sexta-feira, 3 de maio de 2013

Cascão nº 76 - Panini



Eu não sou de comprar gibis novos da Turma da Mônica. Antes mesmo de chegar nas bancas, quando vi o checklist no site, já  tinha gostado da capa desse gibi, que achei que foi a melhor do mês. Quando folheei nas bancas até que achei interessante a história do Rolo, e vendo comentários tão positivos dessa revista, sobretudo com essa história, resolvi dar uma chance e comprei essa edição agora, que comento a seguir.
  
Cascão nº 76 tem 8 histórias, contando a tirinha final. Ele abre com a história "O topetão sujão" em que o Cascão encontra uns garotos na rua com topete e resolve mudar o visual. Então, encontra um cabeleireiro, que na verdade é o Capitão Feio disfarçado, e ele coloca os seus raios de sujeira no cabelo do Cascão para que possa sujar o mundo todo sempre que se movimenta a cabeça. Até que é uma história boa, os traços dessa história não estão ruins e é bom a volta do Capitão Feio que andava sumido das revistas, sempre bom ver histórias dele querer poluir o mundo. Claro que nunca é igual às histórias antigas, mas está valendo para os padrões atuais.

A história de encerramento "A senha" me chamou atenção na banca quando folheei pela primeira vez, o Cebolinha fantasiado de Mickey na primeira página. Agora lendo, achei uma história normal, sem grandes novidades. Nela, Cebolinha fala para o Cascão gritar uma senha que eles inventaram toda vez que ver a Mônica se aproximando enquanto ele pega o Sansão, e o Cascão se enrola todo. História morna, mas a MSP fazendo referência a Disney sempre é interessante.

Tem uma história "Abraços" do Penadinho que, na minha opinião, não vi nada demais nela. História muda em que cada página é uma história individual mostrando diferentes formas do Penadinho abraçar os amigos do cemitério. Não gostei, parece que estão querendo transformar o Penadinho em Gasparzinho. Gostava mais das histórias dele assombrando os humanos. Era bem melhor. Fora que odeio histórias mudas grandes que pra mim sempre é para encher linguiça. Já as demais histórias desse gibi são do Cascão e achei todas normais, com traços e letras de PC horrorosos. Destaco a história "Segurança do meu lar" que, mesmo seguindo esse estilo, até que foi legalzinha. 

Agora, o que me levou mesmo a comprar o gibi foi a história "Que saudades do meu disco de vinil" do Rolo. Nela, Rolo mostra a evolução da forma de ouvir música desde a época dos discos de vinil, passando pelas fitas cassetes, CDs, até chegar aos MP3, assim como a evolução dos instrumentos para que possam ouvi-los (vitrola, walkman, MP3 player, iPod). 

O mais legal é que à medida que vai evoluindo, o Rolo aparece com os traços que ele tinha na época. Começa com ele hippie, com direito a Tina também hippie, aí depois vem ele com traços dos anos 80, 90 até chegar aos traços horrorosos tipo "Barbie" atuais. E tem vários detalhes na história como as capas de alguns LPs históricos de cada época (capas do Queen, Secos & Molhados, Michael Jackson, Alanis Morisetti e vários outros), e o vendedor de discos que começa com loja de discos, aí à medida que vai evoluindo a forma de ouvir música, ele muda para loja de discos e fitas, depois vira loja de CD, depois Lan House até fechar o negócio. Afinal, ninguém mais compra CD hoje em dia, já que pode baixar na internet.

Trecho da HQ do Rolo
Muito bom ver o Rolo com traços antigos, nem que seja só por uma história. Pena que os traços hippie dos anos 70 nunca fazem igual como era, mas os traços a partir dos anos 80 ficaram ótimos. Erraram nos traços da Tina dos anos 90, na hora que o Rolo pede pra tocar CD no aparelho dela, já que a colocaram com o cabelo atual e não como era na época, mas até deixo pra lá. Aí a gente percebe que eles fazem os traços "Barbie" de hoje porque querem. Não custava manter os traços daquele jeito antigo? O visual ficou ótimo na história. Se são capazes de fazer uma vez, que façam sempre. Infelizmente, não será bem assim, já que a revista da Tina vai voltar em breve e, segundo o Maurício, os traços vão mudar mais uma vez. Ou seja, não vem coisa boa por aí.

Enfim, Cascão nº 76, como um todo, é uma edição normal para os padrões atuais, mas por causa da história do Rolo vale a pena comprar esse gibi, não só pelos traços antigos, mas também pelo roteiro bem caprichado. Ah, e as outras revistas mensais do mês de abril pelo que eu vi tudo normal também, sem nenhuma novidade. No gibi do Cebolinha, inclusive, achei estranho o Do Contra participar de plano infalível. Só as histórias de abertura de todos que achei os traços bons, já as de miolo tudo traços de PC.  Só comprei mesmo essa do Cascão.

18 comentários:

  1. Suas palavras são verdadeiras sobre o teor da edição, fez uma análise sincera sobre Cascão nº 76, e concordo em grande parte. Não gosto quando fazem referência à Disney na TM, acho que não tem nada a ver. Assusta um pouco pensar que a Tina voltará modificada, provavelmente para pior.

    Desde que Mauricio começou com os personagens, eles vem mudando, mudando, e procurando as facilidades do traço menos compromissado, e uso das tecnologias. Os gibis da TM são como quadrinhos que querem se transformar em desenho animado.

    Não me espanta se logo começarem a publicar hqs com fotogramas dos desenhos já feitos para a TV, assim como no gibi do Pica Pau e Thundercats, o que seria o fundo do poço. Abs.

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    1. Paulo, acho engraçado quando falam de outros universos, como Disney ou eles vestidos de super-heróis. De vez em quando não vejo problema.

      Quanto a Tina infelizmente eles mudam os traços, sempre piorando. Eles tinham q manter os traços dos anos 90, nem q colocassem tipo de PC, mas seria melhor.

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  2. Legal..eu tenho essa edição mas ainda não li... :p

    Mas concordo com as palavras do Paulo..sobre as edições atuais! :o

    Até,Xandro.

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    1. Xandro, quando vc ler, vai ver q a hq do Rolo tá legal. Abraços

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  3. Olá, Marcos! Tudo bem? Espero que sim!

    Como você mesmo viu, há uma postagem no meu blogue onde lá eu exponho minha opinião a respeito. Fico contente em constatar como o gosto é algo que diferencia bastante de pessoa a pessoa e que elas não têm constrangimento em expor isso. Bacana!

    Concordo que os quadrinhos estão indo para um nível estranho em suas tramas, no sentido de que não me interessam tanto porque ficaram infatilizados demais, preocupados em excesso com boas maneiras e bom senso etc.

    Entretanto, ainda tenho o otimismo de ver coisas boas nessas revistas, embora eu apenas compre uma aqui e outra lá de vez em quando (sempre fui assim). Sobre essa edição do Cascão, gostei dela como um todo.


    Abraços.

    Fabiano Caldeira.

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    1. Fabiano, tá tudo bem comigo. Com certeza cada um tem a sua opinião. Enquanto eu posso não gostar de uma determinada hq, outra pessoa gosta. Normal isso.

      No geral, as hqs são mais infantis do q antes. Mas se agrada as crianças hqs assim, não podemos fazer nada. Só nos resta ler as revistas antigas. Só fico chateado com os traços, de resto tudo bem.

      Abraços

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  4. Bom fim de semana, Marcos!

    Estou adorando teu blogue!


    Abraços.

    Fabiano Caldeira.

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  5. Marcos,

    "mas a MSP fazendo referência a Disney sempre é interessantesite para hoteis"
    ---- Ainda mais quando dizem que o Maurício tem pavor do material Disney... hehe

    "Não gostei, parece que estão querendo transformar o Penadinho em Gasparzinho.site para hoteis"
    ---- É o que acho tb. O Penadinho anda muito "foto" ultimamente...

    "Que saudades do meu disco de vinil"
    ---- Como vc sabe, tb adorei esta história. Boa sacada de alguém dos estúdios MSP.

    "Só comprei mesmo essa do Cascão."
    ---- Foi a única mensal que comprei tb!!

    Abç!!!

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    1. Kleiton, realmente foi muito boa essa hq do Rolo... até tem o seu ponto educativo como a MSP gosta, já q ensina as crianças como se ouvia música antigamente. Essa hq atendeu o público de todas as idades.

      Muito chato saber q até a turma do Penadinho está mudada. Abraços

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  6. vou ver se da pra baixar esse gibi na internet

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  7. Tambem acho que o Rolo deveria ter mantido os tracos antigos.

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    1. Pois é, só o Mauricio nao percebe isso. Descaracterizou totalmente o Rolo com os traços atuais.

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  8. ja dizia a musica:

    penadinho, penadinho, das historias do alem, um fantasma amiguinho não dá susto em ninguem

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