando passarinhos, como se fosse coisa anormal. Nas histórias antigas era o contrário, eles caçavam sem esse pensamento, afinal, é cultura do índio caçar. E de estranhar de índios como eles saberem o que é peteca, coisa que não é da cultura deles. Enfim, um roteiro bobo e sem contar que os traços não me agrada, apesar de não ser digitalizado.

Tem também a história "É assim..." do Chico Bento que aparece o Dudu. Nela, Chico mostra como o processo de como a comida sai da roça até chegar à cidade, para tentar incentivar o Dudu a comer. O gibi tem também histórias com o Piteco (muda) e com a Turma da Mata, protagonizada pelo Rei Leonino e pelo primeiro-ministro Luis Caxeiro.

Encerra com a história "Tanto faz como tanto fez", em que o Zé da Roça conta uma história da menina que, diante duas opções, só falava "tanto faz". Histórias desse tipo não curto muito, embora seria mais correto ser a Vó Dita contando e não o Zé da Roça. É de estranhar também ver o Zé da Roça pescando nela, já que nas histórias atuais não pescam mais, embora só aparece com a vara na mão no riacho e a isca é uma bola e não um anzol, como eram nas histórias antigas.

Sobre as outras histórias de "Chico Bento nº 79", todas normais, seguindo a linha atual dos gibis da MSP, incluindo aqueles péssimos traços e letras de PC. Nota-se uma grande presença do Zé Lelé no gibi. Um grande número de histórias mudas também (4 no total). O bom é que os traços digitalizados ficaram mais concentrados nessas histórias mudas. Por isso, só os traços ficam digitalizados, e não as letras, já que se tivessem textos, seriam daqueles tipos feitos de computador. Porém, uma história teve essas letras horrorosas de PC que eu tanto falo, para quem ainda não viu, mostro um trecho dela. Dá pra notar que até o título foram computadorizados e nada foi feito à mão como eram.

Trecho da HQ "Namoro ou Diversão" com traços e letras digitalizados

No geral, "Chico Bento nº 79" é uma revista normal para os padrões atuais da MSP, e pelo menos os traços digitalizados ficam disfarçados. Para quem quiser conferir o Chico Bento Moço e ter ao menos um material dele vale a pena apenas por isso. Já as outras mensais de julho não comprei, já que pelo que folheei achei uma pior que a outra, cada vez mais com traços e letras digitalizados até nas histórias de abertura. 

Antes de finalizar, aproveito para destacar duas correções na propaganda "Arquivo Mônica 50 Anos": a revista da Mônica nº 120 da Editora Abril o certo é de 1980 e não de 1979; e a Mônica nº 200 da Editora Globo é de 2003, e não de 2002 como aparecem no texto. Falando nisso, senti falta de colocarem imagens das capas de Mônica nº 1 (Ed. Globo, 1987) e Mônica nº 100 (Ed. Globo, 1995) que também são históricas e ficaram de fora.

23 comentários:

  1. Oi, Marcos! Estive diante das mensais hoje e não levei nenhuma. Acabei comprando a Coleção Histórica 35, pois a turma da Mônica que eu realmente gosto está lá.

    Obrigado por compartilhar sobre a revista do Chico. Eu quase a comprei, novamente atraído pela capa, mas quando vi as páginas na banca acabei mudando de ideia. Já havia me decepcionado com Cebolinha 78, então, desta vez resolvi tomar mais cuidado... afinal, o dinheiro é suado.

    Mas valeu por compartilhar!

    Abraços.

    Fabiano Caldeira.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fabiano, fez muito bem... a Coleção Histórica é bem melhor. Essa revista do Chico tá normal em vista do q a MSP publica ultimamente.

      Abraços

      Excluir
    2. Ultimamente as revistas mensais da MSP estão em decadência total, segundo meu gosto pessoal. Está ficando difícil encontrar algo que me interessa nelas. Não perco a esperança, ainda...

      Excluir
    3. Pode perder a esperança pq a tendência é piorar. É caminho sem volta.

      Excluir
  2. Marcos, como sempre, comprei a do Chico, pois os personagens dali sempre me agradam. Ainda espero uma "extra" com o Zé Lelé. Certamente, a revista não é a mesma coisa de antes. Mas, o que posso fazer? Enquanto não estiver MUITO ruim, continuarei compra o Chico. E, desta vez, até gostei das história. Achei legalzinha até mesmo a história de abertura. E, sobre as fontes digitais, venho aceitando numa boa. Acho que, mais à frente, será tudo assim. Abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Kleiton, tbm adoraria q tivesse um TM Extra com o Zé Lelé, tomara q venha logo.

      Eu já nem compro sempre Chico Bento como vc, a última q comprei foi a nº 57. Nenhum personagem compro regularmente. Mas até q essa edição não tá de todo ruim, as outras do mês devem tá.

      Infelizmente tbm acredito q em breve a fonte digitalizada será tudo assim. É uma nova tendência, só q aí q não vou comprar mesmo quando tudo estiver assim.

      Abraços

      Excluir
  3. Já na coleção esta edição!! Gostei da HQ de abertura! ;)

    Sobre o Arquivo Mônica 50 Anos...etá quanto erro...se o grande fã Marcos Alves não está atento!?kkk! :D

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A hq de abertura foi q teve melhores traços da revista. Sobre o Arquivo Mônica 50 Anos erraram feio mesmo.

      Excluir
  4. Nossa, como o Chico ficou gatão, hehehehe!
    Me chamou a atenção o que tu falou sobre a história do Papa-Capim. Sempre gostei das historinhas dele e fiquei surpresa em ver que até alguns elementos culturais sempre muito bem apresentados em suas historinhas agora estão sendo podados. O que teria de mais se a Jurema estivesse mesmo caçando passarinhos??
    Interessante a observação sobre os traços digitalizados, como não estou comprando revistas novas por enquanto, desconhecia esses detalhes.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fernanda, realmente não teria nada demais se a Jurema tivesse caçando passarinhos... bola fora da MSP como sempre.

      Não são só os traços, mas as letras tbm estão digitalizadas. Fica muito ruim. Essa edição do Chico nem tem tantos, mas se vc folhear a revista da Magali ou do Cascão desse mês vc vai ver maior frequencia nisso.

      Excluir
  5. Marcos, passando para dar um "oi" e desejar uma boa tarde e uma boa noite também.

    Abraços. Fabiano Caldeira.

    ResponderExcluir
  6. Sobre o Papa-Capím, cai naquilo que te falei outro dia.... o índio parece ter seu visual tradicional, apegados às raízes, mas as HQs não. Fica meio conflituoso isso, pois o que era belo justamente era essa parcela de cultura indígena. Não estou nada das histórias recentes do Papa-Capim. Vamos torcer para melhorarem isso.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu fabiano, boa noite pra vc tbm. Sobre Papa-Capim vc tem razão, tiraram a cultura real dos índios e só atendem o politicamente correto.

      Eu tava muito tempo sem ler hq dele, e realmente achei um absurdo, muito aquém aos da Globo q eu lia. Duvido q mudem, mas enfim, quem sabe.

      Excluir
  7. Salve, Marcos.
    é... acho que faz mais de ano já que não compro regular do C. Bento.
    E , inclusive, li na semana passa o "Chico Bento 50 anos"... que por sinal, pra mim, não "despertou" muitas emoções, como pensava que seria... muita historinha ecológica, nessa onda de conscientização... teve historinha do primo no sítio, mas não teve do Chico na cidade (que acho engraçadas).. sei lá.. até esse super especial, parece que é feito pra geração de agora.. e uma história que deveria ser OBRIGADA a ser publicada, que é a da "irmãzinha" que o Chico teve, Mariana. (ou seja, esses livros 50 anos, são super "mentirosos", não são um verdadeiro "documento" sobre os personagens).
    furos.. furos..
    valeu o espaço.
    abraço. Tioli.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tioli, o Chico Bento 50 Anos foi muito fraco, ficou uma espécie de almanaque temático sobre ecologia, e tudo seguindo o padrão das hqs atuais. Faltou muita coisa. Hq da mariana tinha q tá sim. Tudo q vc falou concordo.

      Quando der, vou fazer uma matéria detalhada sobre essa edição e aí vai saber melhor o q achei dela.

      Sobre as mensais, não sou de comprar tbm. Abraços

      Excluir
    2. Marcos, outra também que acho que não podia faltar: "Papa-Capim Encontra Chico Bento" (Almanaque do Chico 13, Panini, encerramento). Pelo menos colocaram a "Chuva na Roça".

      Excluir
    3. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
  8. Não sabia q o chico teve uma irmã. Vc sabe mais detalhes? Bj

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Natália, foi na hq "Uma estrela chamada Mariana"... o Chico teve uma irmã que morreu, muito linda essa hq. Foi publicada em Chico Bento nº 87 (Ed. Globo, 1990) e teve uma segunda hq chamada de "O presente de uma estrelinha" em q ela aparece no aniversário do Chico e foi publicada em Chico Bento nº 449 (Ed. Globo, 2005).

      Aqui nesse link do Planeta Gibi tem mais detalhes: http://www.planetagibi.net/2009/04/mariana-irma-do-chico-bento.html

      Excluir
    2. Valeu, Marcos! não conhecia esse fato! Vou ler o post indicado. bjs

      Excluir
    3. De nada.. é uma linda hq, bem emociante. Bjs

      Excluir
  9. A capa é uma referencia a história que virou desenho animado da fonte da juventude... Como eu adoro referências kkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir